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Respostas seminário de F3
Questão 01 – Discuta o potencial tratamento anti-infeccioso para um paciente alérgico as penicilinas. 
As penicilinas são agentes antibióticos usados pra tratar infecções causadas principalmente por micro-organismos gram-positivo devido ao seu mecanismo de ação. As penicilinas se distribuem na junção sinovial, cavidade pleural, pericardiana, bile, saliva, leite e pode atravessar a BHE. Para que um antibiótico promova o efeito é necessário que ele chegue ao local da infecção. Um antibiótico que substitua as penicilinas deve ser escolhido de acordo com o espectro de atividade antimicrobiana que ele quer tratar, o micro-organismo não deve ser resistente e ele deve-se considerar a distribuição do fármaco pra que ele chegue ao local em que a infecção está acontecendo. Dessa maneira, os fármacos que podem ser escolhidos pra substituir as penicilinas, são os inibidores da síntese de folato como as sulfonamidas + trimetoprima, porque abrangem o mesmo espectro de micro-organismos, se distribuem pelos mesmos tecidos (distribui na cavidade pleural, sinovial, peritoneal) que as penicilinas e são resistentes as beta-lactamases uma vez que eles não possuem anel beta-lactamico (se o paciente não for imunossuprimidos pois são fármacos bacteriostáticos). 
Macrolídeos inibem a etapa de translocação do peptídeo ao longo da placa do RNA mensageiro, inibem o movimento do ribossomo e a síntese proteica. Esses antibióticos tem o espectro de ação muito parecido com o da penicilina, apesar de serem inibidores de síntese proteica e incluem uma segunda opção pra tratar infecções sensíveis as penicilinas quando o paciente é alérgico. 
Questão 02 – Justifique o uso da penicilina G no tratamento da sífilis e o uso da associação de amoxicilina e acido clavulanico no tratamento de infecções por H. influenzae. Por que a penicilina G cristalina não é indicada em ambos os casos? 
Questão 03 – Explique porque as sulfonamidas são ineficazes no tratamento das infecções hospitalares e o uso da associação sulfametoxazol + trimetoprima a nível ambulatorial. 
As sulfonamidas são antibióticos bacteriostáticos que abrangem infecções causadas tanto por bactérias gram-positivas quanto gram-negativas. Elas não são mais utilizadas a nível hospitalar devido ao grande desenvolvimento de cepas de micro-organismos resistentes e por isso opta-se pela associação do sulfometoxazol com a trimetoprima. As sulfonamidas atuam inibindo a primeira etapa da biossíntese de folato, inibindo a enzima dihidropteroato sintase e consequentemente a ação da formação do ácido dihidrofólico. Já a trimetoprima atua inibindo a segunda etapa da biossíntese de folato: inibe a enzima dihidrofolato redutase que reduz o ácido dihidrofolico a ácido tetrahidrofolico, inibe a formação de folato. O uso da associação faz com que haja uma sinergia de efeitos. Nesse caso pode-se utilizar doses menores de cada um dos compostos na associação o que diminui os efeitos adversos individuais. Além disso, o espectro de atividade da associação é um pouco maior do que quando eles são utilizados em monoterapia. Ou seja, a associação diminui toxicidade, aumenta o espectro de ação antimicrobiano e aumenta a eficácia. 
Questão 04 – Explique o mecanismo de ação das fluoroquinolonas. Compare o uso destes medicamentos no tratamento da infecção urinária e infecções sexualmente transmissíveis com o uso de outros antibióticos. 
As fluoroquinolonas são antibióticos utilizados pra tratar infecções urinárias. Elas são antibioticos bactericidas e são mais seletivos pra tratar infecções causadas por gram-negativos.
Pencilina foram desenvolvidas pra tratarem micro-organismos gram-positivos, evoluiram pra tratar gram-negativos, sulfonamidas são eficazes pra ambos, mas perdeu eficacia devido a resistencia e chegaram as fluoroquinolonas pra tratar infecções por gram-negativos como por exemplo, infecções urinarias. 
