Buscar

Histologia II - Período Fetal e Odontogênese

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS 
Faculdade de Odontologia 
Profª Ana Paula Nunes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA II 
BUCAL E EMBRIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniela Haubman Pereira 
Ato 222 
1 
 
Período Fetal 
 
− Começa na 9 semana de VIU (11 semanas após o último período menstrual 
normal = UPMN). 
− Termina com o nascimento (38 semanas de VIU). 
 
 
Principais Características 
• Rápido crescimento do corpo, junto com uma diminuição relativa do 
crescimento da cabeça (em relação ao corpo) 
• Especialização dos tecidos, órgãos e sistemas 
 
 
Crescimento Corporal x Cefálico 
 
(Número de semanas – período fetal) 
 
 
2 
 
Processo de produção de hemácias 
Principais eventos em cada subperíodo: 
9 - 12 semanas VIU: 
• Rápida aceleração do crescimento em comprimento 
• Início da formação dos centros primários de ossificação no crânio e ossos 
longos 
• Genitália externa ainda não estará definida 
• Alças intestinais estarão dentro do cordão umbilical 
• Eritropoiese, que até então ocorria no fígado, inicia a ocorrer também no 
baço 
• Início da formação de urina fetal, lançada no líquido amniótico 
 
 Formação do sangue: principalmente no fígado e levemente no baço. 
 Com 12 semanas os centros primários de ossificação aparecem em quase 
todos os ossos dos membros. (antes estavam apenas no crânio e ossos 
longos). 
 
13 – 16 semanas VIU 
• Prossegue o crescimento fetal rápido 
• Início de movimentos coordenados dos membros na 14ª sem. (ainda não 
percebidos pela mãe, só no ultrassom) 
• Formação ativa de tecido ósseo (BMPs ativas - Proteínas Morfogenéticas 
Ósseas) 
• Início do movimento dos olhos (14ª sem.) 
• Genitália externa definida (entre 13ª e 14ª sem.) 
• Se o feto for feminino = ovogônias dentro dos ovários (16ª sem.) 
• Olhos em posição frontal (16ª sem.) 
• Orelhas externas próximas da sua posição definitiva 
 
17 – 20 semanas VIU 
• Taxa de crescimento fetal relativamente diminuída 
• Movimentos de membros percebidos pela mãe 
• Pele sem gordura subcutânea 
• Vascularização do couro cabeludo 
• Sistema Respiratório ainda imaturo 
• Presença de sobrancelhas e cabelo (20 sem.) 
17 semanas 
3 
 
• Corpo recoberto por lanugo (penugem delicada) 
• Início da formação de tecido adiposo marrom 
• Formação do útero e canalização da vagina (18 sem.) 
• Ovários com folículos ovarianos primordiais contendo ovogônias no seu 
interior 
• Ovários e testículos já estarão na parede abdominal posterior 
 
21 – 25 semanas VIU 
• Substancial ganho de peso fetal 
• Pele rosada, pela intensa formação de capilares sanguíneos na derme 
• Unhas dos dedos das mãos já presentes (24 sem) 
• Os pneumócitos tipo II (septos interalveolares) iniciam a secretar 
substância surfactante (24 sem), entretanto o sistema respiratório como 
um todo ainda é imaturo 
 
26 – 29 semanas VIU 
• Pulmões já com capacidade potencial de respirar 
• SNC amadurecido 
• Pálpebras já estão abertas 
• Unhas dos dedos dos pés formadas, cabelo e pelos também 
• Acúmulo de gordura subcutânea, 3,5% do peso corporal (PC) corresponde à 
tecido adiposo branco 
• Hematopoiese hepática e esplênica vai até às 28 semanas, mas por volta de 
24 semanas começa a ser substituída pela hematopoiese na medula óssea 
 
30 – 34 semanas VIU 
• Reflexo pupilar dos olhos à luz 
• Pele rosada e lisa 
• Membros mais gordos 
• 8% do PC corresponderá a tecido adiposo branco 
• PODERIA NASCER? São prematuros pela data, tem peso normal, mas com 
apenas 30-34 semanas. 
 
Feto viável pela fisiologia respiratória e 
térmica (se tiver mais de 2.5 kg) 
4 
 
35 – 38 semanas VIU 
 
• Reflexo palmar presente 
• Testículos dentro das bolsas escrotais (fetos masculinos prematuros 
podem apresentar testículos ainda na cavidade pélvica) 
• Circunferência cefálica = circunferência abdominal (36 sem) 
• Peso médio ao nascer 3,4kg 
• Corpo “gorducho”, com 16% do PC de tecido adiposo branco 
• Há uma taxa de ganho de peso ao redor de 14g./dia 
 
Circulação placentária 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gêmeos Monozigóticos - pela divisão do embrioblasto (65%) 
 
 
 
 
5 
 
Gêmeos Monozigóticos - pela divisão da mórula em dois blastocistos (35%) 
 
