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O AUTISMO INFANTIL

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JEANE FIGUEIREDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O AUTISMO INFANTIL: uma revisão bibliográfica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2015 
Cláudio Marques de
Caixa de texto
http://apps.cofen.gov.br/cbcenf/sistemainscricoes/arquivosTrabalhos/I65168.E13.T12231.D9AP.pdf
 
 
 
RESUMO 
 
O autismo é um transtorno do desenvolvimento que se manifesta antes dos três 
anos de idade. No contexto epidemiológico, é quatro vezes mais comum entre 
meninos do que em meninas. O diagnóstico, desta síndrome, baseia-se na 
observação de sinais e sintomas identificados pelos pais e cuidadores. Entretanto, 
atualmente conta-se com terapias medicamentosa e comportamental. Ressalta-se a 
importância do desenvolvimento de pesquisas e grupos de estudos sobre o autista. 
No Brasil, buscam-se políticas sérias e consistentes voltadas para a síndrome do 
autismo. Esse estudo trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica com 
abordagem quali-quantitativa, sendo utilizado um corte temporal de cinco anos de 
trabalhos publicados, tendo como fonte de pesquisa os bancos de dados da SIELO, 
LILACS e site do Ministério da Saúde e da Associação de Amigos do Autista (AMA). 
Foram selecionados 15 artigos, cujos resultados mostraram que a maioria dos 
autores concordam que as causas do autismo ainda são desconhecidas, com 
sintomas e graus de manifestações extremamente variados do autismo. Houve 
consenso na literatura sobre a importância da identificação e intervenção precoce do 
autismo, bem como a importância da assistência de enfermagem no apoio e 
orientação da família da criança autista. 
 
Palavras-chave: Autista. Espectro do Autismo. Transtornos do desenvolvimento. 
 
 
 
 
 ABSTRACT 
Autism is a developmental disorder that is manifested before the age of three. In an 
epidemiological context, it is four times more common in boys than in girls. The 
diagnosis of this syndrome, based on the observation of signs and symptoms 
identified by parents and caregivers. However, today it is counted on drug and 
behavioral therapies. We emphasize the importance of developing research and 
study groups on the autistic. In Brazil, are sought serious and consistent policies for 
the autistic syndrome. This study deals with a literature review of research with 
qualitative and quantitative approach, and used a temporary cut five years of 
published works, and as a research source of the SIELO databases, LILACS and site 
of the Ministry of Health and Association of Friends of Autistic (AMA). 15 items were 
selected whose results showed that the majority of the authors agree that the causes 
of autism are unknown, symptoms and with extremely varying degrees of symptoms 
of autism. There was consensus in the literature on the importance of early 
identification and intervention of autism, and the importance of nursing care in the 
support and guidance of the autistic child's family. 
Keywords: Autistic. Autism Spectrum. Developmental disorders. 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABRA – Associação Brasileira de Autismo 
ASA – Sociedade Americana do Autismo 
AMA – Associação de Amigos dos Autistas 
CDC – Center of Deseases Control and Prevetion 
CID-10 – Código Internacional da Doença 
CAA – Comunicação Aumentativa e Alternativa 
DSM-IV – Manual Diagnóstico e Estatística de Transtorno Mentais 
HCV – Habilidade Comunicativa Verbal 
NAS – National Austistic Society 
ONU – Organização das Nações Unidas 
PECS – Sistema de Comunicação por Troca de Figuras 
RID – Intervenção Desenvolvimento de Relacionamento 
SA – Síndrome de Asperger 
TEAs – Transtorno do Espectro do Autismo 
TEACCH – Tratamento e Educação para Crianças Autista e com Distúrbios 
Correlatos da Comunicação 
TGDs – Transtorno Globais do Desenvolvimento 
TIDs – Transtorno Invasivos do Desenvolvimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 - Características mais freqüentes do autismo............................... 31 
Gráfico 2 - Fatores de risco para desenvolvimento do autismo.................... 32 
Gráfico 3 - Formas de diagnóstico................................................................ 33 
Gráfico 4 - Formas de tratamento ................................................................ 35 
Gráfico 5 - Intervenção de enfermagem em relação ao autismo.................. 37 
Gráfico 6 - Dificuldades da família do autista................................................ 38 
7 
 
 
7 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 07 
2 REFERENCIAL TEÓRICO .....................................................................................10 
2.1 História do autismo ........................................................................................10 
2.2 Epidemiologia ............................................................................................... 12 
2.3 Autismo no Brasil...............................................................................................13 
2.4 Autismo no Maranhão ........................................................ ..........................14 
2.5 Formas de tratamento ...................................................................................15 
2.5.1 Tratamento medicamentoso ........................................................................... 15 
2.5.2 Terapia Comportamental ................................................................................ 15 
2.6 Relação família x autista .................................................................................. 17 
2.7 A enfermagem e os cuidados a saúde da criança autista..............................19 
3 OBJETIVOS............................................................................................................21 
3.1 Objetivo Geral.....................................................................................................21 
3.2 Objetivos Específicos .......................................................................................21 
4 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................21 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 23 
6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 35 
 REFERENCIAS.................................................................................................... 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Historicamente, destaca-se o médico austríaco Leo Kanner, que 
descreveu pela primeira vez em 1943 nos Estados Unidos, algumas das 
características da pessoa com autismo. Um ano depois, em 1944, o médico 
austríaco Hans Asperger, descreveu o sintoma de autismo de maneira muito 
semelhante à de Kanner, mesmo sem ter havido nenhum contato entre eles. 
(SOUZA, 2011). 
Há relatos que em 1962, fundaram a primeira associação no mundo de 
famílias de autistas a National Austistic Society (NAS). Essa associação tinha como 
principais objetivos: abrir uma escola infantil para autistas, um domicílio para os 
adultos e conceber um serviço de comunicação e apoiando outros pais (MELLO; 
SILVA, 2013). 
Desde a primeira descrição feita pelo médico Leo Kanner em 1943 existe 
um consentimento em torno da compreensão de que as características do autismo 
são aspectos observáveis que indicam déficits na comunicação e na interação 
social, além dos comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesses. Essas 
características estão presentes antesdos três anos de idade, atingindo 0,6% da 
população, sendo quatro vezes mais comuns em meninos do que em meninas 
(CARNIEL et al, 2011). 
Ainda segundo Carniel et al (2011) as particularidades da síndrome 
autista variam de acordo com o desenvolvimento cognitivo; tendo quadros de 
autismo associados à deficiência intelectual grave, sem o desenvolvimento da 
linguagem, com padrões repetitivos simples, e também quadros de autismo, 
chamados de Síndrome de Asperger, sem deficiência intelectual, sem atraso 
significativo na linguagem, com interação social, e sem movimentos repetitivos tão 
evidentes. 
 Para Silva e Mulick (2009), o autismo infantil está dentro de um grupo de 
transtornos do neurodesenvolvimento que são chamados de: Transtornos Globais 
do Desenvolvimento (TGDs), Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TIDs) ou 
Transtornos do Espectro do Autismo (TEAs). Esses transtornos dividem-se em três 
áreas específicas são elas: déficits de habilidades sociais, déficits de habilidades 
comunicativas (verbais e não verbais) e presença de comportamentos, interesses e 
ou atividades restritos, repetitivos e inalteráveis. 
7 
 
