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ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA ETAPA 1 ASPECTOS TEÓRICOS DA ROTINA DE PESSOAL E ADMISSÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito 89130-000 - INDAIAL/SC www.uniasselvi.com.br Curso de Rotinas de Pessoal na Prática Centro Universitário Leonardo da Vinci Organização Daniele de Lourdes Curto da Costa Martins Autora Estelamaris Reif Reitor da UNIASSELVI Prof. Hermínio Kloch Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância Prof.ª Francieli Stano Torres Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância Prof. Hermínio Kloch Diagramação e Capa Renan Willian Pacheco Revisão Aline Fernanda Guse 3 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM A partir desta etapa, você será capaz de: • entender os conceitos principais da rotina de pessoal; • aprender quais são os documentos necessários para admissão, preenchendo de fato a ficha registro de um funcionário e sua CTPS; • estudar sobre os contratos de trabalho permitidos pela legislação; • aprender sobre as jornadas de trabalho existentes, como se deve preencher a folha ponto e posteriormente calculá-la para lançá-la na folha. PLANO DE ESTUDOS Caro acadêmico! Esta unidade de estudos encontra-se dividida em quatro tópicos de conteúdos. Ao longo de cada um deles você encontrará sugestões e dicas que visam potencializar os temas abordados, e ao final de cada um estão disponíveis resumos e autoatividades que visam fixar os temas estudados. TÓPICO 1 - CONCEITOS PRINCIPAIS DE ROTINAS DE PESSOAL TÓPICO 2 - PROCEDIMENTOS ADMISSIONAIS TÓPICO 3 - CONTRATO DE TRABALHO TÓPICO 4 - JORNADA DE TRABALHO 4 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. TÓPICO 1 CONCEITOS PRINCIPAIS DE ROTINAS DE PESSOAL 1 INTRODUÇÃO Caro acadêmico, começo parabenizando você pela ousadia de buscar se aperfeiçoar nos seus estudos. Estamos em um mundo em que parar não é uma opção, e sim uma desvantagem, principalmente quando tratamos de rotinas de pessoal. Para trabalhar nessa área e ser um profissional reconhecido, você vai precisar entender muito mais do que apenas matemática, vai precisar gostar de ler e estar em constante aperfeiçoamento. Ler, porque nesta área a legislação trabalhista está ligada diretamente a assuntos de rotina de pessoal; e o constante aperfeiçoamento, porque as leis mudam com frequência e você deve estar atento a isto. Tire o máximo de proveito deste curso e, ao final de cada etapa, pratique os exercícios quantas vezes for necessário, até que você não tenha mais dúvidas, pois quanto maior for o seu conhecimento, com certeza, maior será seu sucesso! Bons estudos! 2 CONCEITOS PRINCIPAIS DE ROTINAS DE PESSOAL Primeiro vamos entender alguns conceitos primordiais que são utilizados no meio empresarial: EMPREGADOR: O art. 2º da CLT (BRASIL, 1943) define como empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Nos seus parágrafos 1º e 2º, a CLT (BRASIL, 1943) aborda que se assemelham ao empregador, para fins de relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitam trabalhadores como empregados. E que, sempre que uma ou mais empresas, embora tenham personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis à empresa principal e cada uma das subordinadas. 5 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA EMPREGADO O art. 3º da CLT (BRASIL, 1943) define como empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual ao empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Em seu parágrafo único, escreve que não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Para a caracterização do vínculo empregatício são necessários os seguintes requisitos (MACHADO; SANTOS, 2016, p. 26): a) prestação de serviço de forma não eventual, ou seja, habitual; b) subordinação – o empregador estabelece as regras/ordens ao empregado; c) pessoalidade – somente o empregado pode prestar o serviço; d) pagamento de salário – todo trabalho deve ser remunerado. AUTÔNOMO Trabalhador autônomo é quem exerce atividade por conta própria, com independência e sem subordinação. Podendo o trabalhador autônomo adotar livremente procedimentos disponíveis na execução do seu trabalho. Pode ser substituído por outro trabalhador na execução dos seus serviços (MACHADO; SANTOS, 2016). Vejamos como funciona esta hierarquia dentro de uma organização. FIGURA 1 – HIERARQUIA EMPREGADOR X EMPREGADO X AUTÔNOMO FONTE: A autora Observa-se na Figura 1 que o empregador está ao lado do autônomo, ou seja, ele contrata os serviços de um terceiro, porém não cabe a ele ficar dando ordens e instruções de como fazer o serviço. Em seguida, temos o empregado, que responde diretamente ao empregador devido à subordinação. 