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ANTIBIÓTICOS E SUAS POSSÍVEIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

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ANTIBIÓTICOS E SUAS POSSÍVEIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
JESUS, Sueli Amorim[1: Farmacêutica pela Faculdade de Campo Limpo Paulista (FACCAMP). Especialista em Farmacologia e Interações medicamentosas pelo Centro Universitário Internacional Uninter.E-mail para correspondência: suwillfarm@gmail.com2 Farmacêutica (UFPR), especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica (UFSC) e Mestre em Ciências (Bioquímica) (UFPR), orientadora de TCC do Grupo Uninter. ]
COMARELLA, Larissa[2: ]
RESUMO
Os antibióticos continuam sendo muito procurados nas drogarias sem prescrição médica, e da mesma forma, ainda são amplamente prescritos, fator bastante preocupante, pois além da resistência das bactérias, tem-se a interação medicamentosa que pode ocorrer, acarretando ainda em sérias consequências. O objetivo deste trabalho é, portanto, esclarecer alguns mecanismos de ocorrência das interações medicamentosas entre antibióticos e algumas outras classes medicamentosas como por exemplos as Substâncias de Baixo Índice Terapêutico, como o lítio, digoxina, digitoxina, varfarina e dicumarol que podem apresentar toxicidade relevante quando associados a inúmeros antimicrobianos, devido à elevação das suas concentrações plasmáticas. Este trabalho traz uma revisão bibliográfica sobre as interações medicamentosas relacionadas ao uso de antibióticos. Como precaução é aconselhável que seja feita a monitorização da concentração dos níveis sanguíneos destes fármacos em indivíduos que necessitam da terapia concomitante com antimicrobianos, para que, se necessário, seja feito o ajuste da dose, com a finalidade de se evitar efeitos tóxicos decorrentes da associação. Outra importante interação dos antibióticos está relacionada com a classe dos contraceptivos, onde poderá ocorrer uma perda da eficácia contraceptiva ocasionando uma gravidez indesejada. 
Palavras–chave: Interações medicamentosas. Antibióticos. Atenção farmacêutica. Uso racional de medicamentos.
1 INTRODUÇÃO
A utilização de vários medicamentos na terapia tem como objetivo alcançar a eficácia e consequentemente resultados satisfatórios. Contudo, existe grande possibilidade de ocorrer ações e modificação dos efeitos terapêuticos esperados, podendo eles aumentar ou diminuir a eficácia terapêutica e ainda atenuar ou acentuar fenômenos indesejáveis dos medicamentos (MORENO et al., 2007)
As interações medicamentosas ocorrem quando as ações de um medicamento (vítima, objeto, são alteradas pela presença de outro perpetrador, precipitante, medicamento interagente), sendo que essa alteração pode acarretar diminuição da eficácia (mesmo fracasso terapêutico) ou aumento de efeitos farmacodinâmicos que produzem eventos medicamentosos adversos. (SUCAR, 2000) (SUCAR, 2003)
A prática no uso de vários medicamentos é feita por clínicos na intenção de melhorar a eficácia terapêutica ou para diminuir efeitos adversos de agentes farmacológicos, porém nem sempre se obtém sucesso nas associações. Isso ocorre em situações que são feitas de modo aleatório sem fundamento farmacológico, geralmente recomendada por leigos no assunto ou até mesmo em situações de automedicação (MORENO et al., 2007).
Para pacientes em uso de vários medicamentos, a incidência oscila entre 3-5%, aumentando para 20% ou ainda mais em pacientes utilizando de 10 a 20 fármacos (FONSECA, 2001).
Interações farmacocinéticas, farmacológicas, influência do pH urinário são; fatores ligados ao medicamento, já os fatores ligados a administração estão; posologia e apresentação do medicamento (liquido, comprimidos, drágeas, liberação gradual). Fatores ligados ao paciente são muitos e necessitam de especial atenção principalmente para recém nascidos, idosos e portadores de doenças crônicas com acometimento dos órgãos tais como diabetes, alcoólatras, hiper ou hipotireoidismo e diversas desordens gastrintestinais, além da função hepática, renal, pH urinário, níveis séricos de proteínas, ingestão de alimentos e constituição genética (FONSECA, 2000), (BACHMANN, 2006).