 
 Diversos estudos da literatura sobre o autismo têm destacado que esta 
síndrome é uma doença que não tem um diagnóstico fechado e não tem cura. 
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), acredita-se que deve haver 
mais de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo (BRASIL, 2011). 
Sabendo-se que as alterações do desenvolvimento normalmente, são 
percebidas aos seis meses de vida, destacam-se como os primeiros sinais de 
autismo: alterações do sono, indiferença em relação aos cuidadores, ausência de 
sorriso social, desconforto quando acolhido no colo e desinteresse pelos estímulos 
oferecidos, por exemplo, os brinquedos, ausência de atenção compartilhada (não 
compartilham o foco de atenção com outra pessoa) e de contato visual (não 
estabelecem contato "olho no olho"); comportamentos inalteráveis, ausência de 
resposta ao chamado dos pais ou cuidadores, aparentando surdez, ausência de 
reação de surpresa ou dificuldade para brincar de "faz de conta”, hipersensibilidade 
a determinados tipos de sons, autoagressão, interesses circunscritos, às vezes, 
gosta de girar objetos. (BRASIL, 2011). 
As crianças autistas vivenciam experiências sociais restritas, ocasionados 
por um distúrbio que altera as relações sociais e pessoais, provocando isolamento, 
falta de empenho pelo próximo, déficits no desenvolvimento na linguagem, na 
conduta, relacionam-se apenas com o meio familiar próximo, pessoas de escolas 
especiais e terapeutas (BAGAROLLO; PANHOCA; 2010). 
Corroborando com o exposto, Laznik (apud FLORES, 2013), diz que as 
em relação às crianças que apresentam sintomas físicos, dificuldades em se 
alimentar, irritabilidade, rigidez, atrasos no engatinhar, andar, sentar, é necessário 
também observar à troca de olhares entre o bebê e sua mãe e se essa criança 
busca ativamente o olhar da mãe, se ele corresponde a sua voz. 
Vale ressaltar, a necessidade no contexto brasileiro, da criação de 
políticas de saúde pública para o tratamento e diagnóstico do autismo, que possam 
auxiliar nas pesquisas sobre o transtorno, tendo em vista o diagnóstico precoce, com 
a intervenção prematura (BRASIL, 2011). 
Com o diagnóstico precoce, as crianças que apresentam algum sinal de 
autismo podem ser encaminhamento para neuropediatras, psiquiatra ou 
neurologistas. O começo de um tratamento deve acontecer o mais rápido possível, 
sendo importante disseminar, junto a diversos profissionais as informações sobre a 
7 
 
 
detecção precoce, cooperando, por tanto, para o desenvolvimento da competência 
nos atendimentos especializados (VISANI; RABELO, 2012). 
Diante do exposto, ressalta-se a importância da atenção dos familiares, 
que comumente, estão numa forte relação de contato e na sua grande maioria ainda 
não sabem lidar com o autista e por desconhecerem a doença, muitos pais acabam 
buscando informações através da internet, de amigos ou conhecidos que têm filhos 
com o mesmo transtorno (SANINI et al, 2010). 
É essencial ter conhecimento para saber avaliar as famílias de modo que 
as intervenções sejam também, no sentido de apoiá-las, assim como mostrar 
estratégias para minimizar o impacto da perturbação autista em suas vidas 
(NOGUEIRA 2011). 
A atenção por parte do profissional de enfermagem deve envolver não só 
o portador do autismo, mas também, a família. Deste modo cabe a este profissional, 
comunicar, aconselhar e fazer valer os direitos do ser humano, facilitando todos os 
tipos de serviços que podem melhorar a qualidade de vida dos que sofrem 
transtornos invasivos do desenvolvimento e de seus familiares (COSTA; VOLPATO, 
2009). 
Para se alcançar uma resposta mais efetiva da criança, observa-se que o 
atendimento deve ser voltado para uma equipe multiprofissional de modo que todos 
estejam completamente envolvidos em uma mesma linha de cuidados. O diálogo 
entre os profissionais da área de saúde é fundamental, tanto para se avaliar a 
evolução da criança, quanto para se planejar intervenções mais eficazes de 
tratamento (CARNIEL et al, 2011). 
Diante do exposto, enfatiza-se a importância deste estudo na busca de 
conhecimentos atualizados relacionados ao tema, o qual servirá para ampliar o 
entendimento sobre o autismo, tornando-se um subsídio para os profissionais da 
Enfermagem e de outras áreas da saúde. Neste contexto, o estudo partiu dos 
seguintes questionamentos: Quais os principais sintomas e características do 
autismo encontrados na literatura? Quais as possíveis formas de intervenção de 
enfermagem junto ao autista, apontados pela literatura especializada no assunto? E 
quais ações que podem ser implementadas pela enfermagem no sentido de apoiar e 
orientar família? 
A motivação e o interesse em se estudar o autismo se deu 
principalmente, em razão desta patologia ser ainda pouco conhecida entre os 
7 
 
 
profissionais de enfermagem, embora a mídia venha dando uma certa atenção para 
este tipo de transtorno. Com a repercussão da televisão, notou-se um maior 
interesse de diversas áreas do conhecimento em dedicar esforços para 
compreender e atender as necessidades do autista. 
Sentiu-se a necessidade de ampliar o conhecimento produzido sobre este 
assunto, buscando reduzir o desconhecimento a respeito dos sinais do autismo, 
especialmente na área da saúde fornecendo subsídios para que entender o 
comportamento autista e desta forma aprender a lidar com o problema. 
Esse estudo tem como foco realizar uma revisão bibliográfica sobre 
autismo em crianças, de modo a investigar a prevalência de sexo e idade, além de 
relatar as dificuldades de uma família com uma criança autista e abordar as algumas 
das terapêuticas existentes. 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 História do autismo 
A palavra autismo tem origem do grego "syndromé", cujo significado é 
"reunião”, sendo um termo bastante utilizado para caracterizar o conjunto de sinais e 
sintomas que definem uma determinada patologia ou condição (SURÓS, 2009). 
Do ponto de vista etiológico é também uma palavra origem grega, advindo 
do termo “autos” que significa “Eu próprio”, designação que tem acepção direta com 
uma perturbação global do desenvolvimento humano, onde o indivíduo se centra 
em si mesmo e se isola do “mundo exterior”. Quando acrescido do sufixo “ismo” dá 
ideia de orientação ou estado (OLIVEIRA; ARAGÃO, 2011). 
A história do autismo tem início em 1943 com o psiquiatra Leo Kanner 
que desenvolveu uma teoria sobre a síndrome por observar clinicamente 11 
crianças. Em 1911, o pesquisador Bleuler definiu o autismo como um dos sintomasde esquizofrenia adulta (SANTOS; SANTOS, 2012). 
É com base nessa perspectiva sobre o transtorno autista como 
esquizofrenia, Bleuler que determinou alguns "sintomas fundamentais", tais como: 
perda associativa, ou seja, o autista não consegue fazer associação e distúrbios 
afetivos (VENANCIO, 2010). 
7 
 