 
 
 
 
 
Gêmeos Dizigóticos 
 
6 
 
Embriologia da face e da 
cavidade bucal 
 
− Regiões suscetíveis a anomalias congênitas, no período pré-embrionário e 
embrionário: 
− Regiões suscetíveis a defeitos funcionais e anomalias menores (período fetal): 
 
Fases na Vida Intrauterina 
• Fase proliferativa: da concepção até o ínicio da 3ª semana de VIU 
• Fase de morfogênese (histodiferenciação): da 4ª à ± 8ª semana de VIU (período 
embrionário) fase critica 
• Fase de crescimento e maturação: 9ª semana de VIU até o nascimento (período 
fetal) 
 
 
Desenvolvimento Craniofacial 
 
Eventos importantes já abordados: 
• Formação da Placa Precordal Membrana Bucofaríngea 
• Notocorda Eixo Cefalocaudal Tubo Neural 
• Proliferação do Tubo Neural na região cefálica, formando: telencéfalo, 
mesencéfalo e rombencéfalo 
• Cristas Neurais = na 4ª semana as células que migrarem para a região cefálica 
formam o Ectomesênquima da face e do pescoço, além de participarem da 
formação de melanócitos, gânglios nervosos, camada medular da glândula 
adrenal 
 
7 
 
 Prega Cefálica = originada na 4ª semana, pelos dobramentos cefalo-caudal e 
ventral/lateral. Sendo fundamental para a formação da cavidade oral primitiva 
(estomoideo). 
 As células da crista neural da região anterior migram para a região cefálica, 
auxiliando a formação da PROEMINÊNCIA FRONTAL e dos ARCOS BRANQUIAIS (do 
Aparelho Branquial). 
 Arcos branquial ou aparelho faríngeo: colabora na formação da face, cavidade 
nasal, boca, laringe, faringe e pescoço 
 
 
Arcos Branquiais 
− 1º Arco branquial inicia sua formação nos primeiros dias da 4ª sem. VIU (22-28 
dias) 
− É o único que subdivide-se em 2 processos: 
• P. Maxilar: formará a maxila, o arco zigomático e a porção escamosa do 
osso temporal 
• P. Mandibular (maior): formará a mandíbula 
− Ao final da 4ª semana, teremos: 
• Quatro pares de arcos branquiais bem definidos e visualizados (1º ao 4º) 
• 2 pares rudimentares (5º e 6º) 
 
 
8 
 
 
 
 
Desenvolvimento dos processos faciais (4ª para 5ª sem. viu) 
A partir da eminência frontal, formam-se os processos frontal e frontonasal, iniciando 
como 2 saliências esféricas do ectoderma, evoluem para placóides nasais (formarão o 
assoalho das fossas nasais). 
− Formação de elevações ao redor: processos nasais laterais e mediais. 
 
 
27 DIAS 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
− As bordas inferiores das fossetas fusionam-se entre si e também com o 
processo maxilar 
 
 
 
 
 
 
− Fosseta nasal 
− Sulco nasolacrimal 
• Processo maxilar 
 
• Processos nasais laterais e 
mediais 
Fosseta nasal 
Processo nasal 
lateral 
Processo nasal médio 
Processo mandibular 
Processo maxilar 
Olho em desenvolvimento 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 dias (5ª sem.) 
40 dias (6ª sem.) 
Ao nascer 
11 
 
− Também serão formados a partir deste aparelho faríngeo: 
 
− Sulcos Branquiais 
1° sulco = forma o meato acústico externo 
2° e 3 ° sulco = são obliterados e participamdo desenvolvimento do pescoço 
 
− Bolsas Branquiais 
1ª bolsa = Tuba auditiva 
2ª bolsa = Amígdala ou tonsila palatina 
3ª bolsa = Paratireóides inferiores e o timo 
4ª bolsa = Paratireóides superiores 
5ª bolsa = Células parafoliculares da Tireóide 
 
 
 
Desenvolvimento da língua (6ª semana viu) 
Sua formação ocorre a partir dos 4 arcos faríngeos 
− 1º arco faríngeo = duas saliências linguais ou brotos linguais 
Estas duas saliências linguais crescem e fundem-se, formando os 2/3 anteriores 
da língua 
− As porções centrais do 2º, 3º, e 4º arco elevam-se e formam o 1/3 
posterior da língua 
 
− A fusão da parte anterior (1ºarco) com a posterior (2º., 3º. e 4º. arcos) 
forma a sulco terminal (V lingual), que é uma cicatriz embrionária 
 
12 
 
Língua 
Estará já formada na 6ª semana VIU, mas ainda está ocupando o centro do 
estomoideo. 
 
