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1. Como C.G. Jung vê o processo de individuação através do Eixo Ego-self?
O processo de individuação tem como meta fazer com que todo indivíduo se comprometa em despertar o melhor de si e no outro, reconhecendo o pior em si e no outro, administrando estas polaridades de forma saudável. Segundo Jung, o processo de individuação nada tem de individualismo, muito pelo contrario, é um processo que estimula o indivíduo criar condições para que cada um desperte o melhor de si e do outro, o tempo todo, fazendo-o sair do isolamento e empreender uma convivência mais ampla e coletiva, por estar mais próximo, conscientemente da totalidade, mas ainda mantendo sua individualidade. A individuação consiste em aproximar o mundo do indivíduo e não excluí-lo do mesmo.
Embora o ego seja muito presente e o self muito ausente, nas relações humanas conseguimos, de um modo geral, nos alinhar entre essas duas esferas psíquicas. Este alinhamento é o eixo ego-self. Transpassamos pela vida nos equilibrando, inconscientemente, entre o nosso eu externo e o interno; entre a nossa aparência e a nossa essência; entre o nosso ego e o nosso self; entre o nosso egoísmo e a nossa individuação. Este equilíbrio entre o mundo externo e o interno é o eixo ego-self. Trata-se de um bom senso entre o que somos para nós, dentro de nossa mente, e o que somos para os outros, fora de nossa mente. Por analogia, é o eixo entre matéria e psique.
Tal harmonia também pode ser analisada na biologia humana, através do eixo corpo-mente ou, da mesma forma, na física quântica, pelo estado dual de um elétron (partícula-onda) pois,  o que forma um elétron é, em parte, a partícula, e em outra parte, a onda. O que forma um ser humano é, em parte, o corpo, e em outra parte, a mente.
Portanto, em diferentes esferas: na Física, aborda-se o fenômeno partícula-onda; na Biologia, o equilíbrio corpo-mente; na, Psicologia Junguiana, o eixo Ego-Self. 
2. Para C.G. Jung quais são as principais características que possui um complexo?
Jung designa o termo complexo afetivo com um grupamento de representações mentais mantidas juntas por emoção. Os complexos se organizam a partir de experiências emocionais significativas do indivíduo. Nesse ponto de vista, o próprio ego, para Jung o centro da consciência, seria um complexo, o complexo egóico. Outros complexos na personalidade podem agir sobre o ego, interferindo no funcionamento adequado da consciência, perturbando a adaptação criativa do sujeito. Ele explica que os complexos podem ser conscientes, parcialmente conscientes ou inconscientes e que os complexos podem ser positivos ou negativos, resultando em consequências boas ou ruins. Existem muitos tipos de complexos, mas o núcleo de qualquer complexo é um padrão universal de experiência, ou arquétipo. Dois dos principais complexos sobre os quais Jung escreveu foram a anima (um nó de crenças e sentimentos inconscientes na psique de um homem em relação ao gênero oposto) e o animus (o complexo correspondente na psique de uma mulher). Outros complexos importantes incluem mãe, pai, herói e, mais recentemente, irmão e irmã. Jung acreditava que era perfeitamente normal ter complexos, porque todo mundo tem experiências emocionais que afetam a psique. Embora sejam normais, complexos negativos podem nos causar dor e sofrimento.
3. Como Carl Gustav Jung descobriu os complexos e sua atuação na psique?
Jung começou a desenvolver um sistema teórico que chamou, originalmente, de "Psicologia dos Complexos", mais tarde chamando de "Psicologia Analítica", como resultado de seu contato prático com seus pacientes. Utilizando-se do conceito de complexos e do estudo dos sonhos e de desenhos, Jung se dedica profundamente aos meios pelos quais o inconsciente se expressa. Em sua teoria, enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos: da mesma forma que animais e homens parecem possuir atitudes inatas, chamadas de instintos, também é provável que em nosso psiquismo exista um material psíquico com alguma analogia com os instintos. Com a teoria dos complexos, Jung apresenta a existência de uma camada do inconsciente, em parte individual, e em parte coletivo, por ser compartilhada com outros indivíduos. Mas este ainda não é o Inconsciente coletivo. 
4. Como Jung descobriu a existência dos arquétipos?
A partir dos estudos sobre o inconsciente coletivo  Freud descobriu que este é o depósito das “imagens primordiais”, que nos remetem ao mais primitivo desenvolvimento da psique e que essas imagens são herdadas de nossos ancestrais, nossos antecessores humanos, pré-humanos e animais. Eles são predisposições ou potencialidades no experimentar e no responder ao mundo, comportamentos, reações e memórias inconscientes que carregamos do passado, como um elo que nos liga a nossos mais remotos antepassados e que os conteúdos do inconsciente coletivo ativam padrões pré-formados de comportamento pessoal, determinantes de certos traços de personalidade inatos. Como exemplo ilustrativo deste fato, temos a “imagem primordial” de “Mãe”, que um bebê reconhecerá ao ter a percepção de sua mãe verdadeira, a ela reagindo. Estes arquétipos são definidos como “formas sem conteúdo que representam apenas uma possibilidade de percepção e ação” (CWJung IX/1,§48). São universais, todos herdamos as mesmas imagens arquetípicas básicas, que serão preenchidas por nossa experiência consciente.
Assim que o bebê toma contato com a figura materna, a imagem pré-formada de “mãe” é amplificada, sendo agora definida pela aparência e comportamento da mãe verdadeira e pelas experiências que terá com ela ao longo da vida.
O arquétipo é o núcleo do complexo. Ele atrai para si experiências significativas, a fim de formar o complexo, tornando-se suficientemente forte para constituir o centro de um complexo bem desenvolvido, e assim poder se expressar na consciência e através do comportamento.Existe um número inimaginável de arquétipos: pai, mãe, herói, criança, Deus, demônio, nascimento, morte, renascimento, sábio, embusteiro, sol, lua.
5. Como Jung via a Religião?
Ao invés de ignorar o anseio religioso, Jung, completamente solitário em sua pesquisa, mergulhou empiricamente na questão que resultou em vários de seus conceitos da Psicologia Analítica, bem como na conclusão, hoje óbvia para todos os cientistas, de que a crença em deuses nada mais é do que projeção de conteúdos psíquicos sobre os quais o ego desconhece. Em seus estudos ele conclui que o arquétipo de deus existe desde que o primeiro ser humano, diante do desconhecido e do medo da morte, acreditou que era necessário agradar aos deuses para se prevenir contra as desgraças naturais.
O arquétipo seja ele de um deus, seja ele de uma bruxa, seja ele de uma determinada profissão, seja ele sobre o complexo materno ou do herói, seja ele sobre a criança abandonada ou sobre o velho sábio ou sobre o trickster ele, o arquétipo, é uma criação humana. Por isso Jung cunhou a frase célebre: "Eu não acredito em Deus. Eu sei que ele existe."

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