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COMPETÊNCIA NO PROCESSO CIVIL


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COMPETÊNCIA 
Conceito:
É uma atribuição legal conferida a um determinado órgão ou a um grupo de órgãos estatais para o exercício da jurisdição em concreto. O professor Arruda Alvim dizia que “competência é o concretizar da jurisdição”, porque todo juiz tem jurisdição. O que falta algumas vezes ao juiz é competência. (a pizza seria a jurisdição, cada fatia dela a competência).
A competência é a atribuição legal, atribuída por lei. A lei não sai distribuindo competência aleatoriamente. É obvio que ela atribui competência de acordo com determinados critérios. Os quais são chamados de critério determinativos.
Critérios determinativos:
São critérios atribuídos pela lei para atribuir competência, são cinco:
Critério material, a competência é fixada em razão da matéria, da natureza da causa. Ex. a competências da vara cível, da vara de família, da justiça do trabalho. A respeito da competência da justiça do trabalho ler as súmulas do STJ que o professor colocou no material. N. 4, 5, 15, 57, 82, 97, 137, 161, 170, 173, 218, 222 e 225, STJ. Elas todas dizem respeito a essa matéria. (competência Absoluta) 
Critério pessoal, a competência é fixada em razão da condição ou da qualidade das pessoas que atuam no processo. O que define agora é a pessoa e não a matéria. Ex. a competência da justiça federal estabelecida no artigo 109, I, da CF. o 109 trata da competência da justiça federal e ele adota vários critérios, mas o inciso I vai trabalhar com o critério pessoal. Acrescente-se a esse inciso as fundações públicas, vez que elas se equiparam às autarquias para fins de competência. Quando diz oponente, que dizer opoente no inciso. Quando como parte ou como terceiro. Ex. ação de usucapião quando se tem como vizinho um terreno de marinha, que é da União, ai será competência da justiça federal. Sociedade de economia mista não leva a competência para a justiça federal, é estadual. Súmulas importantes: 517 e 556, do STF, e temos a 42, do STJ. Todas dizendo que SEM justiça estadual. Ex. o BB. A quem compete decidir sobre o interesse da União ou do ente federal? É sempre da justiça federal. Isso na prática significará que se a União requerer o ingresso como assistente na justiça estadual caberá ao juiz de direito remeter os autos à justiça federal, se ela excluir a União por falta de interesse deverá devolver os autos à justiça estadual e não suscitar o conflito de competência. Nesse caso o juiz de direito não poderá rever a decisão do juiz federal. Há três súmulas sobre isso: 150, 254 e 224, todas do STJ. Será que o TRF pode julgar recurso contra juiz de direito? Sim, desde que o juiz de direito exerça uma função delegada, uma competência federal delegada. Ex. Quando não há vara da justiça federal em determinado local e o juiz exerce competência da justiça federal delegada. Isso é fruto da súmula 55, do STJ. Situação: o juiz de direito profere uma sentença, de competência da justiça estadual. Contra essa sentença a União recorre como terceiro prejudicado, quem julga o recurso? O TJ – sentença de juiz de direito, ou o TRF – recurso interposto pela União? Julga o TJ, a competência do TRF não esta no artigo 109, e sim no 108, o qual não prevê a hipótese de o TRF julgar recurso de juiz de direito. (competência absoluta)
Critério funcional, a competência é fixada em razão da atividade ou da função do órgão julgador. É também um critério residual utilizado para a melhor administração da justiça. Se não for nenhum outro, é ele. 
Critério territorial, a competência e fixada em razão da circunscrição territorial. Ex. a competência da comarca de Bauru, da comarca de Natal, isso na justiça estadual. No processo civil como se define o foro competente?
Nele há regras especiais previstas nos artigos 95 a 100, do CPC e em leis especiais. E existe uma regra geral que está no artigo 94 do CPC, é o foro do domicilio do réu. Como saber? Primeiro tenho que verificar se há regras especiais, se não se enquadrar vai para regra geral, domicilio do réu. Ex. uma ação reivindicatória de bem imóvel, tem regra especial? Sim, artigo 95, foro da situação do imóvel, situação da coisa. Ex. ação de separação, residência da mulher, artigo 100, CPC. Reparação de danos decorrente de acidente de veículos, tem regra especial? Sim, local do fato ou domicilio do autor. Também no artigo 100, CPC. Regra geral, ex. anulação de contrato, foro domicilio do réu. Para alguns se esse contrato for de bem imóvel, ai caberia a regra especial quanto a imóveis. 
No processo do trabalho são diferentes as regras. 
Critério econômico, nele a competência é fixada em razão do valor da causa. Ex. a competência dos juizados especiais. Existe o JEFs e os JECs. Nos federais, o valor é de até 60 SM, e com uma especialidade: até 60 sm a competência é absoluta, obrigatoriamente tem que promover a ação no JEF, nos estaduais até 40 sm, sendo que neles há a competência pelo valor e também pode ser pela matéria, onde são as matérias do 275, II, do CPC, além disso a ação de despejo para uso próprio, e ainda tem a situação que é: ações possessórias sobre bens imóveis cujo valor não ultrapassem 40 SM. No caso do JECs os juizados são uma opção e não uma obrigação. Se não quiser pode promover a ação na vara cível competente. Esses critérios são combinados. Para saber qual o foro competente, e ai lá tem que saber qual a vara, ai já é critério material, se é cível, criminal. 
Classificação da competência:
a) Originária ou derivada
Originária é aquela para conhecer da causa em primeiro grau. Normalmente é da justiça de 1ª instância, mas também pode ocorrer em Tribunal. A súmula 376 do STJ prevê que compete a turma recursal processar e julgar o mandado de segurança contra ato do juiz do juizado especial, e não é do TJ. Para o professor isso esta errado, porque contraria tanto a LOMAM quanto a CF. 
Competência derivada é aquela para conhecer da causa em grau de recurso. Mas o juiz em 1ª instância pode ter competência derivada, ele julga, conhece a causa em grau de recurso. Caso típico dos embargos de declaração.
b) Exclusiva ou concorrente
Exclusiva é aquela atribuída à apenas um órgão jurisdicional. Ex. a competência do artigo 95 do CPC. Nas ações reais imobiliárias, que são propostas no foro da situação do imóvel. Ali é competência exclusiva, só tem aquele.
Concorrente é aquela estabelecida para mais de um órgão jurisdicional. Ações de reparação de danos decorrentes de acidente de veículos, aí tem competência concorrente, domicilio do autor ou local do fato. O autor é quem escolhe. Artigo 100, CPC. Hoje há uma situação muito interessante de concorrência 475-P, II, § único. Ele trata da competência para o cumprimento de sentença, que pode ser no juízo que processou a causa ou no foro do atual domicílio do executado ou onde tiver bens penhoráveis. Existe aí uma concorrência. 
c) Absoluta ou relativa (essa é a mais importante)
Há na verdade muitas distinções aqui.
	COMPETÊNCIA ABSOLUTA
	COMPETÊNCIA RELATIVA
	- Prevalece o interesse público
	- Prevalece o interesse particular
	- Quando o critério utilizado for: o material o pessoal ou o funcional. Compt. Justiça trabalho absoluta.
	- quando o critério for o territorial ou econômico. Há exceções, como ex. dos JEFs.
	- não pode ser modificada pela vontade das partes, devido ao interesse público, ex. eleger num contrato a justiça do trabalho. Foro dá para eleger.
	- pode ser modificada pela vontade das partes. Ex. foro de eleição, modificação da competência pela vontade das partes.