6 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Entender este tripé e a questão do vínculo empregatício é de extrema importância, pois muitos gestores ainda não compreendem esta diferenciação e por isso acabam recebendo tantas ações trabalhistas. Neste sentido, cabe ao setor pessoal orientar o gestor sobre a legislação trabalhista e minimizar os riscos para futuros problemas. TÓPICO 2 PROCEDIMENTOS ADMISSIONAIS 1 INTRODUÇÃO Admitir um funcionário não está no simples fato de coletar documentos e preparar todos os formulários e requerimentos que a legislação exige. Procedimentos admissionais envolvem, além de organização, outras características, como pontualidade, comprometimento e, muitas vezes, rigidez. Você deve estar se perguntando, por quê? Bem, pelo simples fato de que ainda vivemos em uma cultura em que a maioria das pessoas não possui seus documentos em dia, muda-se muito de lugar e acaba extraviando os documentos, ou até mesmo não está acostumada a organizar a documentação antes mesmo de começar a trabalhar. Vivemos em uma era digital, hoje a legislação exige que, antes mesmo do funcionário começar a trabalhar, ele possua todos os seus documentos na empresa e esteja devidamente registrado. Este cenário ainda não está 100% concluído, mas com a vinda do E-Social muita coisa vai mudar, e você, como futuro colaborador do setor pessoal, precisa estar preparado mais do que nunca. UNI E-Social – Escrituração Fiscal Digital Social É a unifi cação por meio eletrônico do envio de informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fi scais. O E-Social registrará a vida laboral de todos os contribuintes, inclusive o doméstico (OLIVEIRA, 2015). 2 PROCEDIMENTOS ADMISSIONAIS Para a admissão do empregado, é necessário que ele apresente a seguinte documentação obrigatória, conforme normas do Ministério do Trabalho (Art.13 da CLT, Portaria 41/2007, Norma Regulamentadora NR-7): 7 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA • CTPS – Carteira do Trabalho e Previdência Social. • Atestado médico admissional (expedido por médico do trabalho). • No mínimo uma foto 3x4 (que será anexada no livro ou ficha de registro de empregados). • Comprovante de residência – para fi ns de recebimento de vale-transporte. • Identidade. • CPF – Cadastro de Pessoa Física. • Cartão ou número do PIS. • Certidão de nascimentodos fi lhos menores de 14 anos. • Cartão de vacinação dos menores de sete anos. • Atestado de matrícula e frequência escolar semestral dos maiores de sete anos, para fi ns de recebimento do salário-família. • Certifi cado de reservista (para homens com mais de 18 anos). • Título eleitoral (para pessoas com mais de 16 anos). • Certidão de casamento ou nascimento (comprovação do estado civil). Os documentos para registro não necessitam ser autenticados, podem ser cópia simples. Agora, vejamos passo a passo como você deve organizar o recolhimento desses documentos. Lembrando: A legislação exige que todos os documentos do funcionário estejam em dia, com a empresa, antes dele começar a trabalhar. O que é de obrigação do funcionário providenciar: • CTPS. • Foto 3x4. • Comprovante de residência. • Identidade e CPF. • Certidão de nascimento dos fi lhos menores de 14 anos (quando possuir). • Cartão de vacinação dos menores de sete anos. • Atestado de matrícula e frequência escolar semestral dos maiores de sete anos. • Certifi cado de reservista. • Título eleitoral. • Certidão de casamento ou nascimento. ATENÇÃO Os documentos para registro não necessitam ser autenticados, podem ser cópia simples. 8 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. O que é obrigação da empresa providenciar: • Atestado médico admissional (expedido por médico do trabalho) (deve ser agendado com a empresa de medicina ocupacional com a qual a empresa contratante possui convênio e informado ao empregado que compareça no local e hora marcados). IMPORTANTE Todos os exames laborais da empresa só podem ser feitos por um médico do trabalho. Este médico deve ser conveniado a empresa que elabora os laudos médicos exigidos por lei (PCMSO, PPRA e LTCAT). FIGURA 2 – MODELO DE ASO – ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL FONTE: Disponível em: <htt p://docplayer.com.br/11934171-Modulo-v-rotinas-praticas-trabalhistas. html>. Acesso em: 26 fev. 2017. Em relação ao cartão ou número do PIS. Nas CTPS antigas o PIS geralmente se encontra grampeado ao fi nal na última página. Já no modelo novo de CTPS, o número do PIS vem impresso na primeira folha. Vejamos as imagens: 9 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA FIGURA 3 – CTPS NOVA (PIS NA FRENTE) FONTE: Disponível em: <htt p://www.caixa-pis.com/o-que-e-o-pis/>. Acesso em: 26 fev. 2017 FIGURA 4 – CTPS ANTIGA (PIS NO FINAL) FONTE: Disponível em: <htt p://oreidoscabelosresposta.blogspot.com.br/2015/05/2- tecnicas-utilizadas-para-se-tornar-o.html>. Acesso em: 26 fev. 2017. Uma terceira opção, caso você ainda assim não consiga o número do PIS, é através do cartão do cidadão, lá também constará o número do PIS. 2.1 EFETUANDO O REGISTRO DO EMPREGADO Em posse de todos os documentos do empregado, você deve começar a fazer o registro dele. Inicia-se pelo registro no sistema contábil, posteriormente pelo registro na CTPS e em seguida pelo registro na fi cha registro. 10 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. A portaria MTE nº 41 (BRASIL, 2007) determina que o registro deve obrigatoriamente conter as seguintes informações: I- Nome do empregado, data de nascimento, fi liação, nacionalidade e naturalidade. II- Número e série da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS. III- Número de identifi cação do cadastro no Programa de Integração Social – PIS. IV- Data de admissão. V- Cargo e função. VI- Remuneração. VII- Jornada de trabalho. VIII- Férias. IX- Acidente do trabalho e doenças profi ssionais, quando houver. Os itens VIII e IX aparecerão no registro do funcionário com o decorrer do tempo, apenas os demais itens aparecerão no registro inicial. Registro no sistema contábil: cada empresa ou organização contábil trabalha com um sistema diferente, porém as informações essenciais para o funcionamento serão basicamente as mesmas. O que irá alterar são as