Interação medicamentosa é uma alteração do efeito de um medicamento pela presença de outro medicamento, seja no uso concomitante ou até mesmo no uso anterior, ainda pode ocorrer com alimentos, bebidas ou algum agente químico ambiental. As interações pode ser úteis quando utilizada propositalmente, ou podem levar a sérios efeitos adversos podendo causar problemas sérios aos pacientes. Supostamente, a incidência de problemas é mais alta nos idosos porque a idade afeta o funcionamento de rins e fígado, de modo que muitos fármacos são eliminados muito mais lentamente do organismo (HOEFLER,2008).
Quase sempre, as interações mais nocivas e graves são entre drogas que fazem potencialização dos efeitos, as alteração de parâmetros farmacocinéticos graves de um dos componentes ocorre pelo ou por seu concorrente. Pode variar muito a gravidade e a consequência de uma interação medicamentosa, isso depende muito da situação do paciente, da gravidade da patologia que o acomete, entre outros. (TATRO, 2002)
Desta forma, o objetivo deste trabalho foi evidenciar o conhecimento das interações medicamentosas dos antibióticos com algumas outras classes medicamentosas.
2 METODOLOGIA
O desenvolvimento deste trabalho foi realizado a partir de revisão da literatura, através de pesquisa descritiva qualitativa, de natureza básica. Realizou- se levantamento bibliográfico através de consulta eletrônica nos sites Scielo e Lilacs.
Utilizou-se as palavras chaves interação medicamentosa, antibióticos, atenção farmacêutica, uso racional de medicamentos.
Os critérios para inclusão foram artigos publicados de 1991 a 2016, com assuntos relacionados ao tema. Artigos excluídos foram os que não abordavam as ideias principais a serem expostas no artigo.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
A interação medicamentosa é ocasionada pela alteração do efeito de um medicamento pela presença de outro medicamento, podendo ser esse uso concomitante ou até mesmo anterior a esse, podendo também ser ocasionada por bebida, alimento ou algum agente químico ambiental. Interações podem ser uteis mais também podem ocorrer sérios efeitos adversos causando desconforto ao paciente (HOEFLER,2008).
A interação medicamentosa, segundo Secoli (2001), pode ocorrer de forma independente ou até mesmo interagir entre si, fazendo com que seu efeito aumente podendo até levar a toxicidade no organismo ou diminua comprometendo sua eficácia. 
Algumas interações são propositais e bastante úteis, como por exemplo a associação de anti-hipertensivo e diurético, onde o diurético potencializa o efeito do anti-hipertensivo (HOEFLER, 2008).
Existem associações que têm um importância clínica pequena, mas também existem as que podem colocar a vida do paciente em risco (OGA, eat al 2002).
Interações farmacocinéticas um fármaco altera a velocidade ou extensão de absorção, distribuição, biotransformação ou excreção de outro fármaco (OSORIO, 2010).
Interação farmacodinâmica ocorre no sitio de ação, alterando os mecanismos dos quais ocorrem os efeitos desejados. Os efeitos acabam resultando na ação do fármaco envolvido no mesmo receptor ou enzima para sua alteração (HOEFLER, 2008).
Interação de efeito ocorre quando mais de um fármaco tem ação farmacológica semelhante ou oposta. (HOEFLER, 2008).
Interações farmacêuticas conhecida como incompatibilidade medicamentosa, acontecem antes da administração, quando misturam dois ou mais medicamentos em um mesmo recipiente para ser administrado. A ausência de alterações macroscópicas não garante que não esteja ocorrendo nenhuma alteração. (FERREIRA, 2007).