	- a incompetência absoluta pode ser declarada de ofício ou alegada em qualquer tempo ou grau de jurisdição. Se ela for declarada numa fase mais adiantada do processo, serão anulados todos os atos decisórios, os demais aproveitam-se. Exceto se for decorrente do ato decisório, pelo princípio da causalidade. **
	- a incompetência relativa não pode ser declarada de ofício (sumula 33, do STJ) devendo ser alegada pelo réu no prazo de sua resposta por meio de exceção de incompetência. Caso o réu não alegue, haverá a prorrogaçãoda competência. Vale dizer o foro incompetente se torna competente. Aqui não cabe rescisória.
	Em razão da matéria, da pessoa, funcional
	Em razão do território, critério econômico
**Continuação: Sobre ser em qualquer tempo e grau de jurisdição é certo, mas isso pode ocorrer em recurso especial ou extraordinário? Isso porque quem diz que se pode declarar de ofício em qualquer tempo e grau de jurisdição, são os artigo 267, §3º (esse possui uma impropriedade técnica) e 301, §4º, CPC, o problema é que esses dois recursos tem o requisito do pré-questionamento que é constitucional, no caso do RESP artigo 105, III, e no RE 102, III, no momento que fala causas decididas, aí que se exige o pré-questionamento, o que é? Significa que o tribunal a quo deve ter enfrentado a matéria federal ou constitucional previamente, dão porque causas decididas. Se ele ainda não decidiu essa matéria previamente, não temos o pré-questionamento. Mas temos que lembrar que o tribunal pode decidir sem que a parte alegue nada. Será que a CF exigindo o pré-questionamento o STJ e o STF poderiam de ofício tratar dessa matéria que até então não foi tratada, apreciada? Não faltaria um pré-questionamento nesses casos? O STF no julgamento do Recurso extraordinário não reconhece de maneira alguma matéria de ordem pública que não tenha pré-questionamento. O STF faz que não viu. Vencido um Ministro: Marco Aurélio, que é o único que diz que o STF teria que apreciar matéria de ordem pública. O STJ tem duas posições: algumas turmas decidem como o STF, outras que decidem de outra maneira, que dizem que se houver pré-questionamento sobre outra matéria qualquer basta isso, não precisa ter pré-questionamento sobre a matéria de ordem pública, pode ser outra matéria qualquer. É a opinião do professor. 
Ela permite a ação rescisória. Depois do transito em julgado.
NÃO HÁ EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA, quando se alega incompetência absoluta na contestação ou em outro instrumento isso não é uma exceção. Somente relativa e deverá ser feita em peça separada. A incompetência absoluta pode ser alegada de qualquer forma, até mesmo verbalmente.
Mas isso tudo não estaria completo sem a análise de suas situações:
Artigo 95, CPC, forus rei site, fórum da situação do imóvel. Já caiu no MPT. 
Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.
Esse artigo tem um aspecto que deve ser analisado o que ele esta querendo dizer é que em 99% dos casos não dá para optar pelo domicílio do réu. Em imóveis obrigatoriamente tem que ser o foro da situação do imóvel, ele proíbe a mudança do foro pela vontade das partes. E aí a pergunta é: se essa competência em 99% dos casos não pode ser mudada ela é relativa ou absoluta?? É absoluta!!!! Há autores dizendo que esse critério é funcional, que o juiz que está próximo do imóvel é funcionalmente melhor para julgar. Isso é um total absurdo, Arruda Alvin e Nelson Nery dizem isso.
Art. 112. Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.
Parágrafo único. A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de domicílio do réu
Art. 114. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar na forma do parágrafo único do art. 112 desta Lei ou o réu não opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais.
Outra situação que é fruto da reforma do CPC: Ela está prevista no 112, parágrafo único e 114, é a nulidade do foro de eleição em contrato de adesão (aquele contrato onde não se discutem as cláusulas, se adere). Nesses contratos de adesão pode se eleger foro, porém essa cláusula será nula se dificultar ou impedir o acesso a justiça de quem esta aderindo, nesse caso, essa cláusula será nula.
Porém, o juiz vai poder declarar de ofício a nulidade de cláusula no contrato de adesão e sua incompetência, remetendo os autos para o foro competente. O juiz só pode declarar de ofício até a citação do réu.
Se isso não acontecer, se o juiz não declarar de oficio, mandar citar o réu para resposta. Nesse caso o réu vai apresentar uma exceção de incompetência, se não for apresentada a exceção prorroga-se a competência.
É um caso de preclusão pro judicato para o juiz. Ou ele declara de ofício antes de citar o réu, ou ele não faz mais, cabendo ao réu apresentar a exceção de incompetência. Se não fizer, a competência será prorrogada. Começa como se fosse absoluta e termina como competência relativa. Tudo previsto nos artigos 112, CPC e 114. Para o professor é um caso de incompetência relativa, mas diferente dos demais. É também territorial, o detalhe que faz a diferença é a possibilidade de o juiz, antes de citar o réu, declará-la de ofício. 
3 – MODIFICACAO DE COMPETÊNCIA 
São varias as formas, sendo três as principais:
3.1 – Foro de Eleição:
É uma cláusula acessória, estabelecendo que eventuais conflitos de interesses sobre direitos ou deveres, oriundas do contrato, serão demandados num determinado foro, escolhido pelos contratantes. Ele altera a competência.
O foro de eleição trata somente sobre direitos e deveres oriundos de um contrato. Ex. uma ação para executar o contrato. Porém, uma ação para anular o próprio foro de eleição, não segue a cláusula do foro de eleição. Só pode tratar direitos e deveres oriundos do contrato.
3.2 – Conexão e Continência:
Conceitos:
A conexão, se dá quando há identidade de causas de pedir ou de pedidos. Essa identidade pode ser parcial.
Ex1, ação de despejo proposta para locador em face do locatário e ação de consignação de pagamento dos aluguéis do locatário em face do locador. A causa de pedir é comum, idêntica nas duas ações, mesmo que parcialmente, logo, ocorre a conexão. 
Ex2, ação de separação (marido X mulher), ação abandono do lar (mulher X marido). O pedido é o mesmo: a separação, logo são conexos. 
CONTINÊNCIA
A continência se dá quando há identidade de partes, de causa de pedir e quando o pedido de uma das causas é mais abrangente que o pedido de outra.
Ex. ação para anular cláusula de um contrato; ação para anular um contrato todo. As partes são iguais, as causas de pedir são iguais, mas uma está contida na outra. 
A maior doutrina diz que isso é uma espécie de conexão e o próprio CPC trata a continência dessa forma, como uma espécie de conexão. O professor entende que seja uma litispendência parcial.
Regra Geral: incompetência relativa não pode ser declarada de oficio. Exceção: foro de eleição – artigo 95. Nulidade foro de eleição (112, § único, e 114).
Modificação de competência: existem várias formas de modificar a competência. As principais formas são: foro de eleição, conexão ou continência. 
- distribuição por dependência (artigos 253, 108 e 109),
- reunião de processos (artigo 106 e 219).
=> súmula 235, STJ (conexão e utilidade reunião).
Conseqüências da conexão 
Distribuição por dependência (artigos 253, 108 e 109);
Reunião de processos (artigos 106 e 219).
1) Distribuição por dependência 
Pode endereçar a causa para Vara especifica, seria distribuição por dependência. A distribuição por dependência esta prevista nos artigos 253, 108 e 109.
Artigo 253, I, conexão/continência 
Art. 253. Distribuir-se-ão por dependência as causas de qualquer natureza: 
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada
II - quando, tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; 
III - quando houver ajuizamento de ações idênticas, ao juízo prevento.  
Parágrafo único. Havendo reconvenção ou intervenção de terceiro, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor.
(distribuirpor dependência é uma faculdade?). II – extinção do processo sem resolução do mérito, por qualquer motivo (267) não é desistência qualquer situação do 267. III – ação idênticas, litispendência. Se alguém promover varias ações .... 