 
 
 
 
O fechamento do estomoideo depende do fechamento dos processos palatinos, 
formando o palato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento do palato 
Entre a 6ª e 10ª semana VIU 
− 6ª semana: Processos palatinos laterais (PPL) 
Língua 
Desenvolvimento do palato 
(entre a 6ª e 10ª semana viu) 
Processo palatino primário/mediano 
Processo palatino 
secundário/lateral Septo nasal 
Lábio superior 
13 
 
− Na 7ª semana: ocorre o rebaixamento da língua → este rebaixamento da língua 
permite a aproximação dos processos palatinos laterais (PPL) em direção à 
linha média → leva à fusão dos PPL com o processo palatino mediano → fusão 
dos PPL entre si → formação do palato secundário → fusão dos PPL com o 
septo nasal 
− Após a 10ª semana: cavidades nasais e oral definitivas, formadas e separadas 
após formação do palato secundário 
− Palato mole e úvula: são formados por expansões das extremidades dorsais 
dos processos palatinos (PPL), não ossificados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
± 10ª semana: palato já estará separando a cavidade nasal da 
cavidade oral 
 
Na 6ª semana: projeções 
mesenquimais oriundas da fusão 
do processo nasal medial 
C - pré-maxila da maxila 
Na 8ª semana: projeções 
verticais mesenquimais da maxila 
A - processos palatinos laterais ou 
prateleiras palatais dispostos 
verticalmente devido a interposição 
lingual 
Na 10ª semana: fusão completa 
dos processos palatinos 
14 
 
Desenvolvimento da cavidade nasal 
 
 
 
O septo nasal se desenvolve como um crescimento ventral, a partir das regiões 
internas dos processos nasais mediais. 
Fusão do septo nasal: inicia pela parte anterior na 9ª semana e termina pela parte 
posterior, na 12ª semana, superiormente ao palato duro. 
 
Desenvolvimento da Mandíbula 
− Origem: do processo mandibular do 1º arco branquial, após a 6ª semana VIU 
o A Cartilagem de Meckel apenas orientará a formação do osso mandibular, 
por ossificação intramembranosa. 
− A formação da mandíbula inicia na 7ª semana, quando inicia a ossificação 
intramembranosa da mandíbula, no sentido medial e lateral 
− Na 10ª semana já há um esboço rudimentar do osso mandíbular 
− As extremidades anteriores da cartilagem de Meckel induzem a ossificação 
endocondral da sínfise mandibular 
 
 
Epitélio olfatório 
Septo nasal 
Cavidade nasal 
Cartilagem de meckel 
15 
 
Desenvolvimento da maxila 
− Origem: do processo maxilar do 1º arco branquial 
− Forma-se por ossificação intramembranosa, sendo que o centro de ossificação 
começa a ser formado na 8ª sem. (56º dia) 
 
Processos mandibular e maxilar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12ª semana viu = início da formação dos centros de ossificação dos ossos do crânio 
e longos. 
 Após a 11ª semana, epiderme estratificada. Cristas papilares (entre epiderme e 
derme) iniciam a ser observadas. Estas cristas estarão formadas completamente 
após a 17ª semana. 
 14ª semana = início do surgimento de brotos dos bulbos dos pelos 
 16ª semana = folículos pilosos com início da formação de pelos 
 Ao final da 16ª semana: olhos em posição frontal e orelhas externas próximas da 
sua posição definitiva 
16 
 
Odontogênese 
 
É o período de formação dos dentes, se inicia na 6ª semana de VIU, portanto no 
período embrionário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 Fases da Odontogênese 
1. Banda Epitelial Primária 
2. Lâmina Dentária e Lâmina Vestibular 
3. Broto ou Botão 
DENTES 
(decíduos ou 
permanentes) 
MATURIDADE 
(fisiológica ou funcional) 
→ Processo fisiológico de evolução 
contínua 
 → modificações: 
• Histológicas 
• Fisiológicas 
• Bioquímicas 
Todas progressivas e simultâneas 
17 
 
4. Capuz ou Casquete 
5. Campânula ou Sino 
6. Coroa 
7. Raiz 
 
Todas são sensíveis à teratogênese, gerando anomalias variadas e clinicamente 
distintas. 
 
Estágios de Formação (dente normal) 
Sobrepõem-se em muitos momentos. 
 
− Estágio de crescimento 
• Iniciação (1) 
• Proliferação (1 e 2) 
• Histodiferenciação (2 e 3) 
• Morfodiferenciação (3) 
• Aposição (4) 
 
− Estágio de Mineralização 
− Estágio de Erupção 
− Estágio de Atrição 
 
 Histodiferenciação – características: 
• Crescimento contínuo por diferenciação celular 
• Adoção do padrão morfológico do futuro dente 
Quando ocorre: 
1. Nas fases de banda epitelial primária, 
lâminas, e broto/botão 
2. Na fase de capuz/sino 
3. Na fase de campânula/sino 
4. Nas fases de coroa e de raiz 
18 
 
• As células tornam-se restritas à sua potencialidade e perdem sua capacidade de 
se multiplicarem 
 
 Morfodiferenciação – características: 
• Células se dispõem na forma e o tamanho do dente 
• Isto ocorre antes da deposição da matriz 
 
Formação do Epitélio Odontogênico 
 
 6ª semana VIU: Rápida proliferação das células epiteliais, levando ao 
espessamento do epitélio odontogênico (setas), na forma de ferradura, dita Fase de 
Banda Epitelial Primária (BEP). 
 