De acordo com a gravidade essas interações são classificadas em:
Contraindicado: Fármacos não devem ser administrados concomitantemente. (OLIVEIRA,2009)
Grave: A interação pode prejudicar a vida do paciente, necessitando ou não intervenção médica para reduzir ou precaver os efeitos adversos. (OLIVEIRA,2009)
Moderado: A interação pode resultar em um agravamento da condição do paciente necessitando ou nãouma modificação na terapia. (OGA, eat al 2002).
Mínimo: A interação pode restringir o efeito clínico, mas geralmente não requer maiores mudanças na terapia. (OLIVEIRA,2009)
3.2 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM ANTIBIÓTICOS
Após levantamento bibliográfico expressarei em tabela as interações medicamentosas e as condutas a serem tomadas quando ocorrem as mesmas, facilitando assim a visualização e consulta.
Quadro 1- Interações medicamentosas da Amoxacilina + Clavulanato
	Medicamento
	Grau
	Efeitos
	Mecanismo de ação
	Conduta
	Metotrexato
	Maior
	Aumenta os efeitos tóxicos do metotrexato
	A amoxacilina compete com o metotrexato na secreção tubular, diminuindo sua excreção, aumentando seus níveis séricos
	Se possível, evitar a administração concomitante. Caso não seja, monitorar os sintomas da intoxicação pelo metotrexato, que inclui leucopenia, trombocitopenia, e ulcerações de pele.
	Venlafexina
	Maior
	Aumenta o risco da síndrome serotoninérgica
	Apesar de vários estudos relatarem esta interação, o mecanismo ainda é desconhecido.
	O uso desses dois medicamentos concomitantemente deve ser desencorajado. Caso seja realmente necessário. Acompanhar atentamente os sintomas da síndrome serotoninérgica. Se esta se desenvolver, descontinuar o agente agressor e providenciar cuidados de suporte.
	Contraceptivos orais
	Moderado
	Diminui a eficácia dos contraceptivos,
	A amoxacilina altera a microbiota intestinal diminuindo a reabsorção dos contraceptivos orais
	Usar uma forma adicional no controle da prevenção da natalidade durante o tratamento com o antibiótico
	Warfarina
	Moderado
	Aumenta o risco de sangramento
	Apesar de vários estudos relatarem esta interação, o mecanismo ainda é desconhecido
	Monitorar a coagulação sanguínea do paciente
Fonte: CIM/MT /2009
Quadro 2- Interações medicamentosas da Cefalexina
	Medicamento
	Grau
	Efeitos
	Mecanismo de ação
	Conduta
	Metformina
	Moderado
	Aumento dos efeitos hipoglicemiantes
	A metformina tem sua secreção tubular diminuída quando associado os fármacos catiônicos como a cefalexina aumentando assim a concentração plasmática da droga.
	Se possível, evitar a administração concomitante, caso não seja, monitorar a glicemia.
Fonte: CIM/MT /2009
Quadro 3- Interações medicamentosas do Metronidazol
	Medicamento
	Grau
	Efeitos
	Mecanismo de ação
	Conduta
	Dissulfiram
	Contra-indicado
	Episódios psicóticos e confusão mental
	Mecanismo desconhecido
	O uso concomitante dessas duas drogas está contraindicado. Não administrar metronidazol em pacientes que fez uso de dissulfiram nos últimos 14 dias
	Amiodarona
	Maior
	Aumenta o risco de cardiotoxicidade, aumentando o intervalo QT
	O metronidazol inibe o citocromo P450 aumentando os níveis séricos da amiodarona
	A administração concomitante de amiodarona e o metronidazol não são recomendados. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Warfarina
	Maior
	Aumenta o risco de sangramento
	O metronidazol inibe o citocromo P450 aumentando os níveis séricos da warfarina
	Se possível, evitar a administração concomitante. Caso não seja monitorar o tempo de protrombina, e observação do paciente quanto a sinais de hemorragia.
	Carbamazepina
	Moderado
	Aumenta a toxicidade da carbamazepina (náuseas, tonturas e diplopia)
	O metronidazol inibe o citocromo P450 aumentando os níveis séricos da carbamazepina
	Se possível, evitar a administração concomitante. Caso não seja, monitorar quanto aos sinais de toxicidade da carbamazepina.