As fluoroquinolinas promovem a inibição da atividade de enzimas que são responsáveis e essenciais pra replicação e transcrição do DNA da bactéria, que são as topoisomerases que são uma família de enzimas. 
A topoisomerase II (DNA girase) tá nas bactérias gram-negativas como a E. coli e tem uma atividade mais mecânica. 
A topoisomerase IV está presente nas gram-positivas. 
Essas enzimas têm duas subunidades a e b que contêm toda a estrutura da enzima e o sitio catalítico. O que essas enzimas fazem, basicamente, é promover o estado de superhelicoidação negativa que faz com que a dupla hélice de DNA se separe, pra que possa haver a transcrição do DNA. As fluoroquinolonas inibem a DNA girase dessas bactérias, diminui a atividade dessas enzimas e promovem então a diminuição do crescimento e divisão dessas bactérias. Os seres humanos também apresentam a topoisomerase, mas a dose que causa a inibição da enzima em humanos é 100x maior do que nas bactérias, dessa maneira, o perfil de toxicidade seletiva é garantido. 
Questão 05 – Sugira o antibiótico de primeira escolha pra tratar os seguintes quadros infecciosos: colite ulcerativa, osteomielite crônica por S. aureus, infecções pneumocócicas, acne, meningite por H. influenzae. 
As tetraciclinas podem ser utilizadas no tratamento desses quadros. Elas são antibióticos bacteriostáticos que abrangem tanto micro-organismos gram-positivos quanto gram-negativos. 
Vão ser transportadas através da membrana externa, pelos tuneis proteicos. Quando chegar na membrana interna vão encontrar um transportador específico pra elas. Serão resistentes as bactérias que apresentarem ausência desse carreador. E elas se ligam na subunidade 30s no local de ascensão de ligação do RNA transportador. Com isso, impedem a incorporação de novos aminoácidos pra síntese de determinados peptídeos e com isso também vão comprometer a síntese e o prolongamento da síntese proteica. É como se as proteínas fossem sintetizadas pela metade, então as proteínas não realizam suas funções 
Questão 06 – Quais pontos devem ser considerados para o uso racional de antibióticos? Por que a rapidez do efeito anti-infeccioso é essencial para eficácia terapêutica do fármaco antibiótico?
Deve-se fazer o diagnóstico laboratorial – que é o antibiograma. Pra saber qual o antibiótico mais adequado se mantem a terapia prescrita ou não. Decidir se a terapia é realmente necessária. O antibiótico deve ter sido escolhido de acordo com o espectro de atividade antimicrobiana que ele quer tratar e o micro-organismo não deve ser resistente. A farmacocinética e principalmente o processo de distribuição do fármaco tem que incluir o tecido que se quer tratar, considerar também efeitos adversos e interações medicamentosas. Também deve se considerar os fatores ligados ao paciente. Como por exemplo – gravidade da infecção, considerar se a pessoa vai poder engolir, se é criança, pra poder escolher a via adequada; além disso, o estado dos mecanismo de defesa, como por exemplo, pra pessoa muito idosa, doença terminal, pessoa soro positiva; fatores farmacocinéticos ligados ao paciente – se o paciente tiver insuficiência renal, ele não pode fazer o uso de antibióticos que sejam eliminados, principalmente, por filtração glomerular, que é o caso dos aminoglicosideos. Deve-se avaliar a probabilidade de reações adversas, como por exemplo as reações de hipersensibilidade, toxicidade do próprio fármaco e escolher a via de administração, dose, frequência e duração do medicamento. 
Quanto mais rápido for o tratamento, menor é o risco de se desenvolver resistência. 
Questão 07 – Baseado nos mecanismos de ação, justifique o uso da associação da penicilina G + estreptomicina no tratamento da endocartite estreptocócica. 