Ex. uma mesma pessoa promove 4 ou 5 ações diferentes, mas o que ela quer é que o processo caia para a 4ª vara que é o que ela quer, as que não caírem na 4ª vara ela vai desistir, para ficar apenas com aquela que caiu na 4ª vara, isso para burlar a distribuição, e o judiciário detectando isso reúne todas pela prevenção. Artigo 253, inciso I. nos incisos II e III a distribuição é obrigatória. 
Ainda temos distribuição por dependência nos artigos 108 e 109 os quais tratam basicamente de ações acessórias, a qual é proposta no mesmo juízo da ação principal. 
TJ Súmula nº 235 - 01/02/2000 - DJ 10.02.2000
Conexão - Reunião de Processos - Coisa Julgada
A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado.
A segunda conseqüência é a reunião de processos, isto é, se as ações conexas já foram distribuídas para varas diferentes, elas poderão ser reunidas numa única vara, um único juízo julgará essas causas. Qual é o juízo que vai receber todas as causas conexas ou continentes? É o juízo prevento. Prevenção vem de vir antes, juízo que veio antes. Mas que juízo que veio antes é esse? Há dois dispositivos no CPC nos artigos 106 e 219, regras especificas para se descobrir qual é o juízo prevento. 
106 – o que primeiro despachou.
219 – a citação valida torna prevento o juízo.
A regra é: se as causas estiverem no mesmo foro, na mesma competência territorial, o juízo prevento será o do primeiro despacho, aquele que primeiro despachou. Ai se aplica o artigo 106. Se as causas estiverem em foros diferentes. Uma em Cuiabá e outra em João Pessoa, o juízo prevento será o da primeira citação válida. A essa hipótese se aplica o 219. Hoje já está pacificado, no passado houve divergências acerca disso.
É obrigatória essa reunião?
O entendimento que prevalece hoje é que essa reunião não é obrigatória. Se eles não forem reunidos não haverá nulidade. Se eles não forem reunidos não se pode falar que a sentença é nula. Aí tem uma súmula do STJ, 235, dentro dessa visão de que não há obrigatoriedade. “a conexão não determina a reunião dos processos se um deles já foi julgado”.
Qual é o critério, como sabemos se deve ou não reunir?
 Existem critérios:
- a intensidade da conexão;
- e a utilidade da reunião.
A conexão é uma identidade de causas de pedir ou de pedidos, assim essa identidade pode ser mínima ou máxima. Se for mínima, não reúne. Não é porque a mesma norma legal é invocada, que deverá reunir. Tem que ver até que ponto é intensa a identidade, e até que ponto é útil a reunião. Essa súmula 235 prevê que não reúne porque não é mais útil essa reunião. É uma análise que se faz caso a caso. Alguns julgados chegam a falar em conveniência e oportunidade, seria aí uma naálise discricionária. Para o professor não é bem assim. Não há discricionariedade, mas sim interpretação de conceitos vagos, e não discricionariedade. 
Outra coisa:
A reunião de processos se dá a partir de que? Quem fala isso?
A conexão pode ser alegada por qualquer das partes, ou pelo MP. E ainda pode ser declarada de ofício pelo juiz. O que significa dizer que se trata de matéria de ordem pública, mas só se pode declarar isso até a sentença.
Súmula 383 do STJ
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
Quanto a eles podemos dizer que existem basicamente duas espécies:
- o negativo, se dá quando dois ou mais juízes se julgam incompetentes para uma mesma causa. Ele pode se dar com um processo só, ou até com dois ou mais processos. Ex. uma causa está no juiz de direito que fala: depois da EC 45 essa matéria é competência do juiz do trabalho que diz o seguinte: essa matéria mesmo depois da EC 45 é da justiça estadual, comum, isso com um processo só. Com dois ou mais processos, por ex. um processo A esta na 1ª vara e o processo B esta na 2ª vara. Vamos imaginar que o juiz da 1ª vara fala da conexão e o juízo prevento é da 2ª vara e remete o processo para lá. O juiz da 2ª vara fala que não há conexão, e, portanto não vai julgar o processo A. 
- e o positivo, dois ou mais juizes se julgam competentes para uma mesma causa. Aí já é mais difícil com um processo só. Ex. há um processo só que esta com o juiz da 1ª vara, ele não vai sair procurando processos por ai. Mas com mais processos é mais fácil. Se como no ex. acima há um processo A com o juiz da 1ª vara, e outro B com o juiz da 2ª vara. O juiz da 1ª vara diz que há conexão entre os processos, que sua vara é preventa e requer o processo B para julgar os dois. Isso é muito difícil. O código prevê as hipóteses de conflito de competência no artigo 115 e existem basicamente dois casos de conflitos, mas isso em três incisos. O inciso III não está criando um novo tipo de conflito e apenas o conflito positivo ou o negativo.
 Alguns aspectos para fechar o conflito de competência.
Se já houver trânsito em julgado em algum processo há conflito de competência? – não! É a sumula 59, do STJ. 
Outro aspecto:
A quem compete julgar o conflito de competência?
Artigos: STF, 102, I, “o”, CF.
102. Ao STF
I - Compete processar e julgar originariamente:
O – os conflitos de competência entre o STJ e quaisquer Tribunais, e entre Tribunais superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal. 
STJ, 105, I, “d”, CF.
Compete ao STJ
I – processar e julgar originariamente:
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art 102, I “o”, bem como entre tribunais e juízes a eles não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos.
TRF 108, I, “e”, CF. 
Compete aos TRF
 - processar e julgar originariamente:
“e” – os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao tribunal.
Justiça do Trabalho artigo 114, V, CF. 
Compete à JT processar e julgar:
V- os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art 102 I “o”.
Súmulas 3, 348, 180, e 236, todas do STJ. Uma delas que é a 348, teve pergunta na aula passada, ela vai dizer que o conflito de competência entre juiz federal e juizado é do STJ. E aí o professor acha um absurdo, mas ela não deixa de ser coerente com a linha do STJ. Segundo a qual os juizados federais não estão submetidos ao STF, e sim à turma recursal. E como o STJ trata as turmas recursais quase como um Tribunal (súmula 396 – se equipara a um tribunal), ler as sumulas.
Quem é que suscita, que alega, o conflito de competência?
A parte, o MP, ou o juiz (é o mais comum). Ele é suscitado perante o presidente do tribunal embora quem o julgue seja o tribunal.
STJ Súmula nº 3 - 08/05/1990 - DJ 18.05.1990
Conflito de Competência - Juiz Estadual - Juiz Federal - Jurisdição Federal
    Compete ao Tribunal Regional Federal dirimir conflito de competência verificado, na respectiva Região, entre Juiz Federal e Juiz Estadual investido de jurisdição federal.
STJ Súmula nº 180 - 05/02/1997 - DJ 17.02.1997
Lide Trabalhista - Competência - Conflito de Competência - Juiz Estadual e Junta de Conciliação e Julgamento
    Na lide trabalhista, compete ao Tribunal Regional do Trabalho dirimir conflito de competência verificado, na respectiva Região, entre Juiz Estadual e Junta de Conciliação e Julgamento.
STJ Súmula nº 236 - 22/03/2000 - DJ 14.04.2000
Conflito de Competência - Juízes Trabalhistas Vinculados a Tribunais do Trabalho Diversos
    Não compete ao Superior Tribunal de Justiça dirimir conflitos de competência entre juízes trabalhistas vinculados a Tribunais do Trabalho diversos.
STJ Súmula nº 348 - 04/06/2008 - DJe 09/06/2008
Competência - Conflitos entre Juizado Especial Federal e Juízo Federal
Compete ao Superior Tribunal de Justiça decidir os conflitos de competência entre juizado especial federal e juízo federal, ainda que da mesma seção judiciária.(((VER COMENTÁRIO DO PROFESSOR ACIMA)))
LER 116 E SS CPC..
