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apostila leishmaniose

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Centro Estadual de Educação Profissional do Leste Baiano
Aluna: Tatiana Leal, Jessica Mendonça e Tais Silva
Matéria: Microbiologia
Professor: Augusto
Turma: Nutrição-17
O que é Leishmaniose?
 
Leishmaniose é uma doença causada por um protozoário parasitas do gênero Leishimania. No caso da leishmaniose, o protozoário parasita é transmitido entre animais (cães, roedores) através da picada de certos tipos de mosquito. Quando o mosquito infectado pica um ser humano, a doença é transmitida para o homem. A doença pode se manifestar de 3 maneiras diferentes e ser causada por até 30 tipos de protozoários. Em ambientes urbanos o animal mais afetado pela doença é o cachorro, que também serve de principal hospedeiro do parasita.
Existem 3 tipos diferentes de leishmaniose. São eles:
Leishmaniose cutânea: Este tipo da doença afeta a pele. Ela forma feridas e úlceras na pele, e é a versão mais comum da leishmaniose, sendo causada por quase 20 dos protozoários do gênero Leishmania. As feridas podem ser grandes e doloridas.
Leishmaniose mucocutânea: Parecida com a versão cutânea, a leishmaniose mucocutânea afeta com úlceras, além da pele, as mucosas e cartilagem. A boca e o nariz são afetados e esse tipo da doença pode causar sérias deformações faciais, podendo praticamente devorar os lábios, orelhas ou nariz por inteiro.
Leishmaniose visceral: A versão visceral da leishmaniose também é conhecida como calazar. Está versão é a mais rara, mas a mais perigosa das três. Ela causa úlceras nos órgãos internos do paciente. O baço, o fígado e a medula óssea são afetados e, se não tratada, esta condição leva a morte.
Causas: Através da picada do mosquito-palha infectado, o parasita causador da leishmaniose é transmitido para o ser humano ou animal e a doença se instala. O parasita é do gênero leishmania e 30 tipos diferentes dele podem causar a doença em humanos.
 Transmissão: O meio mais comum de transmissão da leishmaniose é a picada de mosquitos flebótomos, notadamente o mosquito-palha. Estes mosquitos são pequenos, capazes de passar pela malha de muitos mosquiteiros e telas. São encontrados em lugares úmidos, escuros e com plantas próximas. Se um desses mosquitos pica um mamífero contaminado e consome sangue com o parasita, a leishmania passa a se reproduzir no intestino do inseto. Depois de alguns dias, ele passa para a saliva do mosquito, por onde contamina novos hospedeiros mamíferos, fechando o ciclo. A doença afeta principalmente cachorros, mas pode afetar gatos, gado, roedores e outros mamíferos. 
Grupos e fatores de risco: Alguns grupos são mais propensos a desenvolver versões sérias da doença. São eles: HIV Positivo, devido aos problemas imunológicos causados pelo vírus HIV, o parasita consegue infectar livremente as pessoas que sofrem de AIDS. O sistema imunológico incapaz de lidar com a doença permite que sua evolução seja rápida e perigosa. Desnutrição; a desnutrição enfraquece o sistema imunológico, que pode encontrar mais dificuldades em eliminar os parasitas, tornando pessoas desnutridas um grupo que pode facilmente desenvolver a doença. Regiões desmatadas, pessoas que moram em regiões recentemente desmatadas sofrem risco de contaminação, já que os mosquitos que viviam na área de floresta podem viver na região. Regiões pobres, regiões mais pobres possuem maior número de casos de leishmaniose devido ao menor controle da população de mosquitos e dificuldade do acesso ao tratamento da infecção parasitária, o que facilita a continuação do ciclo do protozoário.
Sintomas: Os sintomas da leishmaniose variam de acordo com o tipo da doença.
Leishmaniose cutânea: A versão cutânea da doença apresenta apenas úlceras na pele. Se o sistema imunológico consegue eliminar as células fagocitárias infectadas, estes sintomas podem ser leves ou nem aparecer. Entretanto, caso a doença consiga passar para a próxima fase, as úlceras podem ficar grandes no processo.
Leishmaniose mucocutânea: Quando a leishmaniose torna-se mucocutânea, ela é capaz de afetar o nariz, a boca e as demais mucosas. Os sintomas da versão cutânea tornam-se muito mais graves. Deformação facial, o rosto pode ficar deformado devido a destruição de tecido cartilaginoso. O nariz inteiro pode ser consumido por úlceras, assim como lábios, orelhas e pedaços do rosto.
Leishmaniose visceral: Nesta versão da doença, os órgãos internos são afetados. Ela é transmitida apenas pela Leishmania donovani, a Leishmania infantum e a Leishmania chagasi, três versões do parasita a causar leishmaniose. A versão da doença também é chamada de calazar e diversos sintomas podem surgir. Estes sintomas costumam se manifestar em torno de 4 a 8 meses depois da infecção, mas podem levar até 2 anos para sua aparição. Nos casos em que o paciente é imunocomprometido, alguns dias podem bastar. Os sintomas são: Descamação de pele, Calombos no couro cabeludo, Febre, Esplenomegalia (Aumento do baço), Hepatomegalia (Aumento do fígado), Redução da imunidade, Fraqueza, Diarreia, Sangramento na boca e intestinos, Palidez
Na maioria dos casos, a leishmaniose humana tem cura. Nem sempre, entretanto, é possível se livrar completamente da doença e ela pode apenas ficar inativa. Com os animais o oposto acontece: em alguns tipos de tratamento a cura é possível, mas ela é bastante difícil. Nos casos em que o sistema imunológico do paciente reage da maneira correta ao parasita, eliminando as células fagocitárias, a pessoa torna-se imune a leishmaniose. 
O tratamento: O tratamento, tanto em humanos quanto em animais, é feito através de medicação antimonial pentavalente. Esse tratamento é agressivo e pode causar diversos efeitos colaterais, como dores de cabeça, alterações hepáticas e edemas faciais, entre outros, mas quando o paciente se cura, o que leva em torno de 30 dias de injeções diárias do medicamento, costuma ficar imune.
A leishmaniose é uma doença grave, que mata até 90% dos pacientes que não a tratam caso os sintomas se manifestem. Porém, a cura é possível. Cães, principais vítimas da doença, possuem uma chance menor de cura e precisam ser protegidos das picadas dos insetos. 
Leishmaniose em animais: A leishmaniose é uma doença mais frequente em animais do que em humanos. Nas cidades, é especialmente comum em cães, enquanto em áreas silvestres, a doença afeta principalmente raposas e marsupiais.
Apesar de a doença poder ser curada em humanos, infelizmente não existe cura garantida da leishmaniose para cães. O tratamento mais frequente da doença faz com que ela fique dormente, mas nem sempre curada, e o cão segue como reservatório para o parasita.
É frequente que seja realizada a eutanásia em cães infectados, já que eles se tornam hospedeiros da doença e ajudam a espalhar o parasita. Entretanto, não se deve esquecer que eles são as vítimas aqui, já que o vetor da leishmaniose é o mosquito.
No ano de 2016 foi liberado no Brasil um medicamento que demonstra resultados satisfatórios em cães. O medicamento, chamado Milteforan, consegue curar o animal por completo, mas durante toda a vida o cão deve acompanhar seu estado para saber se não houve um retorno da infecção ou se ele não foi infectado novamente.
O medicamento deve ser usado durante 28 dias, sem interrupção.

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