	Ciclosporina
	Moderado
	Neurotoxicidade (confusão mental, agitação, tremores)
	O metronidazol inibe o citocromo P450 3A4 aumentando os níveis séricos da Ciclosporina
	Se possível, evitar a administração concomitante. Caso não seja, monitorar os pacientes para possíveis efeitos neurotóxicos
	Dicumarol, e femprocumona
	Moderado
	Aumenta o risco de sangramento
	O metronidazol inibe o citocromo P450 aumentando os níveis séricos da warfarina
	Se possível, evitar a administração concomitante. Caso não seja monitorar o tempo de protrombina, e observação do paciente quanto a sinais de hemorragia.
	Fenitoína
	Moderado
	Aumenta o risco de toxicidade da fenitoína ou diminui os efeitos do metronidazol (depende do paciente)
	1º O metronidazol pode inibir o citocromo P450 aumentando os níveis séricos da fenitoína. 2º A fenitoína pode induzir o citocromo P450, aumentando o metabolismo do metronidazol diminuindo seus níveis séricos
	Se possível, evitar a administração concomitante. Caso não seja, monitorar quanto a possíveis sintomas de intoxicação de fenitoína (ataxia, sonolência, nistagmo {movimento involuntário e convulsivo do globo ocular}) Avaliar a eficácia do metronidazol
	Lítio
	Moderado
	Aumenta a toxicidade do lítio (fraqueza, tremores, sede excessiva e confusão).
	Redução da excreção renal do lítio
	Se possível, evitar a administração concomitante. Caso não seja, monitorar quanto a possíveis sintomas de intoxicação de lítio (náusea, diarréia, poliúria, polidipsia, tremores nas mãos, fraqueza muscular, confusão, pulso irregular) OBS: Níveis acima de 1,5 mEq / L de lítio são geralmente associadas com alguns efeitos tóxicos, enquanto níveis acima de 2 mEq / L resultar em grave toxicidade.
Fonte: CIM/MT /2009
Quadro 4- Interações medicamentosas do Sulfametoxazol + Trimetropim
	Medicamento
	Grau
	Efeitos
	Mecanismo de ação
	Conduta
	Terfenadina
	Contra indicado
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas é contra-indicada
	Amiodarona
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Amitriptilina, nortriptilina
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante de sulfametoxazol e um antidepressivo tricíclico (ATC) não é recomendada. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Claritromicina
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Cloroquina
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Clorpropamina
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Enflurano
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíacasevera, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício
	Fluconazol
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Fluoxetina
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Haloperidol
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Hidrato de Cloral
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Octreotida
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Procainamida
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Sotalol
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Vasopressina
	Maior
	Aumenta os riscos de cardiotoxicidade, causando arritmia cardíaca severa, taquicardia ventricular e fibrilação
	Efeito aditivo no prolongamento do intervalo QTc corrigido
	A administração concomitante dessas duas drogas não é recomendada. Avaliar risco e benefício. Se o uso concomitante for inevitável, monitorar o intervalo QT e observar o paciente quanto aos sinais de uma possível intoxicação.
	Warfarina
	Maior
	Aumenta o risco de sangramento
	O mecanismo não foi elucidado, acredita-se que possa ser um por uma diminuição do metabolismo hepático ou um deslocamento da ligação da warfarina com as proteínas plasmáticas. Mas em ambos os casos haveria um aumento nos níveis séricos da droga
	Se possível, evitar a administração concomitante. Caso não seja monitorar o tempo de protrombina, e observação do paciente quanto a sinais de hemorragia.
	Ciclosporina
	Moderado
	1º Aumento da nefrotoxicidade. 2º Diminuição dos efeitos da ciclosporina
	1º Sinergismo nefrotóxico 2º Desconhecido
	Monitorar a função renal e possível diminuição do efeito da ciclosporina, principalmente em pacientes imunodeprimidos
	Clorpropamida
	Moderado
	Aumento dos efeitos hipoglicemiantes
	O sulfametoxazol diminui as ligações da clorpropamida as proteínas plasmáticas, aumentando sua fração livre, potencializando seus efeitos.