Súm 367 STJ
Perpetuatiojurisditiones: Proposta a ação (com o despacho da inicial, onde houver uma vara ou com a distribuição onde houver mais de uma vara) a competência se estabiliza. São irrelevantes quaisquer alterações nas circunstâncias de fato ou de direito que determinaram a competência. 
Supressão de órgãos jurisdicional
Cria-se uma vara de família – neste caso não há perpetuatio jurisdiciones, todos os processos, matéria família, passam a vara da família.
Ex STJ Súmula nº 10 - 26/09/1990 - DJ 01.10.1990
Varas do Trabalho - Competência - Juiz de Direito
    Instalada a Junta de Conciliação e Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele proferidas.
STJ Súmula nº 367 - 19/11/2008 - DJe 26/11/2008
Competência Vinculante - Processos já Sentenciados
    A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não alcança os processos já sentenciados.
PARTES
Parte é aquele que em juízo formula um pedido ou em face de quem se formula um pedido.
Parte é aquele que pede em juízo ou contra quem se pede em juízo. Que formula pedido, ou contra quem se formula pedido. 
CAPACIDADE DE SER PARTE E CAPACIDADE PROCESSUAL
Parte processual: é aquela que está no processo.
Parte material: titular do direito afirmado.
Para isso é preciso recorrer ao direito civil, e depois voltar ao processo. No processo civil temos dois tipos de capacidade, a de direito e a de fato.
Capacidade de direito significa uma aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações na ordem civil. Quem possui essa capacidade? Todo aquele que nascer com vida, e a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro. 
Capacidade de fato, segundo o direito civil, é uma aptidão para exercer por si só, direitos ou deveres na ordem civil. Não é só para exercer direitos, mas sim para exercer por si só, também chamada capacidade de exercício. Têm capacidade de fato aqueles que não forem absolutamente nem relativamente incapazes. 
Capacidade De ser parte:
É uma aptidão para figurar como autor ou como réu no processo. De figurar num dos pólos da relação processual, como autor ou como réu. Quem tem? Quem aquele que possui capacidade de direito. Nasceu com vida tem capacidade de ser parte, tem ainda decisões reconhecendo a capacidade do nascituro. De figurar num dos pólos da relação processual.
 Capacidade Processual:
É uma aptidão para agir em juízo por si só. Tem capacidade processual quem tem capacidade de fato. Aqueles que não forem absolutamente nem relativamente incapazes.
	Direito Civil
	Processo civil
	Capacidade de direito
	Capacidade para ser parte
	Capacidade de fato
	Capacidade processual
	Representação = ab. Incapazes
Assistência = relativamente incapaz
Curador especial = art 9º CPC
	
Exigido:
Quando o incapaz não tiver representante legal, ou os interesses do incapaz colidir com os interesses de seu representante
Réu revel, ou citado por hora certa.
Súmula 196 do STJ 
STJ Súmula nº 196 - 01/10/1997 - DJ 09.10.1997
Execução - Citação por Edital ou Hora Certa - Revelia - Apresentação de Embargos - Legitimidade
    Ao executado que, citado por edital ou por hora certa, permanecer revel, será nomeado curador especial, com legitimidade para apresentação de embargos.
Réu preso.
É possível contestação genérica.
Há a figura da integração de capacidade.
Para o absolutamente incapaz, haverá a representação e para o relativamente incapaz haverá a assistência. Aplica-se ao processo civil as regras do direito civil.
Um acréscimo: uma outra forma de integração de capacidade se dá com o curador especial, que também é forma de integração de capacidade. Os casos estão no artigo 9º, do CPC. Ele prevê as seguintes hipóteses:
- Quando o incapaz não tiver representante legal ou os interesses do incapaz colidir com os interesses do representante legal.
- Réu preso;
- Réu revel citado por edital ou com hora certa. (normalmente só lembramos dessa última hipótese). Nesse caso, isso se aplica ao processo de execução? Mas na execução não tem revelia, mas tem algo semelhante, quando o executado não apresenta embargos no titulo extrajudicial, ou impugnação no título judicial. Nesse caso tem sim nomeação de curador. Isso é fruto do STJ, na sumula 196, STJ. Quem exerce essa função hoje basicamente é a defensoria pública, lei complementar n. 80/94, artigo 4º, VI.
Pessoas jurídicas
Pessoas jurídicas regularmente constituídas terão capacidade de ser parte e capacidade processual. Evidentemente deverão ser representadas. Pontes de Miranda fala presentação para isso. – A PJ se faz presente na pessoa física.
Com relação aos entes despersonalizados como fica a situação? Quanto a eles em regra não possuem capacidade de ser parte nem capacidade processual. Ex. Massa falida, espólio, Ministério dos transportes. Mas há exceções a essa regra, a lei pode atribuir capacidade de ser parte e capacidade processual. É como uma capacidade extraordinária. Ex. espólio a lei dá a ele a capacidade, ele não tem personalidade jurídica, mas tem personalidade judiciária, porque tem capacidade de ser parte e processual.
O STJ também tem conferido capacidade de ser parte e capacidade processual a determinados entes despersonalizados. Como tribunal de contas, assembléia legislativa, senado federal, para a defesa de suas prerrogativas, de sua autonomia, ou de suas funções institucionais. Mesmo a lei não atribuindo, desde que estejam defendendo sua instituição, em defesa das prerrogativas. Ex. Collor de Melo X Senado Federal. 
O que acontece se faltar capacidade, ou se houver irregularidade de representação?
R: depende de quem é a pessoa, se for o autor haverá a extinção do processo sem resolução do mérito. Se for o réu, haverá revelia. Se for terceiro será excluído do processo. Evidentemente tudo isso ocorrerá se concedido o prazo para sanar o vício e este não for corrigido.
3) CAPACIDADE POSTULATÓRIA
Há duas opiniões sobre capacidade postulatória:
a) Existe uma posição que diz que a capacidade postulatória pertence ao advogado, seria ele quem tem essa capacidade.
b) Há uma segunda posição que diz que essa capacidade é da parte quando representada por advogado. Ela não seria do advogado, mas da parte quando representada por advogado. O professor concorda com essa, quem está em juízo é a parte e não o advogado. 
- O MP tem capacidade e não precisa de advogado.
- Nos juizados especiais.
Se for juizado as causas até 20 SM, o que confirma que tem capacidade é a parte mesmo.
A prova da capacidade postulatória normalmente se dá por meio de procuração ou substabelecimento. 
Mas é possível postular sem procuração ou sem substabelecimento? Sim, se a parte afirmar urgência, pode por até 15 dias prorrogáveis por mais 15.
Lembrando que: no caso e advocacia pública os advogados não precisam de procuração, súmula 644, STF. 
Ver Sum 115 STF, na instância especial, em recursos especiais, extraordinários, o recurso sem procuração é tido por inexistente.
O ato praticado sem advogado:
- para o CPC -> ato inexistente
- para o Estatuto da OAB -> ato nulo.
O EOAB é lei posterior e especial, portanto prevalece.
Para o CPC é pressuposto de existência.
Já para o EOAB é pressuposto de validade.
A procuração pode ser verbal, exceto quanto aos poderes especiais,
Consequência da FALTA DA CAPACIDADE OU IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO
No processo civil, deve tentar sanar o vício, se não for sanado o vício, entra-se no art 13 do CPC. No PT não ocorre assim.
Art. 13. Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representação das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o defeito.
Não sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providência couber:
I - ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo; (extinção sem julgamento de mérito).
II - ao réu, reputar-se-á revel;
III - ao terceiro, será excluído do processo.
Alguns autores quem está a frente disto é Marinone, vem defendendo o seguinte:
- Que quandose trata de capacidade, representação isto é pressuposto processual que serve para própria parte, é para proteger a parte, porque a parte não tem conhecimento jurídico, pois vai garantir a isonomia das partes, paridade de armas, a falta dele não deve acarretar a extinção do processo, se o juiz decidir a favor da parte.