 
 
 
 
 
 
Ocorre aos 34 dias, entre a 4 a e 5ª semana VIU. 
 
Ectomesênquima 
Origem: 
ectoderme, células 
da crista neural Epitélio odontogênico 
Eptélio oral primitivo 
19 
 
Banda Epitelial Primária 
 
 
Na 7ª semana VIU, as células desta Banda Epitelial primária proliferam e formam duas 
massas epiteliais (grupos), ditas Lâminas: Lâmina Dentária e Lâmina Vestibular, estas 
lâminas ocuparão os primórdios da maxila e mandíbula. 
Com o avanço do crescimento celular, ficarão 10 pequenas esferas em cada arco 
maxilar e mandibular, na posição onde serão desenvolvidos os dentes decíduos (de 
forma não sincronizada) 
 
Proliferação das células basais da Banda Epitelial Primária e 
formação das Lâminas Dentária e Vestibular 
 
 
 
 
 
 
Epitélio oral 
Ectomesênquima Banda epitelial primária 
Banda epitelial 
primária 
Região em 
degeneração 
Lâmina vestibular 
Lâmina vestibular 
Lâmina dentária 
Sulco vestibular 
Lâmina dentária 
Lâmina dentária 
20 
 
Fase de Lâminas Dentária e Vestibular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As células da Lâmina Vestibular sofrerão degeneração, enquanto as células da Lâmina 
Dentária seguirão em mitose, sofrendo processos de iniciação e proliferação, e 
formarão um brotamento → fase de broto ou botão. 
 
Fase de Broto ou Botão (8ª semana VIU) 
Nesta fase, é possível visualizar o broto (epitelial) e o ectomesênquima (tecido abaixo 
do epitelial) condensado ao seu redor, marcando o início da organização da regiãoPapila Dentária. 
 
 
Região em degeneração 
 
Epitélio Oral 
Lâmina vestibular 
Futuro fundo de 
saco do sulco 
 vestibular 
 
Lâmina Dentária 
Futuro dente 
(Arco Dentário) 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A multiplicação e o crescimento do Broto é desigual, sendo maior na periferia e 
menor no centro 
• O ectomesênquima central fica mais condensado na região central; enquanto o 
externo inicia a regionalizar-se esfericamente (Folículo dentário) → 
caracterizando a Fase de Capuz ou Casquete (12ª sem. VIU) 
 
Fase de capuz 
Inicia na 12ª semana VIU. 
 
 
 
 
 
 
 
Lâmina dentária 
Broto 
Papila 
dentária 
Epitélio oral 
Papila 
dentária 
Broto 
Broto 
Ectomesênquima 
condensado 
Botão 
Germe dentário evoluindo da 
fase de broto para a de capuz 
Características: 
• Concavidade central 
• Rodeada de ectomesênquima 
condensado (organização inicial 
da Papila Dentária) 
• Nesta fase, o Germe Dentário 
como um todo, estará 
composto de 3 regiões: 
 
 
 
Capuz inicial 
Depressão 
Ectomesênquima 
condensado 
22 
 
1. órgão do Esmalte (= região epitelial) 
2. papila dentária (= ectomesênquima condensado) 
3. folículo ou saco dentário (= ectomesênquima ao redor) 
 
Germe dentário na Fase de Capuz 
 
− Órgão do esmalte: derivado do ectoderma, era o epitélio odontogênico primitivo, 
que proliferou. Será o responsável pela formação do esmalte, dentre outros 
tecidos. 
− Papila dentária: derivada das células migradas das cristas neurais, era o 
ectomesênquima que se condensou dentro do capuz. Suas células futuramente 
formarão a dentina, e também formarão a polpa dental. 
− Folículo dentário: também derivado das células migradas das cristas neurais 
(ectomesênquima). Envolve totalmente o órgão do esmalte e a papila dentária. 
Futuramente originará o periodonto de inserção (cemento, ligamento periodontal 
e osso alveolar). 
 
Mucosa Oral 
 Lâmina 
Dentária 
 
Papila 
dentária 
 
Órgão do 
Esmalte 
 
 Folículo 
Dentário 
23 
 
Ainda na fase de Capuz, as Células do órgão do esmalte se diferenciam em 3 regiões 
celulares: retículo estrelado, epitélio externo e interno. 
 
