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Prévia do material em texto

Plano	de	Aula:	CRIMES	CONTRA	A	DIGNIDADE	SEXUAL.	DOS
CRIMES	CONTRA	A	LIBERDADE	SEXUAL.	DOS	CRIMES	SEXUAIS
CONTRA	VULNERÁVEL.	DISPOSIÇÕES	GERAIS.
DIREITO	PENAL	III	-	CCJ0110
Título
CRIMES	CONTRA	A	DIGNIDADE	SEXUAL.	DOS	CRIMES	CONTRA	A	LIBERDADE
SEXUAL.	DOS	CRIMES	SEXUAIS	CONTRA	VULNERÁVEL.	DISPOSIÇÕES	GERAIS.
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
9
Tema
CRIMES	CONTRA	A	DIGNIDADE	SEXUAL.	DOS	CRIMES	CONTRA	A	LIBERDADE
SEXUAL.	 DOS	 CRIMES	 SEXUAIS	 CONTRA	 VULNERÁVEL.	 DISPOSIÇÕES	 GERAIS.
(ART.213,	215	e	216-A	;	217-A,	218,	218-A	e	218-B,	225	e	226		Código	Penal)
Objetivos
O	aluno	deverá	ser	capaz	de:
										Identificar	as	condutas	lesivas	à	liberdade	sexual.
									Avaliar	os	reflexos	advindos	da	reforma	penal	de	2009
pela	Lei	n.12.015	para	fins	de	tipificação	das	condutas	e
conseqüente	conflito	de	Direito	Intertemporal.
									Analisar	a	incidência	dos	institutos	repressores	da
Lei	n.	8.072/90	nos	delitos	contra	a	dignidade	sexual.
Estrutura	do	Conteúdo
Antes	da	aula,	não	esqueça	de	ler	:	
Os	artigos.	213,	215	e	216-A,	217-A,	218,	218-A	e	218-B,	225,
226	e	111,	V,	do	Código	Penal	
Art.	1º,	V,	VI	e	VII,	da	lei	n.8072/1990	(Lei	de	Crimes
Hediondos).	
Verbete	de	Súmula	n.711,	do	Supremo	Tribunal	Federal.	
ESTRUTURA	DE	CONTEÚDO	DESTA	AULA:	
I.	DOS	CRIMES	CONTRA	A	LIBERDADE	SEXUAL.	
1	Estupro	-	art.	213,	do	Código	Penal	
1.1	Análise	da	figura	típica:	Bem	jurídico	tutelado.
Elementos	do	tipo.	Sujeitos	do	delito.	Classificação
doutrinária.	Consumação	e	tentativa.	
1.2.	Classificação	do	delito	após	a	alteração	promovida
pela	Lei	12.015/09;	
1.3	Figuras	típicas	-	simples	e	qualificada	pela	idade	da
vítima,	pela	lesão	grave	ou	pela	morte;	
1.4	Questões	relevantes:	
a)	O	princípio	da	proporcionalidade	das	penas	e	o
confronto	entre	a	contravenção	penal	de	importunação
ofensiva	ao	pudor,	o	delito	de	ato	obsceno	e	o	delito	de
estupro.	
b)	A	revogação	do	art.	214,	do	CP	e	a	não	ocorrência	de
abolitio	criminis	(a	junção	do	antigo	crime	de	atentado	ao
pudor	ao	atual	crime	de	estupro).	
c)	A	classificação	do	estupro	como	tipo	misto	alternativo	ou
cumulativo	e	os	critérios	de	aplicação	de	pena	no	caso	da
prática	de	mais	de	uma	conduta	no	mesmo	contexto	fático.
d)	O	conflito	de	leis	no	tempo	-	retroatividade	da	Lei
12.015/09	aos	casos	anteriores	de	concurso	entre	atentado
violento	ao	pudor	e	estupro	contra	a	mesma	vítima	em	um
mesmo	contexto;	
e)	A	hediondez	do	delito	de	estupro	em	qualquer	de	suas
formas	(art.	1	°,	inciso	V,	da	Lei	8.072/90).	
f)	A	qualificadora	relativa	à	idade	da	vítima	-	maior
proteção	ao	indivíduo	menor	de	18	anos;	
g)	As	qualificadoras	relativas	ao	resultado	mais	grave
(lesão	grave	e	morte)	-	ausência	de	dolo	na	configuração
do	resultado.	