SUCESSÃO PROCESSUAL E SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL
O que?
Sucessão processual significa a substituição da parte em razão de uma modificação do titular do direito material afirmado em juízo. A troca da parte por uma mudança do direito material afirmado em juízo. Ex. a morte de uma das partes, se dá a sucessão processual, sai aquela que morreu e entra o sucessor. Ocorre uma troca, porque mudou o titular do direito material afirmado em juízo.
O sucessor processual age em nome próprio na defesa de interesse próprio, não há nada de interesse alheio ele agora é o novo titular do direito afirmado em juízo, do direito hipotético. 
Substituição processual alguém autorizado por lei, por força de lei atua como parte em nome próprio na defesa de direito, interesse alheio. Ex. o sindicato na defesa dos interesses da categoria, o sindicato não é o titular do direito afirmado, mas pode atuar na defesa de interesse alheio, porque a lei o legitimou.
A alienação de bem litigioso, ou cessão de credito litigioso
**Isso cai muito em provas.
Isso esta no artigo 42, do CPC. 
Art. 42. A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por ato entre vivos, não altera a legitimidade das partes.
§ 1o O adquirente ou o cessionário não poderá ingressar em juízo, substituindo o alienante, ou o cedente, sem que o consinta a parte contrária.
§ 2o O adquirente ou o cessionário poderá, no entanto, intervir no processo, assistindo o alienante ou o cedente.
§ 3o A sentença, proferida entre as partes originárias, estende os seus efeitos ao adquirente ou ao cessionário. (COISA JULGADA MATERIAL ALCANÇARÁ AQUELE QUE COMPROU O BEM OU O CRÉDITO)
Ex. “A” promove uma ação de cobrança em face de B, que ele diz ser o devedor. No curso do processo “a” cede o crédito a “c”(esse credito hipotético). A pergunta é: “a” pode sair do processo e entrar “c”? Pode apenas se B concordar. Ai “c” vem para o processo e “a” sai do processo. O cedente sai e o cessionário entra. Isso recebe o nome de sucessão processual, troca a parte, isso porque mudou o titular do direito material afirmado em juízo. É semelhante à hipótese da morte. E se “b” não concordar? O “a” vai ter que continuar no processo, mas ele não é mais titular do direito ele ficará como substituto processual, no lugar de “c”, ele estará agindo em nome próprio na defesa de interesse de “c”. Com um detalhe, mesmo que “a” não concorde, e B fique como defendendo os interesses de “c”, o “c” pode vir como assistente litisconsorcial de B. 
Então se B concordar, a continua no processo, porém haverá a substituição processual. E não a sucessão processual.
Ele “c” passa a ser alcançado pela coisa julgada, entrando ou não como assistente litisconsorcial. O substituído é alcançado pela coisa julgada. 
O STJ ENTENDE QUE na execução não há necessidade da concordância da parte contrária para que ocorra a sucessão processual. Pois na execução aplica-se o art 567, II, e não o art 42.
Isso tudo é valido no processo de conhecimento, no processo de execução não há necessidade de consentimento da parte contrária. Mesmo que a parte contrária não consinta pode ocorrer a sucessão processual. 
LITISCONSÓRCIO
Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;
III - entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;
IV - ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito. ((identidade parcial de causa de pedir ou de pedidos = proximidade da causa de pedir ou de pedidos, são próximos, mas não são integralmente iguais))
Parágrafo único. O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido de limitação interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão.
1- Conceito:
É uma pluralidade de pessoas atuando com parte no mesmo pólo da relação processual. É incorreto dizer pluralidade de partes, vez que partes são sempre só duas: autor e réu.
2 – espécies (tipos):
Há diversas classificações:
I – Ativo, passivo ou misto.
Ativo é mais de uma pessoa no pólo ativo, mais de um autor.
Passivo, mais de um réu, mais de uma pessoa no pólo passivo.
Misto são as duas coisas, mais de um autor e mais de um réu. 
II – Inicial ou ulterior
Inicial é aquele que se forma com a propositura da ação. Ex. eu tenho um credor e dois devedores solidários. D1 e D2. Vamos supor que o credor resolva propor a ação em face de ambos (litisconsórcio inicial). Mas imagine que o mesmo credor promova a ação em face de um só, esse devedor solidário vai poder fazer o chamamento ao processo, (artigo 77, CPC) ele vai formar um litisconsórcio, que será ulterior.
Ulterior: é aquele que se forma após a propositura da ação.
III – simples ou unitário 
Exemplo1: cada pessoa, que no mesmo acidente tiveram danos diferentes (perdeu um braço e perdeu um dedo, no ex.) pode ingressar com ação em litisconsórcio, mas os valores não terão que ser iguais para ambas. 
Exemplo2. Em uma anulação de casamento pela própria natureza da decisão o juiz tem decidir de forma igual para todos.
Simples, no litisconsórcio simples a decisão do juiz pode ser diferente para cada litisconsorte, é o caso do dedo e do braço. 
Unitário, no litisconsórcio unitário a decisão do juiz deve ser igual para todos os litisconsortes. Ex. quando o MP promove ação para anular o casamento a decisão tem que ser igual para ambos.
Se o litisconsórcio é simples. Cada litisconsorte tem uma lide diferente com relação à parte adversária. Mas quando é unitário, os litisconsortes tem uma única lide com relação à parte adversária. Por isso a decisão tem que ser igual, a mesma para todos eles. 
IV – Facultativo ou necessário
Facultativo é aquele cuja formação não é obrigatória. Ele esta previsto no artigo 46, CPC. Para se formar um litisconsórcio facultativo são fundamentais dois requisitos: tem que ter a vontade do autor. Ele se forma por vontade do autor. Pode ser por vontade do réu também, mas é mais difícil. E além disso devemos ter uma das situações do artigo 46 do CPC. Quais são essas situações?
a) comunhão de direitos ou de obrigações: O mesmo direito ou a mesma obrigação. Ex. credores solidários ou devedores solidários. Se não houver solidariedade, o litisconsórcio vai se tornar a princípio solidariedade.
b) identidade de fundamentação de fato ou de fundamentação de direito. Significa dizer uma identidade de causas de pedir, lembrando que essa identidade pode ser parcial (só de fato ou só de direito). Ex. caso do acidente da TAM, ali é a mesma fundamentação de fato, por isso as famílias poderiam formar um litisconsórcio.
c) conexão essa hipótese significa identidade de causas de pedir ou identidade de pedidos. E essa identidade pode ser parcial. O inciso II está contido no III. Na verdade o inciso I também está contido no III. Essa palavra conexão abrange um número muito grande de situações. 
d) afinidade de questões. O que significa isso? É o seguinte: significa uma proximidade entre as causas de pedir ou entre os pedidos. Há uma aproximação. Não há uma identidade propriamente dita, não são exatamente iguais, mas estão muito perto, são muito parecidos. Ex. A bate no carro de B e em seguida bateu no carro de C, nesse caso não se tem o mesmo fato, o mesmo acidente, mas são próximos, dois acidentes diferentes. Pode-se ter as mesmas testemunhas, aproveitar a prova, há afinidade de questões, por isso se permite a formaçãode um litisconsórcio. Na verdade se espremer o 46 só temos conexão ou afinidade de questões. 
Necessário, é aquele cuja formação é obrigatória por força da lei, sempre que a lei determinar.
Ex. Ação de usucapião de imóvel
Art. 47. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo.
Parágrafo único. O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo.
O litisconsórcio será necessário em duas ocasiões. Quando a lei determinar e quando for unitário, salvo exceções legais.
Salvo algumas exceções o litisconsórcio unitário é sempre necessário. A unitariedade traz a necessariedade.
