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FACULDADE UNIÃO DE CAMPO MOURÃO – UNICAMPO
SERVIÇO SOCIAL
Maria Aparecida Beteto Bueno Alves
A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL DA FACULDADE UNICAMPO
Campo Mourão
2015
Maria Aparecida Beteto Bueno Alves
A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL DA FACULDADE UNICAMPO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel ou Licenciado em Serviço Social, pelo Curso de Serviço Social da Faculdade União de Campo Mourão - UNICAMPO
Orientador(ª): Fernanda Albuquerque Campos.
Campo Mourão
2015
SUMÁRIO 
BREVE HITÓRICO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL 	XX
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL	XX
OS SUJEITOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL	XX
O PROCESSO HISTÓRICO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL NA
FACULDADE UNIÃO DE CAMPO MOURÃO	XX
2.1 AS POLÍTICAS DE ESTÁGIO NA FACULDADE UNIÃO DE
CAMPO MOURÃO 	XX
OS CAMPOS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO	XX
FORMAÇÃO ACADÊMICA: CONTRIBUIÇÕES PARA A
FORMAÇÃO PROFISSIONAL	XX
REFERÊNCIAS 	XX
BREVE HISTÓRICO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
De acordo com Silva (1995, p. 24), no Brasil, a partir dos anos de 1930, iniciou-se o processo de industrialização e urbanização no país, ocorreu a Revolução de 1930 e também a deposição do então Presidente Washington Luís pelo Golpe de Estado por Getúlio Vargas, iniciando um período caracterizado pelo poder centralizado no Executivo e pelo aumento da ação intervencionista do Estado. 
Nesse momento histórico, enquanto o Brasil vive o intenso processo de urbanização e industrialização, muitos países da Europa já se encontravam muito à frente na industrialização. As lutas pelos direitos da classe operária já aconteciam de forma mais organizada, o que garantiu várias vitórias sobre a burguesia. Referente a este período, o autor discorre que:
O Estado Novo, então instituído, defronta-se com duas demandas: absorver e controlar os setores urbanos emergentes e buscar nesses mesmos setores, legitimação política. Para isso adota uma política de massa, incorporando parte das reivindicações populares, mas controlando a autonomia dos movimentos reivindicatórios do proletariado emergente, através de canais institucionais, absorvendo-os na estrutura corporativista do Estado. (SILVA, 1995, p. 24).
É neste quadro político conflituoso que ocorre a gênese da profissão denominada Serviço Social arraigada à ideologia das Igrejas Católicas, passando pela introdução de correntes filosóficas que fizeram parte do processo de amadurecimento da profissão, seguindo no percurso das transformações societárias em conjunto com as mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais da sociedade. 
Frente ao cenário histórico- político brasileiro, a emergência da profissão encontra-se relacionada à articulação dos poderes dominantes (burguesia industrial, oligarquias cafeeiras, Igreja Católica e Estado varguista) à época, com o objetivo de controlar as insatisfações populares e conter qualquer possibilidade de avanço do comunismo no país, considerado um perigo eminente. 
Desta forma, pode-se afirmar que a Igreja Católica teve sua importância na configuração da identidade que marca a origem do Serviço Social no Brasil, sendo responsável pelo seu ideário inicial, seu campo de ação, pelas agências de formação dos primeiros Assistentes Sociais.
Iamamoto ressalta que doutrina social da Igreja Cristã marcou a origem do Serviço Social, pois: 
O Serviço Social surge num momento em que o modo de produção capitalista define a sociedade em que a Igreja se insere. É também um momento em que a ideologia das classes dominantes não é mais a da Igreja. Não é mais ela quem cria e difunde ideologia dominante. Esta passa a ser produzida e difundida por outras instâncias da Sociedade Civil e Política, que são monopolizadas e controladas pelos grupos e classes que mantêm o monopólio dos meios de produção. (IAMAMOTO, 2000, p. 230).
Como visto, Iamamoto cita a respeito do desenvolvimento histórico do Serviço Social que surge com o fortalecimento do sistema capitalista, inserido no modo de produção, permeando as relações sociais, e que hoje pautado na teoria social crítica de Marx, continua em movimento na tentativa de dar respostas às mazelas da sociedade. 
Dessa maneira, considerando as relações e problemas sociais da época, e que o trabalho desenvolvido até então não conseguia reduzir tais problemas, surge a necessidade de buscar outros referenciais e de qualificação da profissão. Nesse contexto, na cidade de Amsterdã, em 1899, é fundada a primeira Escola de Serviço Social do mundo. 
Em relação ao método de trabalho do profissional em Serviço Social, destaca-se se Mary Richmond, que era assistente social (norte-americana) no início do século XX. Ela foi considerada pioneira na profissão, porque se propôs a estudar, registrar e sistematizar o trabalho desenvolvido até aqueles dias.
Portanto, Mary Richmond foi considerada pioneira no Serviço Social, principalmente porque deu um estatuto de seriedade à profissão e descobriu técnicas que possibilitaram o exercício profissional. Nessa época, várias instituições de filantropia já remuneravam seus profissionais. Perdia-se o caráter voluntário para constituir uma profissão dentro da divisão social do trabalho, na sociedade industrial capitalista e desenvolvida. 
No contexto brasileiro, sofremos forte influência das teorias desenvolvidas nos Estados Unidos. A partir daí, importamos todo o material desenvolvido, desconsiderando as peculiaridades de cada realidade social e as diferenças entre os dois países. É importante destacar que se trata de uma época de profundas crises econômicas, com a pobreza e a miséria se alastrando, em consequência do acelerado crescimento urbano e industrial. 
Em relação às primeiras escolas e cursos de formação profissional do Serviço Social no Brasil, o Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo (CEAS), foi instituída em 1932 e formou sua primeira turma em 1937, e posteriormente, no Rio de Janeiro, a segunda. Foi coordenada por Albertina Ferreira Ramos e Maria Kiehl. Neste centro eram organizados cursos de qualificação para organizações leigas no catolicismo, tinha como suporte filosófico o neotomismo, adequando política e ideologicamente a classe operária. Para Aguiar: 
Em 1949, na Sessão Internacional da UCISS, o Serviço Social católico é assim definido: “uma forma de ação social (no sentido moderno e técnico da palavra) que, por métodos técnicos apropriados, baseados em dados científicos, quer contribuir para a instauração ou manutenção da ordem social cristã favorecendo a criação ou o bom funcionamento dos quadros sociais necessários ou úteis ao homem” (destaque do autor). (AGUIAR, 1985, p. 32).
Como já visto todas as escolas da época, inclusive suas sucessoras, foram fortemente influenciadas pela doutrina social da Igreja Cristã, marcando a origem do Serviço Social no militantismo católico, Iamamoto descreve:
O Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo (CEAS) é considerado como manifestação original do Serviço Social no Brasil, surge com o incentivo e sob o controle da hierarquia. Aparece como condensação da necessidade sentida por sacerdotes da Ação Social e Ação Católica [...] Seu início oficial será a partir do “Curso Intensivo de Formação Social para Moças” promovido pelas Cônegas de Santo Agostinho, para o qual fora convidada Mlle. Adele Loneaux da Escola Católica de Serviço Social de Bruxelas. Ao encerrar-se o curso, será feito um apelo para a organização de uma ação social visando atender o bem-estar da sociedade. (IAMAMOTO 1992, p. 168).
