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Alergia alimentar imunologia

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I Mini-Simpósio de Imunologia Básica de 2014		 Catalão-GO, 2 de dezembro
ALERGIA ALIMENTAR: UMA ABORDAGEM GERAL
Fabiana P. Carneiro¹, Larisse S. Almeida², Talita S. Falcão³, Gleyce A. Machado4
1Graduanda do Curso de Ciências Biológicas -Universidade Federal de Goiás-Regional Catalão (UFG-REC)
E-mail:larissesilva@hotmail.com, fabianacarneiro@ymail.com
 4Professora do Instituto de Biotecnologia, Área de Ciências Biológicas (UFG-REC)
E-mail:............
INTRODUÇÃO
As reações alérgicas são comuns em todas as idades apresentando maior incidência em crianças. Não há no Brasil estudos determinando a prevalência das alergias, nem mesmo os principais alérgenos envolvidos, entretanto por meio de estudos em outros países estima-se que 3% das crianças sejam acometidas por este tipo de doença, com uma prevalência maior nos primeiros anos de vida (BRICKS, 1994; LOZINSKY; MORAIS, 2014). 
O aparecimento e manifestação clínica destas doenças advêm da interação entre fatores ambientais e genéticos. Nos últimos anos houve uma crescente prevalência nos casos de alergia alimentar, associa-se a isso os hábitos alimentares da população, que cada vez mais estão fazendo uso de produtos industrializados (RAMOS et al., 2013).
 Os alimentos estão envolvidos em uma variedade de distúrbios, podendo ser fonte de infecções, doenças tóxicas e alergias (FERREIRA; PINTO, 2012).Reações adversas aos alimentos são,então, caracterizadas por qualquer reação anormal de certos indivíduos à ingestão de alimentos protéicos. Por isso, o termo alergia é utilizado para descrever uma reação imunológica alterada à um material estranho, sendo este denominado de alérgeno (MARTINS; GALEAZZI, 1996; FERREIRA; PINTO, 2012). Os sintomas induzidos por alimentos em uma reação alergica envolvem a pele, tratos gastrointestinal e respiratório, podendo ou não ser mediada pela imunoglobulina IgE ( FERREIRA; PINTO, 2012).
Diante dos problemas desencadeados em um numero significativo de pessoas pelo mundo, este trabalho tem por objetivo descrever de maneira geral as características de uma reação alérgica, bem como todos os mecanismos que nela estão envolvidos.
FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA 
ALERGIA ALIMENTAR
Se caracteriza por um conjunto de manifestações clínicas, frente a ingestão de alguns tipos de alimentos, sendo que a freqüência e a concentração do alérgeno também influenciam (RAMOS et al., 2013). De acordo com PEREIRA et al (2008) as alergias tem por característica o aumento na capacidade dos linfócitos B sintetizarem a imunoglobulina do isotipo IgE contra antígenos que acessem o organismo via inalação, ingestão ou penetração pela pele. 
SISTEMA IMUNE E ALIMENTOS
O sistema imune é composto pela porção branca do sangue, responsável pela produção de anticorpos sempre que o organismo é exposto a algum corpo estranho. Mas também pode se considerar mecanismo de defesa a pele e mesmo a secreção ácida do estomago, que neutraliza muitas vezes a atividade de microrganismos, impedindo que se desenvolvam dentro do corpo humano, ou seja, em condições normais, a reação alérgica a alimentos é evitada, pois o trato gastrointestinal e o sistema imunológico fornecem uma barreira que impede a absorção da maioria dos antígeno (PEREIRA & CONSTANT, 2008)
Durante o desenvolvimento fetal, o sistema imunológico aprende a distinguir as substancias próprias do organismo; com isso mantém desativados os linfócitos T que reagiram diante das mesmas. Mas quando um agente estranho, como exemplo uma bactéria, invade nosso corpo, essas células são ativadas com o objetivo de defender nosso organismos dos possíveis prejuízos que a bactéria causará. CITAÇÃO!
	Mais de 90% das reações alérgicas comprovadas por trocas duplo-cegas são causadas por alguns alimentos como: leite, ovos, legumes, trigo e nozes. Menos frequentemente temos as reações a peixes e comida do mar, seguidas por reações a frutas cítricas, melões, tomates aipo, arroz, maças e milho, entre outros (Bricks,1994). Nossas células de defesa estão em atividade constante para combater tantos agressores, até que haja uma redução dessas e consequentemente uma queda da imunidade. CITAÇÃO!
ALERGÉNOS E ADITIVOS ALIMENTARES (Qual a fonte destas informações?) Nenhuma CITAÇÃO!
	O termo alérgeno refere-se àquelas que resultam numa resposta imune alérgica (PEREIRA & CONSTANT, 2008). Os alérgenos alimentares são na sua maior parte representados por glicoproteínas hidrossolúveis com peso molecular entre 10 e 70 kDa, termoestáveis e resistentes à ação de ácidos e proteases, capazes de estimular resposta imunológica humoral (IgE) ou celular. (Consenso Brasileiro sobre alergia alimentar, 2007)
Para que a reação alérgica a um alimento ocorra, proteínas ou outros antígenos devem ser absorvidos pelo trato gastrointestinal, interagir com o sistema imunológico e produzir uma resposta ( PEREIRA & CONSTANT, 2008)
Alguns alimentos não são apenas fonte de possíveis alérgenos causadores de reações de hipersensibilidade, mas podem conter nutrientes com propriedades imunomoduladoras como antioxidantes e ácidos graxos da família ômega 3 (n-3), que exerçam, na composição de uma alimentação balanceada, um efeito protetor contra o desenvolvimento de doenças alérgicas.
