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TRAJETÓRIA DA PRÁXIS - POSTAGEM 2 PETP

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LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS 
PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DA PRÁXIS (PE:TP) 
 
 
 
 
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
PLANO DE ENSINO 
 
 
 
 
SANDRA APARECIDA DOS SANTOS KECEK – 1607212 
 
 
 
 
 
CAMPOS DO JORDÃO – SP 
2018 
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PLANO DE ENSINO 
 
1. Identificação 
Nível de Ensino: 1º ano do Ensino Médio - 1º semestre 
Disciplina: Artes 
 
2. Objetivos 
 
 Objetivos Gerais 
 Possibilitar ao aluno o acesso ao mundo da arte e ao conhecimento sobre a diversidade 
de pensamento e de criação artística, para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o 
pensamento crítico, a vivência e a criação nas diferentes linguagens artísticas, e, assim, 
propiciar o saber e a apropriação do conhecimento estético, inserido num contexto sócio 
histórico, produzindo novas formas de ver e sentir o mundo, os outros e a si mesmo e 
conferindo-lhe os instrumentos necessários para que se torne sensível às produções artísticas. 
 
 Objetivos específicos 
• Perceber relações entre processos históricos e sociais de um período e as produções 
artísticas a ele associados; 
• Identificar, relacionar e compreender diferentes funções da arte, do trabalho e da 
produção dos artistas; 
• Ler produções artísticas a partir da observação, narração, descrição, interpretação de 
imagens e objetos; 
• Conhecer os elementos da linguagem visual, utilizando-os na composição e registros de 
pensamento e ideias; 
• Expressar, representar ideias, emoções, sensações por meio de articulações de poéticas 
pessoais. 
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• Compreender as produções artísticas como construções simbólicas geradas em 
diferentes culturas, carregadas de crenças, ideologias, imaginação e vivências desses 
povos; 
• Refletir sobre a história da humanidade a partir da sua arte e cultura; 
• Reconhecer e valorizar o patrimônio histórico e artístico; 
• Reconhecer os princípios básicos de composição visual e aplicá-los em produções 
artísticas; 
• Estabelecer relações entre dança, sua contextualização, pensamento artístico e 
identidade cultural; 
• Identificar as diversas manifestações teatrais presentes na sociedade; 
• Compreender os múltiplos elementos que constituem a linguagem teatral; 
• Compreender as raízes históricas do fazer teatral e sua relação com a política e religião; 
• Reconhecer e analisar e comparar os elementos do teatro; 
• Compreender o surgimento e os gêneros do teatro; 
• Conhecer a história e a origem da música; 
• Conhecer elementos da linguagem musical; 
• Conhecer os parâmetros do som. 
 
Arte Egípcia 
 
Fonte: http://www.portaldarte.com.br/linguagemmusica.htm 
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3. Conteúdos Conceituais 
 
• O que é Arte: Conceito, Origem das Manifestações Artísticas, Arte nas Cavernas, Arte 
na Pré-história Brasileira, Linguagens da Arte e Funções da Arte; 
• História do Teatro: Origem do Teatro, Teatro Grego, Tragédia, Comédia; 
• Música: Arte das Musas, O Som, Origens da Música; 
• Artes Visuais: Elementos da linguagem visual, ponto, linha, forma, direção, textura, cor, 
luz e sombra; 
• Culturas Ancestrais: Artes Indígenas, Artes dos Povos Africanos; 
• Dança: Movimentos básicos do movimento, o movimento, força/peso, tempo, espaço, 
fluência, esforços completos/incompletos e dinâmicos, estados de ânimos; 
• Música: Percussão e Outras Famílias, Ritmo, Pulso, Tempo e Acento, Compasso; 
• Artes Visuais: Composição visual, espaços, eixos, proporção, equilíbrio, cor, 
movimento, direção e peso; 
• História da Arte: Arte Mesopotâmica, Arte Egípcia, Arte Grega, Arte Romana, Arte na 
Idade Média, Renascimento, Barroco, Barroco Brasileiro; 
• Teatro: Elementos compositivos teatrais, Texto, interpretação, direção, cenografia, 
palco, caracterização, iluminação e público; 
• Dança: Fundamentos da expressão corporal e da linguagem da dança, consciência 
corporal, movimentos expressivos e coreografia. 
 