As primeiras escolas de Serviço Social apresentavam alguns critérios para matricular-se no curso:
Estar na faixa etária entre 18 e 40 anos.
Comprovação de conclusão do curso secundário.
Apresentação dereferências de 3 pessoas idôneas.
Submeter-se a exame médico.
Ter boa saúde, ausência de defeitos físicos.
Ter um bom convívio em sociedade.
A formação dos (as) Assistentes Sociais se pautava em quatro aspectos fundamentais: cientifico, técnico, moral e doutrinário, os aspectos científicos e técnicos possuíam extrema carência de objetividade, já a formação moral e doutrinaria se apresentavam essenciais, pois na falta de uma formação moral com base nos princípios cristãos a ação seria falha, era necessário se preparar para reeducar as classes subalternas. Com a criação das escolas, cresce o número de Assistentes Sociais formados, predominantemente do sexo feminino. 
Helena Junqueira, pioneira como assistente social e que teve grande importância na construção da história, afirma: 
A partir dos meados da década de quarenta, assumiu o Serviço Social uma preocupação pragmatista, alienada pela metodologia trazida dos Estados Unidos, em razão de considerável intercâmbio (bolsas de estudo e literatura) iniciado com aquele País, como resposta a uma quase ausência de métodos e técnicas na concepção européia do Serviço Social, que então predominava. (JUNQUEIRA apud MARQUES, 1997, p. 73).
O objetivo das profissionais era promover a adaptação e a transformação das classes menos abastadas na sociedade, pois o que se enxergava, era a necessidade de intervir na formação moral, intelectual e social das famílias. As condições de moradia, as precariedades das condições sanitárias eram consideradas problemas de desajustamento do lar, numa tentativa de reformar o homem, de ajustá-lo e reeducá-lo. “Os relatos existentes sobre as tarefas desenvolvidas pelos primeiros Assistentes Sociais demonstraram uma atuação doutrinaria e eminentemente assistencial.” (IAMAMOTO, 2011, p. 200). 
Frente a esse momento histórico, o Serviço Social apresentava fundamentos do Positivismo, que é o “pensamento funcionalista”, identificado, historicamente, como Serviço Social tradicional, tendo por fim ajustar ou reajustar o indivíduo ou grupos ao meio. 
O Serviço Social era uma atividade exercida por especialistas, e até meados da década de 1950, sem propósito lucrativo pessoal, reforçando o sentido da caridade, como ressalta Iamamoto: 
O caráter caridoso e altruísta, desinteressado, a ação informada por um humanismo cristão que desconhece as determinações materiais, típicos desses meios, são elementos propícios para a germinação e o aparecimento de vocações. Vocação de servir ao próximo e, atitude não despida de romantismo, de despojar-se de si mesmo para servir à humanidade, que podem ser confundidas com o sentido e conteúdo de classe do Serviço Social. (IAMAMOTO, 2000, p. 233).
A partir da década de 50, ocorre um frenesi por parte de alguns profissionais, passando a profissão a reconhecer a necessidade de repensar sua teoria, postura e métodos, o chamado “Movimento de Reconceituação” da profissão que se fundamenta o exercício e os posicionamentos teóricos do Serviço Social. Passou a se pensar na gênese do Serviço Social e seu objeto de estudo, com a necessidade de reconhecimento da profissão, o que ocorre em 1957, porém, a formação profissional não dava condições de desenvolver uma crítica de consciência.
De acordo com Montaño (2007, p. 19-32), duas teses surgem para explicar a gênese do Serviço Social, a primeira, denominada perspectiva endogenista está relacionada à “questão social”, caridade e filantropia da função, como já citado anteriormente. A segunda tese é a perspectiva histórico-crítica, oposta à anterior, voltada ao desempenho de um papel político, com ações de caráter técnico especializado. Vemos, portanto, o desenvolvimento do Serviço Social, que outrora era filantrópico e passou a ser considerado histórico-político.
Nas décadas entre 1964 a 1985 no Brasil, foi marcada por um longo período ditatorial, passando por cinco governos: Castelo Branco (1964-67) criou os Atos Institucionais; Costa e Silva (1967-69) instituiu o AI5; Médici (1969-74), o milagre brasileiro; Geisel (1975-79) deu início à abertura política; e, finalmente, Figueiredo (1979-85), que encerrou a era do militarismo com a abertura política. 
Neste período em que o país viveu completa repressão e perseguições políticas e crise econômica, o Serviço Social brasileiro também se recolheu, e se vale desse recuo para repensar os objetivos da profissão e se aprofundar na teoria social crítica marxista, conforme retrata Yazbek:
Sem dúvida, as ditaduras que tiveram vigência no continente deixaram suas marcas nas ciências sociais e na profissão, depois de avançar em uma produção crítica nos anos 60/70 (nos países onde isso foi permitido) é obrigada a longo silêncio. (YAZBEK, 2009, p.148-149).
As Ciências Sociais em muitos países latino-americanos que atravessaram períodos de ditaduras passaram por um momento de longo silêncio em suas produções teóricas. As escolas de Serviço Social, por sua vez, passaram a enfatizar o ensino do Desenvolvimento de Comunidade, propondo um trabalho de integração do indivíduo ao seu meio. A política desenvolvimentista provocou o empobrecimento da classe usurpada e sem preocupação, por parte do governo, com o seu bem-estar, ficando esta sem diversas assistências básicas como: saúde, infraestrutura de saneamento básico, educação, entre outras necessidades. 
 Ao desenvolver a prática o estudante do curso de Serviço Social, encontra diversos desafios, e, remetendo ao seu processo de formação, acredita-se ser possível reconhecer diversos fatores que contribuem no seu processo de formação sócio-histórica, isto o influencia diretamente no desenvolvimento de sua atuação na atual conjuntura. (MARTINELLI, 2009). O autor relata ainda: 
A origem do Serviço Social como profissão tem, pois, a marca profunda do capitalismo e do conjunto de variáveis que a ele estão subjacente alienação, contradição, antagonismo -, pois foi nesse vasto caudal que ele foi engendrado e desenvolvido. (MARTINELLI, 2009, p. 66).
Em face deste contexto, o Serviço Social passou a se apresentar como um mediador de classes, quando buscamos o conhecimento sempre nos deparamos com desafios, sempre será uma tarefa árdua e desafiante que envolve várias determinações colocadas pela dinâmica da realidade. Significa o olhar sobre o simples, sobre o que está posto, mas com a intencionalidade de desvelar esse simples que oculta elementos concretos que só se revelam em um processo de investigação. 
Em meados das décadas de 1960 e 1970, ampliou-se a rede de serviços sociais e também a demanda do trabalho do assistente social, permitindo à profissão um considerado avanço nas esferas acadêmica e institucional, sendo no âmbito público, e também no âmbito privado.