1.5	Distinção	entre	o	estupro	e	outras	figuras	típicas
contra	a	dignidade	sexual.	
2.	Violação	sexual	mediante	fraude	art.	215,	do	Código
Penal	
2.1.	Análise	da	figura	típica:	Bem	jurídico	tutelado.
Elementos	do	tipo.	Sujeitos	do	delito.	Classificação
doutrinária.	Consumação	e	tentativa.	
2.2..	Figuras	Típicas.	
3.	Assédio	Sexual	-	art.	216-A,	do	Código	Penal	
3.1.	Análise	da	figura	típica:	Bem	jurídico	tutelado.
Elementos	do	tipo.	Sujeitos	do	delito.	Classificação
doutrinária.	Consumação	e	tentativa.	
a)	Ausência	de	violência	ou	grave	ameaça;	
b)	Desnecessidade	da	obtenção	de	vantagem	patrimonial	-
crime	formal;	
3.3.	Figuras	típicas	-	simples	e	majorada	pela	idade	da
vítima.	
3.4.	Questões	relevantes:	
a)	A	superioridade	hierárquica	ou	ascendência	como
elementares	do	tipo;	
b)	A	relação	empregatícia	ou	o	exercício	de	cargo	ou
função	pública	como	elementares	do	tipo;	
c)	Assédio	sexual	nas	relações	empregatícias	domésticas.	
d)	Conflito	aparente	entre	o	assédio	sexual	e	outros	crimes
contra	a	dignidade	sexual.	
e)	Conflito	aparente	entre	o	assédio	sexual	e	o	crime	de
constrangimento	ilegal	e	a	contravenção	penal	de
importunação	ofensiva	ao	pudor.	
f)	Concurso	de	pessoas	no	assédio	sexual	-	artigo	30,	do
CP.	
II.	DOS	CRIMES	SEXUAIS	CONTRA	VULNERÁVEL.	
1.	Estupro	de	Vulnerável	-	art.	217-A,	do	Código	Penal	
1.2	Análise	da	figura	típica:	Bem	jurídico	tutelado.
Elementos	do	tipo.	Sujeitos	do	delito.	Classificação
doutrinária.	Consumação	e	tentativa.	Figuras	típicas	
1.3	Conceito	de	vulnerável	para	fins	penais.	
1.4.	Questões	relevantes:	
a)	A	revogação	do	art.	224,	do	Código	Penal	e	a
irretroatividade	da	Lei	12.015/09.	
c)	A	classificação	do	estupro	de	vulnerável	como	tipo	misto
alternativo	ou	cumulativo	e	os	critérios	de	aplicação	de
pena	no	caso	da	prática	de	mais	de	uma	conduta	no
mesmo	contexto	fático.	
d)	A	prática	do	estupro	com	violência	presumida	em
continuidade	delitiva,	estendendo-	se	para	além	da
entrada	em	vigor	da	Lei	12.015/09	e	o	enunciado	n°	711,	da
Súmula	do	STF.	
e)	A	hediondez	do	delito	de	estupro	de	vulnerável	em
qualquer	de	suas	formas	(art.	1	°,	inciso	VI,	da	Lei
8.072/90).	
f)	As	qualificadoras	relativas	ao	resultado	mais	grave
(lesão	grave	e	morte)	-	ausência	de	dolo	na	configuração
do	resultado.	
1.4.	Distinção	entre	o	estupro	de	vulnerável	e	as	demais
figuras	típicas	contra	a	dignidade	sexual.	
1.5.	Termo	inicial	da	prescrição	antes	de	transitar	em
julgado	a	sentença	final.	
2.	Corrupção	de	menores	-	art.	218,	do	CP	
2.1.	Análise	da	figura	típica:	Bem	jurídico	tutelado.
Elementos	do	tipo.	Sujeitos	do	delito.	Classificação
doutrinária.	Consumação	e	tentativa.	