 
Interações moleculares da odontogênese 
24 
 
Fase de Campânula ou Sino (14ª semana VIU) 
Inicia-se a histodiferenciação celular dos tecidos dentários, porque enquanto a taxa de 
mitose diminui, aumenta a especificidade celular. 
A região do Órgão do Esmalte assume a forma de Sino, com uma cavidade central e 
bordos bem profundos. 
 
Germe dentário na fase de campânula 
 
Nas extremidades, o local onde os epitélios interno e externo do órgão do esmalte se 
unem, recebe a denominação de Alça Cervical. 
 
 
 
 
25 
 
Histodiferenciação do Órgão do Esmalte na fase de Campânula 
I. O retículo estrelado acumula mais Água (GAGs), aumentando a distância entre 
as células estreladas 
II. As células do epitélio externo tornam-se pavimentosas (eram cúbicas) 
III. As células do epitélio interno tornam-se cilíndricas baixas a cúbicas 
IV. Nesta fase forma-se uma quarta região, dita Estrato Intermediário, 2 a 3 
camadas de células pavimentosas, entre o epitélio interno e o retículo 
estrelado 
 
 O Epitélio Intermediário é formado pela modificação de células do retículo 
estrelado, próximas ao epitélio interno. 
 
 
 
 
− Estrato Intermediário: sintetizará proteínas de manutenção do epitélio interno. Irá 
colaborar na maturação do esmalte, liberando fosfatase alcalina. 
− Alça Cervical: atuará na formação da raiz, por originar a bainha radicular de 
Hertwig, à qual induzirá a formação da raiz no final da fase de Coroa. 
Folículo 
dentário 
Nesta fase de Campânula, há apenas um resquício da Lâmina Dentária. 
 
26 
 
Principal fenômeno morfogenéticos na fase de Campânula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indução recíproca na fase de Campânula 
Inicia nas futuras cúspides, segue até as alças cervicais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Histodiferenciação e indução 
recíproca entre células do 
Epitélio Interno do Órgão do 
Esmalte e de células da Papila 
Dentária 
As células do estrato 
intermediário induzem as do 
epitélio interno a sofrerem 
inversão da polaridade, sendo 
agora diferenciadas e chamadas 
de Pré-Ameloblastos (cilíndricas) 
 
 
 
Pré-ameloblastos induzem as células 
da papila dentária (próximas à lâmina 
basal) a se diferenciarem em Pré-
Odontoblastos 
 
 
 
Pré-Odontoblastos iniciam a 
produção da 1ª camada de matriz da 
dentina, dita Dentina do Manto 
(Colágeno III), que neste momento 
ainda não estará mineralizada 
 
Dentina do Manto secretada 
induzirá os Pré-ameloblastos a se 
diferenciarem em Ameloblastos 
 
27 
 
Dentina do Manto e diferenciação de Préameloblastos em Ameloblastos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao final da Fase de Campânula, teremos: 
• Papila dentária com pré-odontoblastos, + fibrilas colágenas e já com capilares 
sanguíneos 
• Dentina do manto 
• Pré-ameloblastos (polarizados) 
• Desintegração quase completa da lâmina dentária 
• Folículo dentário envolvendo todo o germe dentário. Já estarão sendo formadas 
trabéculas do osso alveolar ao redor do folículo dentário, formando uma cripta 
óssea 
 
 
 
 
28 
 
 
Fase de Coroa ou Campânula Avançada 
Inicia-se na 18ª semana de VIU. 
É caracterizada pela deposição das matrizes: 
• Dentina (dentinogênese) 
• Esmalte (amelogênese) 
Com a presença de Dentina e esmalte, a Papila dentária a gora denomina-se Polpa 
Dentária. 
• A dentinogênese ocorre de fora para dentro = centrípeta. 
• A amelogênese ocorre de dentro para fora = centrífuga. 
Ambas iniciam nas Cúspides e seguem em direção às Alças Cervical. Quanto mais 
próximo da cúspide, mais avançados os estágios de diferenciação celular. Com isto, em 
um mesmo germe dentário é possível ocorrer ameloblastos, odontoblastos, pré-
ameloblastos, pré-odontoblastos, células do epitélio interno do órgão do esmalte, e 
células indiferenciadas na periferia da papila dentária. 
 
 
CÚSPIDES 
 
 
ALÇAS CERVICAIS 
 
 
 
 
 
Na região de coroa do germe dentário 
29 
 
Fase de Raiz (Rizôgenese) 
Ocorre na 28º semana VIU. Inicia quando a Dentinogênese coronária e Amelogênese 
alcançam a região da Alça Cervical 
A partir deste momento, a Alça Cervical sofre um dobramento, formando o Diafragma 
Epitelial internamente e a Bainha Epitelial de Hertwig. 
 