O curso de Serviço Social, sendo uma profissão de nível superior, onde o profissional assistente social ganha legitimidade como profissional no campo da intervenção social, na prestação de serviços sociais, particularmente assistenciais, na administração e repasse de recursos e na viabilização do acesso da população a programas e serviços. 
O curso apresenta, até os dias atuais, uma formação com duração mínima de quatro anos, obtendo também a disciplina de estágio, onde discentes se encontram no campo de estágio supervisionado. No próximo item será abordado o tema referente ao Estágio Supervisionado no Curso de Serviço Social. 
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
O estágio supervisionado é a oportunidade que o acadêmico tem se capacitar e desenvolver uma postura crítica e reflexiva, constituindo uma base teórica prática para a formação profissional. Nele o estudante tem a inserção na prática profissional, possibilitando entrar em contato com uma realidade concreta e contraditória. É extremamente importante, pois constitui um espaço para o acadêmico relacionar à questão em relação entre teoria e prática (práxis), pois este é um momento importante na construção do perfil acadêmico com estratégia reflexiva da formação profissional que complementa o processo de ensino/aprendizagem,dando ênfase à prática e para isto deve ser realizado de forma que venha a acrescentar na sua formação acadêmica e futuramente profissional.
O estágio supervisionado em Serviço Social, no Brasil, existe desde a época das primeiras Escolas de Serviço Social, na década de 1930. A partir da regulamentação da profissão, passa a existir legislação especifica a respeito do estágio, com o objetivo de estabelecer e garantir exigências mínimas para a execução, e manter a qualidade do estágio. (BURIOLLA, 2011).
Ainda em concordância com Burriolla (2001, p.13), o estágio pode ser compreendido como uma estratégia reflexiva da formação profissional que complementa o processo de ensino/aprendizagem, dando ênfase à prática. “O estágio é o lócus onde a identidade profissional do aluno é gerada, construída e referida; volta-se para o desenvolvimento de uma ação vivenciada, reflexiva e crítica e, por isso, deve ser planejado gradativamente e sistematicamente”.
Ao observarmos as primeiras escolas de Serviço Social nas décadas de 30 e 40, o estágio é considerado parte integrante para a formação profissional. A prática profissional neste período, segundo Lewgoy (2010), era entendida como apreensão do “como fazer” em relação aos diferentes campos de atuação. De acordo com este autor, as primeiras publicações relacionadas ao estágio e supervisão aconteceram em 1947, revelando a história da formação e o exercício profissional. 
No decorrer das décadas de 50 e 60, o Brasil sofre influências da Escola Nova, que neste momento dava prioridade aos alunos, sustentados pela ideia de que o aluno aprende fazendo. 
O estágio na década de 1970 tinha como objetivo aproximar o discente da realidade profissional, possibilitando a aplicação dos conhecimentos teóricos das disciplinas do currículo e, ao mesmo tempo permitir que as instituições avaliassem seus métodos de ensino, se eram apropriados com a realidade da época.
	Quando refletimos sobre o campo do estágio, percebemos que é uma discussão atual. Desde o Brasil Colônia até meados de 1940, essa vinculação é inexistente, tendo a educação caráter intelectual e humanista. Somente a partir desse período percebemos as primeiras relações entre educação e trabalho; também a partir dessa data inicia-se a discussão e a implantação do estágio enquanto prática profissional de aprendizagem. 
E relação à Legislação Brasileira, as políticas brasileiras de estágio passam a normatizar esta etapa da formação profissional a partir do ano de 1977, com sucessivas leis e decretos (Lei 6.494/77, Decreto 87.497/82, Lei 8.859/94, Lei 9.394/96, Decreto 2.080/96, Lei 11.788/08). Desde esse período, o estágio é definido como sistema de treinamento prático do estudante, visando formação de habilidades técnicas e atitudes psicológicas requeridas pelo mundo do trabalho (CFESS, 2008).
A partir de 1993, o estágio apresenta como referência a Lei 8.662/1993, que regulamenta a profissão do Serviço Social; o Código de Ética Profissional de 1993, com seus onze princípios indicando o rumo ético-político a serem seguidos pela categoria profissional, assim como os conhecimentos a serem buscados; a Resolução CFESS/CRESS nº 533/2008, que regulamenta a Supervisão Direta de Estágio em Serviço Social e a PNE – Política Nacional de Estágio instituída pela ABEPSS no ano de 2010.
 Considerando a Lei 6.494/77, é entendido como estagiário o estudante regularmente matriculado em cursos vinculados ao Ensino Superior público ou particular, que esteja comprovadamente frequentando-os. Para que o estágio se firme é necessário que haja instrumento entre a Instituição de Ensino Superior (IES) e a pessoa jurídica de direito público ou privada interessado no estágio, denominado “Termo de Compromisso de Estágio”.
Começaram a ocorrer mudanças significativas em meados dos anos 90, no âmbito político, econômico e social, que trouxeram ao Serviço Social desafios e conquistas. Em 1993 foi aprovado o Código de Ética do Assistente Social, baseado no Código de 1986 que tem como um dos seus princípios a liberdade como valor ético central e a defesa intransigente dos Direitos Humanos.
Em 1993 foi sancionada a LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social, que caracteriza a assistência social como direito do cidadão e dever do Estado. A década de 90 é marcado por diversas mudanças no contexto social e econômico, que modificou o mundo do trabalho e com isto uma consequente alteração no exercício profissional do assistente social, o objetivo é fazer com que formação do assistente social nos temor atuais dê um “salto de qualidade”, conforme aponta (IAMAMOTO, 1998, p. 169). 
De acordo com Yazbek (2009, p.22), nos anos referentes à década de 90, assim como na última década do século XX, tornaram‐se evidentes  as inspirações neoliberais da política social brasileira, face às necessidades sociais da população. 
“Efetivamente,  no  país,  apesar  dos  consideráveis  avanços  na  Proteção  Social,  garantidos  na  Constituição  Federal  de  1988  e  expressos,  por  exemplo,  no  ECA, LOAS e no SUS, esses últimos anos não romperam com as características neoliberais que se expandiram desde os anos 90, face às necessidades sociais da população”. (YAZBEK, 2009, p. 23). 
A Associação Brasileira de Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS –, ao aprovar as novas Diretrizes Curriculares para o curso de Serviço Social, atribui ao estágio supervisionado um novo estatuto este é compreendido enquanto atividade integralizadora do currículo e estabelece que deve ocorrer mediante a supervisão sistemática, tendo como base a construção conjunta de um plano de estágio, feito pela unidade de ensino e unidade campo de estágio. 
O Estágio Supervisionado é uma atividade curricular obrigatória, que se configura a partir da inserção do aluno no espaço sócio-institucional para capacitação do exercício do processo de Trabalho do Assistente Social, o que pressupõe supervisão sistemática. Essa supervisão será feita obrigatoriamente pelo professor supervisor através da reflexão, acompanhamento e sistematização com base em planos de estágio elaborado em conjunto entre unidade de ensino e unidade campo de estágio, tendo como referência a Lei de Regulamentação da Profissão e o Código de Ética Profissional (ABEPSS, 1996:13). 
