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COMPLEXOS APOSTILA Cópia

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COMPLEXO
É uma reunião de imagens e idéias, conglomeradas em torno de um núcleo derivado de um ou mais arquétipos, e caracterizados por uma tonalidade emocional comum.
	E a via régia para o inconsciente.
	É o arquiteto dos sonhos.
	Agrupamento de idéias de acento emocional no inconsciente.
	Pode se apresentar como uma personificação.
	Se apresenta também, antes de tudo, como uma projeção.
	Só pode ser levado à dissolução, quando seu conteúdo e a compreensão e integração deste são vivenciados emocionalmente.
	Do ponto de vista do “eu” há então quatro possibilidades de comportamento em face do complexo:
- a total inconsciência da sua existência.
- a identificação.
- a projeção.
- e a confrontação. Contudo só o último comportamento pode contribuir de maneira fecunda para a discussão com o complexo e, levar à sua dissolução.
	Os complexos são focos e nós da vida psíquica sem os quais ninguém gostaria de passar e que não devem faltar, senão a atividade psíquica chegaria a uma parada fatal.
	Os complexos formam na estrutura psíquica, os “pontos nevrálgicos” em que se assentam o não digerido, o inaceitável e o conflitante, mas ‘cujo caráter doloroso não comprova a existência de alguma perturbação doentia. Todas as pessoas têm complexos; eles fazem parte do lado inconsciente da psique e dos fenômenos normais da vida da psique, qualquer que ela seja.
	Ter complexo não significa, assim, sem mais nem menos, uma inferioridade. Quer dizer apenas que existe algo incompatível não assimilado, conflitante ou talvez algum impedimento, mas também um estímulo para esforços maiores e, dessa forma, talvez até uma nova oportunidade para o sucesso.
	Há os complexos que pertencem ao inconsciente pessoal e os que fazem parte do inconsciente coletivo.
	Certos complexos são formados pela experiência dolorosa ou melindrosas da vida individual. Disso resultam complexos inconscientes de caráter pessoal.
	Outra parte dos complexos provém... do inconsciente coletivo.
	A reintegração de um complexo pessoal tem um efeito aliviador e muitas vezes até curativo enquanto a irrupção de um complexo coletivo inconsciente é um sinal muito desagradável e até perigoso.
	Numa análise, somente um número individualmente limitado de complexos é que sempre poderá ser conscientizado. O restante permanecerá como um “ponto de nó” ou “elemento nuclear” que pertence à matriz eterna de cada psique humana, ao inconsciente coletivo, e Jung não vê razão alguma pela qual, na realidade, ele não deva durar até o fim da humanidade.
	
	Frieda Fordham diz que o complexo seria uma espécie de “imã psicológico”.
	
	O complexo tem duas raízes, uma se baseia em eventos e conflitos da primeira infância e a outra em eventos e conflitos da atualidade.
	
	O complexo tem duas naturezas: uma pode manifestar-se como um complexo ‘doente’ e a outra como um complexo ‘sadio’.
	
	Complexo é a representação do fenômeno característico da vida da psique, que constitui a sua estrutura e que, portanto, é em si um componente sadio da psique,. O que provém do inconsciente coletivo jamais é material ‘doente’, doentio só pode ser o que vem do inconsciente pessoal e nele sofre uma transformação e recebe uma coloração específica, resultante da sua inclusão numa esfera de conflito individual.
	
	O complexo tem a qualidade de’germe criador’, já que é a fonte revitalizadora, cuja função é levar os conteúdos do inconsciente para o consciente e evocar a força criadora deles.
	
	Os conteúdos do inconsciente pessoal são principalmente os complexos de teor emocional que constituem a intimidade pessoal da existência. Os conteúdos do inconsciente coletivo, porém, são os chamados arquétipos.
	
	Cada complexo é constituído, segundo definição de Jung, primeiro de um “elemento nuclear” ou “ portador de significado”; estando fora do alcance da vontade consciente, ele é inconsciente e não dirigível; em segundo lugar, o complexo é constituído de uma série de associações ligadas ao primeiro e oriundas, em parte, da disposição original da pessoa, e, em parte, das vivências ambientalmente condicionadas do indivíduo.
	
	Do mesmo modo como os sonhos o demonstram plasticamente, também faz parte da natureza do complexo o fato de que ele pode se apresentar de forma personificada, o que se pode observar facilmente, por exemplo, nas manifestações espíritas, na escrita automática (mediúnica) e noutros fenômenos afins. Porque também as imagens dos sonhos penetram “como um tipo diferente de realidade, na esfera do consciente do “eu” do sonho...os sonhos não estão sujeitos ao nosso arbítrio mas obedecem a leis próprias. Representam...complexos psíquicos autônomos, capazes de se formarem a partir de si mesmos”.
	Os complexos são potências psíquicas cuja natureza mais profunda ainda não foi sondada. Só se pode romper o seu poder mediante a conscientização dos seus conteúdos reprimidos e inconscientes, o que quase sempre só ocorre sob grande resistência da parte dos pacientes e só se pode dar através do método específico da análise’, a não ser que a vivência de uma graça ou então que catástrofes ou provas de determinadas naturezas produzam o efeito de choque necessário e, desse modo, talvez a dissolução de tais complexos. Por essa razão, o reconhecimento intelectual não é, de forma alguma, suficiente , porque só liberta o que é vivido com emoção. Só o emocional é capaz de provocar a revolução e transformação energéticas necessárias.
Ascânio Jatobá
Consultório: Rua Sto. Antônio.1271 - Bela Vista - Cep: 01314-001- São Paulo - SP - Tel. 3104-2345 -ajatoba@uol.com.br - www.cursodesonhos.com.br

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