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Aula 6 – Componentes de um sistema de apoio à decisão Os sistemas de apoio à decisão Os sistemas de apoio à decisão são sistemas interativos cujo principal objetivo é auxiliar os tomadores de decisão na utilização de dados e modelos que permitam não apenas a identificação e solução de problemas, mas também a tomada de decisões. Para cumprir este papel, o SAD é constituído por um conjunto de subsistemas, que têm como finalidade garantir a sua aplicabilidade, desenvolvimento e funcionalidade. A figura a seguir ilustra estes componentes: Subsistema Gerenciamento de Dados ou Subsistema de Gestão de Dados A função do subsistema de gerenciamento de dados é receber, organizar e armazenar uma série de informações numa base de dados bem estruturada e de fácil captura para utilização por parte dos usuários. Esta base de dados fornece informações em resposta às consultas dos usuários, dados para o processamento de modelos assim como armazena os resultados intermediários e finais das análises efetuadas, quando necessário. A principal diferença entre esta base de dados e a dos sistemas transacionais está na acessibilidade de seu conteúdo. As bases construídas para apoiar os sistemas que auxiliam a tomada de decisão devem apresentar muitas facilidades que possibilitem ao usuário utilizar dados de diversas fontes com a certeza de que estes dados estão com sua integridade e coerência asseguradas. Este componente proporciona uma fácil captura dos dados, bem como a sua atualização, manutenção e segurança. Subsistema Gerenciamento de Dados ou Subsistema de Gestão de Dados É composto de: Módulo Gerenciador de Banco de Dados (SGBD = DBMS) Módulo Extrator (Data Extraction) Módulo Facilitador de Consultas (Query Facility) Banco de dados do SAD (DSS Database) Diretório de Dados (Data Directory) A figura a seguir ilustra estes componentes: Um dos principais componentes deste subsistema é o banco de dados, que armazena os dados relevantes para os processos de decisão que serão suportados pelo sistema. Geralmente este banco de dados é projetado de acordo com o tipo de problema específico para o qual o sistema é projetado. O subsistema de gestão de dados é constituído ainda pelo sistema de gestão, diretório de dados (definição e significado dos dados armazenados na base de dados) e pelo módulo de facilidade de consultas. Subsistema Gerenciamento de Modelos As funções deste subsistema são: manipular modelos para testes; armazenar e catalogar os modelos existentes; registrar a utilização destes modelos; relacionar os modelos com os dados necessários; manter a base de modelos (armazenar, atualizar e registrar). A base de modelos contém uma série modelos rotineiros e especiais como, por exemplo, estatísticos, financeiros, de previsão, etc., que dão ao SAD capacidades analíticas. Estes modelos podem ser divididos por categorias, a saber: Apoiam gestores de alto escalão na elaboração de planos estratégicos, estudos de impacto ambiental, etc. Estes modelos tendem a ter uma ampla faixa de limites e variáveis agregadas Apoiam gestores de nível médio no processo de distribuição e controle dos recursos da organização. Por exemplo, contém modelos como planos de promoções, planos orçamentais, etc. Estes modelos recorrem apenas a dados internos e fazem previsões num horizonte temporal que não ultrapassa os 2 anos. Apoiam as atividades operacionais do dia a dia da empresa. Por exemplo: empréstimos pessoais solicitados a instituições financeiras, programação da produção, controle de estoque. Fazem previsões em um período provisional de dias, no máximo, meses. São usados para fazer análises sobre os dados contidos na base de dados da SAD. São compostos por modelos estatísticos, modelos de gestão científica, algoritmos de mineração de dados e modelos financeiros. Podem estar associados a outros modelos que fazem parte dos modelos estratégicos. A composição deste subsistema é semelhante à do descrito anteriormente, ou seja, é constituído pela base de modelos, sistema de gestão, diretório de modelos e pelo módulo processador de comandos. A figura a seguir ilustra estes componentes: Os modelos existentes na base de modelos dependerão essencialmente, à semelhança do que acontecia com os dados, da sua adequação ao tipo de problema em análise e avaliação. Estes modelos fornecem os recursos para análise do SAD. Utilizam representação matemática do problema e empregam processos algoritmicos para a geração de informações que servem de apoio às decisões. Atenção! Cabe aqui uma diferenciar os modelos que podem ser utilizados interativamente e os modelos que podem ser executados “off-line” e os resultados trazidos através da interface com o usuário para interpretação posterior. No primeiro caso os modelos precisam produzir resultados em tempo de decisão, isto é, um intervalo suficientemente pequeno, de forma a não impedir a tomada de decisão. No segundo caso, os arquivos de saída serão armazenados na base para serem interpretados posteriormente. Vantagens do Banco de Modelos Modelos podem ser construídos à baixo custo para se determinar o impacto de diversas decisões. Modelagem costuma ser mais rápida que a experimentação com sistemas reais. Apresenta menos riscos e mostra como a decisão pode impactar todo o sistema. Excelente experiência de aprendizagem, à medida que, ao realizar experiências com modelos, podemos conhecer os efeitos de imediato. Previsão de conseqüências futuras. Desvantagens do Banco de Modelos Por definição um modelo requer a simplificação de algumas suposições. Se as hipótese se desviam muito da realidade, os resultados podem ser bastante suspeitos. Com a diversidade de modelos disponíveis, os tomadores de decisão podem gastar muito tempo para decidir qual modelo usar. Modelos não prevêem sistemas reais com exatidão. Alguns modelos exigem alto grau de sofisticação matemática tornando-os extremamente complexos de se construir e os resultados muito difíceis de se interpretar. Subsistema Gerenciamento de Conhecimento O subsistema de gerenciamento do conhecimento fornece informações a respeito do problema que se está tratando e, por meio do subsistema de interface com o usuário, permite ao tomador de decisão comandar o sistema de apoio à decisão e adquirir novos conhecimentos, melhorando sua capacidade para a tomada de decisão. Importante ressaltar que o usuário é considerado parte do sistema. Outra característica deste componente é que pode ser utilizado de forma isolada, sem estar associado a um sistema específico. Embora o usuário não faça parte da arquitetura de um SAD, é ele quem irá lidar com o sistema em questão e deverá optar entre as diversas questões existentes nesses programas, tornando-se assim uma parte importante no conjunto como um todo. Cada usuário possui um estilo cognitivo, que o diferencia dos outros decisores no que diz respeito à sua maneira de analisar os dados. Este estilo irá influenciar tanto o projeto da base de dados quanto da interface que será construída para acesso a esta base de dados. Subsistema de Interface com o Usuário Considerado por muitos autores como o componente mais importante do SAD, pois permite a comunicação entre os usuários e os demais subsistemas do SAD. Exige cuidados na apresentação e disposição dos dados, para permitir uma clara comunicação entre os subsistemas e o usuário. Assim deve-se utilizar uma linguagem simples, natural e de fácil interpretação. Da sua qualidadedepende em grande parte uma melhor ou pior utilização do sistema. Se o decisor sentir dificuldade no uso da ferramenta pode simplesmente não utilizá-la, uma vez que o decisor não está interessado em conhecer com profundidade os softwares utilizados e os algoritmos empregados pelos modelos. O que importa para ele é saber como utilizar o sistema para realizar suas atividades. A figura ao lado ilustra os componentes deste subsistema. Algumas das funções e competências do subsistema de interface com o usuário são:
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