O Serviço Social e sua prática dispõem condições potencialmente privilegiadas, pela proximidade que tem ao dia a dia das classes subalternas, de recriar aquela prática profissional, exigindo não só a formação universitária de subsídios teóricos éticos e políticos que possa fazer com que este profissional contribua para novos rumos. (IAMAMOTO, 2010).
A inclusão do Serviço Social deve ser dentro dos reais limites em que se encontra circunscrita à prática profissional, e não como um mecanismo dos setores que o legitima como estratégia do controle social e difusão da ideologia dominante. Desde seus primórdios aos dias atuais, a profissão tem se redefinido, considerando sua inserção na realidade social do Brasil, entendendo que sua importância social, se expressa pela maneira de atuar nas mazelas da questão social brasileira, que em outros termos, revelasse nas desigualdades sociais e econômicas. (IAMAMOTO E CARVALHO, 2009).
O assistente social lida, no seu trabalho cotidiano, com situações singulares vividas por indivíduos e suas famílias, grupos e segmentos populacionais, que são atravessadas por determinações de classes. São desafiados a desentranhar da vida dos sujeitos singulares que atendem as dimensões universais e particulares, que aí se concretizam, como condição de redefinir suas necessidades sociais da esfera privada para a luta por direitos na cena pública, potenciando-a em fóruns e espaços coletivos. Isso requer tanto competência teórico-metodológica para ler a realidade e atribuir visibilidade aos fios que integram o singular no coletivo quanto à incorporação da pesquisa e do conhecimento do modo de vida, de trabalho e expressões culturais desses sujeitos sociais, como requisitos essenciais do desempenho profissional, além da sensibilidadee vontade políticas. 
Embora a profissão tenha um histórico de práticas de adaptação de sujeitos à ordem e que eram extremamente conservadoras, que precisa ser repensando e que nossas praticas sejam revistas. 
As mudanças que ocorrem no Serviço Social exige um novo perfil profissional; assim no âmbito dessas mudanças, pois o Assistente Social precisa-se adequar a à realidade atual, atentando-se para as mudanças ocorridas em relação ao mundo do trabalho, mudanças que também afetam a trajetória do Serviço Social. 
Tendo em vista as transformações ocorridas e o fato do Serviço Social hegemonicamente primar por profissionais críticos, competentes e comprometidos com o fazer profissional, imbuídos de conhecimentos teórico-metodológicos, técnico-operativos e ético-políticos, a ABEPSS elabora e aprova um novo projeto pedagógico em 1996, denominado Diretrizes Curriculares:
A LDB, Lei nº. 9.394, aprovada em dezembro de 1996, no mesmo ano a ABEPSS verificou a necessidade de revisar o do Currículo do curso de Serviço Social, tendo em vista a necessidade de mudança em uma sociedade capitalista, que refletem diretamente sobre o Serviço Social e que motiva o repensar constante de seus rumos sociais. 
Para estar à frente dessas mudanças e atuar resolutivamente nesta realidade social, o Serviço Social precisava assumir um direcionamento ético-político, comprometido com a classe trabalhadora, expresso na construção das Diretrizes Curriculares. 
Entende-se ser de fundamental importância pesquisar o estágio supervisionado no processo de formação do assistente social, suas relações e seus papéis.
A supervisão é um “processo educativo”, onde o supervisor e o supervisionado aprendem em conjunto, onde há a torça, o debate. Existe a preocupação de a prática profissional estar respaldada em uma teoria, e de a visão da unidade teoria-prática, na ação supervisora. (BURIOLLA, 2003, p. 64).
O autor destaca a importância do trabalho coletivo e integrado do supervisor e estagiário, para que possa haver o desenvolvimento do processo de estágio e a satisfatória formação profissional do aluno. 
É importante ressaltar a importância do trabalho conjunto na graduação em Serviço Social, pois por meio do envolvimento desses sujeitos no processo de estágio, “poder-se-á contribuir para uma formação integrada, possibilitando ao estagiário a superação da dicotomia entre a teoria e a prática profissional do assistente social”. (BURIOLLA, 2003, p. 66).
O estágio supervisionado é considerado um desafio para a formação profissional da categoria na atualidade, e propõe um esforço coletivo dos sujeitos envolvidos nesse processo para que, sendo obrigatório ou não, transforme-se num ambiente de formação profissional e construção de novos saberes. No item a seguir serão abordados os sujeitos envolvidos nesse processo como: os supervisores de campo, os supervisores acadêmicos e o próprio acadêmico.
OS SUJEITOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
Para uma abordagem mais profunda a respeito da prática do estágio supervisionado no processo de formação profissional do assistente social, é necessário relatar sobre as funções dos sujeitos envolvidos nesta atividade curricular, que implica o “acompanhamento e a orientação profissional, por meio do processo de supervisão acadêmica e de campo”, sendo um dos princípios das diretrizes curriculares que fundamentam a formação profissional, preconizados pela ABPESS: a indissociabilidade entre estagio e supervisão. (ABPESS, 2009, p. 179).
Entende-se desta forma, que não há como desenvolver a prática do estágio supervisionado sem a participação de todos os sujeitos envolvidos, bem como, não há como desenvolver o estágio supervisionado sem supervisão e sem estagiário, pois cada um tem uma função determinante no processo.
O trabalho vinculado entre a supervisão acadêmica e a de campo na atividade de estágio é uma das funções dos supervisores no processo de formação profissional na efetivação do projeto ético-político, devendo haver mútuo comprometimento das instituições envolvidas, dos profissionais dos alunos (acadêmicos).
De acordo com a ABPESS (2009, p. 179), a supervisão do estágio está envolvida com duas dimensões diferenciadas e articuladas, de acompanhamento e orientação profissional, sendo uma supervisão acadêmica que caracteriza a prática docente com a responsabilidade do professor supervisor no contexto do curso e outra a supervisão de campo, que envolve o acompanhamento das atividades prático-institucionais de maneira direta. O conjunto de sujeitos envolvidos “O aluno estagiário; o supervisor de campo (assistente social); o professor (supervisor acadêmico); as instituições de ensino; as instituições de campo e demais profissionais envolvidos no lócus de realização do estágio”. 
Em relação à inserção e encaminhamento do aluno ao campo de estágio, é de responsabilidade das instituições de ensino e seus respectivos representantes, conforme estabelece a Resolução 533/2008 em seu artigo 1º: 
As Unidades de Ensino, por meio dos coordenadores de curso, coordenadores de estágio e/ou outro profissional de serviço social responsável nas respectivas instituições pela abertura de campo de estágio, obrigatório e não obrigatório, em conformidade com a exigência determinada pelo artigo 14 da Lei 8662/1993, terão prazo de 30 (trinta) dias, a partir do início de cada semestre letivo, para encaminhar aos Conselhos Regionais de Serviço Social de sua jurisdição, comunicação formal e escrita, indicando: I- Campos credenciados, bem como seus respectivos endereços e contatos; II- Nome e número de registro no CRESS dos profissionais responsáveis pela supervisão acadêmica e de campo; III- Nome do estagiário e semestre em que está matriculado. (CFESS, 2008, Art. 1º).