2.2.	Questões	relevantes:	
a)	Revogação	da	Lei	2.252/54	e	a	alteração	promovida	na
Lei	8.069/90;	
b)	Distinção	com	outros	crimes	contra	a	dignidade	sexual;	
3.	Satisfação	da	lascívia	mediante	presença	de	criança	ou
adolescente	-	art.	218-A,	do	CP	
3.1.	Análise	da	figura	típica:	Bem	jurídico	tutelado.
Elementos	do	tipo.	Sujeitos	do	delito.	Classificação
doutrinária.	Consumação	e	tentativa.	
3.2.	Ação	Penal.	
4.	Favorecimento	da	prostituição	ou	outra	forma	de
exploração	sexual	de	vulnerável	-	art.	218-B,	do	CP.	
4.1.	Análise	da	figura	típica:	Bem	jurídico	tutelado.
Elementos	do	tipo.	Sujeitos	do	delito.	Classificação
doutrinária.	Consumação	e	tentativa.	
4.2.	Questões	Relevantes:	
a)	Inclusão	no	rol	de	delitos	hediondos	pela	Lei	n.	12.978,
de	2014.	
b)	Distinção	com	outros	crimes	contra	a	dignidade	sexual.	
III.	Disposições	Gerais	
1.	Formas	de	Promoção	da	Ação	Penal	nos	crimes	contra	a
liberdade	sexual	e	nos	crimes	sexuais	contra	vulnerável	?
art.225,	do	Código	Penal.	
2.	Causas	de	aumento	de	pena	nos	crimes	contra	a
Dignidade	Sexual	?	art.226,	CP.	
UM	ESBOÇO	CONCEITUAL	DOS	TÓPICOS	RELACIONADOS:	
I.	DOS	CRIMES	CONTRA	A	LIBERDADE	SEXUAL	
1.	Estupro	
Inaugura	o	estudo	sobre	os	crimes	contra	a	dignidade
sexual	e	tem	como	bem	jurídico-penal	a	proteção	da
liberdade	sexual	?	integridade	e	autonomia	sexual,
juridicamente	relevante	com	base	no	direito	fundamental	à
intimidade,	previsto	no	art.	art.5º,	X,	da	CRFB/1988.	
Análise	da	figura	típica:	a	descrição	típica	contempla	o
emprego	da	violência	ou	grave	ameaça	com	o	fim	de
praticar	conjunção	carnal	ou	qualquer	outro	ato	libidinoso
com	a	vítima.	Desta	forma,	excetuando	a	conduta	de
conjunção	carnal	cuja	vítima	somente	pode	ser	a	mulher,	as
demais	condutas	podem	ser	praticadas	contra	qualquer
pessoa.	
Face	à	pluralidade	de	verbos	constantes	no	tipo	penal	e,
consequente	pluralidade	de	condutas,	classifica-se	em	tipo
misto.	Questão	que	ainda	gera	grande	divergência
doutrinária	e	jurisprudencial	relaciona-se	à	classificação
da	infração	penal	de	estupro,	após	a	entrada	em	vigor	da
lei	n.12015/2009,	como	tipo	misto	alternativo	ou	cumulativo
nos	casos	das	condutas	praticadas	após	a	alteração
normativa	do	art.213,	do	Código	Penal.	
Classificação	doutrinária:	delito	comum,	de	dano,	material,
subjetivamente	complexo,	de	forma	livre,	instantâneo
unissubjetivo,	plurissubsitente..	
Ainda,	insta	salientar	que	se	configura	como	delito
hediondo,	ainda	que	na	forma	simples,	por	forçade
expressa	previsão	do	art.1º,	V,	da	lei	n.8072/1990.	
2.	Violação	sexual	mediante	fraude.	
Insere-se	no	capítulo	de	crimes	contra	a	liberdade	sexual,
logo	também	tutela	a	integridade	e	autonomia	sexual.	O
tipo	penal	contempla	a	prática	de	conjunção	carnal	ou
qualquer	outro	ato	libidinoso	mediante	o	emprego	de
fraude,	ardil	ou	outro	meio	que	impeça	ou	dificulte	a	livre
manifestação	de	vontade	da	vítima.	Desta	forma,	o	agente
não	emprega	violência	ou	grave	ameaça	contra	a	vítima.	
Configura-se	como	delito	comum,	de	dano,	material,
doloso,	de	forma	livre,	instantâneo	unissubjetivo	e
plurissubsitente..	