telas de cadastro, tornando-se inviável abordarmos este tipo de registro no curso, visto a diversidade de sistemas que existem. Registro na CTPS: o registro na CTPS pode ser feito de forma manual (escrito), por meio de carimbo, ou ainda utilizando uma etiqueta. Deverá conter as seguintes informações: • Dados da empresa: Razão Social, CNPJ, endereço. esp. do estabelecimento (comercial, industrial, serviço). • Dados do empregado: data de admissão, função e CBO* e salário. DICA O CBO é a Classifi cação Brasileira de Ocupação, que classifi ca cada função com um código. Você pode encontrar o CBO e sua respectiva função acessando o site do Ministério do Trabalho no link: <htt p://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloA-Z.jsf>. Vejamos o exemplo de um registro na CTPS. 11 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA FIGURA 5 – CTPS PREENCHIDA FONTE: Disponível em: <htt p://docplayer.com.br/11934171-Modulo-v-rotinas- praticas-trabalhistas.html>. Acesso em: 26 fev. 2017. Além da página do contrato de trabalho, você também deve efetuar o registro do contrato de experiência na página de anotações gerais. O contrato de experiência pode ser feito de três formas: 30 + 60 = 90 dias, 45 + 45 = 90 dias ou ainda 30 + 30 = 60 dias. Note que no exemplo de 30 + 30 dias não atingimos o máximo de vigência de contrato de experiência, mas, como é permitida somente uma prorrogação, o prazo máximo, neste caso, é de 60 dias. ATENÇÃO Note que no exemplo de 30 + 30 dias não atingimos o máximo de vigência de contrato de experiência, mas, como é permitida somente uma prorrogação, o prazo máximo, neste caso, é de A opção da forma de contrato de experiência fi ca a critério da empresa, que deverá informar no ato da admissão qual a forma escolhida. Veremos mais sobre contrato de experiência no próximo tópico. O registro também pode ser feito de forma manual (escrito) por meio de carimbo, ou ainda se utilizando uma etiqueta. Vejamos o exemplo: 12 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. FIGURA 6 – EXEMPLO DE ANOTAÇÃO DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA FONTE: Disponível em: <http://docplayer.com.br/11934171-Modulo-v- rotinas-praticas-trabalhistas.html>. Acesso em: 26 fev. 2017. Registro na Ficha Registro: a Lei nº 10.243/2001 desobrigou a autenticação dos livros/ficha de registro dos funcionários pelos órgãos competentes, o que facilitou e agilizou o setor pessoal. Sendo assim, grande parte das organizações contábeis não preenche mais a ficha registro do funcionário de forma manual, pois uma vez inserido o registro no sistema, ele gera a ficha e basta imprimi-la. Porém, ainda existem os que preenchem as fichas de forma manual, por isso vamos aprender como preenchê-la corretamente. Vejamos o exemplo: 13 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA FI G U R A 7 – E X E M P L O D E F IC H A R E G IS T R O D E E M P R E G A D O Fo nt e: D is p on ív el e m : < htt p :// co d ef re e. m xa te c. co m /2 01 5/ 02 /0 5/ fi ch a- d e- re gi st ro -d e- em p re ga d o- re -r eg is tr o- d e- fu nc io na ri os -m od el o- d oc /> . A ce ss o em : 2 6 fe v. 2 01 7. 14 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Para seu preenchimento são utilizadas as mesmas informações que foram utilizadas para registro no sistema e na CTPS. 2.2 DOCUMENTOS REFERENTES AO REGISTRO Após efetuado o registro do funcionário,é necessário providenciar a documentação que ele deverá assinar: • Contrato de experiência (2 vias). • Termo de prorrogação de jornada de trabalho (2 vias). • Termo de compensação de jornada de trabalho (2 vias). • Comprovante de entrega da CTPS e comprovante de devolução da CTPS (1 via). • Ficha registro do empregado (Quando Mecanizada – 2 Vias)*. • Opção do vale-transporte (caso haja opção – 1 via). • Autorização para desconto de vale-refeição (caso haja fornecimento – 1 via). • Declaração de dependentes para fi ns do Imposto de Renda. • Ficha de salário-família. • Termo de responsabilidade para concessão de salário-família. Os documentos impressos em duas vias deverão ter uma via entregue ao empregado. IMPORTANTE A fi cha registro é o único documento que é impresso em duas vias e nenhuma é entregue ao funcionário. Uma via deve retornar ao setor pessoal e a outra deve fi car arquivada na empresa, conforme determina a Portaria 41 (MTE/2007). Demais documentos poderão ser gerados de acordo com as necessidades e especifi cidades de cada empresa. TÓPICO 3 CONTRATO DE TRABALHO 1 INTRODUÇÃO O Art. 442 da CLT (BRASIL,1943) apresenta o conceito de contrato de trabalho como sendo “Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à 15 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA relação de emprego”. Em outras palavras, pode-se afirmar que é um ato jurídico firmado entre duas partes, que pode ser escrito ou verbal. Atenção ao acordo verbal! Apesar da CLT (BRASIL, 1943) em seu Art. 443 mencionar que “O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado”, o Art. 447 da mesma CLT (BRASIL, 1943), comenta sobre a falta de comprovação para este tipo de contrato: “Na falta de acordo ou prova sobre condição essencial ao contrato verbal, esta se presume existente, como se a tivessem estatuído os interessados na conformidade dos preceitos jurídicos adequados à sua legitimidade”. Já existem várias discussões judiciais sobre esta questão, porém, para evitar problemas, recomenda-se que todo contrato de trabalho tenha seu registro na Carteira de Trabalho. 