 
Segundo Souza (2011), Bleuler relata a síndrome dissociativa na psicose 
adulta, particularmente na esquizofrenia. Neste estudo, o autor faz uso do termo de 
esquizofrenia ao invés de demência que era utilizado pelo autor Kraeplin em 1896, 
considerando ao mesmo tempo o autismo como uma perda de contato da realidade 
em clientes que sofrem de esquizofrenia. 
Kanner reformulou o termo como distúrbio autístico da convivência afetiva 
relatando a síndrome com o mesmo sinal clínico de isolamento. E assim, analisou 
um grupo de crianças com idades entre 2 anos e 4 meses a 11 anos. Tendo como 
resultados: 1) ausência de linguagem ou incapacidade no uso significativo da 
linguagem; 2) ecolalia; 3) extrema dificuldade para estabelecer vínculos com 
pessoas ou situações; 4) recusa de comida; 5) repetição de atitudes; 6) boa 
memória mecânica; 7) manipulação de objetos; 8) físico normal; 9) reação de horror 
a ruídos fortes e movimentos bruscos (BRASIL, 2013). 
O austríaco, Hans Asperger (1906-1980), passou a usar a palavra 
autismo para um "espectro de distúrbios", o qual também estaria dentro do distúrbio 
de Asperger. Ele estava convicto de que o autismo era resultado de uma relação 
entre os fatores genéticos, biológicos e fatores ambientais (FLEISCHER; GRINKER, 
2010). 
Segundo a Associação Amigos do Autista (AMA, 2012), em 1944, Hans 
Asperger pesquisou e classificou a Síndrome de Asperger, um dos espectros mais 
conhecidos do Autismo. Reconheceu que embora os sintomas e problemas mudem 
com o tempo, o problema em geral raramente acaba. O mesmo escreveu que “no 
curso do desenvolvimento, certas características predominam ou recuam, de modo 
que os problemas apresentados mudam consideravelmente”. 
Segundo Vila et al (2009), a Síndrome de Asperger é uma perturbação 
pouco comum, sendo muito tarde o diagnóstico devido à falta de capacidade em 
conhecer os sinais e sintomas por parte dos profissionais, professores e 
educadores. 
Asperger aplicou descrições de alguns casos clínicos, caracterizando 
aspectos físicos e comportamentais, desempenho nos testes da inteligência, além 
de enfatizar a preocupação com a abordagem educacional desses indivíduos e a 
história familiar. Diante dessa perspectiva histórica, evidencia-se que no princípio os 
estudos do autismo estão intimamente ligados com as características psiquiátricas 
da esquizofrenia, em razão da coincidência de traços de isolamento social. E 
7 
 
 
atualmente desprende-se da ideia de psicose para transtorno de desenvolvimento. 
(TAMANAHA et al, 2009). 
A Síndrome de Asperger (SA) é muitas vezes difícil de dissociar do 
autismo e ainda apresentam dúvidas questionáveis ligadas à decisão de causas, 
não tendo sido confirmado claramente fatores que poderiam responder pelo 
aparecimento de uma ou de outra. As duas patologias têm seus principais sintomas 
relacionados a complicações nas áreas de interação social, da linguagem e do 
repertório comportamental, principalmente das habilidades sociais. A principal 
modificação, indicado entre ambas as patologias, refere-se ao fato de a SA não 
incluir desenvolvimento cognitivo e deficiência de linguagem. 
 
 
2.2 Epidemiologia 
A prevalência é estimada em 1 (um) em cada 88 nascimentos dando a 
comprovação de que o autismo tem se tornado um dos transtornos do 
desenvolvimento mais comum entre outras síndromes. (BRASIL, 2013). Embora 
exista a comprovação científica da prevalência masculina de casos já registrados, é 
possível levantar a hipótese de casos que não foram diagnosticados e, portanto não 
devidamente somados as estatísticas. 
Segundo Silva e Mulick, (2009), os primeiros estudos apontavam uma 
prevalência de 4 a 5 casos de autismo infantil por 10.000 nascimentos. Porém, 
investigações mais recentes avaliam um grande aumento de casos, alcançando a 
média de 40 a 60 casos a cada 10.000 de nascimentos. 
No Brasil, as pesquisas sobre o autismo, bem como dados sobre a 
incidência da patologia são consideradas escassas. O assunto foi discutido no I 
Encontro Brasileiro para a Pesquisa sobre o Autismo, onde se estimou um 
quantitativo de 500 mil pessoas com autismo em âmbito nacional, cujos dados foram 
baseados no de 2000 (BRASIL, 2013). Já a Associação Brasileira de Autismo 
acredita que há aproximadamente 600 mil pessoas apresentam essa síndrome. 
(CAMARGO, 2009). 
Segundo a AMA (2012), os melhores resultados encontrados até o 
momento, é que no Brasil a Síndrome de Asperger é notavelmente, mais comum 
7 
 
 
que o autismo clássico. Enquanto o autismo tem tradicionalmente sido descoberto a 
taxa de 4 a cada 10.000 crianças, estima-se que a Síndrome de Asperger esteja na 
faixa de 20 a 25 por 10.000. 
2.3 O Autismo no Brasil 
Segundo a AMA (2014), atualmente no Brasil os indivíduos que são 
portadores do autismo chegam a 1% da população de acordo com o próprio 
Ministério da Saúde. 
O país aderiu a partir do dia 02 de abril de 2008 a celebração do Dia 
Mundial de Conscientização do Autismo, decretado pela Organização das Nações 
Unidas (ONU). A intenção é chamar a atenção da sociedade sobre a síndrome e 
levantar discussão a respeito do autismo. A cor azul foi escolhida como símbolo do 
autismo, tendo em vista a comprovação de que a patologia é mais comum nos 
meninos (BRASIL, 2013). 
No que se refere realidade brasileira, Melo (apud COSTA, 2009), declara 
que no Brasil existem leis que são utilizadas para a garantia dos direitos das 
pessoas com autismo e seus familiares. Elas dispõem sobre o direito ao melhor 
tratamento do sistema de saúde. 
Recentemente, o Ministério da Saúde lançou uma cartilha que auxilia o 
diagnóstico precoce do autismo, contando com uma tabela que traz indicadores de 
todo o processo do desenvolvimento infantil (em anexo) e também alguns alertas os 
médicos que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS). (BRASIL, 2014). 
Outra associação relevante é a Associação Brasileira de Autismo (ABRA), 
que é uma entidade civil sem fins lucrativos, com sede e foro em Brasília-DF, mas 
com funcionamento itinerante, originalmente destinada a congregar associações de 
pais e amigos de autistas. Ressalta-se que a AMA de São Paulo foi à primeira 
associação de pais e amigos da pessoa com autismo no Brasil, fundada em 1983. 
(ABRA, 2014). 
Em termos de políticas públicas no contexto brasileiro, direcionadas ao 
autista, a Portaria n. 962/2013, Institui Comitê Nacional de Assessoramento para 
qualificação da Atenção à Saúde das Pessoas com Transtornos do Espectro do 
Autismo no âmbito do Ministério da Saúde, considerando a Lei n° 12.764/2012, que 
7 
 
 
institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do 
Espectro Autista. (BRASIL, 2013). 
 
2.4 Autismo no Maranhão 
No que se refere ao contexto maranhense, atualmente a capital São Luís 
conta com o Grupo Ilha Azul – Associação dos Pais, Familiares e Amigos de 
Pessoas com Transtorno do Espectro Autista em São Luís que funciona na Rua dos 
Papagaios, Jardim Renascença. E no interior do Estado, no município de Caxias há 
a Associação de Amigos dos Autistas do Maranhão. (ABRA, 2014). 
O grupo Ilha Azul é uma organização não governamental, fundado em 
2011. O grupo tem como objetivo captar profissionais para atuarem junto ao portador 
do transtorno autista, capacitando os que residem na cidade. 
 