Há casos de litisconsórcio unitário e facultativo ao mesmo tempo. Ex. três pessoas possuem a propriedade de um terreno, se tem a propriedade comum eles tem a co-propriedade ou condomínio. Esse é um condomínio indivisível em partes iguais. Esse tipo de condomínio é chamado de condomínio vertical e o de edifícios é chamado de horizontal (curiosamente). A explicação é que porque no condomínio de edifícios os apartamentos estão edificados horizontalmente, o condomínio de propriedade é porque sua propriedade vai do céu ao inferno. Três pessoas que são donas, X,Y,Z, mas a posse está com F, que é filho de um deles. Se eles precisam reivindicar o bem o litisconsórcio, ou o bem é deles ou não é deles, a decisão serve para todos igualmente. Os três teriam que discutir a posse. Mas o CC no 1314 diz que havendo um condomínio um condômino só poderá reivindicar a coisa no todo, reivindicá-la de terceiro. Isso significa que o condômino pode promover a ação sozinho, em nome próprio defendendo interesse de todos. Ele age em nome próprio na defesa de interesse próprio, e em nome próprio na defesa de interesse alheio. É um caso curioso de legitimidade ao mesmo tempo ordinária e extraordinária. Se ele pode promover a ação sozinho logo esse litisconsórcio é facultativo, mas é unitário porque a decisão será igual para todos. A coisa julgada atingirá a todos. 
Outro ex. é da ação popular a qual qualquer cidadão pode promover a ação popular. Ele é facultativo porque não há obrigatoriedade de todos os cidadãos promoverem essa ação, mas é unitário porque a decisão será para todos.
Outro: sócio de SA que promove ação para anular assembléia. Se dois sócios promoverem essa ação ou três, a decisão será igual para todos, não há obrigação de todos promoverem a ação, logo o litisconsórcio será facultativo e ao mesmo tempo unitário porque a decisão será igual para todos.
As exceções são:
Esses exemplos servem para tirar a idéia de todo litisconsórcio simples é facultativo, e todo unitário é necessário. Entre os litisconsórcios podem haver várias combinações:
Ele pode ser –
- simples e facultativo; ex. do acidente da TAM, a formação não é obrigatória, e as decisões serão diferentes para todos.
- simples e necessário; de usucapião de imóvel. É simples porque a decisão não será igual para todos, e necessário porque a lei exige que cite os confinantes.
- unitário e facultativo; caso dos condôminos, do artigo 1314, CC. Isso se dá também com os herdeiros. 
- unitário e necessário; que é mais comum. Ex. da ação do MP para anular o casamento, também ação Pauliana aquela ação de fraude contra credores. O credor promove a ação em face do devedor e do terceiro adquirente. O devedor alienante e o terceiro adquirente. Para o professor essa ação é para anular o negócio, alguns dizem que é para declarar, mas para o professor é para anular mesmo.
O artigo 47, CPC prevê o litisconsórcio, mas ele tem uma redação equivocada. Ele diz que há litisconsórcio necessário quando por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver que decidir a lide de modo uniforme para todas as partes (isso é errado, o juiz não decide igual para todo mundo, apenas para os litisconsortes. Outro erro ainda pior é a vírgula que está depois de jurídica acima, isso porque curiosamente o nosso CPC copia vários artigos da cidade do Estado do Vaticano, o qual tem sua origem no projeto de Carnelutti. 
Para terminar o litisconsórcio necessário:
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO PASSIVO
Nele o autor deve requerer a citação de todos os litisconsortes, caso não faça cabe ao juiz conceder um prazo ao autor. Para que requeira a citação sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito. O autor tem que requer a citação de todos os litisconsortes necessários. 
Questão: o juiz pode de ofício mandar citar o litisconsorte necessário? Não. Porque ele estaria violando o princípio da inércia. Se o autor não promoveu a ação em face daquela pessoa não pode o juiz fazer. 
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO ATIVO
Vamos imaginar que A e B celebram um contrato com C. se A quiser promover uma ação em face de C para anular o contrato. A e B formarão um litisconsórcio que será unitário e também necessário. Mas na realidade da vida se B disser que não quer promover a ação, o que se faz diante disso? 
Há fundamentalmente três posições a respeito disso:
I – diz que não há litisconsórcio necessário no pólo ativo. Se não existe isso A pode sozinho promover a ação. Essa é boa para o A, mas e como fica o artigo 47 do CPC? O que justifica essa primeira posição? – é o direito de ação, B não poderia impedir o direito de ação de A. esta posição joga o artigo 47 no lixo. 
II – diz que a ação será proposta apenas se todos os litisconsortes participarem. Ela respeita o artigo 47, mas por outro lado o direito de ação (da CF) vai para o espaço. 
III – a terceira intermediária. Aquele que quer promover a ação requer a citação do outro, dos demais, além de requerer a citação do réu. Se eles quiserem vir para o processo bem, se não quiserem problema deles, ele estará ciente do processo e teve oportunidade de ingressar. O próprio conceito de citação do CPC permite isso “é o ato pelo qual se chama o réu ou o interessado...”. Essa para o professor é a menos pior. Isso porque é assim no pólo passivo, aplica a mesma regra. Se não ingressar o processo continua e ele será atingido pela coisa julgada, vez que litisconsórcio necessário. Não há como repartir.
Mas e se ele quiser ingressar no pólo passivo? Pode?
 Alguns entendem que sim, se ele quiser, traidor, pode ir para o pólo passivo, nada impede. Arruda Alvim defende a citação dos litisconsortes.
LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO
Essa expressão se deve à Dinamarco.
Significa o seguinte: no litisconsórcio facultativo o número excessivo de litigantes compromete a rápida solução do litígio ou dificulta a defesa. Nesse caso, o juiz a requerimento ou de ofício pode limitar o numero de litisconsortes. O pedido de limitação interrompe o prazo da resposta do réu, Que recomeça com a intimação da decisão, qualquer que seja o resultado, acolhendo ou rejeitando. 
Às vezes o litisconsórcio facultativo tem um número excessivo de litisconsortes, muitos litigantes e isso, muitas vezes, acaba atrapalhando, pode retardar o andamento do processo, ou aí aquilo que seria uma vantagem, acaba dando problemas. 
Após interrompido o prazo da resposta volta a correr por inteiro. 
Esse litisconsórcio multitudinário está no 46, §único do CPC.
3 – REGIMES QUANTO AOS LITISCONSORTES
Há dois regimes quanto aos litisconsortes:
I – simples ou comum;
II – regime unitário ou especial;
Quer dizer que existe um regime que é do litisconsórcio simples e outro do especial.
I – simples ou comum: os atos praticados por um litisconsorte não produzem efeitos quanto aos demais litisconsortes. Só produzem efeitos para quem o praticou. 
Explicação: o litisconsórcio simples sendo aquele que permita decisões diferentes, se o litisconsorte praticar atos benéficos ou maléficos, só vai beneficiar ou prejudicar aquele que o praticou. Se tivermos 5 litisconsortes: MImi, Cocó, Tiziue Lambari. Um deles: Mimi reconhece a procedência do pedido. Pergunta se só um reconheceu a procedência do pedido produz efeitos para todos? Não, só para aquele que praticou o ato. Nesse caso é um ato benéfico. Outro ex. se o único que recorreu foi Mimi, sendo o litisconsórcio simples, e só ele recorreu, com relação ao valor da condenação, discutindo esse aspecto, esse recurso só vai beneficiar ele próprio. Um ato não vai beneficiar nem prejudicar outro. Só produz efeitos para quem o praticou.