3.	Assédio	Sexual.	
Inserido	no	capítulo	de	crimes	contra	a	liberdade	sexual,
configura-se	como	delito	próprio	na	medida	em	que	o
sujeito	ativo	da	infração	prevalecendo-se	da	sua
superioridade	hierárquica	ou	ascendência	decorrentes	de
emprego,	cargo	ou	função	constrange	a	vítima	com	o
especial	fim	de	obtenção	de	vantagem	ou	favorecimento
sexual.	
Configura-se	como	delito	próprio,	subjetivamente
complexo,	de	forma	livre,	instantâneo,	formal,
unissubjetivo,	pode	ser	unissubsistente	ou
plurissubsitente.	
IV.	DOS	CRIMES	SEXUAIS	CONTRA	VULNERÁVEL.	
1.	Estupro	de	Vulnerável	
Diferencia-se	do	delito	de	estupro	por	força	do	sujeito
passivo	da	infração	penal	na	medida	em	que	considera
vulnerável	os	menores	de	14	anos	as	pessoas	e	condições
fáticas	elencadas	no	art.217	?	A,	caput	e	§1º,	CP,	razão	pela
qual	revogou	o	disposto	no	art.224,	do	Código	Penal	?
presunção	de	violência	e	trouxe	um	tratamento	mais
severo	ao	delito	de	estupro	praticado	contra	vulnerável.	
Identifica-se	como	vulnerável	o	grupo	de	indivíduos	que	?
por	questões	ligadas	a	gênero,	idade,	condição	social,
deficiência	e	orientação	sexual,	tornam-se	mais	suscetíveis
à	violação	de	seus	direitos?.	(AGUDO,	Luis	Carlos.
Considerações	sobre	a	Lei	nº	12.015/09	que	altera	o
Código	Penal.	Disponível	em:	www.ibccrim.org.br	).	
2.	Corrupção	de	menores.	
A	ação	nuclear	prevê	a	conduta	de	induzimento,
aliciamento	do	menor	de	14	anos	a	satisfazer	a	lascívia	de
outrem.	
Configura-se	como	delito	comum,	material,	de	forma	livre,
unissubjetivo	e	plurissubsitente.	
3.	Satisfação	da	lascívia	mediante	presença	de	criança	ou
adolescente	.	
A	ação	nuclear	descreve	a	satisfação	de	lascívia	com	a
presença	de	criança	ou	adolescente	e	comporta	duas
possibilidades,	a	saber:	a	prática,	na	presença	de	menor
de	14	anos,	de	conjunção	carnal	ou	ato	libidinoso	ou
induzimento	de	menor	de	14	anos	a	presenciar	conjunção
carnal	ou	ato	libidinoso.	
Configura-se	como	delito	comum,	formal,	subjetivamente
complexo,	de	forma	livre,	unissubjetivo	e	plurissubsitente.	
4.	Favorecimento	da	prostituição	ou	outra	forma	de
exploração	sexual	de	vulnerável.	
Nesta	figura	típica,	o	legislador	considerou	vulnerável	o
menor	de	18	anos	e	configura-se	como	tipo	misto	face	à
pluralidade	de	condutas.	A	ação	nuclear	visa	ao
favorecimento	à	prostituição,	logo	recai	sobre	um	número
indeterminado	de	pessoas,	diferentemente	do	que	ocorre
nas	infrações	previstas	nos	artigos	218	e	218-A.	
Importante	salientar	que	a	conduta	típica	foi	incluída	no
rol	de	delitos	hediondos	pela	Lei	n.	12.978,	de	2014.	
Aplicação	Prática	Teórica
APLICAÇÃO:	ARTICULAÇÃO	TEORIA	E	PRÁTICA
	
CASO	CONCRETO
Polícia	Civil	investiga	estupro	de	menina	de	9	anos	em	Bento	Gonçalves
A	criança	pediu	socorro	para	moradores	no	bairro	Licorsul
A	Polícia	Civil	de	Bento	Gonçalves	investiga	o	suposto	estupro	de	uma	menina
de	 9	 anos.	 A	 jovem	 teria	 pedido	 socorro	 na	 Rua	 Augusto	 Caprara,	 no	 bairro
Licorsul,	por	volta	das	16h40min.	Uma	moradora	a	acolheu	e	a	Brigada	Militar
(BM)	foi	acionada.
