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Trabalho de Direito Previdenciário

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AESO 
Trabalho de Direito Previdenciário 
Aluno: Artur José Marinho Emery 
Tema: Pensão por morte e auxilio reclusão.
O Decreto n. 3.724/19 (Lei de Acidentes do Trabalho) conferia ao empregador responsabilidade objetiva de indenizar o empregado pelos danos decorrentes de acidente do trabalho, o que era feito com a celebração de contrato de seguro, de natureza eminentemente privada, regido pelo Direito Civil. Se do acidente de trabalho resultasse a morte do empregado, cabia à empresa o pagamento de uma indenização ao cônjuge sobrevivente e aos herdeiros necessários do segurado, que correspondia a uma soma de 3 anos de salários do falecido, que não poderia superar 2:400 $ (contos de réis), mesmo que o salário da vítima excedesse essa quantia. Tratava-se, ainda, de seguro de natureza privada.
Como objeto de proteção pelo seguro social, o risco morte surgiu com o Decreto n. 4.682/23 (Lei Eloy Chaves), que criou uma “caixa de aposentadorias e pensões” nas empresas de estrada de ferro, beneficiando os respectivos empregados. Foi prevista a concessão de pensão e pecúlio em dinheiro para os herdeiros em caso de morte do segurado.
Com o Decreto n. 26.778/49, outras categorias foram, paulatinamente, ingressando no regime de “Caixas de Aposentadorias e Pensões” (empregados em serviços telegráficos e radiotelegráficos, empresas de força, luz e bonde, portuários e marítimos etc.), o que resultou na transformação e unificação em alguns Institutos de Aposentadorias e Pensões. Da unificação resultou a concessão, dentre outros benefícios, de pensões em decorrência de morte natural ou presumida e em caso de desaparecimento, desde que tivesse o segurado cumprido carência de 12 contribuições mensais ou estar aposentado.
Os beneficiários da pensão por morte eram: a esposa, o marido inválido, os filhos de qualquer condição, menores de 18 anos ou inválidos, e as filhas solteiras de qualquer condição, menores de 21 anos ou inválidas (I); a mãe e o pai inválido, que poderiam concorrer com a esposa ou esposo inválido, desde que houvesse declaração expressa do segurado falecido (II); os irmãos menores de 18 anos ou inválidos e as irmãs solteiras menores de 21 anos ou inválidas (III); não havendo dependentes da primeira classe, o segurado poderia inscrever pessoa que vivia sob sua dependência e que, em razão da idade, condição de saúde ou encargos domésticos, não pudesse manter o próprio sustento (IV).
A pensão por morte é prestação dos dependentes necessitados de meios de subsistência, substituidora dos seus salários, de pagamento continuado, reeditável e acumulável com aposentadoria. Sua razão de ser é ficar sem condições de existência quem dependia do segurado. Não deriva de contribuições aportadas, mas dessa situação de fato, admitida presuntivamente pela lei. Pelo caput do art. 74 da Lei 8.213/91 se extraem os requisitos para que o dependente tenha direito ao recebimento da pensão por morte, a saber: a existência de beneficiários na condição de dependentes do falecido e a condição de segurado do de cujus. 
O auxílio-reclusão é cobertura previdenciária garantida pelo art. 201, IV, da CF, aos dependentes dos segurados de baixa renda. A exigência da baixa renda é inovação da Constituição de 1988. Com a EC 20/98 (art. 13), ficou definido o conceito de baixa renda para fins de salário-família e auxílio-reclusão: renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00, corrigidos monetariamente até que Lei ordinária que regulasse a matéria. O auxílio-reclusão está disciplinado, atualmente, no art. 80 do PBPS e nos arts. 116 a 119 do RPS. O conceito de auxilio reclusão emana do art.80 da Lei 8.213/91, vejamos: O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço. Parágrafo único. O requerimento do auxílio-reclusão deverá ser instruído com certidão do efetivo recolhimento à prisão, sendo obrigatória, para a manutenção do benefício, a apresentação de declaração de permanência na condição de presidiário.
O benefício que se concede à família do segurado levado à prisão em regime fechado, semiaberto ou regime equivalente no aspecto da restrição da liberdade. O derradeiro requisito para a concessão do benefício foi acrescentado pela EC 20/98, que restringiu a proteção apenas aos dependentes de segurados de baixa renda[7]. Com esta retração, objetivou-se reduzir o número de beneficiários do auxílio-reclusão, como se o pagamento de tal benefício fosse o responsável pelo déficit da previdência social no Brasil.
Há situações em que o segurado recolhido à prisão, em regime fechado ou semiaberto, exerce atividade remunerada e contribui para o custeio da Previdência Social como Contribuinte Individual. Pode contribuir, também, como facultativo. Nesses casos, os dependentes teriam direito à cobertura previdenciária de auxílio-reclusão? A resposta está no art. 2º, caput, da Lei n. 10.666/2003: 188 o trabalho e pagamento de contribuições no período da reclusão não são causa impeditiva de concessão nem de cessação do benefício.
Dentre os benefícios previdenciários concedidos pela Previdência há dois que tem por objeto cumprir o que determina o art. 201 da CF/88, ou seja, amparo social. É importante ressaltar que à data do recolhimento da prisão deve o segurado não possuir renda, ou seja, não receber salário da empresa bem como aposentadoria, benefícios por incapacidade ou abono por tempo de permanência no serviço.

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