II – Litisconsórcio unitário ou especial funciona assim: os atos benéficos praticados por um litisconsorte produzem efeitos para todos os litisconsortes, mas os atos maléficos praticados por um litisconsorte não produzem efeitos nem mesmo para quem os praticou (são válidos, porém ineficazes, são válidos, mas não produzem efeitos). Isso porque o benéfico tem que beneficiar a todos porque a decisão tem que ser igual para todos, assim o ato benéfico tem que beneficiar a todos. Ex. o recursos é um ato benéfico, tem que beneficiar a todos, o recurso de um tem que beneficiar a todos. O ato maléfico não vai produzir efeitos, nem para quem o praticou isso porque se prejudicasse a quem praticou a decisão seria diferente, e isso não é possível porque a decisão tem que ser igual. Também não pode prejudicar aos outros, porque um não pode dispor dos direitos dos demais, e isso também não é possível. 
É um risco na água, não produz efeitos. 
Dois artigos a mencionar: o artigo 509, caput diz:
 Art. 509. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
Art. 320. A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente:
I - se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
O artigo 320, I, a revelia não induz o efeito do artigo antecedente (confissão ficta, ou presunção de veracidade), se havendo pluralidade de réus algum deles contestar a ação. Não precisa que todos contestem, basta apenas um deles, todos estão livres da confissão ficta. 
Eles dois são apenas do unitário ou são do simples e do unitário. 
A doutrina majoritária entende que esses artigos só se aplicam ao litisconsórcio unitário. Doutrina e jurisprudência majoritárias dizem que essas disposições só se aplicam ao litisconsórcio unitário, não se aplica ao simples. Na prova dizer isso, pode até citar que minoritariamente há quem pensa que pode ser aplicado ao litisconsórcio simples se o interesse defendido no recurso ou na contestação for comum a todos os litisconsortes, se for o mesmo interesse, aplica. Ex. que não há interesse comum, e não se aplica, se o recurso discute o valor da condenação para o litisconsorte. Isso seria interesse dele somente, e não problema dos outros. Quando por ex. os recursos discutem a nulidade da sentença que condenou todos os réus, ai o interesse é comum, vez que essa nulidade vai aproveitar a todos, vai anular para todo mundo. (uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa – isso é uma tautologia).
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Há basicamente 5 tipos de intervenção de terceiros:
Assistência, oposição, nomeação a autoria, chamamento ao processo, e a denunciação da lide. Existem algumas figuras que alguns consideram intervenção de terceiros, como amicus curiae, etc.
I – Assistência 
Há duas figuras de assistência, a simples e a litisconsorcial.
a) assistência simples: ex clássico. Tenho um locador, um locatário e um sublocatário.
Se o locador promover uma ação de despejo em face do locatário. A pergunta é: se ele promove ação de despejo em face do locatário quem vai sentir na verdade os efeitos será o sublocatário. Os efeitos reflexos da sentença atingem o sublocatário. Ele tem o interesse jurídico na vitória do locatário. Porque se acabar a locação por decorrência lógica, por conseqüência acaba a sublocação, por isso ele vai poder ingressar no processo como assistente simples do locatário. Exatamente para evitar esse efeito reflexo. Não há uma relação jurídica entre o locador e o sublocatário que vai ser atingida pela sentença.
Quando se dá a assistência simples:
Requisitos da assistência simples:
Lide pendente. É preciso que exista uma lide pendente, ela (lide pendente) para o autor se dá com a propositura da ação, artigo 263, CPC. Para o réu se dá com a citação válida, artigo 219, CPC. Se quiser ingressar como assistente simples do réu ...
Que se tenha uma lide alheia. A lide não pode dizer respeito ao terceiro, ao assistente. Se dissesse respeito a ele, ele já seria réu. O Terceiro não é parte, ele é sujeito do processo, assim como o juiz.
Tem que ter interesse jurídico. Isso é a possibilidade de a sentença atingir reflexamente a relação jurídica entre o assistente e o assistido. A sentença não vai atingir diretamente a relação entre o assistente e o assistido. Aí se tem o interesse jurídico.
Obs: o interesse jurídico não pode ser apenas de fato, econômico ou moral. Tem que ser jurídico,não basta apenas o interesse econômico ou moral.
Outra obs.: Os Tribunais superiores tem considerado como jurídico interesse do sindicato ou de uma associação na formação de precedentes jurisprudenciais em benefício de seus filiados ou associados. Exemplo: Alguém promove uma ação em face de um banco, e isso pode criar um precedente para outras ações. Ai o sindicato poderia ingressar com assistência para tentar criar uma jurisprudência favorável aos bancos. Algumas decisões entendem como jurídico o interesse de sindicatos ou associação na formação de precedentes em favor de seus filiados ou associados. Alguns julgados dizem que isso é interesse jurídico, isso mostra a tendência brasileira aos precedentes. Assim como a sumula vinculante, a súmula impeditiva de recursos, a repercussão geral o recurso repetitivo, a objetivação do recurso extraordinário, a possibilidade de se julgar monocraticamente um recurso por haver jurisprudência dominante. Isso é uma grande tendência em nosso direito. O juiz tem liberdade plena quanto a matéria de fato, quanto a matéria de direito ele tem que dizer o que os tribunais superiores dizem.
Se tiver tudo isso pode ingressar como assistente simples. O assistente simples atua como um auxiliar da parte. É um sujeito do processo. Mas não é parte. Pode praticar quaisquer atos benéficos à parte, como recorrer, mas não pode praticar atos prejudiciais, nem atos de disposição, como transigir. É um auxiliar, um acólito. Lembrando que o assistido pode praticar o ato que ele quiser, desistir, fazer o que quiser. 
b) assistência litisconsorcial: ex. se três pessoas são proprietárias de um terreno, X, Y, Z. ocorre que esse terreno esta em poder de F, filho de um deles. Se eles quiserem formar um litisconsórcio para reivindicar o terreno será um litisconsórcio facultativo unitário. Mas pode também um só promover a ação, em nome próprio em defesa de todos. Onde entra a assistência litisconsorcial? Se apenas um deles promover a ação, pode os outros dois ingressar depois nesse processo? Sim, podem. Mesmo que não tenham iniciado no processo poderão ingressar como assistentes litisconsorciais. O que é isso? No fundo é um litisconsorte. 
É fundamentalmente um litisconsorte unitário facultativo ulterior. Formado após a propositura da ação. O próprio CPC diz que o assistente litisconsorcial é no fundo um litisconsorte, que se formou depois.
Requisitos:
Lide pendente. Para o autor com a propositura da ação, para o réu com a citação válida.
Lide própria. A lide diz respeito ao assistente, por isso ele é parte (litisconsorte), não é lide alheia. Tenho de um lado X, Y, Z, e F está de outro. Não é um terceiro interessado.
Interesse jurídico. Mas aqui é um pouco diferente, ele significa que a sentença atingirá diretamente (não é reflexamente) a relação jurídica entre o assistente e o adversário do assistido (e o assistente). O adversário do assistido é o mesmo do assistente. O CPC explica esse instituto no artigo 54, CPC. Ele é meio confuso. O adversário do assistido é o mesmo do assistente. Há uma relação entreeles. 
Art. 54. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente, toda vez que a sentença houver de influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
							(Assistente)
Assistente
			X
Assistido 			Adversário dele
Na assistência litisconsorcial o assistente é parte litisconsorte, e o regime aplicado é o do litisconsórcio unitário. Ato benéfico beneficia todos, ato maléfico não prejudica ninguém. 
Última obs que vale para as duas assistências:
O assistente simples ou litisconsorcial pode ingressar em qualquer fase do processo, mas recebe o processo no estado em que ele se encontra. Ou seja, significa que tudo que precluiu para o assistido, também precluiu para o assistente, o que o assistido não pode falar, o assistente também não pode mais falar. 
Último mesmo: pode cair numa prova. 
O assistente é um sujeito do processo, mas não é parte.
O assistente é auxiliar da parte, e não pode praticar atos de disposição da parte.