 
2.5 Formas de Tratamento2.5.1 Tratamento medicamentoso 
Não há medicamentos específicos ou comprobatórios para o autismo, os 
medicamentos são receitados quando ocorrem outros sintomas paralelos ao 
autismo, como hiperatividade, epilepsia e outros (HO, 2013). 
O uso da medicação deve ser prescrito pelo médico, sendo indicado, por 
exemplo, quando existe alguma co-morbidade neurológica e/ou psiquiatra e quando 
os sintomas interferem na vida cotidiana. É muito importante o médico comunicar 
sobre o que se espera com a medicação, qual o prazo esperado para que se 
percebam os efeitos, bem como os possíveis efeitos colaterais (AMA, 2013). 
Conforme assinala Oliveira (2011), existe diversas medicações, 
desenvolvidas para outras situações que são eficientes para tratar alguns dos 
sintomas e dos comportamentos encontrados frequentemente nas pessoas com 
autismo. Alguns destes sintomas incluem: ansiedade, impulsividade, dificuldades de 
7 
 
 
atenção e hiperatividade. O objetivo da medicação é diminuir estes comportamentos 
para permitir que as pessoas com autismo tenham vantagem nos tratamentos 
educacionais e comportamentais. 
Segundo Vila et al (2009), os fármacos usados para o tratamento são: 
Paxil, Ritalin, Risperal, Prozac, Addrerall, tendo ainda Desipramina e Nortiptylina 
(anti-depressivos tricíclicos), estabilizadores de humor (Valproate, Lítio), beta 
bloqueadores (Nadolol, Clonidina), a Clomipramina e a Fluoxetina, entre outros. 
Com maioria dos psicofármos, estas medicações têm efeitos secundários e o risco 
pode ir contra o processo terapêutico sendo necessário ter atenção nesse processo, 
pois o risco é bem maior nas crianças. 
2.5.2 Terapia comportamental 
Atualmente, existem várias opções de tratamento e diferentes métodos 
terapêuticos que podem ser usados isoladamente ou em conjunto. Ressalta-se que 
embora um tratamento possa ter bons resultados para uma criança, poderá não ter o 
mesmo resultado para outra, tornando cada situação única. 
Para o indivíduo com autismo, o aprendizado de algumas atividades 
diárias como usar o banheiro, tomar banho, cumprimentar as pessoas, brincar 
ocorre de maneira limitada, lenta e conturbada para os padrões impostos pela nossa 
sociedade atual. O comportamento não adequado, por vezes agressivo e ausente 
para com as pessoas ao seu redor, é maneira que o autista tem de se comunicar 
com o mundo exterior e estranho que o desafia (SURÓS, 2009). 
Para entender e ajudar os autistas, foram elaboradas por estudiosos, 
terapias, técnicas e métodos que comprovadamente deram grandes resultados no 
tratamento, gerando desta forma uma melhor qualidade de vida tanto para o autista, 
como para os seus familiares. As terapias comportamentais são um marco para a 
reintrodução do indivíduo autista a sociedade, pois, muitos autistas tornaram-se 
independentes e passaram a ter uma nova perspectiva de vida (BORGES et al, 
2010). 
Uma forma de tratamento comportamental é o método indutivo conhecido 
como: Análise Aplicada do Comportamento (ABA), sendo ainda o único modelo de 
intervenção exaustivamente estudado e comprovado em termo de resultados e tem 
por objetivo ensinar por etapas habilidades que a criança não possui. Cada 
7 
 
 
habilidade em geral é ensinada em um plano individual, de maneira associada a 
uma indicação ou instrução, levando a criança autista a trabalhar de forma positiva. 
(HERRERA, 2009). 
Todavia, conforme destaca Mello e Silva (2009) o método ABA é criticado 
por supostamente robotizar as crianças. A ideia é realizar uma intervenção precoce, 
para promover o desenvolvimento da criança, de forma que ela pode ser 
independente o mais cedo possível. A esse método junta-se o uso funcional de 
figuras de comunicação conhecido como PECS. 
O método PECS ou Sistema de Comunicação por Troca de Figuras foi 
elaborado com a intenção de ajudar crianças e adultos autistas a adquirir 
capacidade de comunicação. É um método é simples e de baixo custo, e quando 
bem implantado apresenta resultados significativos na comunicação, com a 
utilização de cartões junto às crianças que não falam, e auxilia também, na 
organização da linguagem verbal das crianças que falam, mas, que precisam 
organizar a linguagem (GONÇALVES; CASTRO, 2013). 
Semelhante a ABA, há o programa Intervenção Desenvolvimento de 
Relacionamento (RDI), onde os pais recebem treinamento para realizar atividades 
repetidamente durante o decorrer do dia, com oportunidades de aproximação com a 
criança (DRUMMOND, 2013). 
Já o modelo de intervenção Habilidade Comunicativa Verbal (HCV), 
possui etapas e sessões que tendem a desenvolver a criança por métodos de 
interação, atividades lúdicas, jogos com regras e contos de histórias, além de usar o 
sistema temporal, onde as sessões vão diminuído sistematicamente à medida que 
os resultados aparecem (HERRERA, 2009). 
Um dos métodos utilizados como alternativa para crianças que não 
desenvolvem a linguagem oral é a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA). 
Este método é aplicado com a estratégia de fala sinalizada, que não requer o uso de 
recursos externos, podendo ser utilizada com ou sem auxílio de recursos. Sendo 
também indicada para estimular a oralidade, através de variadas combinações. 
(AVILA et al, 2011). 
Há ainda o método denominado de Tratamento e Educação para Criança 
Autista e com Distúrbios Correlatos da Comunicação (TEACCH) que consiste na 
organização do ambiente físico através de rotinas organizadas em quadros, painéis 
ou agendas e sistema de trabalho de forma a adaptar o ambiente, tornando mais 
7 
 
 
fácil para a criança compreendê-lo. Através da organização do ambiente e das 
tarefas da criança, o TEACCH é muito eficaz, pois ajuda a desenvolver a 
independência da criança de modo que mesmo ela necessitando do professor para 
o aprendizado, possa também passar grande parte do seu tempo ocupando-se de 
forma independente (PESSIM; HAFNER, 2011). 
 
2.6 Relação família x autista 
 
Ter um membro familiar com autismo é um desafio para toda a família, 
que não atinge somente o pai e a mãe, mas, todos os familiares que agregam 
valores ao grupo familiar. 
Neste contexto, cada membro familiar vivencia a presença do autista de 
uma forma diferente, passando pela fase do susto, do estresse, da angústia, da 
rejeição, chegando à perda da identidade dos membros da família e o 
direcionamento dessa identidade ao autista. Atualmente, os pais e os membros 
familiares, são reconhecidos como imprescindíveis no tratamento. A partir desta 
constatação, a família passou a ser reconhecida como ponto primordial, tornando-se 
equivocada a tendência de culpar os pais, por problemas familiares para o próprio 
autista (WALTER, 2013). 
Há evidências na literatura de que dentre os membros da família de uma 
criança com autismo, as mães podem ser bastante atingidas emocionalmente, 
apresentando choro, confusão, ansiedade, humor lábil e deprimido, sintomas que 
podem persistir por mais de um ano. Essas mães precisam ser acompanhas pelos 
profissionais da área da saúde, no sentido de prestar a elas apoio necessário para 
saber lidar com o autismo. (SANINI et al, 2010). 
Segundo Montardo e Passerino (2010) muitas famílias procuram a AMA, 
não somente para encontrar locais onde os seus filhos possam ser atendidos, mas 
também, para aprender a lidar com eles e encontrar apoio emocional, haja vista que 
as relações sociais são muito importantes para o desenvolvimento do indivíduo 
autista. 
Nogueira (2011) afirma que são variadas as dificuldades, alterações e 
necessidades que podem ser sentidas pela família, que tem no seu núcleo, crianças 
com autismo e estas conduzem a um conjunto de vivências, que irão afetar a famíliaem geral, tanto positiva como negativamente. 
7 
 
 
Segundo Ho (2013), o impacto do autismo sobre as famílias é muito 
grande do ponto de vista emocional, social e econômico. Pouquíssimas famílias têm 
condições econômicas de arcar com o custo do tratamento adequado e, para 
atender as necessidades geradas pelo autismo todas elas dependerão, em algum 
momento, de algum tipo de apoio institucional. Além disso, muitas famílias são 
desfeitas e diversos estudos comprovam que os pais estão muito mais sujeitos à 
depressão e ansiedade. 
 Corroborando com o exposto, Smeha e César (2011) afirmam que 
normalmente, a mãe é quem assume o papel de cuidadora, sendo este mais um 
ponto de dificuldade para os familiares, pois a figura materna muitas vezes, renuncia 
sua carreira profissional para cuidar integralmente de uma criança que vai necessitar 
de cuidados desde o momento do seu diagnóstico e no decorrer de sua vida. A 
rotina de cuidados é uma tarefa árdua, difícil e cansativa, pois compreende tarefas 
estressantes e cotidianas, como alimentação, organização do ambiente, organização 
de hábitos e higiene, transporte, apoio em tarefas escolares e acompanhamento do 
autista nas atividades rotineiras e recreativas. Essas rotinas costumam ser 
sobrecarregadas de desgaste físico, emocional e financeiro. 
 