Aditivo alimentar, de acordo com a legislação, é um ingrediente adicionado à diferentes alimentos com a finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas pro-priedades, desde que não prejudique seu valor nutritivo. A definição é, de alguma forma, criticável, pois ao admitir a modificação das propriedades, mesmo não prejudicando seu valor nutritivo, induz ou favorece o engano (SCHVARTSMAN, 1982). Apesar das suas associações na atualidade, os auditivos alimentares são usados à décadas. A preservação dos alimentos é uma necessidade antiga; sendo o sal e o salitre o modo mais usado para conservar a carne fresca e o vinagre para conservar os vegetais. Hoje em dia os aditivos alimentares são rigorosamente regulados e sujeitos a revisões periódicas para comprovar a sua segurança e são classificados em várias categorias segundo suas funções e cada um tem um nome especifico e um número novo e a maioria tem um prefixo E- de Europa.
Os aditivos apresentam um papel importante e necessário na contribuição da nossa oferta alimentar, em questão de segurança, salubridade, acessibilidade e abundancia em todo o mundo. Os aditivos não contém nenhum valor nutricional, e além disso, na literatura, há informações a respeito de algumas dessas substâncias que podem causar sérios problemas de saúde como câncer, desenvolvimento de alergias, hiperatividade, entre outros. < (CORRIGIDA) (QUIMICA E SOCIEDADE)
MECANISMOS IMUNOLOGICOS ENVOLVIDOS: REAÇOES MEDIADAS POR IGE
As reações mediadas por IgE apresenta-se de duas maneiras, aquelas cuja reação é imediata e outras onde a manifestação de sintomas se prolonga por mais tempo. Após a exposição a algum alimento alérgeno os sintomas podem aparcer em minutos ou horas (RAMOS et al., 2013). Segundo FERREIRA; PINTO (2012) as manifestações clinicas podem envolver os seguintes órgãos: pele, trato respiratório, trato gastrointestinal e sistema cardiovascular.
Nas reações onde há participação de anticorpos IgE, os sintomas após ingestão alimentar são agudos, no qual, estas células utilizado a porção FC se ligam aos receptores localizados na superfície de mastócitos e basófilos desencadeando uma reação imediata. Exposições posteriores ao mesmo alimento, fazem com que os alérgenos se liguem a moléculas IgE especificas e liberem mediadores químicos, como por exemplo, histamina e heparina (FERREIRA; PINTO, 2012; BODEN; BURKS, 2011).
Os primeiros sintomas incluem vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, que levam a eritema na pele e edema no tecido subcutâneo, trato respiratório e digestório. No trato respiratório e também no digestivo mediadores como histamina e prostaglandina D2 (PGD²) podem estimular a produção de muco. No trato respiratório o fator ativador de plaquetas (PAF), histamina,e PGD² levam a broncoconstrição, alem disso, histamina, prostaglandinas e PAF provocam um desequilíbrio eletrolítico com perda de íons e água causando diarréia no trato gastrointestinal. Após 3 a 12 horas ocorre reação inflamatória celular em associação aos basófilos e linfócitos T. O problema esta na liberação de radicais livres por estas células, sendo responsáveis por lesão tecidual (FERREIRA; PINTO, 2012).
 Os exemplos de manifestações mais comuns são: reações cutâneas (dermatite atópica, urticária, angioedema), gastrintestinais (edema e prurido de lábios, língua ou palato, vômitos e diarréia), respiratórias (asma, rinite) e reações sistêmicas (anafilaxia com hipotensão e choque).(conselho)
REAÇOES NÃO MEDIADAS POR IGE
As manifestações alérgicas não mediadas por IgE são mais lentas, não havendo participação dos anticorpos IgE, entretanto ocorrem devido a ação de imunoglobulinas do tipo G (IgG) e células T. Afetam principalmente a mucosa gastrointestinal e raramente são fatais, causando morbidade significativa apenas em crianças (RAMOS et al., 2013).
CONCLUSÃO
A alergia alimentar ainda necessita de muitos estudos para melhor compreensão e desenvolvimento de formas terapêuticas. Com isso, a melhor maneira de evitar este problema de saúde, consiste em evitar a ingestão do alimento suspeito. Entretanto esta área teve grandes avanços, devido principalmente ao aumento no casos de acidentes, dando-se destaque as crianças. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRICKS, L. F. Reações adversas aos alimentos na infância: intolerância e alergia alimentar – atualização. São Paulo, 1994.
BODEN, S. R; BURKS, A. W. Anaphylaxis: a history with emphasis on food allergy. v. 242, p. 247-257. Cingapura, 2011.
FERREIRA, J. M. S; PINTO, F. C. H. Alergia alimentar: definições, epidemiologia e imunopatogênese. Revista brasileira de nutrição clinica. v. 27, n. 3, p. 193-198, 2012. 
LOZINSKY, A. C.; MORAIS, M. B. Colite eosinofílica em crianças. Jornal de Pediatria, 2014.
MARTINS, M. T. S.; GALEAZZI, M. A. M. Alergia alimentar: considerações sobre o uso de proteínas modificadas enzimaticamente. v. 4, 1996.
RAMOS, R. E. M; LYRA, N. R.S; OLIVEIRA, C.M. Alergia Alimentar: reações e métodos diagnósticos. J Manag Prim Health Care, 2013.
PEREIRA, A. C. S.; MOURA, S. M.; CONSTANT, P. B. L. Alergia Alimentar: sistema imunológico e principais alimentos envolvidos. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, 2008.

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