As competências dos supervisores, acadêmico e de campo, e dos acadêmicos estão vinculadas às orientações consoantes nas seguintes legislações: Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, Lei de Regulamentação da Profissão (Lei nº 8.662/93) e a Resolução do CFESS, nº 533, de 29 de setembro de 2008.
Os supervisores acadêmicos têm a função de orientar os estagiários e avaliar seu aprendizado, em constante diálogo com o supervisor de campo, almejando a compreensão e qualificação do estudante durante o processo de formação e aprendizagem das dimensões teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas da profissão, em conformidade com o plano de estágio. 
Os supervisores de campo devem realizar a inserção, acompanhamento, orientação e avaliação do estudante no campo de estágio, de acordo com o plano de estágio, elaborado em conformidade com o projeto pedagógico e com os programas institucionais vinculados aos campos de estágio, garantindo diálogo permanente com o supervisor acadêmico, no processo de supervisão. 
E ao estagiário, que é o sujeito investigativo, crítico e interventivo, cabe conhecer e compreender a realidade social, inserido no processo de ensino-aprendizagem, construindo conhecimentos e experiências coletivamente que permitam a qualidade de sua formação, mediante o enfrentamento de situações presentes na ação profissional, identificando às relações de força, os sujeitos, as contradições da realidade social. (ABPESS, 2009, p. 179-180).
 	A Coordenação de Estágio possui atribuições elencadas pela PNE, da vista como esfera de organização e gestão da política de estágio, indicando a necessidade de todas as Unidades de Formação Acadêmicas (UFAs), possuir essa instância, fundamental para o encaminhamento de um estágio com qualidade. Cabe à esta Coordenação atuar diretamente articulada às coordenações de curso ou departamentos, de modo a viabilizar as novas demandas de qualificação do Estágio como elemento central da formação profissional.
	No capítulo posterior, será abordada a discussão a respeito do Estágio Supervisionado no curso de Serviço Social especificamente na Faculdade União de Campo Mourão – PR, abordando a estrutura do curso na referida faculdade, as legislaçõese diretrizes vigentes, e outras especificações.
O PROCESSO HISTÓRICO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL NA FACULDADE UNIÃO DE CAMPO MOURÃO
As informações específicas relacionadas aos cursos e estrutura da faculdade estão expostas no Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI da Faculdade União da cidade de Campo Mourão-PR, que terá vigência de 2015 até 2019. O PDI apresenta-se como uma ferramenta de gestão acadêmica e aborda a assuntos relacionados a todos os setores da instituição, sendo tanto as atividades administrativas quanto as atividades pedagógicas. 
Nele também estão contidas: 
[...] as questões relativas à filosofia de trabalho, à missão, propor uma visão de futuro, estabelecer políticas de atuação acadêmica, para as atividades de ensino e de extensão, bem como elaborar as políticas de gestão acadêmica e propor uma estrutura organizacional para possibilitar o funcionamento da instituição. (PDI, 2014, p. 06).
O PDI é uma ferramenta de gestão institucional, e se difere do Projeto Pedagógico Institucional – PPI, pois este é um documento direcionador das práticas das instituições, abordando os valores, princípios e diretrizes, de natureza teórico-filosófica.
As Instituições de Ensino Superior – IES têm como atividade central o trabalho com o conhecimento, e na Faculdade União de Campo Mourão, o foco está presente no ensino e na extensão. De acordo com o PDI (2014), “a pesquisa, compreendida como elemento indispensável para uma apropriação crítica, criativa, significativa e duradoura do conhecimento científico”, desta forma, sendo propiciado pelo ensino será sempre preocupação da instituição, porém não está presente na vigência atual deste PDI, que como citado anteriormente, aborda o período 2015 a 2019, porém tem planejamento de implantação na próxima vigência. 
A Faculdade União de Campo Mourão tem sede no Município de Campo Mourão, Estado do Paraná e apresenta-se como uma instituição particular de ensino superior, tendo como mantenedora o Instituto Makro União de Pós-Graduação e Extensão. É pessoa jurídica de direito privado, com fins lucrativos, com sede e foro no Município de Campo Mourão, Estado do Paraná, tendo seu contrato social arquivado na Junta Comercial do Estado do Paraná.
Seu regimento corresponde ao contrato social da Mantenedora, pelas normas deliberadas em seu Conselho de Ensino e Extensão - CONSEE e pela legislação específica do ensino superior vigente no país, emanada dos órgãos deliberativos e executivos. (PDI, 2014, p.10).
A Faculdade União de Campo Mourão está inserida no contexto local e regional do município como uma instituição de ensino superior em amplas condições de proporcionar a formação superior de profissionais, em diferentes áreas do conhecimento. Há a possibilidade e projetos para o desenvolvimento de cursos de pós-graduação e da expansão institucional pela implantação de novos cursos, ressaltando que isso tais planejamentos levarão em consideração as demandas e necessidades do processo de desenvolvimento sócio econômico e cultural da sociedade local e regional.
A Faculdade possui seis cursos de graduação em funcionamento, sendo estes: Enfermagem, Psicologia, Serviço Social, Gestão Comercial. Gestão de Cooperativas e Estética e Cosmética. O curso tratado em específico neste trabalho é o curso de Serviço Social.
Cabe ressaltar que nesta instituição há 1000 alunos e dentre estes 200 são do curso de Serviço Social. A primeira turma que recebeu a graduação foi no ano de 2013, a segunda em 2014 e a terceira turma está em formação.
O curso de Serviço Social teve início na Faculdade União de Campo Mourão no início do ano letivo de 2010, juntamente com os cursos de Enfermagem, Psicologia, Tecnologia em Gestão Comercial e tecnologia em Gestão de Cooperativas, oferecendo 80 vagas na turma inicial no curso de Serviço Social. A portaria de autorização do curso é a Portaria do MEC nº 134, disponibilizando atualmente 80 vagas anuais. (Procurador Institucional da Faculdade União de Campo Mourão, 2014).
AS POLÍTICAS DE ESTÁGIO NA FACULDADE UNIÃO DE CAMPO MOURÃO
A Lei n. 8662, de 7 de junho de 1993, que regulamenta a profissão de assistente social estabelece as seguintes competências e habilidades técnico-operativas:
Formular e executar políticas sociais em órgãos da administração pública, empresas e organizações da sociedade civil; Elaborar, executar e avaliar planos, programas e projetos na área social; Contribuir para viabilizar a participação dos usuários nas decisões institucionais; Planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais; Realizar pesquisas que subsidiem formulação de políticas e ações profissionais; Prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública, empresas privadas e movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais e à garantia dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; Orientar a população na identificação de recursos para atendimento e defesa de seus direitos; Realizar estudos sócio-econômicos para identificação de demandas e necessidades sociais; Realizar visitas, perícias técnicas, laudos, informações e pareceres sobre matéria de Serviço Social; Exercer funções de direção em organizações públicas e privadas na área de serviço social; Assumir o magistério de Serviço Social e coordenar cursos e unidades de ensino; Supervisionar diretamente estagiários de Serviço Social. (CFESS, 1999, p.02).