	Se possível, evitar a administração concomitante, caso não seja, monitorar a glicemia.
	Digoxina
	Moderado
	Aumenta o risco de toxicidade da digoxina
	Diminuição da secreção tubular renal da digoxina
	Em pacientes que recebem digitálicos e trimetoprim por mais de sete dias, monitorar as concentrações séricas de digoxina e acompanhar o paciente para os sinais e sintomas de toxicidade (náuseas, vômitos, arritmias)
	Enalapril e inibidores da ECA
	Moderado
	Hipercalemia grave tem sido relatada com o uso concomitante de IECA e sulfametoxazol
	Efeitos aditivos da inibição da secreção potássio e da diminuição de aldosterona
	Evitar o uso de IECA com trimetropin, principalmente em pacientes com disfunção renal. Caso seja coadministrado, monitorar os níveis séricos de potássio.
	Metformina
	Moderado
	Aumento dos efeitos hipoglicemiantes
	A metformina tem sua secreção tubular diminuída quando associado os fármacos catiônicos como sulfametoxazol, aumentando assim a concentração plasmática da droga.
	Se possível, evitar a administração concomitante, caso não seja, monitorar a glicemia.
Fonte: CIM/MT /2009
3.3 DISCUSSÃO
A atenção farmacêutica está ligada diretamente com a prevenção das interações medicamentosas, abrangendo a área de dispensação, indicação farmacêutica, seguimento farmacoterapêutico, farmacovigilância e educação sanitária. Seria de grande impulso a melhoria da farmacoterapia para que sejam alcançados os objetivos farmacêuticos. Intensificar, prevenir e resolver os resultados negativos relacionados a medicamentos, assim diminuindo o aparecimento de novos problemas de saúde e consequentemente reduzir os custos para o Sistema Único de Saúde (SUS). (DADER,2008).
Interações medicamentosas sejam causadas por automedicação ou não, o farmacêutico é um profissional primordial para a prevenção das mesmas. A prática da atenção farmacêutica e o vínculo que pode-se criar com o paciente seria possível a diminuição e prevenção do uso inadequado de medicamentos (BALBINO e DIAS,2010).
As interações medicamentosas em sua maioria encontra-se entre os graus moderado a leve, seguidas pelas interações de grau maior. Essas interações dependem das condições individuais de cada paciente podendo resultar em diferentes níveis de severidade. Dessa forma, os profissionais de saúde devem estar atentos as informações quanto às interações e devem estar aptos a descrever o resultado da interação e quando necessário, sugerir intervenção apropriada. Também é responsabilidade dessa classe profissional aplicar a literatura disponível para a situação e individualizar recomendações com base nos parâmetros específicos de um paciente. É impossível lembrar de todas as interações medicamentosas conhecidas e de como elas ocorrem (OLIVEIRA,2009).
Os profissionais de saúde devem se ater às interações entre drogas, devem ser treinados para identificar de imediato as interações e se necessário sugerir a intervenção do tratamento. O farmacêutico é um profissional que pode e deve orientar a equipe quanto as interações mais comuns e já conhecidas que podem ocorrer (CARRERA e BARRRETO,2009)
Mesmo que os analgésicos utilizados mais frequentemente são tidos como seguros se utilizados em posologias apropriadas, as interações que ocorrem podem provocar eventos adversos graves (HAAS, 1999).