De	acordo	com	relato	da	vítima,	o	crime	teria	sido	cometido	por	um	casal	em
carro	 vermelho	 que	 a	 raptou	 enquanto	 caminhava	 pelo	 bairro	 Vila	 Nova.	 Os
dois	 teriam	oferecidos	doces	e	brinquedos	para	 coagir	 a	menina	a	entrar	no
veículo.	 Após,	 procuraram	 um	 local	 ermo	 onde	 ambos	 teriam	 abusado	 da
jovem.
Após	o	crime,	os	abusadores	deram	R$	50	a	vítima	e	a	abandonaram	no	bairro
Licorsul,	 onde	 ela	 pediu	 por	 socorro.	 A	 menina	 foi	 encaminhada	 para	 o
atendimento	médico	e	exames	de	corpo	de	delito.
De	 acordo	 com	 o	 Conselho	 Tutelar	 de	 Bento,	 que	 também	 foi	 chamado,	 a
menina	 afirmou	 que	 saiu	 a	 pé	 da	 casa	 da	mãe	 com	 destino	 à	 casa	 de	 uma
familiar,	a	poucos	metros	de	distância.	Nesse	curto	trecho,	ela	foi	abordada.
O	resultado	do	exame	de	corpo	de	delito	deve	sair	em	uma	semana.	A	criança
será	 ouvida	 no	 Centro	 de	 Referência	 Especializado	 de	 Assistência	 Social
(Creas)	 de	 Bento,	 conforme	 o	 Conselho	 Tutelar.(Fonte:
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2017/02/policia-civil-investiga-estupro-de-
menina-de-9-anos-em-bento-goncalves-9707752.html)
	
A	 lei	 12015/2009	 passou	 a	 promover	 os	 denominados	 crimes	 “contra	 a
dignidade	sexual”,	o	foco	não	é	mais	como	as	pessoas	deveriam	se	comportar
sexualmente	 perante	 a	 sociedade	 do	 século	 XXI,	 mas	 sim	 a	 tutela	 de	 sua
dignidade	sexual.	Com	o	advento	desse	Diploma	Legal	juntaram-se	os	tipos	dos
arts.	213	e	214	em	um	só	dispositivo,	passando	o	crime	de	estupro	a	não	ser
mais	 bi-próprio,	 pois	 agora	 conta	 com	os	 dois	 comportamentos	 juntos,	 quais
sejam:	conjunção	carnal	violenta	e	demais	atos	libidinosos	com	violência.
Além	 disso	 o	 código	 tutela	 agora	 a	 dignidade	 sexual	 do	 vulnerável,	 com	 a
expressa	revogação	do	dispositivo	que	tratava	da	presunção	de	violência,	em
razão	dessas	situações,	formam-se	as	seguintes	indagações:
a)	A	figura	da	vulnerabilidade	passou	a	ser	absoluta	ou	ainda	pode	ser	tratada
como	relativa?
b)	Qual	 é	 o	 tipo	 de	 ação	 penal	 quando	 se	 tratar	 de	 crime	 de	 estupro	 se	 da
violência	resultar	lesão	corporal	grave	ou	morte?	(CP,	art.	213	§§	1º	e	2º)
QUESTÕES	OBJETIVAS
1)	SEMPRÔNEA,	17	anos,	teve	sua	dignidade	sexual		atingida	porque,	mediante
grave	ameaça,	foi	obrigada	a	praticar	conjunção	carnal	com	ATANAÍDES.	Diante
dos	fatos,	trata-se	de	fato	penal	relevante	de:
a)	ação	penal	de	iniciativa	privada
b)	ação	penal	pública	condicionada	à	representação	da	vítima
c)	ação	penal	pública	incondicionada
				d)	ação	penal	de	iniciativa	privada	personalíssima.
	
2)	 É	 incorreto	 dizer	 que	 no	 crime	 de	 estupro	 de	 vulnerável	 (CP,	 art
217-A)
a)	o	sujeito	passivo	só	pode	ser	pessoa	menor	de	14	anos.
b)	 pune-se	 tão	 somente	 a	 conduta	 de	 praticar	 conjunção	 carnal	 ou
outro	ato	libidinoso.
c)	o	sujeito	ativo	pode	ser	qualquer	pessoa.
d)	é	crime	de	ação	penal	pública	incondicionada.

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