2 CONTRATO DE TRABALHO Conforme mencionado anteriormente, o Art. 443 da CLT aborda duas formas de contrato individual de trabalho: por prazo determinado ou indeterminado. Vamos entender a diferença entre cada um. 2.1 CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO O parágrafo 1º do Art. 443 da CLT (BRASIL, 1943) considera como de prazo determinado “o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada”. O parágrafo 2º complementa que esse tipo de contrato só será válido em se tratando das seguintes situações: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; e c) de contrato de experiência. Machado e Santos (2016) mencionam alguns exemplos para as situações descritas: 16 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. QUADRO 1 – EXEMPLOS DE CONTRATOS POR PRAZO DETERMINADO a) De serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo. b) De atividades empresariais de caráter transitório c) De contrato de experiência Exemplos: Indústria de fogos de artifício contrata trabalhadores para vender os mencionados fogos por ocasião dos festejos juninos; ou fábricas de panetones contratam vendedores para vender o mencionado produto no final do ano. Exemplos: Contratação de intérpretes para a realização anual de feira internacional; ou contratação de demonstradoras para apresentação de produtos novos em supermercados. Exemplos: A finalidade do contrato de experiência é permitir mútuo conhecimento entre os contratantes. A empresa observa o desempenho do empregado e o empregado analisa as condições de trabalho oferecidas, bem como sua adaptação ao ambiente. FONTE: adaptado de Machado e Santos (2016) Nas situações em que o contrato por prazo determinado for do tipo “a” ou “b”, é permitida uma prorrogação, desde que a soma dos dois não ultrapasse dois anos (MACHADO; SANTOS, 2016). Exemplo 1: Contrato inicial = ...............................................120 dias Prorrogação = ................................................... 90 dias Total = .............................................................. 210 dias Quanto ao contrato de experiência abordado no item “c”, admite-se também uma única prorrogação, porém neste caso a soma dos dois não poderá ultrapassar 90 dias (MACHADO; SANTOS, 2016). Exemplo 2: Contrato de experiência = .................................. 45 dias Prorrogação = .................................................... 45 dias Total = ................................................................ 90 dias Exemplo 3: Contrato de experiência = ................................ 30 dias Prorrogação = ................................................... 30 dias Total = ............................................................... 60 dias No exemplo 2, atingiu-se o máximo de vigência de contrato de experiência, 90 dias, com uma prorrogação. Já no terceiro exemplo não se atingiu o máximo de vigência 17 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA de contrato de experiência, porém, como é permitida somente uma prorrogação, o prazo máximo, neste caso, será de 60 dias (ROKEMBACH, 2009). Atingindo o prazo fi nal do contrato por prazo determinado e nenhuma das partes se manifestar acerca do término do contrato, ele passa a vigorar por prazo indeterminado (MACHADO; SANTOS, 2016). ATENÇÃO Atingindo o prazo fi nal do contrato por prazo determinado e nenhuma das partes se manifestar acerca do término do contrato, ele passa a vigorar por prazo indeterminado (MACHADO; Vejamos agora o exemplo de um contrato de trabalho por prazo determinado. 18 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. FIGURA 8 – EXEMPLO DE CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO FONTE: Disponível em: <https://imgv2-2-f.scribdassets.com/img/document/21134000/original/ a12dca89d8/1487120213>. Acesso em: 27 fev. 2017. 19 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA IMPORTANTE Recontratação/Readmissão de ex-empregado. O Art. 452 da CLT impede nova contratação por tempo determinado sem a observância do intervalo de seis meses. Observe que no modelo anterior o termo de prorrogação do contrato encontra-se logo abaixo do contrato e no mesmo documento. Esta forma é permitida por lei, desde que o empregado assine a prorrogação somente quando ela realmente ocorrer e não no ato da admissão. Existe também a opção de fazer o Termo de Prorrogação em um documento separado, isto vai depender do sistema que é utilizado e da necessidade da empresa. IMPORTANTE Havendo a suspensão temporária do contrato de trabalho (doença, acidente de trabalho), paralisa-se a contagem dos dias do contrato de experiência quando o colaborador passar a receber benefício previdenciário. Exemplo: primeiros 15 dias pagos pela empresa (entra para a contagem do contrato). A partir do 16º dia quem paga é o INSS, nesse caso, para a contagem dos dias do contrato de experiência (MACHADO; SANTOS, 2016). 