A Alça cervical dobra-se por 
que encontra o osso alveolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logo a seguir, as células desta Bainha Epitelial de Hertwig cessam sua divisão celular, 
se separam e podem ser observados temporariamente como Restos Epiteliais de 
Malassez. 
Esta separação permite o contato entre a Dentina Radicular recém formada e o 
Folículo Dentário (externamente). 
Este contato induz as células do ectomesênquima a se diferenciam em: 
• Cementoblastos → secretando Cemento 
• Fibroblastos → secretando Ligamento Periodontal (LPD) 
• Osteoblastos → secretando Osso Alveolar 
Esmalte Dentina 
Diafragma 
epitelial 
Bainha 
epitelial de 
Hertwig 
A Bainha Epitelial de Hertwig induz as células 
da papila dentária desta região → se 
diferenciam em odontoblastos, secretando 
Dentina Radicular. 
 A formação da dentina radicular no ápice 
radicular marca o final da odontogênese 
30 
 
E os permanentes? 
• Osgermes de dentes permanentes precedidos de decíduos originam-se a partir 
de uma invaginação da lâmina dentária do próprio decíduo equivalente, 
quando seu decíduo estiver na fase de capuz. Fase Broto do Permanente. 
• Permanentes sem decíduos: seus germes originam-se do próprio epitélio oral, 
mas em fases posteriores. 
Em ambos os casos, seguem a mesma sequência de odontogênese dos decíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumindo: 
CAPUZ DO DECÍDUO 
(não é do slide dela, fonte: http://histobuco.paginas.ufsc.br/odontogenese/) 
 
31 
 
Lâmina Basal 
Fibrilas 
Colágenas-III 
 Dentina 
 
Tipos de dentina quanto à região 
• Dentina do manto 
• Dentina circumpulpar 
 
Dentina do Manto 
• Primeira dentina a ser produzida (tem 10-30nm de espessura) 
• É produzida odontoblastos em diferenciação 
• Formada por Fibrilas de Colágeno tipo III, dispostas perpendiculares à Lâmina 
Basal 
 
 
 
À medida que os odontoblastos vão desenvolvendo seu prolongamento, seu corpo vai 
se deslocando em direção à papila dentária e Nesta trajetória, seus prolongamentos 
ocupam os Túbulos Dentinários (espaço físico na matriz dentinária). 
Coronária 
Radicular 
Fibrilas de colágeno tipo III perpendiculares à 
lâmina basal 
Polarização das células da papila dentária – 
no início da Dentinogênese 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dentina propriamente 
• Matriz secretada por odontoblastos diferenciados 
• Não apresentará células, só o prolongamento dos odontoblastos, que estarão 
dentro de túbulos dentinários 
• É uma matriz mineralizada de natureza conjuntiva; avascularizada; 85% de 
Colágeno I em fibrilas (50 nm) 
• Cor branco-amarelada 
• Aloja a polpa no seu interior 
• Externamente a dentina é revestida pelo esmalte na porção coronária e pelo 
cemento na porção radicular 
 
 
 
 
Odontoblastos diferenciando-se e secretando 
dentina em sentido centrípeto 
Prolongamentos de Odontoblasto e 
Túbulo Dentinário 
− Quando todas as vesículas da matriz estão 
calcificadas, o processo de mineralização 
progride para as fibrilas de colágeno e 
regiões interfibrilares. 
− Nesta matriz dentinária, entre os túbulos 
dentinários, fomam-se Cristais de 
Hidroxiapatita; inicialmente únicos, e depois 
fundidos, deixando a matriz dentinária 
inteiramente mineralizada 
 
33 
 
Dentina interglobular: entre glóbulos mineralizados 
 
 
Dentinas Peritubular e Intertubular: entre Túbulos Dentinários 
 
 
Túbulos Dentinários 
• Contém os prolongamentos dos odontoblastos e também 
um Fluido dentinário 
• Seguem trajeto sinuoso 
Dentina peritubular 
Túbulo 
Dentina intertubular 
34 
 
 
Comparação dos túbulos dentinários por região: 
 
Túbulo dentinário 
Próximo ao Esmalte (limite 
Amelodentinário =LAD) 
Próximo à Polpa 
Ramificações 
Maior número 
→ alguns podem ficar presos dentro 
do esmalte = fusos do esmalte 
Menor número 
No de túbulos Menor (20.000/mm2) Maior (45.000/mm2) 
Diâmetro túbulo 1 µm 2,5 µm 
Preenchimento 
do túbulo 
Sem prolongamento, só com fluído 
dentinário, podem estar esclerosados 
(fechados) 
O prolongamento do 
odontoblasto 
Odontoblasto Pré-dentina Dentina mineralizada 
ODONTOBLASTO PRÉ-DENTINA DENTINA MINERALIZADA 
35 
 
Composição da Dentina 
70% Mineral 
18% M. Orgânico 
12% Água 
 
 
 
 
Dentina radicular 
• Formada na Fase de Raiz (odontogênese) 
• Produzida por odontoblastos radiculares, que têm maior 
número de ramificações na extremidade distal, estas 
ramificações são visualizadas e denominadas como a 
Camada Granulosa de Tomes (observada em lâmina 
preparadas por desgaste) 
• As Fibrilas de Colágeno da dentina radicular são paralelas 
à lâmina basal, enquanto que na dentina Coronária esta 
orientação é perpendicular 
DC - Dentina Circumpulpar 
DM – Dentina do manto 
36 
 
Tipos de dentina quanto ao momento de secreção 
• Primária: antes do fechamento do ápice radicular 
• Secundária: após o fechamento do ápice radicular 
• Terciária, Reacional ou Reparativa: produzida em resposta à 
atrição, cáries, ou restauração. Tem menor organização, ou 
ausência desta. Formada como uma dentina osteóide, por 
células indiferenciadas. 
 