 Arte Rupestre - Gruta de Lascaux 
 
 Fonte: https://conceito.de/arte-pre-historica 
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Máscara do século XVI, Nigéria, Edo, Corte de Benin, marfim 
 
Fonte: http://originalpeople.org/idia/ 
 
 
Conteúdos Atitudinais/Procedimentais 
 
• Observação, leitura e análise de objetos artísticos; 
• Posicionamentos pessoais em relação a artistas, obras e meios de comunicação; 
• Produção artística visual em suportes diversos; 
• Produção e experimentação corporal, musical e teatral; 
• Improvisação, composição e interpretação; 
• Identificação e valorização da Arte regional, nacional e internacional; 
• Construção do olhar artístico. 
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Teatro Grego de Taormina 
 
 Fonte: http://www.viajandoparaitalia.com.br/italia-do-sul/sicilia/por-que-visitar-taormina/ 
 
4. Recursos 
• Sala de aula, pátio escolar, sala de artes, auditório da escola, laboratório de informática, 
biblioteca, retroprojetor, Datashow, livros, revistas, jornais, imagens virtuais e 
impressas, filmes, câmera fotográfica, filmadora, fotografias, áudios, museus, 
exposições, cadernos, folhas A3 e A4, papel Kraft, lápis, lápis de cor, fitas adesivas, giz 
de cera, borracha, réguas, tintas, telas. 
 
5. Estratégias de ensino 
 Buscando a unidade de abordagem dos conteúdos, faz-se necessário que o 
conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da 
prática pedagógica. Na metodologia do ensino da arte três momentos da organização 
pedagógica devem ser contemplados: 
• A teoria - que fundamenta e possibilita ao aluno a percepção e apropriação de obras e 
manifestações artísticas, para que, assim, possa desenvolver um trabalho artístico e 
formar conceitos sobre arte. 
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• O sentir e perceber: que são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso a todo 
tipo de arte. 
• Trabalho artístico: que é a prática criativa, o exercício, o fazer artístico. 
Há diferentes maneiras de se ensinar e de se aprender sobre as elaborações estéticas da Arte, 
e muitas possibilidades de apreciação de produtos artísticos nas linguagens da música, artes 
visuais, dança e teatro. As práticas sensíveis de produção e apreciação artística e as reflexões 
sobre as mesmas nas aulas de Arte, faz o aluno desenvolver conhecimentos que o levam a 
envolver-se com decisões estéticas, apropriando-se, nessa área, de saberes culturais 
contextualizados, referentes ao conhecer e comunicar em arte e seus códigos. 
Alguns pontos que norteiam a prática do ensino de Arte devem ser considerados, como as 
produções e manifestações artísticas presentes na comunidade e demais dimensões da cultura 
em seus bens materiais e imateriais, contemplando a História Cultural Afro-brasileira, a Cultura 
Indígena e o Meio Ambiente, bem como as particularidades de cada aluno na busca da 
ampliação de seus saberes e a viabilização de situações de aprendizagem que lhe permitam 
compreender os processos de criação e execução nas linguagens artísticas e a experiência 
estética. 
Assim, o desenvolvimento dos conteúdos se dará de forma global, privilegiando a 
metodologia sociointeracionista, que considera a relação da cultura com os conhecimentos do 
aluno e as produções artísticas, favorecendo a formação do aluno por meio do ensino das quatro 
linguagens da Arte: artes visuais, dança, música e teatro. A experiência do aluno e o saber que 
ele traz de fora da escola são considerados importantes e o professor deve fazer a intermediação 
entre eles. A produção (fazer e desenvolver um percurso de criação), a apreciação (interpretar 
obras artísticas) e a reflexão sobre a arte (contextualizar e pesquisar), são os três eixos que 
precisam estar interligados para que se alcanceos objetivos desejados. Porém, não deve haver 
uma ordem rígida ou uma priorização de qualquer um desses elementos, ao longo das aulas um 
ou outro pode prevalecer, dependendo do que se quer alcançar. Análises, avaliações, 
adequações e replanejamentos são necessários durante o processo de ensino e aprendizagem. 
Estratégias para o desenvolvimento do conteúdo: 
• Aula expositiva: Transmissão oral do conhecimento aos alunos, que podem 
participar respondendo ou fazendo perguntas; 
• Discussão e debate: Desenvolvimento de um assunto, que, a partir de ideias 
antagônicas, gera reflexão; 
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• Seminário: Investigação de diversos aspectos de um problema, tema ou assunto e 
apresentação dos resultados em comum, estimula pesquisa, conhecimento global do 
tema ou assunto e reflexão crítica; 
• Ensino em pequenos grupos: Pesquisa e resolução de problemas a partir da troca de 
ideias em uma discussão; 
• Portfólio: Sistema de registro dos trabalhos realizados pelo aluno com a 
possibilidade de acompanhar seu desenvolvimento; 
• Estudo dirigido: Modo individualizado do aluno estudar um assunto a partir de um 
roteiro a ser seguido, estimulando o pensamento reflexivo e a autonomia intelectual; 
• Dramatização: Desenvolvimento da empatia ou capacidade de desempenhar os 
papéis de outros e de analisar situações de conflito, melhora rendimento e 
compreensão dos elementos; 
• Exposições, excursões e visitas: Experiências diretivas com produções culturais e 
artísticas com o fundamento de praticar a sensibilidade do olhar dos alunos e 
aproximar o aprendizado da vida. 
 