 
2.7 A enfermagem e os cuidados a saúde da criança autista 
 
Há algumas décadas atrás era possível encontrar no interior de clínicas e 
hospitais profissionais de enfermagem e médicos que desconheciam a síndrome 
autista e de certa forma acabavam taxando o autista como deficiente mental ou 
esquizofrênico, encaminhando essas crianças para as alas psiquiátricas. 
(DELFRATE et al, 2009). 
Mas, ainda hoje é possível identificar profissionais de enfermagem e de 
áreas a fins despreparados para identificar e realizar o diagnóstico de uma criança 
com autismo. Um aspecto que contribui para esta realidade é que no Brasil não há 
ainda, políticas sérias e consistentes voltadas para a síndrome do autismo, e deste 
modo não há como orientar e iniciar o tratamento precoce e necessário que a 
criança precisa. (SANINI, et al, 2010). 
Um dos poucos programas voltados para a saúde da criança e de 
conhecimento dos profissionais de enfermagem chama-se Programa Saúde da 
7 
 
 
Criança, onde o enfermeiro acompanha o crescimento e o desenvolvimento da 
criança de zero a cinco anos. Entretanto, dentro deste programa não há uma 
especialização ou até mesmo a simples preparação para diagnosticar uma criança 
autista (FENSTERSEIFE, 2010). 
Diante da alta complexidade do autismo e dos prejuízos individuais como 
a dificuldade de socialização, intervenções afetivas são exigidas dos profissionais de 
diversas áreas, atendendo não apenas a questão educacional, mas também, um 
acompanhamento terapêutico eficaz (GOUVEIA, et al 2013). É nessa expectativa, 
que os profissionais de enfermagem devem atuar preferencialmente, de modo 
interdisciplinar, consentindo um enfoque ampliado do problema. É recomendada a 
participação de médicos com experiência no atendimento infantil, psicólogos, 
enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes social, 
fisioterapeutas, pedagogos e técnicos de enfermagem, dentre outros. É necessário 
enfocar que experiências de trabalho com famílias também deve fazer parte da 
qualificação da equipe. (TEIXEIRA, 2010). 
É essencial que haja um esforço de conscientização do público quanto ao 
uso das categorias diagnósticas como instrumento de ação dos profissionais e não 
para o julgamento das pessoas pela sociedade. Neste sentido, um investimento na 
capacitação e educação constante dos profissionais de saúde e o estabelecimento 
de medidas regulatórias apropriadas serão importantes para reduzir preconceitos 
com relação às pessoas com transtorno mentais e deficiências a se estabelecer o 
uso racional e ético das classificações diagnósticas (BRASIL, 2013). 
A profissão da enfermagem não se resume meramente em cuidados 
limitados ao seu cliente. Ao contrário, a visão dessa profissão é macro, englobando 
o paciente e a família. Sabe-se que ninguém se encontra preparado para lidar com 
nenhum tipo de deficiência, transtorno ou qualquer outra dificuldade que seja julgada 
como fora do padrão normal. Neste caso, o eixo do plano de cuidados tem a família 
como protagonista do processo. 
Há relatos na literatura de que muitos profissionais expressam 
sentimentos e dificuldades ao lidar com a família da criança autista, bem como 
desenvolver um plano de cuidados específico para essa família. Em contrapartida, 
enfatiza-se a família − enquanto peça fundamental no tratamento da criança −, além 
de merecer uma atenção especial da enfermeira no que diz respeito ao apoio, 
7 
 
 
orientação e compreensão, deve ser envolvida no tratamento da criança (CARNIEL 
et al, 2011). 
Segundo Costa e Volpato (2009) baseado no processo de enfermagem, é 
possível definir alguns diagnósticos de enfermagem para o plano de cuidados com 
pacientes autistas, entre eles: risco de automutilação relacionada a alterações 
neurológicas, interação social prejudicada relacionada às barreiras de comunicação, 
comunicação verbal prejudicada relacionada à capacidade prejudicada de produzir a 
fala secundária a alteração neurológica, distúrbio da identidade pessoal relacionado 
a alterações neurológicas, risco para desenvolvimento retardado relacionado a 
alterações neurológicas e outros. 
 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 Objetivo Geral 
 
Analisar os principais aspectos do autismo infantil, destacando a 
assistência de enfermagem no seu diagnóstico, tratamento e orientação a família, a 
partir dos fatores que condicionam a prevalência da patologia, apontados pela 
literatura especializada. 
 
3.2 Objetivos específicos 
 
a) Identificar o perfil das crianças com possibilidades de desenvolver o 
autismo infantil; 
b) Destacar as formas de diagnóstico e tratamento da patologia; 
c) Descrever as possíveis consequências do autismo para a criança; 
d) Identificar a assistência do profissional de enfermagem junto à criança 
autista e seus familiares. 
 
4 MATERIAL E MÉTODOS 
 
7 
 
 
4.1 Tipo de estudo 
 
Estudo descritivo com abordagem quali-quantitativa, realizado por meio 
de uma revisão de literatura com o objetivo de descrever os principais aspectos do 
autismo infantil, destacando a atuação da enfermagem no diagnóstico e tratamento, 
bem como a assistência da enfermagem na orientação as famílias. 
 
4.2 Coleta de dados 
 
Para a seleção da literatura que respondessem aos objetivos da presente 
pesquisa, realizou-se uma busca de artigos científicos em diferentes bancos de 
dados, entre os quais: Google acadêmico, Scientific Eletronic Library Online 
(SCIELO), e Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde 
(LILACS). 
Foram pré-selecionados 32 documentos e destes 14 foram selecionados. 
Inicialmente selecionou-se os artigos com base em títulos e resumos e, quando 
relacionados aos objetivos da pesquisa, buscou-se o texto completo. 
Os artigos científicos, teses e dissertações revisados foram publicados 
entre 2010 e 2014, obtidos por meio de descritores, utilizados isoladamente ou 
agrupados, tais como: autismo, transtorno do desenvolvimento e assistência de 
enfermagem, sendo selecionados estudos que tratavam diretamente do autismo 
infantil. Os dados foram coletados no período de setembro a outubro de 2014. 
 