A Faculdade União de Campo Mourão possui uma Política de Estágios com diretrizes direcionadas a todos os cursos, de acordo com o perfil acadêmico da Instituição, tais diretrizes devem garantir: 
Respeito às peculiaridades e à natureza de cada curso, expressas na construção do projeto pedagógico e na legislação que regulamenta as profissões; 
Cumprimento da legislação que regulamenta os estágios na Instituição de Ensino; 
A participação e envolvimento no estágio por todos: professores, acadêmicos, responsáveis pelo campo de estágio; 
Realização de práticas que visem à consolidação do curso, e ao mesmo tempo estejam voltadas à busca de soluções para os problemas educacionais locais e regionais; 
A existência de diretrizes e princípios gerais para a elaboração de Regulamentos de Estágios, específicos para cada curso; 
Articular ensino, pesquisa e extensão nas atividades do estágio curricular; 
Incentivar o surgimento de projetos originais e empreendedores nas atividades do estágio supervisionado. (PDI, 2014, p. 26).
O PDI (2014, p. 26), relata a respeito da conceituação geral dos estágios, que de acordo com a lei nº 6.494/77 e o Decreto nº 87.497/82 os estágios obrigatórios e não obrigatórios são disciplinas de caráter especial, estando prevista na grade curricular do curso, sendo parte constitutiva da formação do profissional de nível superior. Os estágios são realizados por meio de atividades de base com alto grau de excelência do nível pedagógico, desenvolvida em local original de trabalho.
O estágio é um saber didático-pedagógico com sentido de integralização, de revisão e de reorientação dos aspectos particulares da profissionalização prevista no currículo do curso na sua totalidade e é um dos processos da avaliação do profissional formando, tendo como parâmetro à configuração do profissional que se quer formar, expressa no projeto pedagógico do curso. De qualquer forma, o estágio é um momento privilegiado e culminante da articulação teoria/prática/teoria que deve ser iniciada e desenvolvida ao longo do curso.
	Os estágios curriculares apresentam algumas especificidades no que diz respeito à concepção de currículo e da grade curricular, podendo ser realizados sob a forma de: 
Estágio Supervisionado obrigatório, para os cursos de bacharelado e outras denominações, tendo como objetivo o desenvolvimento da aprendizagem dos acadêmicos mediante execução de práticas profissionais, diretamente acompanhados por docente supervisor no âmbito das concepções, métodos e técnicas das práticas na respectiva área de conhecimento; 
Prática de Ensino sob a forma de estágio supervisionado,quando o curso é uma licenciatura e seus fins são a formação de profissionais da educação e a supervisão direta do docente ocorre no âmbito das concepções, métodos e técnicas das práticas pedagógicas; 
Estágio não obrigatório, quando não está previsto na grade curricular do curso e é realizado voluntariamente pelo estudante em competente campo de estágio, com objetivo de complementar algum aspecto de sua formação acadêmico profissional, a supervisão e acompanhamento são de natureza indireta e visam preservar a relação entre atividades e práticas desenvolvidas com os métodos e técnicas da área de formação do curso. (PDI, 2014, p.27).
Os Estágios Supervisionados proporcionam experiência acadêmico-profissional, promovendo um vínculo entre o conhecimento teórico produzido pela Instituição com o conhecimento utilizado nas práticas sociais na área profissional de cada um dos cursos de graduação. É uma maneira de rever a adequação das disciplinas e respectivas ementas, objetivos e conteúdos trabalhados no curso e sua relação com a produção de conhecimentos necessários aos novos profissionais de nível superior. 	
Os estágios transformam as atividades relacionadas à conclusão de curso em oportunidades para estabelecer diálogos e intercâmbios com diferentes segmentos da sociedade, abrindo caminhos para possíveis projetos de pesquisa e extensão nas áreas de conhecimento abrangidas pelos cursos em coesão tanto com as necessidades destes segmentos quanto da vida nacional, onde o aluno terá mais contato com pessoas que estão inseridas em sua área de atuação. O estágio permite a compreensão de como ocorrem as práticas sociais no âmbito dos cursos de graduação, podendo assim formar um olhar crítico para esta realidade, oportunizando o questionamento, a reavaliação e subsidiando reformulações do projeto pedagógico dos cursos.
Quando o aluno realiza o estágio curricular, este tem a possibilidade de colocar em prática os conhecimentos produzidos durante o tempo de permanência na Faculdade, além de aprofundar o intercâmbio com o campo de atuação ou mercado de trabalho relacionado com seu curso. Os estágios que não são obrigatórios devem ser realizados como forma de complementação do ensino e da aprendizagem do acadêmico.
Já os estágios curriculares obrigatórios possuem disciplinas para o planejamento e a execução de suas atividades de ensino e, como tais, devem ser acompanhados e avaliados pelos professores do curso. Neste sentido, o trabalho do orientador e do supervisor de estágio é docência. 
Desta forma, os estágios devem apresentar, em sua estrutura, uma carga horária definida na matriz curricular, ementa, programa, com conteúdo, cronograma abrangendo desde planejamento com os acadêmicos até a conclusão das atividades previstas, definição do período de realização das atividades, metodologia, definição do nível de exigência, controle da execução e formas de avaliação e apresentação do resultado final. Deve ter obrigatoriedade de 75% de frequência na operacionalização do estágio, de acordo com a regulamentação própria do curso, devendo possuir, para acompanhamento pedagógico, coordenação de estágios em cada curso, docentes supervisores (professores do curso e da área de conhecimento) e supervisores de campo (profissional da área desenvolvendo atividades no local de estágio).
O PDI da Faculdade União de Campo Mourão descreve que a regulamentação dos estágios é elaborada pelo Colegiado do Curso e aprovada pelo Conselho de Ensino e Extensão da Faculdade União de Campo Mourão, onde está:
[...] coordenará as atividades dos estágios curriculares, de caráter obrigatório, estendendo sua ação aos chamados estágios extracurriculares, não obrigatórios, realizados com a finalidade de desenvolvimento ou aprofundamento de conhecimentos por livre escolha dos estudantes universitários, em reais situações de trabalho e em áreas de profissionalização da graduação, desde que não causem prejuízos à integralização de seu currículo. (PDI, 2014, p. 24).
Para que haja uma satisfatória execução e conclusão do estágio supervisionado este depende da escolha de atividades para serem desenvolvidas e aprofundadas, bem como o planejamento dessas atividades, em conjunto com os estagiários, com realização de estudos prévios ou revisão de estudos já realizados em consonância com os objetivos da prática profissional a ser desenvolvida.