2.2 CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO Rokembach (2009, p. 15) defi ne contrato por prazo determinado como “um contrato normal, em que não existe período de vigência preestabelecido”. O contrato porprazo indeterminado possui as mesmas características que o contrato por prazo determinado, bem como as mesmas obrigações por parte do empregado e do empregador. Porém, como já destacado, não possui data fi nal para término. Vejamos um exemplo de contrato por prazo indeterminado. IMPORTANTE Enquadram-se neste item os empregados que já tenham trabalhado anteriormente na empresa e estejam sendo recontratados para a mesma função. Neste caso, a CLT aborda que ele já comprovou sua experiência uma vez, não havendo necessidade de comprová-la novamente 20 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. FIGURA 9 – EXEMPLO DE CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO INDETERMINADO 21 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Fonte: <https://pt.slideshare.net/rodolfo39/contrato-individual-de-trabalho-de-prazo-indeterminado>. Acesso em 27 fev. 2017. No exemplo da figura anterior, o contrato de trabalho possui duas páginas, e é na 6ª cláusula que as partes escrevem sobre o prazo, comentando apenas a data de início de vigência. Não é necessária a autenticação em cartório, conforme mostra a figura. 22 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. UNI A rescisão pode ocorrer a qualquer momento, desde que uma das partes dê o aviso prévio. TÓPICO 4 JORNADA DE TRABALHO 1 INTRODUÇÃO Jornada de trabalho nada mais é que a quantidade de tempo que o empregado, por força de contrato de trabalho fi rmado, está à disposição do seu empregador, seja trabalhando ou aguardando ordens. Na jornada de trabalho o empregado não pode utilizar do tempo para benefício próprio (MACHADO; SANTOS, 2016). A legislação prevê várias formas de jornadas de trabalho, que vão desde o limite máximo de oito horas diárias, até jornadas reduzidas (específi cas para cada caso), que veremos a seguir. 2 JORNADA DE TRABALHO A CLT (BRASIL, 1943) em sua seção II - Art. 58 escreve que a duração normal do trabalho, para os empregados de qualquer atividade privada, não deverá ultrapassar o limite de oito horas diárias, desde que não se tenha expressamente fi xado outro limite. Os parágrafos 1º e 2º do Art. 58 da CLT (BRASIL, 1943) mencionam duas informações extremamente relevantes: Parágrafo 1º: Não serão descontadas nem computadas como jornada extraor- dinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários”. Ou seja, até cinco minutos antes do horário de entrada e até cinco minutos após o horário de saída do funcionário, totalizando 10 minutos, a empresa não é obrigada a computar como horas extraordinárias. Parágrafo 2º: O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. Neste caso, a legislação prevê o seguinte: 23 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA - Quando houver meio de transporte público: não poderá ser computado o tempo (casa-trabalho) para fins de jornada de trabalho. - Quando não houver meio de transporte público e a empresa fornecer condução: deverá ser computado o tempo (casa-trabalho) para fins de jornada de trabalho, e será denominado horas in itinere. Em relação à jornada reduzida prevista em Lei, conforme vimos no início deste tópico, é destinada a algumas profissões específicas. Machado e Santos (2016) elaboraram um quadro em seu livro resumindo as profissões que se enquadram em cada jornada. Vejamos: Jornada de 7 horas - Empregados sujeitos a horários variáveis das seções de técnica, telefones, revisão, expedição, entrega e balcão das empresas que exploram serviços de telefonia. - Músicos. - Operadores em serviços de telefonia, telegrafia submarina e subfluvial. - Radialistas. Jornada de 6 horas - Aeroviários. - Artistas (radiodifusão, fotografia, gravação, cinema, circo etc.). - Bancários. - Empregados de empresas de créditos, financiamento ou investimento. - Operadores em serviços de telefonia, telegrafia submarina e subfluvial. - Radialistas. - Telefonista de mesa. - Trabalhadores em minas no subsolo. Jornada de 5 horas - Noticiarista. - Repórter (cinematográfico, fotográfico e de setor). - Revisor (chefe de revisão). - Fisioterapeuta. - Músicos. - Jornalistas profissionais. - Editor. - Radialista (setores de autoria e locução). - Terapeuta ocupacional. Jornada de 4 horas - Técnico em radiologia (operador de raio X). Jornadas especiais - Artistas e técnicos em espetáculos de diversão – teatro. - Músicos das empresas nacionais de navegação. - Professores. - Professores de cursos livres. Fonte: Adaptado de: Machado e Santos (2016) QUADRO 2 – PROFISSÕES X JORNADAS REDUZIDAS 24 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Os autores escrevem que a relação mencionada no quadro é meramente exemplificativa, devendo sempre ser consultada a legislação pertinente a cada profissão. Além da jornada de trabalho, deve ser observado o intervalo destinado ao repouso ou alimentação. Machado e Santos (2016) escrevem que o intervalo destinado a repouso/ alimentação é um período de suspensão da jornada, ou seja, não é computado. Este tempo de intervalo concedido deve ser estabelecido de acordo com a quantidade de horas da jornada de trabalho, quando esta for superior a quatro horas, e é aconselhável que seja concedido na metade da jornada de trabalho. Os intervalos serão os seguintes: Jornada de Trabalho Intervalo Jornada de até 4 horas Não há intervalo Jornada de 4 a 6 horas Intervalo obrigatório de 15 minutos Jornada superior a 6 horas Intervalo mínimo de 1 hora e máximo de 2 horas QUADRO 3 – INTERVALO PARA JORNADA DE TRABALHO Fonte: Machado e Santos (2016) 2.1 HORÁRIO NOTURNO O Parágrafo 2º do Art. 73 da CLT (BRASIL, 1943) comenta que “considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte”. Parágrafo 1º do Art. 73 da CLT determina que a hora do trabalho noturno seja computada como de 52 minutos e 30 segundos e não 60 minutos, como uma hora diurna normal. Vejamos o exemplo: 