 
4.3 Análise dos dados 
 
Após o levantamento dos referenciais que foram estudados, se fez a 
seleção e análise dos mesmos, coletando as informações e discussões pertinentes 
ao temadestacando o posicionamento e os resultados de cada estudo. 
Na análise e delineamento de toda a amostra estudada para a construção 
do presente trabalho monográfico, identificou-se que os artigos selecionados 
tratavam-se de revisão de literatura, estudos quantitativos e qualitativos, relatos de 
experiências e estudos transversais. 
7 
 
 
Para o desenvolvimento deste trabalho foram percorridas as seguintes 
etapas: 
a) Na primeira etapa ocorreu a identificação do tema da pesquisa, que se 
desenvolveu a partir da escolha da temática que seria abordada: Autismo infantil; 
b) Na segunda etapa levou-se em conta os critérios de inclusão e 
exclusão dos artigos de acordo com os objetivos da pesquisa, ou seja, documentos 
em língua portuguesa, publicados entre 2010 e 2014 com abordagem direta sobre 
autismo infantil; 
c) Na terceira etapa ocorreu a busca dos artigos, realizada na internet nas 
bases de dados LILACS e SCIELO, utilizando-se as palavras-chave já mencionadas. 
Os dados coletados foram transferidos posteriormente para uma planilha do 
programa Microsoft Excel, onde continha o título do artigo, nome dos autores, ano 
de publicação, tipo de estudo, tamanho da amostra, local do estudo e objetivos de 
cada autor. Posteriormente, foi elaborada uma tabela, preenchida de acordo com os 
objetivos deste estudo relacionado-os com os resultados de cada autor lido. 
d) Em seguida, na fase analítica, a partir da análise do material 
selecionado fez-se o ordenamento das informações coletadas com a comparação de 
resultados entre este estudo e os estudos analisados. 
 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
As pesquisas já realizadas sobre o autismo, especialmente, na infância, 
têm contribuído para ampliar o conhecimento acerca da patologia, sendo 
encontrados centenas de estudos realizados em diferentes partes do mundo, 
inclusive no Brasil, que buscam investigar aspectos importantes relacionados com a 
sua incidência, causas, diagnóstico, tratamento e consequências para que seja 
possível implementar programas de controle e estratégias de educação com a 
finalidade de ajudar na realização de um melhor acompanhamento da criança com 
suspeita ou diagnosticada com a síndrome. Neste sentido, cabe revisar e analisar 
alguns destes estudos considerando seus principais resultados. 
Os estudos selecionados e analisados para esta pesquisa foram 
organizados e agrupados a partir do título, autor, ano, tipo de estudo, amostra e 
objetivo, conforme observado no quadron1 a seguir: 
7 
 
 
 
Quadro 1 – Estudos selecionados para revisão de literatura 
 
Título Autores Ano 
Tipo de 
estudo 
Tamanho da 
Amostra 
Objetivo 
 
Caracterização da 
Síndrome do autismo 
Sousa; 
Santos 
2010 
Qualitativo, 
descritivo e 
documental 
Bibliográfico 
Esclarecer conceitos 
e caracterizar 
sumariamente a 
Perturbação Autista 
 
 
 
Autismo 
Fernandes et 
al. 
2011 
Qualitativo, 
descritivo 
Bibliográfico 
Explicar as causas 
do comportamento 
da criança autista, 
suas mudanças com 
a idade e suas 
modificações 
mediante o 
tratamentos 
 
 
Síndrome do autismo: 
importância do 
diagnóstico precoce 
Vasconcelos 2012 
Qualitativo 
explicativo-
descritivo 
Bibliográfico 
Discutir e ressaltar 
a importância do 
tratamento precoce 
do autismo em 
crianças que foram 
diagnosticadas 
precocemente como 
casos de risco 
desta patologia 
 
Um olhar sobre o 
autismo e sua 
especificação 
Marinho e 
Makler 
2012 Qualitativo Bibliográfico 
Compreender como 
é realizado o 
diagnóstico autístico, 
 
Autismo: a psicose 
infantil e seu não lugar 
na atual nosografia 
psiquiátrica 
Bernadino 2010 Qualitativo Bibliográfico 
Discutir as teorias 
que caracterizam o 
autismo 
 
 
 
Autismo: 
compreendendo para 
melhor inclui 
Gikovate 2010 
Descritivo; 
Qualitativo 
Revisão de 
literatura 
Apresentar dados 
Para que se 
compreenda melhor 
o que é autismo, 
quais são as 
peculiaridades 
cognitivas envolvidas 
neste diagnóstico 
Transtorno do 
Espectro Autista Figueira 2012 
Descritivo-
explicativo 
Qualitativo 
Bibliográfico 
Caracterizar o 
transtorno autista 
 
Autismo e 
Esquizofrenia: 
compreendendo 
diferentes condições 
Vargas; 
Schimidt 
2011 
Qualitativo 
explicativo 
Revisão de 
literatura 
Diferenciar Autismo 
e Esquizofrenia 
conforme a literatura 
 
O diagnóstico do 
autismo 
Mosqueira; 
Teixeira 
2010 
Qualitativo 
descritivo 
Revisão de 
literatura 
 Revisar e discutir 
alguns conceitos do 
autismo, as 
novas possibilidades 
de auxílios no 
diagnóstico 
Autismo Infantil e as 
intervenções 
terapêuticas não 
Salim; 
Junqueira 
2012 
Qualitativo 
Descritivo 
Revisão de 
literatura 
Identificar as 
intervenções 
terapêuticas não 
7 
 
 
medicamentosas medicamentosas 
utilizada 
s nos últimos 5 anos 
com crianças 
autistas. 
Perturbações do 
Espectro do Autismo 
no Adulto e suas 
Co-morbilidades 
Psiquiátricas 
Ramos et al 2011 
Qualitativo 
Descritivo 
Revisão 
seletiva da 
literatura 
Discutir as 
dificuldades no 
diagnóstico e 
tratamento 
do autismo infantil 
 
Família e Autismo: 
Uma Revisão da 
Literatura Abreu; 
Teodoro 
2012 
Qualitativo, 
descritivo e 
documental 
Revisão 
seletiva da 
literatura 
Analisar o im- 
pacto da presença 
de um membro com 
Autismo na família, 
bem como suas 
implicações para o 
funcionamento 
familiar. 
O método Son-rise e o 
ensino de crianças 
autistas 
Mesquita; 
Campos 
2013 
Qualitativo 
descriivo 
Bibliográfica 
Descrever as 
principais formas de 
tratamento para o 
transtorno autista 
Você sabe o que é 
autismo? Fonseca 2011 
Qualitativo 
Descritivo 
Explicativo 
Revisão de 
literatura 
Caracterizar a 
síndrome autista 
Fonte: Lilacs; Scielo (2014) 
 
A partir da leitura e análise dos estudos selecionados, os resultados foram 
apresentados conforme os objetivos específicos propostos nesta pesquisa, sendo 
descritos em forma de gráficos e tabelas. 
O gráfico 1, apresenta o resultado quanto as características mais 
freqüentes do autismo. 
 
 Gráfico 1 – Características mais freqüentes do autismo 
 
 Fonte: Soares; Barroso (2014) 
 
35% 
45% 
20% 
Dificuldades de
comunicação/
linguagem e
movimentos
repetitivos
Tendência ao
isolamento social.
Prejuizo nos cntatos
sociais
Coordenação
motora irregular.
7 
 
 
Conforme os autores pesquisados, ao analisar as principais 
características do autismo, percebeu-se que os sintomas variam amplamente de um 
autista para o outro, constituindo um espectro de distúrbios. 
Entre as características apontadas nos artigos, 35% dos autores 
destacaram as dificuldades de comunicação, linguagem e movimentos repetitivos; 
45% apontou uma tendência ao isolamento sócia e prejuízo nos contatos sociais e 
outros 20% destacaram como principal característica a coordenação motora irregular 
Comportamentos oscilantes e incoerentes. 
Conforme foi destacado nos estudos de Mosqueira e Teixeira (2010) as 
limitações de comunicação, os comportamentos indesejados, associados ao 
isolamento, dentre outros sintomas, os estão entre os sintomas mais comuns do 
autismo que levam a busca pela melhor intervenção terapêutica. 
Vargas e Schmidt (2011) concluíram em seu estudo que os indivíduos 
com autismo apresentariam déficits específicos em três áreas: imaginação, 
socialização e comunicação, o que ficou conhecido como “Tríade de Wing”. 
O gráfico 2 apresenta os fatoresde risco apontados pela literatura 
analisada para a ocorrência do autismo. 
 
