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Unidade 7- Diencefalo

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UNIDADE 7- DIENCÉFALO 
Generalidades: 
 
• O diencéfalo, juntamente com o telencéfalo, tem origem 
no prosencéfalo. O diencéfalo é encoberto pelo 
telencéfalo durante o desenvolvimento e possui as 
seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e 
subtálamo. 
 
Diencéfalo 
 
Terceiro ventrículo: 
 
• O terceiro ventrículo é a cavidade do diencéfalo. Mantém 
comunicação com o quarto ventrículo através do 
aqueduto do mesencéfalo e com os ventrículos laterais 
através dos forames interventriculares. 
Terceiro ventrículo: 
 
• Em um corte sagital mediano do encéfalo, as paredes 
laterais do terceiro ventrículo são expostas amplamente. 
Verifica-se então a existência de uma depressão, o sulco 
hipotalâmico, que se estende do aqueduto do 
mesencéfalo até o forame intervertricular. As porções da 
parede acima deste sulco pertencem ao tálamo e as 
porções abaixo, pertencem ao hipotálamo. Os dois 
tálamos são unidos pela aderência intertalâmica, que 
também pode ser observada nesse corte. 
 
Tálamo: 
 
• São duas massas volumosas de substância cinzenta, de 
forma ovoide, dispostas uma de cada lado, na porção 
laterodorsal do diencéfalo. Pode ser observado, no corte 
sagital mediano do encéfalo, acima do sulco 
hipotalâmico. 
Tálamo: 
 
• O tálamo funciona como uma subestação que recebe e 
distribui as informações para o telencéfalo. Existem dois 
acidentes anatômicos importantes que são os corpos 
geniculados lateral e medial, formados pelos núcleos 
geniculados medial e lateral do tálamo. O corpo 
geniculado medial faz parte da via auditiva e o corpo 
geniculado lateral faz parte da via óptica. Os corpos 
geniculados são chamados de metatálamo. 
 
Funções do Tálamo: 
 
• Sensibilidade; 
• Motricidade; 
• Comportamento Emocional; 
• Ativação do Córtex; 
• Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou 
estado de alerta. 
 
Funções do Tálamo: 
 
• O tálamo também está envolvido no registro de dados, no 
direcionamento da atenção para eventos importantes, na 
ativação ou integração de funções de linguagem e no 
controle do sono e da vigília. 
Tálamo 
 
Hipotálamo: 
 
• O hipotálamo é uma área relativamente pequena, situada 
abaixo do tálamo, com importantes funções, relacionadas 
principalmente com o controle da atividade visceral. É 
constituído fundamentalmente por substância cinzenta. 
Componentes anatômicos importantes são: os corpos 
mamilares, o quiasma óptico, o túber cinéreo e o 
infundíbulo. 
 
Hipotálamo: 
 
• Algumas de suas funções são: controle da parte 
autônoma do sistema nervoso, regulação da temperatura 
corporal, regulação do comportamento emocional, 
regulação do sono e da vigília, regulação da ingestão de 
alimentos, regulação da ingestão de água, regulação da 
diurese, regulação das glândulas endócrinas, motivação 
para fome, sede e sexo e geração e regulação dos 
ritmos circadianos. 
PRAZER X RAIVA 
 
Hipotálamo: 
 
• O hipotálamo, juntamente com o sistema límbico e a área 
pré-frontal, tem papel importante na regulação de 
processos emocionais como raiva, medo e prazer. 
 
Epitálamo: 
 
• Está localizado na parte superior e posterior do 
diencéfalo e contém formações endócrinas e não 
endócrinas. A formação endócrina mais importante, que 
também é o seu elemento mais evidente, é a glândula 
pineal, que repousa sobre o teto do mesencéfalo. 
Epitálamo: 
 
• A glândula pineal é responsável pela secreção de 
melatonina e parece ter ação antigonadotrópica no 
homem, além de um papel na regulação dos ritmos 
circadianos. As formações não endócrinas são os núcleos 
habenulares situados no trígono habenular, a comissura 
das habenulas e a comissura posterior. 
Epitálamo: 
 
• Com exceção da comissura posterior, todas as formações 
não endócrinas do epitálamo pertencem ao sistema 
límbico, estando pois, relacionadas com a regulação do 
comportamento emocional. 
 
Subtálamo: 
 
• É uma massa de substância cinzenta e branca 
compreendida na zona de transição entre o diencéfalo e 
o tegmento do mesencéfalo. Apresenta uma visualização 
difícil, pois não se relaciona com as paredes do terceiro 
ventrículo, mas pode ser visualizado em cortes frontais 
do cérebro. O elemento mais evidente do subtálamo é o 
núcleo subtalâmico que mantém relação com a regulação 
da motricidade somática. 
 