25 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA FIGURA 10 – HORA NOTURNA X HORA DIURNA Fonte: Disponível em: <htt p://adicional-noturno.info/>. Acesso em: 28 fev. 2017. IMPORTANTE É proibido menores de 18 anos trabalharem em horário noturno, independentemente do gênero (MACHADO; SANTOS, 2016). Quanto à remuneração da hora noturna, o art. 73 da CLT (BRASIL, 1943) determina que trabalho noturno terá um acréscimo de 20% sobre a hora diurna (exceto condições mais benéfi cas previstas em acordo, convenção coletiva ou sentença normativa). De acordo com o parágrafo 3º Art. 73 da CLT (BRASIL, 1943), tratando-se de empresas que não mantêm trabalho noturno habitual, será feito o cálculo do acréscimo de 20% tendo em vista os valores pagos por trabalhos diurnos. No caso em que o trabalho noturno decorra da natureza das atividades habituais da empresa, o aumento será calculado sobre o salário-mínimo vigente. Vejamos o exemplo: João Romero da Silva – Salário 1.200,00 Salário-mínimo vigente em 2017 – 937,00 26 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. 1º Caso – João trabalha habitualmente no 3º turno de uma empresa frigorífica. Neste caso, João deve ganhar o adicional noturno sobre o salário-mínimo vigente, conforme determina a lei. Salário-mínimo 937,00 x20% = 187,40 (Este será o acréscimo no salário do João por trabalhar no 3º turno) 2º Caso – João trabalha no 2º turno de uma empresa frigorífica, porém chegou atrasado ao trabalho devido ao pneu do ônibus que o leva até o serviço ter furado. O empregador de João permitiu que ele trabalhasse depois das 22h para recuperar as horas que ele se atrasou, sendo assim João trabalhou das 22h às 24h para recuperar suas horas. Vamos aos cálculos: Quantidades de horas noturnas trabalhadas = 2 horas Salário do João 1.200,00/220 = 5,45 (1.200,00 dividido por 220 horas (que é o padrão de um mensalista) = valor por hora do trabalhador). Já sabemos que João ganha 5,45 a hora, porém ele teve 2 horas noturnas. 5,45 x 2 horas = 10,90 x 20% de adicional noturno = 2,18 (Este será o acréscimo no salário do João por trabalhar 2 horas no 3º turno). Veja que no 1º caso utilizamos como base de cálculo o salário-mínimo, e no 2º caso utilizamos como base de cálculo o próprio salário do funcionário. Isto é o que determina a lei. 3 MENSALISTA X HORISTA MENSALISTA Oliveira (2015) escreve que para o empregado mensalista serão considerados para cálculo de dias de trabalho sempre 30 dias por mês, mesmo que um mês venha a ter um número de dias superior ou inferior. Vejamos o exemplo dado por Oliveira (2015): um mensalista trabalha oito horas diárias de segunda a sexta-feira, e aos sábados quatro horas, totalizando 44 horas semanais, conforme previsto na Constituição. 27 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA QUADRO 1 : EXEMPLO DE HORÁRIO DE TRABALHO 1ª Semana = segunda a sexta-feira = 5 dias x 8 Horas = 40 h sábado = 1 dia x 4 Horas = 4 h domingo = 1 dia (descanso) = 7:20 2ª Semana = segunda a sexta-feira = 5 dias x 8 Horas = 40 h sábado = 1 dia x 4 Horas = 4 h domingo = 1 dia (descanso) = 7:20 3ª Semana = segunda a sexta-feira = 5 dias x 8 Horas = 40 h sábado = 1 dia x 4 Horas = 4 h domingo = 1 dia (descanso) = 7:20 4ª Semana = segunda a sexta-feira = 5 dias x 8 Horas = 40 h sábado = 1 dia x 4 Horas = 4 h domingo = 1 dia (descanso) = 7:20 5ª Semana = segunda a terça-feira = 2 dias x 7:20 Horas = 14:40 h Totalizando 44 horas semanais 220 horas mensais Fonte: Oliveira (2015) No exemplo dado por Oliveira (2015), os dois últimos dias foram considerados como 7:20 min, porém o empregado trabalhou de fato oito horas para compensar o sábado desta 5ª semana que aparecerá somente no mês seguinte. ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS DE TRABALHO Para os mensalistas que trabalham oito horas diárias de segunda a sexta-feira, e aos sábados quatro horas, existe a possibilidade deste acordo quando a empresa adotar este regime, ou seja, adotar o acordo de compensação de horas (MACHADO; SANTOS, 2016). Neste caso, o empregado trabalhará mais durante a semana e não precisará trabalhar aos sábados. Exemplo: O empregado trabalha de segunda a sexta-feira, oito horas e 48 minutos por dia para compensar os sábados. Para isso, é necessário que ele e a empresa assinem o acordo de compensação de horas de trabalho, conforme modelo a seguir. 28 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. FIGURA 11 – MODELO DE ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS FONTE: Disponível em: <https://pt.slideshare.net/evertonarcie/255460654- departamentopessoal>. Acesso em: 28 fev. 2017. O acordo deverá ser impresso em duas vias, sendo uma via de posse da empresa e outra do empregado. HORISTA As características do empregado horista são basicamente as mesmas que as do empregado mensalista, sua distinção acontece na hora do cálculo das horas trabalhadas. Para o horista, a diferença acontece quando o mês possui 28, 30 e 31 dias. Quando você for calcular a folha de um horista, deve ter sempre o calendário do mês em que está fechando a folha em mãos. Vamos aos exemplos: 29 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA FIGURA 12 – CALENDÁRIO FONTE: http://calendario2017brasil.com.br/ Acesso em: 26 fev. 2017. Cálculo de horas do mês de janeiro de 2017 (31 dias) 1ª Semana = segunda a sexta-feira = 5 dias x 8 Horas = 40 h sábado = 1 dia x 4 Horas = 4 h 2ª Semana = segunda a sexta-feira = 5 dias x 8 Horas = 40 h Sábado = 1 dia x 4 