 
Gráfico 2 – Fatores de risco para o desenvolvimento do autismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Soares; Barroso (2014) 
 
De acordo com o gráfico 3, 60% apontaram o sexo como um fator de 
risco para o desenvolvimento do autismo, ou seja, os meninos são de quatro a cinco 
60% 
30% 
10% 
O sexo da criança
O histórico familiar
Associação com
ouros transtornos
7 
 
 
vezes mais propensos a desenvolverm o autismo do que meninas. Outros 30% 
apontaram o histórico familiar, ou seja, famílias que já tenham tido algum integrante 
com autismo correm riscos maiores de ter outro posteriormente. Da mesma forma, é 
comum que alguns pais que tenham gerado algum filho autista apresentem 
problemas de comunicação e de interação social eles mesmos. 
E um pequeno percentual de 10%, apontou como fator de risco a 
associação do autismo com outros transtornos. Neste caso, crianças com alguns 
problemas de saúde específicos tendem a ter mais riscos de desenvolver autismo do 
que outras crianças. 
Quanto ao risco maior para o sexo masculino, os dados epidemiológicos 
internacionais indicam uma grande incidência de Transtorno do Espectro Autista 
(TEA) nos meninos, com uma intensidade de 4 nascimentos para cada menina 
(FONSECA, 2011). 
Ao se considerar o histórico familiar Sousa e Santos (2010) afirmam que 
alguns estudos recentes apontaram que a hereditariedade do autismo pode chegar a 
50%, contrariando outras pesquisas que afirmavam que esta possibilidade poderia 
alcançar de 80% a 90% de chance. Os resultados obtidos sugerem uma associação 
entre autismo fatores genéticos. 
Figueira (2012) assinala que não é possível determinar com precisão as 
causas do transtorno autista, mas, sabe que certos aspectos são identificados como 
fatores de risco: história familiar paterna ou materna, doença crônica materna, 
infecções congênita e respiratória na gestação, sangramento e ou hemorragia pré-
natais, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, trabalho de parto prematuro, dentre outros. 
Gikovate (2010) afirma que existem hoje evidências incontestáveis de que 
o autismo se trata de um problema biológico e não psicológico. E dentre as inúmeras 
evidências o autor cita: a correlação do autismo com determinadas doenças, o 
fato de 25% dos autistas apresentar crises convulsivas e o fato de 90% das 
crianças do espectro autístico, entre 2 e 4 anos de idade, apresentar cérebros 
de maior volume e peso do que os controles. 
Além disso, segundo Girovate (2010) o autismo pode está associado à 
síndrome de rubéola congênita, anomalias de formação do cerebelo, esclerose 
tuberosa, síndrome de Rett, síndrome de West, e síndrome do X-frágil. 
7 
 
 
Conforme é destacado por Fernandes et al (2011), acredita-se que a 
origem do autismo esteja relacionada com alguma anormalidade em alguma área do 
cérebro ainda não definida, e provavelmente, de origem genética. 
O gráfico 3 apresenta os resultados em relação as formas de diagnóstico 
do autismo. 
 
 Gráfico 3 – Formas de diagnóstico 
 
 Fonte: Soares; Barroso (2014) 
 
Dos estudos analisados, considerando a variável formas de diagnóstico, 
ficou bastante evidente as dificuldades para diagnosticar a síndrome, pois não há 
sinais físicos aparentes, marcadores biológicos, nem exames determinados. Há 
ainda muita variação no quadro clínico e confusões com outras patologias. 
Porém, conforme o gráfico 2, 30% dos artigos pesquisados não fazem 
qualquer menção as formas de diagnóstico, enquanto que 65% dos autores fazem 
referência ao diagnóstico e apontam necessidade de equipe multiprofissional, pois 
dificilmente, um único profissional terá acumulado conhecimento e prática suficientes 
para fazer uma avaliação criteriosa de todos os aspectos comprometidos no 
desenvolvimento de uma criança com autismo. E apenas 5% destacam a 
necessidade de exames complementares para confirma o diagnóstico. 
A maioria os autores indicam que uma equipe de avaliação e diagnóstico 
deve ser composta por pediatra, psiquiatra, psicólogo, fonoaudiólogo e terapeuta 
ocupacional. Dependendo da idade e dos resultados dessas avaliações, a criança é 
encaminhada ainda para avaliações com o neurologista, fisioterapeuta e geneticista. 
65,0% 
5% 
30% 
Avaliação de
equipe
multiprofissional
Exames
laboatoriais
comlementares
7 
 
 
Sudré et al (2012) diz que após a avaliação diagnóstica feita pela 
equipe multidisciplinar, é importante que a criança, seja encaminhada para grupos 
específicos da Enfermagem, ou Psicologia e/ou Terapia Ocupacional 
Girovate (2010) diz que não existe exame complementar capaz de 
comprovar se a criança tem autismo. O diagnóstico de autismo se baseia somente 
em dados clínicos (história e observação do comportamento). Os exames 
complementares permitem apenas investigar a presença de doenças que estão 
comumente associadas com autismo, mas, não afirmar o diagnóstico de autismo. 
Fernandes et al (2011) também concorda que não há testes laboratoriais 
para a deteccão da síndrome, por isso, o diagnóstico deve ser feito por um 
profissional com formação em medicina e experiência clinica em diagnosticar essa 
patologia. Os autores complementam que devido o autismo não possuir um 
marcador biológico, isto e não possuir testes laboratoriais específicos, raramente o 
diagnóstico é conclusivo antes dos vinte e quatro meses, sendo que a idade mais 
frequente é superior aos trinta meses. 
Salim e Junqueira (2012) ressaltam que devido ao fato do diagnóstico 
pode estar associados a outras patologias, tais como a epilepsia, paralisias 
cerebrais, síndromes genéticas e entre outras, se torna uma tarefa complexa, 
mesmo por uma equipe multiprofissional, diagnosticar com segurança a síndrome, 
pois, freqüentemente o quadro clinico do autismo passa desapercebido e 
confunde se com outros quadros patológicos. 
Marinho e Merkle (2012) colaboram ao afirmarem que a questão do 
diagnóstico passa a ser mais complexa na medida em que são consideradas as 
chamadas síndromes de Asperger, que são inseridas dentro do Continuo 
Autístico. 
Em relação às formas de tratamento do autismo, observou-se também, 
nos estudos analisados os métodos mais indicados, conforme apresentado no 
gráfico 3 a seguir. 
 
 
 Gráfico 4 – Formas de tratamento 
7 
 
 
 
 Fonte: Santos; Martins (2014). 
 
A partir da análise dos artigos observou-se que existem várias formas de 
tratamento para o autismo, no entanto, dependem da combinação de terapias, 
remédios, alimentação e aceitação da criança pela família. 
Desta forma, conforme o gráfico 4, 45% dos artigos pesquisados enfatizam 
as terapias; 35% acreditam que o tratamento medicamentoso é um método eficaz e 
20% destacam a aceitação da família como um aspecto relevante. 
Bernadino (2010) destaca em seu estudo algumas medidas interventivas 
importantes que precisam ser consideradas no tratamento do autismo. Entre elas: 
iniciar os programas de intervenção o mais cedo possível, tratamento intensivo, 
atenção adulta, individualizada e diária, inclusão de um componente familiar, 
incluindo treinamento para os pais e mecanismos para avaliação contínua. 
As terapias incluem um trabalho interdisciplinar durante o qual, 
especialistas utilizam-se de várias técnicas e procedimentos, tanto com as crianças 
quanto com os pais, de forma integrada, ajudando-os a minimizar a evolução doquadro (MEQUISTA; CAMPOS, 2013). 
Salim e Junqueira (2011) destacam em seu estudo que geralmente, as 
intervenções terapêutica mais utilizadas são: a Integração Sensorial, e as menos 
comuns são: ABA, Equoterapia, PECS (Picture Exchange Communication System), 
TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication 
Handicapped Children), Psicoterapia Lúdica, Intervenções Educacionais, 
Tratamentos Psicossociais e Terapia com animais 
O tratamento medicamentoso é também pode auxiliar no controle de 
movimentos exacerbados, repetitivos e automutilantes, além de minimizar as 
45% 
35% 
20% 
Terapias
Tratamento
medicamentoso
A aceitação da família
7 
 