6. Avaliação 
 
 Estabelecendo-se um critério de avaliação contínua o processo avaliativo se iniciará com 
uma avaliação diagnóstica, a fim de se verificar os conhecimentos prévios do aluno a respeito 
do conteúdo, passando por uma avaliação formativa no decorrer de todo o semestre, e, ao final, 
uma avaliação somativa para verificação e mensuração do aprendizado. O processo avaliativo 
deve ser compreendido pelo aluno, que deverá, também, fazer uma autoavaliação. 
 Para verificação dos conhecimentos prévios do aluno, necessários para o entendimento 
de conteúdos futuros, o professor poderá utilizar recursos como questionários e conversas 
individuais ou em grupos. Se necessário poderá fazer revisões e acréscimos de conteúdo. 
 Para a avaliação formativa o professor poderá verificar o processo de aprendizado do 
aluno, nos aspectos procedimentais, atitudinais e conceituais, através da análise do conjunto de 
trabalhos realizados no decorrer das aulas, tanto individuais como coletivos, acompanhando-o 
no seu percurso de produção e ajudando-o a refletir sobre o processo de criação. Nesse processo 
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de avaliação alguns critérios devem ser observados no modo de fazer, ver e conhecer arte do 
aluno. São eles: 
• Domínio do plano expressivo e construtivo; 
• Organização do trabalho em etapas; 
• Tolerância a frustações e embates técnicos; 
• Concentração, autoconfiança e cooperação; 
• Observação de imagens mostradas pelo professor; 
• Observação e comentários sobre os trabalhos dos colegas; 
• Leitura dos próprios trabalhos; 
• Conhecimento sobre obras e imagens estudadas; 
• Relacionamento de obras e imagens estudadas com outros temas; 
• Observação atenta de trabalhos de arte; 
• Manifestação de interesse com domínio de conteúdos já ensinados; 
• Participação nas atividades em grupo; 
• Expressão de ideias sobre arte respeitando a diversidade das culturas; 
• Realização de tarefas reflexivas no fazer e escrever sobre arte; 
• Manifestação de opinião crítica sobre obras em estudo; 
• Interação respeitosa com as falas dos colegas e do professor sobre arte. 
A autoavaliação do aluno deve ser feita de tempos em tempos, durante o processo de 
aprendizagem. Poderá ser oral ou escrita, individual ou em grupo. O importante é que o aluno 
reflita e relate o que aprendeu, seu comportamento, suas expectativas e suas atitudes com 
relação às aulas de arte. Através da autoavaliação do aluno o professor poderá, também, fazer 
sua própria autoavaliação e verificar se tanto o seu trabalho, como o do aluno estão de 
concretizando, podendo, assim, corrigir e alterar alguns pontos, melhorando o aspecto 
socioemocional e a interação no processo de construção e ampliação do conhecimento. 
Aferições conceituais e de termos técnicos, através de questionários e testes, contribuirão 
para a avaliação do domínio do vocabulário próprio de referência técnica e conceitual da Arte, 
e podem ser aplicados regularmente. 
A avaliação somativa levará em conta todo o percurso de aprendizagem e produção do 
aluno, a fim de mensurar o real aprendizado alcançado. Mais do que uma nota ou conceito essa 
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avaliação deve apontar, tanto para o professor como para o aluno, os pontos fortes de todo o 
processo e aqueles que ainda precisam ser reforçados, ou mesmo corrigidos. 
Todas as etapas do processo avaliativo devem ser utilizadas de forma coerente e estruturada, 
para que possam levar o aluno a refletir sobre suas aprendizagens, conquistas e dificuldades, 
considerando aspectos que podem ser melhorados e aprofundados, de modo que se tenha um 
ensino de Arte comprometido com a construção de conhecimento e o envolvimento com 
sentimentos e emoções, com a possibilidade de expressão individual e coletiva. 
 
7. Referências 
 
BOZZANO, H. B., FRENDA, P., GUSMÃO, T. C. Arte em Interação: Volume Único, Arte, 
Ensino Médio. 1ª Edição. São Paulo: IBEP, 2013. 
METODOLGIA DO ENSINO DA ARTE. Artigo. Ensino da Arte: O que significa 
metodologia? Lima. S. V. 2011. Disponível em: 
<http://metodologiadearte.blogspot.com.br/p/ensino-da-arte.html>. Acesso em 13 de abril de 
2018. 
NOVA ESCOLA. Artigo. Instrumentos para Avaliação Processual em Arte. Szpigel. M. 2014. 
Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1783/instrumentos-para-a-avaliacao-
processual-em-arte>. Acesso em 14 de abril de 2018. 
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Parte II – Linguagens, Códigos e 
suas Tecnologias. / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC / SEB, 1999. 
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio - Orientações Educacionais 
Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais: Linguagens, Códigos e suas 
Tecnologias. / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC / SEB, 2002.

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