Horas = 4 h 3ª Semana = segunda a sexta-feira = 5 dias x 8 Horas = 40 h sábado = 1 dia x 4 Horas = 4 h 4ª Semana = segunda a sexta-feira = 5 dias x 8 Horas = 40 h sábado = 1 dia x 4 Horas = 4 h 5ª Semana = segunda a terça-feira = 2 dias x 7:20 Horas = 14:40 h Total de horas trabalhadas = 190h40min Total de horas (DSR) = 5 x 7:20 = 36h50min Para o mês de 31 dias = 227h30min Cálculo de horas do mês de fevereiro de 2017 (28 dias) 1ª Semana = segunda a terça-feira = 3 dias x 8 Horas = 24 h sábado = 1 dia x 4 Horas = 4 h 2ª Semana = segunda a sexta-feira = 5 dias x 8 Horas = 40 h sábado = 1 dia x 4 Horas = 4 h 3ª Semana = segunda a sexta-feira = 5 dias x 8 Horas = 40 h sábado = 1 dia x 4 Horas = 4 h 4ª Semana = segunda a sexta-feira = 5 dias x 8 Horas = 40 h sábado = 1 dia x 4 Horas = 4 h 5ª Semana = segunda a terça-feira = 2 dias x 7:20 Horas = 14:40 h 30 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Total de horas trabalhadas = 174h40min Total de horas (DSR) = 4 x 7:20 = 29h20min Para o mês de 28 dias = 204 horas O DSR é o Descanso Semanal Remunerado assegurado por lei, como prevê o Art. 385 da CLT (BRASIL, 1943): “descanso semanal será de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas e coincidirá no todo ou em parte com o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa de serviço”. ATENÇÃO O DSR é o Descanso Semanal Remunerado assegurado por lei, como prevê o Art. 385 da CLT (BRASIL, 1943): “descanso semanal será de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas e coincidirá no Agora, para calcularmos o salário do horista aplicamos a seguinte equação: Salário / Quantidades de horas mês x Quantidade de horas trabalhadas Exemplo: João Romero da Silva – Salário 1.200,00 Salário de janeiro/2017 (31 dias = 227h30min) 1.200,00/227h30m x 170 horas trabalhadas = R$ 896,70. Este será o salário dele referente a janeiro/2017. Salário de fevereiro/2017 (28 dias = 204 horas) 1.200,00/204 horas x 170 horas trabalhadas = R$ 1.000,00. Este será o salário dele referente a fevereiro/2017. 4 REGISTRO PONTO Os estabelecimentos que possuam mais de dez empregados estão obrigados a manter controle de marcação de entrada e saída, podendo ser manual, mecânico ou eletrônico. O período de repouso deve estar pré-assinalado (MACHADO; SANTOS, 2016). Vejamos alguns modelos de registro ponto: 31 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA FIGURA 13 – MODELO DE CARTÃO PONTO Fonte: Disponível em: <http://www.navegarnainternet.com.br/ instalacao.htm>. Acesso em: 28 fev. 2017. Neste modelo apresentado na figura anterior o cartão ponto é comprado pronto na papelaria e os dados do cabeçalho e do descanso semanal devem ser preenchidospelo setor pessoal. Posteriormente, o preenchimento do horário pode ser feito pelo uso do relógio ponto ou ainda de forma manual. No verso deste cartão ponto o funcionário deve assiná-lo. Nesse tipo de controle as horas extras, faltas e atrasos devem ser checados de forma manual, bem como o seu cálculo também é feito desta forma. 32 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. FIGURA 14 – MODELO DE FOLHA PONTO Fonte: Disponível em: <htt p://159.203.80.4/wp-content/uploads/2014/07/Folha-de-Ponto-Individual- para-Imprimir-724x1024.png>. Acesso em: 28 fev. 2017. 33 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA O modelo apresentando na Figura 14 pode ser feito no computador (word/excel) ou retirado direto do sistema no qual a empresa gera a folha de pagamento, agilizando o procedimento de emissão de registro ponto. Observe que nesse modelo o funcionário assina ao lado de cada dia e não somente ao fi nal do período. Esse tipo de controle também exige que as horas extras, faltas e atrasos sejam checados de forma manual, bem como o seu cálculo seja feito desta forma. Por último é apresentado o controle de ponto eletrônico, no qual basta o empregado colocar a sua digital na máquina e ela emitirá o comprovante com a hora da entrada ou saída automaticamente. FIGURA 15 – MÁQUINA DE PONTO ELETRÔNICO E SEU COMPROVANTE Fonte: Disponível em: <htt ps://www.portaldenoticias.net/ponto- eletronico-para-pequenas-empresas-comeca-a-valer-nesta- segunda/>. Acesso em: 28 fev. 2017. Ao fi nal do mês é gerado um relatório com todas as informações, o qual o funcionário deverá assinar dando ciência. Diferente do primeiro e do segundo modelo apresentados, o ponto eletrônico exporta todas as informações para o setor pessoal, facilitando o controle das horas extras, faltas e atrasos e agilizando o processo de fechamento da folha de pagamento. UNI O artigo 58 da CLT (BRASIL, 1943) aborda: “Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários”. Exemplo: horário de trabalho 07h às 17h Bate o ponto às 06h55min e às 17h05min (estes 10 min não poderão ser considerados como horas extras). 