 
75% 
25% 
Apoio as famílias e
orientação aos pais
Sem referência
consequências de outras doenças que a criança possa vir a ter. Há pesquisas 
recentes que mostram que a homeopatia pode ser útil ao tratamento (FONSECA, 
2011). 
Em relação à aceitação da família, este aspecto é considerado um dos 
principais meios de tratamento para o autismo, pois quando a criança se sente 
aceita pelos pais, significa que eles estão juntos com a criança. (MESQUITA; 
CAMPOS, 2013). 
Sudré et al (2012) consideram o atendimento aos pais e responsáveis um 
aspecto importante no tratamento do autista. Durante os atendimentos as crianças, o 
enfermeiro também ouve as queixas e dificuldades dos pais e orienta-os como lidar 
com o comportamento de seus flhos. 
De acordo com Vasconcelos (2012) a idade no início do tratamento é 
um dos fatores relevantes para a sua melhor evolução. Não só a idade, mas 
também, o tipo de tratamento e a freqüência dos atendimentos à criança e aos 
pais Conforme assinala a autora, os melhores resultados clínicos são alcançados 
quando o tratamento é iniciado antes dos três anos, idade na qual se pode fazer 
um diagnóstico definitivo, pois, segundo a autora, quanto mais precoce for iniciado 
o atendimento da criança, melhor será a evolução do caso. 
Outro aspecto analisados nos artigos selecionados foi quanto a assistência 
e a intervenção de enfermagem junto a criança autista, cujo resultado é apresentado 
no gráfico 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 5 – Intervenção de enfermagem em relação ao autismo 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Santos; Martins (2014). 
 
De acordo com o que se observa no gráfico 5, há uma predominância nos 
artigos pesquisados (75%) em apontar como principal intervenção da enfermagem 
em relação ao autismo, o apoio a família. 
Conforme é destacado por Ramos et al (2011) é fundamental ter 
competências para saber avaliar estas famílias de modo a que a intervenção siga no 
sentido de se dar apoio à família, assim como apontar estratégias de forma a 
minimizar o impacto da perturbação autista na vida familiar. A Enfermagem tem um 
papel decisivo nestas intervenções. 
Vasconcelos (2012) afirma que por não conhecer a doença, a família 
muitas vezes, precisa de apoio e orientação, que a ajude a entender melhor a 
síndrome e diminuir o impacto negativo sobre a família. E desta forma, os 
profissionais de saúde se constituem numa importante fonte informação. 
Sudré et al (2012) e neste contexto, é imprescindível que o profissional de 
enfermagem goste de trabalhar com crianças e tenha habilidade para lidar com 
suas alterações do comportamento. 
Conforme ressalta Sudré et al (2012) para a avaliação e intervenção de 
Enfermagem é possível utilizar os seguintes instrumentos: consulta de Enfermagem, 
observação de comportamento, tratamento e educação para Autistas e crianças 
com déficit relacionados à comunicação, uso do método ABA – Análise Aplicada do 
Comportamento (um tratamento que visa ensinar à criança habilidades que ela não 
possui). 
É enfatizado em alguns artigos analisados, que todas as atividades de 
Enfermagem junto à criança autista devem seguir os passos do Processo de 
Enfermagem preconizados por Horta (histórico, entrevista, exame físico, diagnóstico 
de enfermagem; planejamento; implementação e evolução de enfermagem. 
O gráfico 6, mostra o resultado quanto as principais dificuldades da família 
do autista. Conforme o gráfico, 80% dos artigos apontou com predominância as 
7 
 
 
80% 
25% 
Dificuldades de aceitar o
diagnóstico
Falta de informaçao
sobre a doença
dificuldades de aceitar o diagnóstico e 25% destacou a falta de informação sobre a 
doença. 
 
 
Gráfico 6 – Dificuldades da família do autista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A falta de informação sobre a doença deixa os pais bastante vulneráveis, 
que buscam ajuda e auxilio nas instituições de saúde que muitas vezes não podem 
ajudar muito, pois, não estão preparadas para lidar co a patologia (FONSECA, 
2011). 
Segundo Ramos et al (2011) o impacto do diagnóstico de uma doença 
crônica, como é o caso do autismo, será a primeira dificuldade com que se confronta 
a família. Após o diagnóstico de autismo, "para muitas famílias, a aceitação da 
perturbação da criança é um processo gradual, nunca concluído". 
Abreu e Teodoro (2012) ressaltam que diante do início da apresentação 
dos sintomas de Autismo, o contexto familiar sofre rupturas imediatas na medida em 
que há interrupção de suas atividades rotineiras e transformação do clima emocional 
no qual se vive. 
Há evidências da existência de estresse agudo em famílias que possuem 
um membro com diagnóstico de Autismo. Estresse, ansiedade e depressão são 
maiores em pais de crianças com Transtornos do Espectro Autístico, quando 
comparado com pais a condição afeta todos os membros da família, causando 
estresse diretamente, como na redução das interações sociais. 
A participação dos pais e dos familiares é considerada um elemento 
essencial nas medidas de intervenção para crianças diagnosticadas com a síndrome 
7 
 
 
autista. Por isso, a maneira como os profissionais de enfermagem abordam os pais 
e os incorpora no processo de intervenção é importante (ABREU; TEODORO, 2012). 
Diante dos resultados apresentados, percebeu-se que há ainda muitas 
divergências e dúvidas quanto a Síndrome do Autismo e por isso, é importante que 
se discuta e se realiza estudos mais aprofundados sobre o assunto visando 
comparar as informações e chegar a um consenso acerca das causas, diagnóstico e 
tratamento da patologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 CONCLUSÃO 
 
O estudo acerca do autismo infantil permitiu reconhecê-lo como um 
problema a ser discutido, tendo em vista, a existência de vários pontos importantes a 
realçar, que foram observados na análise dos estudos selecionados. 
Observou-se nos estudos analisados a dificuldade de identificar os fatores 
que podem contribuir para o desenvolvimento do autismo infantil. Perante aos riscos 
7 
 
 
observados e suas possíveis consequências, algumas medidas interventivas foram 
propostas e também apontadas nos estudos. 
Diante das constatações, a enfermagem tem um papel fundamental no 
sentido de orientar adequadamente a família, podendo assim intervir e melhorar a 
qualidade de vida da criança autista. A assistência de enfermagem prestada às 
crianças tem demonstrado ser eficiente e os resultados são visíveis, levando-se em 
conta a individualidade de cada criança e as características peculiares a cada grupo 
familiar. 
Além disso, após a revisão sistemática evidenciou-se que a participação 
da família no tratamento é fundamental para o desenvolvimento da criança autista. 
Com causas ainda desconhecidas, com sintomas e graus de 
manifestações extremamente variadosdo autismo, ficou claro que ainda há 
controvérsias sobre qual intervenção seria a mais apropriada, por outro lado, existe 
também um ponto de consenso na literatura que é a importância da identificação e 
intervenção precoce do autismo e seu relacionamento com o desenvolvimento 
subsequente. 
Quanto ao diagnóstico e ao tratamento, a terapia ocupacional e 
abordagem dependem da composição da equipe interdisciplinar, dos conhecimentos 
e experiências dos diferentes tipos de intervenção e abordagem. Mas, vale ressaltar 
que há um consenso sobre a importância do acompanhamento do autista por uma 
equipe multiprofissional. 
 
 
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