 
 
 
 
 
 
Polpa 
 
Pulpogênese 
É a formação da polpa 
− Inicia sua organização na cavidade central no estágio de capuz, entretanto.... 
− Só terá a denominação de polpa quando ocorrer à deposição de dentina 
circumpulpar, na fase de coroa 
− O Grau de especialização da polpa vai aumentando gradativamente: 
• maior número de capilares sanguíneos e linfáticos 
37 
 
• aumento da Inervação (fibras amielínicas), que inicialmente era apenas 
central e passa a se estender até a camada odontoblástica 
− A SFA da polpa tem alto teor de GAGs (glicosaminoglicanas) e sulfato de 
condroitina 
− A pulpogênese só termina quando se estabelece o comprimento final da raiz 
 
 
Regiões anatômicas 
 
Forame apical (local de união entre polpa e ligamento periodontal) *canais laterais 
 
Composição e regiões da polpa 
− A polpa é formada por tecido conjuntivo frouxo 
− Duas camadas periféricas (regiões histológicas) 
• Odontoblástica 
• Subodontoblástica: - pobre em células, fibras amielínicas 
 - rica em células (indiferenciadas) 
Polpa coronária 
Polpa radicular 
 
38 
 
 
− Uma região central 
• Tecido conjuntivo frouxo, com células dendríticas, macrófagos, fibroblastos, 
vasos sanguíneos e linfáticos 
 
 Zonas periféricas da polpa 
1. Zona Odontoblástica: células pseudoestratificadas (polpa coronária) e cúbicas 
(polpa radicular) 
2. Zona Subodontoblástica: 
• (A) pobre em células: prolongamentos de células subjacentes, vasos e fibras 
nervosas amielínicas. Evidente apenas na polpa coronária. 
• (B) rica em células: formada por células indiferenciadas 
 
 
 
Inervação da polpa dentária 
− Inicia na fase de Capuz, com a penetração de axônios sensoriais do nervo 
trigêmio e por axônios simpáticos do gânglio superior 
− Ocorrem fibras mielínicas e amielínicas, formando o feixe neurovascular pulpar, 
com função nociceptora 
1 
A 
B 
39 
 
− Esses feixes ramificam-se abaixo dos odontoblastos, formando o Plexo de 
Raschkow 
 
• Fibras Mielinizadas 
– A maioria são do tipo Delta A (rápidas condutoras e com diâmetro de 1 
a 6 µm. Associadas à dor localizada e rápida 
– 1% são do tipo Delta B, com 6 a 12 µm de diâmetro 
• Fibras Amielínicas 
– Denominadas Fibras C, com diâmetro de 0.4 a 1.2 µm. Associadas com a 
dor mais difusa e persistente (processos inflamatórios) 
 
 
 
Esmalte dentário 
 
− Produzido por ameloblastos na fase de coroa da odontogênese 
− Define a coroa dentária anatômica 
− É o tecido com maior taxa de mineralização do corpo humano (95%) 
− É o único tecido epitelial mineralizado 
− É avascularizado, branco-cinza azulado ou amarelo, devido à dentina 
subjacente 
− Tem espessura média de 2,5 mm nas cúspides, tornando-se mais delgado à 
medida que alcança o colo dentário 
− Observado em cortes histológicos preparados por desgaste 
 
 
 
40 
 
Componentes do Órgão do Esmalte no início da fase secretora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amelogênese 
É a secreção de esmalte, inicia na fase de coroa. 
 