Outros fatores importantes são o domínio dos conhecimentos teórico-práticos que constituem a formação profissional e a utilização de metodologias e técnicas de intervenção que visem a transformação da realidade e valorizem o ser humano.
A execução da prática do Estágio Supervisionado deve originar a produção de relatórios científicos que possam contribuir para ampliação e aprofundamento do domínio de conhecimentos no curso e que possam ser colocados a serviço dos interesses de diferentes grupos sociais, bem como a realização de experimentos científicos, que, de alguma forma, resultem em benefício social, em melhoria das condições da existência humana.
Também deve contribuir para a elaboração de monografias sobre temas estudados e vivenciados durante o estágio supervisionado e a produção de artigos científicos tendo em vista a socialização do conhecimento produzido por meio da publicação em periódicos internos e externos.
	O Estágio Supervisionado da Faculdade União de Campo Mourão possui, como citado anteriormente, uma equipe especializada no acompanhamento do planejamento e execução, sendo um suporte ao aluno e também a supervisão para avaliação.
Tal supervisão, sendo uma forma de assessoria e acompanhamento do aluno, é desenvolvida “por docentes indicados pela coordenação do curso, de forma a proporcionar aos estagiários o pleno desempenho de ações, princípios e valores inerentes à realidade da profissão em que se processa a vivência prática”. (PDI, 2014, p.30).
Nos casos de necessidade em relação à composição de grupos para realização dos estágios, a coordenação do curso deve aprovar e delimitar as diretrizes para a realização em grupo.
Em relação à carga horária de supervisão dos estágios, esta deve ser definida pelo coordenador de curso em conformidade com o currículo pleno do curso e planos didáticos específicos. A respeito da supervisão indireta:
A supervisão indireta deve ocorrer somente quando o curso não tiver condições de abrir campos de estágio em regiões próximas da unidade de ensino, e que isso impossibilite o deslocamento contínuo do docente-supervisor, devendo ser supervisionados diretamente por profissional da unidade concedente e ocasionalmente pelo docente supervisor. (PDI, 2014, p. 31).
Cada curso tem as especificações próprias referentes à supervisão realizada e a forma de supervisão adotada, com regulamento próprio e plano de estágio do docente supervisor.
Para obter aprovação nas Disciplinas de Estágio Supervisionado, cuja carga horária é constituída exclusivamente de estágios o aluno precisa atingir a carga horária percentual de frequência prevista no Regimento da Faculdade e no Regulamento próprio para o estágio supervisionado e obter, no mínimo, grau numérico 7 (sete) de média aritmética, na escala de 0 a 10, no conjunto das atividades previstas e realizadas na disciplina. Está exposto no PDI:
Não caberá nas disciplinas de estágio, exame final, 2ª chamada ou regime de dependência, previstos para as demais disciplinas. A reprovação por insuficiência de nota ou frequência implica na repetição integral do estágio no período seguinte, mediante nova matrícula, observado o prazo máximo de integralização curricular. (PDI, 2014, p. 31).
Portanto as disciplinas de Estágio Supervisionado apresentam maior nível de dedicação prática por ser totalmente presencial, e não sendo uma disciplina teórica, não possibilita avaliações posteriores ao período vigente da disciplina.
 OS CAMPOS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Neste item serão apresentados dados relevantes, realizados através da pesquisa documental referente aos campos de estágios supervisionados do Curso de ServiçoSocial da Faculdade União de Campo Mourão. Os dados correspondem aos anos de 2012, 2013 e 2014.
É importante ressaltar que entre as instituições e os campos de estágio, se encontram várias áreas de atuação como: Assistência Social; Educação; Saúde; Habitação; Judiciários, APAE e Dependência Química. 
 Nos quadros abaixo veremos como se deu a distribuição desses campos de estágios de acordo com a área de atuação de cada um e qual o valor correspondente de cada campo em relação à pesquisa realizada, bem como os municípios abrangentes e os setores (público ou privado) referentes. 
Interessante destacar que a maioria dos campos de estágio conveniados a esta Faculdade é de caráter público, onde podemos destacar as Prefeituras Municipais, Secretarias de Saúde, APAE, Hospitais Públicos, Fóruns de Comarca, Universidade Federal Tecnológica e Secretaria Municipal de Assistência Social.
Quadro 01 – CAMPOS DE ESTÁGIO (2012 a 2014) POR ÁREA DE ATUAÇÃO.
		ÁREAS DE ATUAÇÃO
	CAMPOS DE ESTÁGIO
(2012)
	CAMPOS DE ESTÁGIO 
(2013)
	CAMPOS DE ESTÁGIO 
(2014) 
	Assistência Social
	10
	12
	30
	Saúde
	04
	09
	13
	Educação
	03
	08
	08
	Dependência Química
	01
	01
	02
	Judiciário
	-
	01
	02
	APAE
	-
	01
	02
	Habitação
	-
	01
	-
	TOTAL
	18
	33
	57
Fonte: Faculdade União de Campo Mourão, 2015.
Org. O autor.
Quadro 02 - CAMPOS DE ESTÁGIO (2012 a 2014) POR SETOR ECONÔMICO.
	
SETORES
	CAMPOS DE ESTÁGIO (2012)
	CAMPOS DE ESTÁGIO (2013)
	CAMPOS DE ESTÁGIO 
(2014) 
	PÚBLICO
	13
	06
	52
	PRIVADO
	05
	27
	05
	TOTAL
	18
	33
	57
 Fonte: Faculdade União de Campo Mourão, 2015.
 Org. O autor.
Quadro 03 – MUNICÍPIOS CAMPOS DE ESTÁGIO (2012 a 2014). 
	
MUNICÍPIOS
	CAMPOS 
DE 
ESTÁGIO (2012)
	CAMPOS 
DE 
ESTÁGIO (2013)
	CAMPOS
 DE 
ESTÁGIO 
(2014) 
	ARARUNA
	01
	01
	03
	CAMPO MOURÃO
	12
	19
	24
	ENGENHEIRO BELTRÃO
	01
	-
	-
	FAROL
	01
	-
	01
	GOIOERÊ
	01
	01
	02
	MAMBORÊ
	01
	03
	06
	PEABIRU
	01
	02
	03
	JANIÓPOLIS
	-
	01
	02
	RANCHO ALEGRE
	-
	01
	-
	TERRA BOA
	-
	02
	02
	RONCADOR
	-
	01
	02
	JURANDA
	-
	01
	02
	ALTAMIRA DO PARANÁ
	-
	01
	04
	JURANDA
	-
	-
	-
	LUIZIANA
	-
	-
	05
	UBIRATÃ
	-
	-
	01
	TOTAL
	18
	33
	57
 Fonte: Faculdade União de Campo Mourão, 2015.
 Org. O autor.
FORMAÇÃO ACADÊMICA: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Tendo em vista o quadro atual do Serviço Social brasileiro, o exercício da profissão está exigindo um profissional que possua competência para propor seus projetos com a instituição, buscando apreender a realidade social e possuindo autonomia de preservar seu campo de trabalho, suas atribuições e qualificações profissionais. Desta forma, a formação acadêmica deve considerar o ensino, a pesquisa e a extensão no objetivo de capacitar o aluno para que ele possa exercer a profissão com embasamento teórico e ético-político, e, como já dito, apreendendo de forma crítica a realidade social.