Estreptomicina é um aminoglicosideo, antibiótico bactericida cujo espectro de ação é pra tratamento de infecções causadas por bactérias gram-negativas e uso super limitado no tratamento dos gram-positivos. Esses fármacos então são administrados por via injetável, vão sofrer difusão através da membrana externa, por eles não serem lipossolúveis, eles vão passar pelos canais proteicos,as porinas, vão chegar, dessa forma, até a membrana citoplasmática interna, onde existe um transporte que é dependente do potencial elétrico de membrana. A membrana é eletricamente negativa, os antibióticos são positivos, então é como se eles chegassem na membrana e fossem atraídos pra célula. Ao chegar no citoplasma, eles vão se ligar na subunidade 30s ribossomal da bactéria. O antibiótico ao se ligar no seu local de ligação ele pode provocar o congelamento precoce do ribossomo e inibe o início da síntese proteica; uma segunda proposta é que ele pode provocar uma dissociação desse complexo ribossomal precoce também e com isso, da mesma forma, tem-se uma inibição prematura da síntese proteica. Mas a hipótese mais aceita é que eles ao se ligarem na subunidade 30s, eles provocam uma alteração na interação códon-anticódon, ou seja, na leitura de determinado aminoácido que é necessário pra ser inserido ali no peptídeo. Como ele provoca essa alteração de acoplamento, ocorre a incorporação de aminoácidos errados e o peptídeo final vai ter características diferentes do que a do peptídeo que deveria ter sido sintetizado. Então se diz nesse momento que eles provocam a síntese de proteínas aberrantes que não vão conseguir exercer na bactéria a função que ela deveria realizar e com isso a bactéria sofre lise e morre. 
Já a penicilina G é um antibiótico bactericida beta-lactamico cujo espectro de ação incluem bactérias gram-positivas e alguns gram-negativos. Possui um anel beta lactamico que vai se ligar as PBPs. Então o que acontece é que esses antibióticos impedem a atividade da transpeptidase que é uma PBP, levando a inibição da formação das ligações cruzadas dos blocos que constituem a parede celular das bactérias, deixando essa parede celular mais frágil e isso leva uma forma atípica que é a forma de esferoplastos que sofrem ainda lise. Ou eles ainda podem atuar inibindo os inibidores de autolisinas, que também são PBP. As autolisinas são enzimas que são importantes pra divisão celular na bactéria, formando aquele septo que leva a divisão celular. Essas autolisinas estão sempre inibidas, exceto no momento da divisão celular. Então, os antibióticos beta-lactamicos inibem os inibidores de autolisina e liberam a atividade dessas autolisinas (também chamadas de mureína hidrolases), com isso então as células adquirem uma forma filamentosa, pois não conseguem se dividir, com isso sofrem lise tardia. 
A associação da estreptomicina com a penicilina G garante a eficácia do tratamento com a estreptomicina.
Questão 08 – Baseado no mecanismo de ação do cloranfenicol e da eritromicacina explique porque se deve evitar a associação dos compostos na prática clínica. 
O cloranfenicol vai se ligar na subunidade 50s ribossomal, num local de ligação da peptidil transferase que é uma enzima que tá ancorada no ribossomo que tá fazendo a ligação de um aminoácido recém-chegado com a cadeia peptídica em crescimento. O cloranfenicol não deixa ela se ligar no local onde ela vai promover a incorporação desse aminoácido e com isso inibe a síntese proteica. 
A eritromicacina é um antibiótico macrolídeo e atua da mesma maneira que o cloranfenicol. 
Macrolídeos inibem a etapa de translocação do peptídeo ao longo da placa do RNA mensageiro e, com isso, inibem o movimento do ribossomo na placa e a síntese proteica. 
O local de ligação da peptidil transferase que é o mesmo do cloranfenicol, tá muito perto dos locais de ligação dos macrolídeos. E, com isso, não se pode jamais usar o cloranfenicol com quaisquer um desses compostos porque vai gerar um antagonismo de efeitos.. O antagonismo de efeito deve ser evitado. Não se pode usar em conjunto um antibiótico que se liga na subunidade 50s do ribossomo no local da peptidil transferase com um antibiótico que se liga na subunidade 50s e impede a translocação do ribossomo.

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