 
 
 
 
 
As células do ectoderma formaram o 
epitélio oral primitivo, invaginaram-se 
para dentro doectomesênquima e 
iniciaram a odontogênese (Banda → 
Lâmina → Broto...Capuz) 
 
Na fase de capuz: região do orgão 
do esmalte denominada epitélio 
interno do órgão do esmalte 
 
No final da fase de Campânula, as células 
deste epitélio Interno diferenciaram-se em 
Pré-Ameloblastos 
A dentina do manto induziu a 
diferenciação final destas células em 
ameloblastos 
 
Secretam esmalte na fase de coroa 
 
41 
 
 Ameloblastos maturos apresentam um processo de Tomes na sua extremidade 
distal. 
 Mas inicialmente os Ameloblastos não apresentam esse processo, o que produz 
um esmalte sem padrão, dito Esmalte Aprismático 
 
 
Ameloblasto na fase secretora 
 
 
Fases da Amelogênese 
1. Pré-Secretória: células do epitélio interno diferenciam-se em Pré-Ameloblastos, 
com polaridade reversa (final da fase de campânula). 
2. Secretória: O 1º esmalte será aprismático. Logo a seguir, os Ameloblastos 
diferenciados iniciam a deposição de esmalte prismático, no sentido centrífugo 
(fase de Coroa). 
Esmalte 
Aprismático 
 
PROCESSO DE TOMES 
42 
 
3. Transição: é uma fase curta, ameloblastos estarão mais baixos e já com o 
processo de Tomes reduzido → secretam esmalte aprismático externo. 50% 
dos ameloblastos sofre apoptose. As Células do Estrato Intermediário iniciam a 
secretar fosfatase alcalina, atraindo Ca+2 e iniciando a mineralização da matriz 
4. Maturação: mineralização efetiva do esmalte. O germe dentário estará na fase 
pré-eruptiva 
5. Redução: As células do órgão do esmalte estarão todas reduzidas e 
aglomeradas sobre o esmalte, inclusive os poucos ameloblastos ainda 
remanescentes. Formarão o Órgão Reduzido do Esmalte, que auxiliará na 
formação do epitélio juncional, na erupção. 
 
 
 Quando o dente erupciona, mais de 95% dos ameloblastos estarão mortos. 
 
Composição do esmalte maduro 
97% Mineral 
1% M. Orgânico 
2% Água 
 
 
43 
 
Características da matriz do esmalte 
• 97% de fosfato de cálcio na forma de cristais de hidroxiapatita. Fórmula Ca10 
(PO4)6 (OH)2. O uso de fluor forma a fluorapatita, uma matriz mais resistente. 
• Não apresenta colágeno, as proteínas orgânicas são amelogeninas, não 
amelogeninas, glicoproteínas sulfatadas e enamelinas 
• Taxa de mineralização: esmalte novo 15%; e 97% quando maduro 
• A mineralização inicia próximo à dentina do manto e prossegue em sentido 
perpendicular, como fitas, bastões ou prismas, na taxa de 4µm/dia 
• A matriz do esmalte está organizada em feixes, bastões ou prismas do esmalte, 
formados pela mineralização da matriz secretada nas faces dos processos de 
Tomes 
• Cada prisma é o produto da atividade de um ameloblasto 
➢ Os prismas seguem um padrão que muda a cada ciclo, formando estrias de 
crescimento (Estrias de Retzius) a cada 4µm. 
➢ Pode ocorrer o cruzamento entre prismas, dito Esmalte Nodoso 
 
Junção ou Limite AmeloDentinária (JAD ou LAD) 
• Local de contato entre as matrizes 
esmalte e dentina 
• Apresenta superfície ondulada, pois 
apresenta concavidades das matrizes 
• Com espessura de 10 a 12 mm 
• Nesta região (LAD) podem ocorrem 
algumas das estruturas do esmalte, como 
tufos, lamelas, e fusos 
 
Estruturas do Esmalte 
 
 
i. Linhas Incrementais ou Estrias de Retzius 
ii. Esmalte Nodoso 
 
iii. Tufos e Lamelas 
iv. Fusos 
44 
 
I. Linhas Incrementais ou Estrias de Retzius 
• São formadas pela mudança de direção dos ameloblastos, após um período de 
repouso 
• Terão sentido oblíquo aos prismas do esmalte 
• Ocorrem desde o LAD até a superfície externa do esmalte 
• A cada 4 µm 
 
II. Esmalte Nodoso 
• Fruto do cruzamento entre si dos prismas do 
esmalte 
• Mais comum no vértice de cúspides 
• Ocorrem do LAD até a superfície externa do 
vértice das cúspides 
 
III. Tufos do Esmalte 
• Representam áreas levemente hipomineralizadas do esmalte 
• Finas e curtas, podem ser onduladas 
• Ocorrem desde o LAD até a metade do esmalte 
Esmalte 
nodoso 
Tufo 
45 
 
• Apresentam no seu interior a proteína tumefina 
• ...tufos de grama... 
 
III. Lamelas do Esmalte 
• Também são áreas hipomineralizadas do esmalte 
• Porém percorrem toda a espessura do esmalte, do 
LAD até a superfície externa do esmalte 
 
IV. Fusos do Esmalte 
• Representam a continuação de prolongamentos 
dos túbulos dentinários, que ficaram presos na 
matriz do esmalte mineralizado (...lá no início da 
amelogênese, quando ocorreu a diferenciação) 
• Este “aprisionamento” deu-se pela mineralização 
do esmalte entre estes prolongamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lamela 
Fusos 
46

Continue navegando