 
Correlações anatomoclíncas: 
• As emoções são acompanhadas de respostas 
autonômicas, endócrinas e motoras esqueléticas que 
necessitam do comando de porções sub-corticais do 
sistema nervoso como a amígdala, o hipotálamo e o 
tronco cerebral. Essas respostas periféricas são 
importantes, pois preparam o corpo para a ação e 
comunica os estados emocionais a outras pessoas. 
Luta ou Fuga 
• Sempre que estamos em situação de risco, medo 
ou estresse, nosso sistema nervoso ativa um mecanismo 
muito conhecido: a chamada reação de luta e fuga. 
 
 
 MEDO 
Luta ou Fuga 
• Na presença de estímulos ameaçadores, sendo eles 
reais ou mesmo imaginários, há ativação do sistema 
nervoso autônomo, mais precisamente o sistema nervoso 
simpático, responsável pela liberação de substâncias 
importantes para que o organismo possa escolher entre a 
luta ou a fuga do estímulo ameaçador. 
Luta ou Fuga 
As principais reações de nosso corpo observadas nesse momento são: 
 
• aumento da secreção de adrenalina pela medula das glândulas adrenais; 
• aumento da atividade cerebral ; 
• aumento da concentração de glicose no sangue, aumentando assim a 
energia disponível para todas as células do corpo; 
• aumento da atividade da atividade cardíaca; 
• aumento do aporte de energia para os músculos esqueléticos, necessários 
para correr ou enfrentar o perigo; 
Luta ou Fuga 
• aumento da atividade das glândulas sudoríparas, causando maior 
transpiração, necessária uma vez que o suor deixa o corpo mais 
escorregadio, dificultando que ele seja agarrado por uma presa, por exemplo; 
• dilatação dos brônquios, aumentando a captação de oxigênio e melhorando 
a capacidade respiratória, essencial para a situação de luta e fuga; 
• dilatação da pupila, aumentando a captação de luz, para que o organismo 
possa enxergar melhor; 
• inibição dos músculos da bexiga urinária e excitação do esfíncter urinário, 
evitando assim a necessidade de micção. Da mesma forma, há diminuição 
da formação de urina pelos rins. 
Luta ou Fuga 
• Após a identificação do término da situação de perigo, o cérebro responde 
ativando então o sistema nervoso parassimpático, responsável pelo 
restabelecimento da homeostase corpórea. O sistema parassimpático atua 
de forma antagônica ao sistema nervoso simpático, ou seja, ele atua inibindo 
tudo que foi estimulado pelo simpático e estimulando tudo que foi inibido. 
O medo se desempenha nesse processo: 
*Tálamo - decide para onde enviar os dados sensoriais recebidos (dos olhos, dos 
ouvidos, da boca e da pele). 
 
*Córtex sensorial - interpreta os dados sensoriais. 
 
*Hipocampo - armazena e busca memórias conscientes, além de processar 
conjuntos de estímulos para estabelecer um contexto 
. 
*Amígdala (Tonsila cerebelar) - decodifica emoções, determina possíveis ameaças e 
armazena memórias do medo. 
 
* Hipotálamo - ativa a reação de "luta ou fuga". 
 
• As emoções mais “primitivas” e bem estudadas pelos neurofisiologistas – com a 
finalidade de estabelecer suas relações com o funcionamento cerebral – são a 
sensação de recompensa (prazer, satisfação)e de punição (desgosto, aversão), 
tendo sido caracterizado, para cada uma delas, um circuito encefálico específico. 
O “centro de recompensa” está relacionado, principalmente, nos núcleos laterais 
e ventromedial do hipotálamo , havendo conexões com o septo, a amígdala, 
algumas áreas do tálamo e os gânglios da base. Já o “centro de punição” é 
descrito com localização na área cinzenta central que rodeia o aqueduto cerebral 
de Sylvius, no mesencéfalo, estendendo-se às zonas periventriculares do 
hipotálamo e tálamo, estando relacionado à amígdala e ao hipocampo e, 
também, às porções mediais do hipotálamo e às porções laterais da área 
tegmental do mesencéfalo. 
RAIVA 
 
Uma das primeiras estruturas associadas à raiva foi o hipotálamo, em 
decorrência de estudos realizados na década de 1920, nos quais se 
descreveram manifestações de raiva em situações não condizentes, 
após a remoção total do telencéfalo. Entretanto, esse mesmo 
comportamento não era observado quando a lesão se estendia até a 
metade posterior do hipotálamo, levando à conclusão de que o 
hipotálamo posterior estaria envolvido com a expressão de raiva e 
agressividade, enquanto o telencéfalo mediaria efeitos inibitórios sobre 
esse comportamento. 
• Sendo assim, podem-se descrever dois comportamentos 
classicamente estudados em animais: a agressão 
predatória, que tem por objetivo a obtenção de alimento, 
e a agressão afetiva, cujo propósito é a exibição para 
animais ou fêmeas ao redor. Durante a década de 1960, 
John Flynn identificou que esses comportamentos 
agressivos eram provocados pela estimulação de áreas 
específicas do hipotálamo, localizadas no hipotálamo 
lateral e medial, respectivamente.

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