34 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. RESUMO DA ETAPA 1 Nesta primeira etapa, aprendemos noções básica de rotinas de pessoal. No Tópico 1 vimos a diferença entre empregador, empregado e autônomo, sendo empregador a pessoa ou a empresa que assume o risco de uma atividade econômica e assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço; empregado é toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário; e, por fim, o autônomo é quem exerce atividade por conta própria, com independência e sem subordinação. Já no Tópico 2 aprendemos sobre os procedimentos admissionais. Para a admissão do empregado é necessário que este apresente uma série de documentos obrigatórios, conforme estabelece o Ministério do Trabalho. Em posse de todos os documentos do empregado, deve-se começar a fazer o registro. Inicia-se pelo registro no sistema contábil, posteriormente pelo registro na CTPS e, em seguida, pelo registro na ficha registro (não é obrigatório que seja exatamente nesta ordem). Após efetuado o registro do funcionário, é necessário providenciar a documentação que o funcionário deverá assinar. No Tópico 3 aprendemos sobre o contrato de trabalho e vimos que este é dividido entre contrato por prazo determinado e contrato por prazo indeterminado, sendo que o que difere um do outro é que no primeiro ele possui datas de início e fim preestabelecidas, enquanto que no segundo apenas a data de início é fixada. Ainda dentro do contrato de trabalho por prazo determinado, estudamos o contrato de experiência e suas regras. Por fim, no Tópico 4 tratamos sobre a jornada de trabalho e aprendemos que a CLT estabelece o limite de oito horas diárias, desde que não se tenha expressamente fixado outro limite, bem como a jornada reduzida existente para outras profissões específicas. No Tópico 4 também vimos a questão do intervalo para repouso/alimentação e o horário noturno, que compreende o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte, e deve ser pago com um adicional de no mínimo 20%, estabelecido pela CLT. Por fim, aprendemos sobre a diferença de um empregado mensalista x horista e as formas de controle da jornada de trabalho (cartão ponto/folha ponta/registro ponto). 35 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA AUTOATIVIDADE Para efetuar as autoatividades a seguir, considere os seguintes dados: Empresa: Mercado Família Exemplo Ltda. CNPJ: 00.123.421/0001-90 Rua Benjamin do Amor, 123 – Bairro Sol – Indaial – SC CEP: 89.130-000 Nome: Fernando Garcia Reif Melo Data de Nascimento: 17/05/1974 RG: 4.409-339 SSP/SC - CPF: 044.455.609-80 PIS: 222.22222.22.2 CTPS: 00745 – Série 007 Função: Caixa Admissão: 06/03/2017 - Salário 1.300,00 POR MÊS Contrato de experiência: 45+45 = 90 DIAS Horário de trabalho: de segunda a sexta-feira das 08h às 17h, com uma hora de intervalo, e sábado das 08h às 12h. 1 Preencha o Atestado de Saúde Ocupacional para que posteriormente ele possa ir ao médico fazer o exame admissional. 2 Efetue o Registro do Funcionário na CTPS (Página do contrato e de anotações gerais). Atenção: Você deve contar os dias para saber quando irá se encerrar cada contrato (conforme modelo estudado). 36 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. 3 Preencha o contrato de experiência do funcionário de acordo com as informações disponibilizadas. 37 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA 4 Eventualmente, Fernando trabalhou cinco horas no período noturno para recuperar algumas horas que havia faltado. Quanto ele ganhará de adicional noturno? a) 29,55 b) 5,91 c) 5,00 d) 35,46 5 A empresa de Fernando trabalha com a folha ponto, ao final do mês de março/17, como deverá estar preenchido o ponto dele, considerando-se que não houve faltas/ atrasos e horas extras? 38 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. 39 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 1 - Resposta Individual 2 - Resposta Individual 3 - Resposta Individual 4 - d) 35,46 Comentário: Salário 1.300,00/220 = 5,91 (1.300,00 dividido por 220 horas (que é o padrão de um mensalista) = valor por hora do trabalhador) 5,91 x 5 horas = 29,55 x 20% de adicional noturno = 5,91. Este será o acréscimo no salário do João por trabalhar 2 horas no 3º turno). Total = 29,55+ 5,91 = 35,46 5 - R: Verificar o preenchimento do ponto conforme o horário de trabalho do Fernando, ou seja: Horário de trabalho: de segunda a sexta-feira das 08h às 17h, com uma hora de intervalo. Sábado das 08h às 12h. 40 ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. REFERÊNCIAS BRASIL. Consolidação das leis do trabalho. Lei nº 10.243/2001. Acrescenta parágrafos ao art. 58 e dá nova redação ao § 2º do art. 458 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10243.htm>. Acesso em: 26 fev. 2017. BRASIL. Consolidação das leis do trabalho. Decreto-lei nº 5452, de 1º de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis do trabalho. Disponívelem: <https://www. empregasaopaulo.sp.gov.br/IMO/aprendiz/pdf/CLT%20-%20Consolidacao%20 das%20Leis%20Trabalhistas.pdf>. Acesso em: 26 fev. 2017. DEPARTAMENTO PESSOAL ONLINE. Módulo V: rotinas práticas trabalhistas. 2014. Disponível em: <http://docplayer.com.br/11934171-Modulo-v-rotinas-praticas- trabalhistas.html>. Acesso em: 26 fev. 2017. MACHADO, Mariza Abreu de Oliveira; SANTOS, Milena Sanches Tayano dos. Departamento de pessoal modelo. 6. ed. São Paulo: IOB, 2016. OLIVEIRA, Aristeu de. Cálculos trabalhistas. 25. ed. São Paulo, Atlas, 2015. PORTARIA MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO nº 41/2007. Disponível em: http://www.contabeis.com.br/legislacao/195595/portaria-mte-41-2007/ Acesso em 26 fev. 2017. ROKEMBACH, Rogerio. Rotinas trabalhistas e previdenciárias para organizações contábeis. 2009. Disponível em: <http://www.crcrs.org.br/arquivos/livros/livro_ rotinas.PDF>. Acesso em: 18 maio 2017. 41 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA Centro Universitário Leonardo da Vinci Rodovia BR 470, km 71, n° 1.040, Bairro Benedito Caixa postal n° 191 - CEP: 89.130-000 - lndaial-SC Home-page: www.uniasselvi.com.br
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