Iamamoto (2014, p. 612) faz uma abordagem do nível acadêmico-profissional, relatando que existiam, em agosto de 2011, 358 cursos de graduação autorizados pelo MEC, e desses, dezoito era de ensino à distância (EAD), ofertando 68.742 vagas e na modalidade presencial, neste mesmo ano eram 340 cursos, ofertando 39.290 vagas. 
A função principal da Universidade é fomentar as parcerias entre os campos de estágio, e na visão dos docentes, esta deve também consolidar essa parceria para construir novos campos de estágios, reconhecendo que os alunos devem complementar a formação em atividades realizadas nos projetos de extensão e nos grupos de pesquisa. 
Podemos observar que os cursos das instituições EAD são a grande maioria da oferta de vagas, porém a questão a se analisar não é somente a oferta de vagas, que apresentou expansão acelerada os últimos anos, mas sim a questão da qualidade desses cursos fornecidos pelas instituições privadas (em sua maioria), muitas vezes com ausência de pesquisa e extensão, turmas com muitos alunos e estágios que não garantem supervisão acadêmica e de campo articuladas.
A esse respeito, as mudanças advindas da LDB/1996, em específico a expansão dos cursos à distância, têm sido objeto de discussão na profissão do Serviço Social, onde se questionam a qualidade e a competência no sentido de assegurar uma formação profissional com a qualidade proposta nas Diretrizes da ABEPSS, de 1996. (RIBEIRO, 2009, p. 87). 
Esta autora ainda explica que outra questão a se considerar nesses cursos é a realização de seus estágios supervisionados, pois estes não podem ser feitos também à distância. 
Iamamoto (2014, p. 628-629) também discorre que a expansão acelerada de oferta de vagas, a prevalência de instituições de ensino privadas não universitárias em detrimento das universidades, a precarização das condições de trabalho docente com rebaixamento salarial e a mudança no perfil socioeconômico dos estudantes, com ampliação dos acessos às IES (política de cotas, bolsas ProUni, crédito escolar, etc.) são importantes mudanças ocorridas na realidade atual da formação acadêmica.
Oliveira (2009) expõe que, na formação acadêmica, o estágio supervisionado é entendido como espaço de vivência, onde o aluno pode desenvolver sua ação e conhecimento profissional adquirido, tomando consciência das inúmeras relações entre a prática profissional e a social. Porém, a autora pontua que:
[...] a experiência de estágio pode ser dicotômica, empobrecida ou até frustrante. Os sujeitos envolvidos no processo de supervisão – estudantes, assistentes sociais, supervisores acadêmicos e de campo – necessitam ter claros seus diferentes papéis, buscando num esforço coletivo a superação das dificuldades e limites que o exercício do estágio supervisionado apresenta no interior dos campos de estágio e das UFAs. (OLIVEIRA, 2009, p. 108).
Como visto, a prática do estágio supervisionado é indispensável na formação acadêmico-profissional do aluno, porém o desafio está em alcançar a sua real compreensão para a construção da identidade profissional do acadêmico. 
 
Para a Faculdade União de Campo Mourão definir a sua visão significa antecipar o que deseja ser no futuro. Ao explicitar a visão de futuro a instituição se coloca hoje onde deseja estar daqui a alguns anos. A visão adotada é expressa da seguinte forma: 
“Nosso objetivo é interferir na realidade social de forma a, estimular na criança o sonho de estudar na UNICAMPO, atender o ideal do adulto e proporcionar ao idoso o sentimento de orgulho de ser quem é, e de onde aprendeu a sê-lo. A força que nos impulsiona é a consciência coletiva dos objetivos institucionais. O respeito, ética, honestidade, competência, comprometimento e qualidade, são os valores que nos guiam. O atendimento as especificidades dos acadêmicos, é o que nos diferencia. Disseminar o conhecimento é o nosso fundamento básico. Mudar o perfil do egresso é o nosso compromisso durante a sua permanência na Instituição”.
REFERÊNCIAS 
ABPESS - Política Nacional de Estágio da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABPESS. Temporalis. ano IX, n. 17, p. 83-97, jan. Brasília, 2009.
______. Currículo mínimo: novos subsídios para o debate. São Paulo: Cortez, 1996. 
______. Proposta básica para o projeto de formação profissional. In: Revista Serviço Social e Sociedade, nº 50. São Paulo: Cortez, 1996. 
______. Currículo mínimo para o curso de serviço social (aprovado em assembléia geral extraordinária de 08 de novembro de 1996). Rio de Janeiro: UERJ, 1996.
 
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BURIOLLA, M. A. F. Supervisão em serviço social: o supervisor, sua relação e seus papéis. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2011.
CFESS – Conselho Federal de Serviço Social. Diretrizes Curriculares da ABEPSS. 1999.
_______. Códigode Ética do Assistente Social. 1993.
UNICAMPO - Faculdade União de Campo Mourão. Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), vigência 2015-2019. Campo Mourão, 2014. 97 p.
__________. Resolução 533/2008. Regulamenta a supervisão direta de estágio no Serviço Social. 2008.
IAMAMOTO, M. V. Formação, trabalho e lutas sociais. Revista Serviço Social & Sociedade, nº. 120. São Paulo: Cortez, out./dez. 2014, p. 21-36.
__________. Renovação e conservadorismo no serviço social: ensaios críticos. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1997.
__________. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 1998.
__________. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
__________. ; CARVALHO, R. Relações sociais e serviço social no Brasil. São Paulo: Cortez, 2009. 
____________________. O serviço social na contemporaneidade: trabalho formação profissional. 19a ed. São Paulo: Cortez, 2010.
LEWGOY, A.M. B. Supervisão de estágio em serviço social: desafios para a formação e exercício profissional. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
MARQUES, A. Uma existência a serviço do social: (1938-1988). Helena Junqueira. Serviço Social & Realidade, Franca, n. 6, 1997.
MARTINELLI, M. L. Serviço social: identidade e alienação. 11. ed. São Paulo: Cortez,2007. 165 p.
MONTAÑO, C. A natureza do serviço social. São Paulo, Cortez, 2007.
OLIVEIRA, C.A.S.H. Estágio supervisionado curricular em serviço social: elementos para reflexão. Temporalis. ano IX, n. 17, p. 83-97, jan. Brasília, 2009.
RIBEIRO, E.B. O estágio no processo de formação dos assistentes sociais. Temporalis. ano IX, n. 17, p. 83-97, jan. Brasília, 2009.
SELLTIZ, C. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1967. 
 
SILVA, M. O. S. O serviço social e o popular: resgate teórico-metodológico do projeto profissional de ruptura. São Paulo: Cortez, 1995.
YAZBEK, M. C. Os fundamentos históricos e teórico-metodológicos do serviço social brasileiro na contemporaneidade. In: Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. 143p.

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