Se quando um paciente faz uso habitual de medicamentos, interações entre os fármacos podem acontecer, podendo avançar para efeitos tóxicos. Os antimicrobianos também sãofármacos considerados seguros. No entanto, fármacos que apresentam baixo Índice Terapêutico, como o lítio, digoxina, digitoxina, varfarina e dicumarol, podem apresentar toxicidade considerável, quando associados a inúmeros antimicrobianos, devido à elevação das suas concentrações plasmáticas. Em certas situações, as interações podem afetar a eficácia clínica do medicamento. (CARDOSO,2015)
Aconselha-se que quando for necessário a terapia de medicamentos concomitante com antimicrobianos, um acompanhamento da concentração dos níveis sanguíneos destes fármacos, caso seja necessário algum ajuste de dosagem, com o propósito de impossibilitarem efeitos tóxicos resultantes da associação (MEECHAN, 2002).
A prescrição de metronidazol em usuários crônicos de álcool pode resultar em uma interação de grau maior. O médico deve orientar o paciente a suspender o uso de álcool no período do tratamento com este antimicrobiano, e, quando isso não for possível, o médico não deve optar na utilização desse antimicrobiano. É de responsabilidade do médico a orientação e esclarecimentos sobre o uso de anticoncepcional e terapia antimicrobiana, informando a paciente sobre a necessidade da utilização de outros métodos contraceptivos alternativos durante o tratamento com o antimicrobiano (MEECHAN, 2002).
O principal objetivo é a segurança terapêutica, contudo, para que seja possível é necessário que haja estudos toxicológicos, farmacocinéticos e clínicos para que se faça um trabalho de prevenção evitando ou minimizando as reações adversas para se obter sucesso no tratamento (ANDRADE et al, 2004).
4 CONCLUSÃO
Os fármacos analgésicos, anti-inflamatórios e antimicrobianos são considerados seguros, quando utilizados em posologias e tempos adequados. Além disso, em algumas situações, estes fármacos são utilizados em dose única, e, dessa forma, espera-se menor possibilidade da ocorrência de interações medicamentosas.
No entanto, é de responsabilidade do médico conhecer as possíveis interações que podem ocorrer com esses fármacos e o potencial risco dessas associações, a fim de que possa evitar sérias complicações durante o tratamento.
Conclui-se ainda que o farmacêutico é um profissional essencial para analisar as interações medicamentosas, por isso uma equipe multidisciplinar dentro de uma unidade básica de saúde ou de um hospital é de extrema importância, pois assim todas as prescrições podem ser analisados pela equipe e principalmente pelo farmacêutico.
5 REFERÊNCIAS 
ANDRADE, M. A. et al. Assistência farmacêutica como estratégia para o uso racional de medicamentos em idosos. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v. 25, n. 1, p. 55-64, 2004.
BACHMANN KA. Introdução aos mecanismos de interação. In: Kenneth A, Bachmann KA, Lewis JD, Fuller MA, Bonfiglio MF. Interações medicamentosas. 2ª ed. Barueri: Manole; 2006. p.1-7.
BALBINO, E. E.; DIAS, M. F. Farmacovigilância: um passo em direção ao uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos. Rev. bras farmacogn, v. 20, n. 6, p. 992-1000, 2010.
CARREIRA, Carla Fernanda Sirino, BARRETO, Vinícius Fonsêca Tavares. Interações Medicamentosas: Um Relato De Caso Sobre A Avaliação E Intervenção Farmacêutica. Centro De Ciências Da Saúde/Dcf/Programa De Educação Tutorial, 2009.
CARDOSO, Victor Hugo. Interações medicamentosas com antibióticos. 2015
Conselho Federal de Farmácia. Resolução 417 de 29 de setembro de 2004. Aprova o Código de Ética da Profissão Farmacêutica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 nov. 2004. Seção 1, p.306-7
DADER, M. J. F et al. Atenção farmacêutica: Conceitos, processos e casos práticos. Tradução e revisão Maria Denise Funchal Witzel. São Paulo: RCN Editora. p. 19, 29 e 49-59, 2008.
EDITORIAL. Automedicação. Rev. Assoc. Med. Bras., v.47, n.4, 2001. Disponível em http:www.scielo.br. Acesso em 01 dezembro 2016.
FERREIRA, Anderson Oliveira Incompatibilidades e interações medicamentosas. 4.26.2007.
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