O assistente litisconsorcial é parte, mas um litisconsorte e o regime aplicado a ele é o do litisconsórcio unitário (ato benéfico a todos, mas o maléfico não prejudica ninguém).
O assistente litisconsorcial é alcançado pela coisa julgada material. Vale dizer pela imutabilidade do dispositivo da sentença. 
O assistente litisconsorcial é parte.
Art 801 a 875 CC.
Na assistência simples se ao assistido (réu) for revel o assistente atuará como gestor de negócios, conforme determinação do art 801 a 875 CC.
Na assistência listisconsorcial se ao assistido for revel o assistente atuará como substituto processual
O assistente simples será alcançado pela justiça da decisão (imutabilidade da fundamentação da sentença) exceto nos casos dos incisos do art 55 do CPC. Ele não é alcançado pela coisa julgada, não é o dispositivo que fica imutável para ele, mas a fundamentação. Ex. se a fundamentação da ação de despejo se fundamentasse em danos no imóvel, essa fundamentação poderia vincular o sublocatário. Essa “justiça da decisão” nada tem a ver com decisão justa, mas sim com a fundamentação da decisão, a qual fica imutável para ele. 
O assistente litisconsorcial é alcançado pela coisa julgada material (imutabilidade do dispositivo da sentença.
Art 472 
Art. 472. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando terceiros. Nas causas relativas ao estado de pessoa, se houverem sido citados no processo, em litisconsórcio necessário, todos os interessados, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros.
O assistente litisconsorcial é parte = por isto a coisa julgada o atinge.
Na assistência simples o assistente não é parte = por isto a coisa julgada não o atinge.
O que o atinge é simplesmente a fundamentação, que, aliás, nunca faz coisa julgada para as partes, mas tão somente ao assistente.
OPOSIÇÃO
Chamada de ad excludente = é para excluir o autor e o réu.
Ela é assim: “A” promove uma ação em face de B. eles disputam um bem ou um direito. Aí aparece C e diz: esse bem nem é de A nem é de B, mas sim é dele C, e promove uma oposição em face de A e de B. Essa oposição na verdade é uma ação de C em face de A e de B, de forma que se passa a ter em um único processo duas ações (que é o que acontece também com a reconvenção). Na ação principal A e B são adversários. Na oposição eles são litisconsortes. Vantagens: 1ª o tempo, C poderia esperar o resultado desse processo, e depois entrar com ação em face do ganhador. Também pela coisa julgada (faz coisa julgada entre A, B e C, ou seja, todo mundo é alcançado pela coisa julgada. Se o C aguardar e promover a ação em face de B, e vem A e fala que o bem é dele. Na oposição não permite discussão posterior.
Litisconsórcio é simples e necessário:
Oposição é a ação proposta por terceiro que se julga titular de bem ou direito disputado em juízo. Isso é oposição.
Obs: Oposição oferecida antes do início da audiência de instrução e julgamento: será chamada de intervenção interventiva, correrá paralelamente a ação principal, será apensada aos autos principais e julgada pela mesma sentença que decidir a ação principal. Primeiro é julgada a oposição depois a ação principal. Primeiro tem que ver de quem é a coisa. 
Oposição oferecida depois do inicio da audiência de instrução e julgamento: Será chamada de oposição autônoma correrá separadamente. Mas o juiz poderá suspender o processo principal por até 90 dias para julgar conjuntamente a oposição e a ação principal. 
Pergunta final sobre oposição: na oposição os réus são litisconsortes simples ou unitários?
R: Simples!! É litisconsórcio simples e necessário. Como oposição tem que ser em face dos dois. Mas é simples porque a decisão pode ser diferente para ambos. Artigo 58, CPC. 
C. 
Art. 58. Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o opoente.
Nomeação a autoria:
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
O detentor não pode defender o bem em juízo, ele será parte ilegítima. Exemplo: o caseiro.
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
O possuidor era chamado antigamente de fâmulo da posse. Exemplo: locador. 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa.
B nomeia a autoria ao C que é proprietário ou possuidor e sai do processo, Esta substituição chama extromissão- dependerá de 2aceitação
A pensa que B é o proprietário ou possuidor
“A” promove ação em face de B (B é o detentor)
Ocorre aqui a ilegitimidade para a causa.
NOMEAÇÃO A AUTORIA
É uma forma de se corrigir que ocorre quando o mero detentor é demandado como se fosse proprietário ou possuidor
Para isso teremos que recorrer ao CC. Porque para entender a nomeação temos que entender a diferença entre três figuras: o mero detentor (1198, CC), o possuidor (1196, CC) e o proprietário (1228, CC).
O mero detentor tem relação de dependência. Posse em nome deste, a posse é em nome de outro. Cumprimento de ordens ou instruções, ele cumpre ordens ou instruções. Ex. clássico: o caseiro do sitio, o manobrista do carro. Detalhe importante: ele não possui legitimidade para defender a posse em juízo. Não se reconhecerá sua legitimidade. Pode até defender a posse num plano extrajudicial (invasões por ex.).
O possuidor esta no artigo 1196, é todo aquele que tem de fato o exercício pleno ou não de alguns dos poderes da propriedade. Ex. o locatário. 
Propriedade (1228). O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. Esse detenha para o professor esta incorreto, deve ser desconsiderado, porque o detentor não pode defender em juízo.
- Deve haver dupla concordância, o autor e o próprio nomeado.
A nomeação a autoria:
“A” promove uma ação em face de B que é um mero detentor, pensado que B é proprietário ou possuidor. Uma ação possessória, reivindicatória, etc. o que vai ocorrer é uma ilegitimidade para a causa. Se não existisse a nomeação a autoria haveria a extinção do processo sem resolução do mérito. Mas como existe, B vai nomear a autoria C que é proprietário ou possuidor. C vem para o processo e B sai do processo, ocorre uma troca. Essa troca vai corrigir a ilegitimidade, mas é importante dizer que ela depende de uma dupla aceitação. É preciso que o nomeado que é o C e o autor que é “A”, aceitem. Se não aceitarem não há essa troca e o processo vai ser extinto por ilegitimidade. Dá um prazo para eles se manifestarem se não cumpriu presume-se a aceitação. 
Outra coisa que é importante deixar claro. Se B não nomear a autoria, ou se nomear a pessoa errada. Aí ele será condenado em perdas e danos,isso para evitar conluios entre B e C., mas essa é uma responsabilidade subjetiva depende de dolo ou culpa. Por isso se diz que a nomeação é obrigatória. O professor não concorda com essa expressão, vez que ele pode não nomear e responder por perdas e danos. Mas em provas dizer que é obrigatória. 
Conceito: Nomeação a autoria é uma forma de se corrigir uma ilegitimidade para a causa que ocorre quando o mero detentor é demandado como se fosse proprietário ou possuidor.
NO novo CPC: Se p réu for parte ilegítima o juiz ouve o autor indagando sobre o desejo de substituir o pólo passivo.
Outro caso, previsto no art 63 CPC
Art. 63. Aplica-se também o disposto no artigo antecedente (nomeação à autoria) à ação de indenização, intentada pelo proprietário ou pelo titular de um direito sobre a coisa, toda vez que o responsável pelos prejuízos alegar que praticou o ato por ordem, ou em cumprimento de instruções de terceiro.
Mais uma coisa: para fechar a nomeação tem uma situação um pouco diferente, é uma espécie que alguns dizem que é nomeação outros dizem que é chamamento ao processo. Mas está no CPC como nomeação. 
A figura é: “A” é titular de um direito sobre uma coisa. Ex. A é proprietário. Aí esse A promove uma ação de indenização em face de B. poderia ser uma reparação de danos. Mas B praticou esse ato cumprindo ordens de C. o CPC diz que B nomeia a autoria C que é quem ordenou. Neste caso B e C ficaram no processo. Para o professor nomeação à autoria só no nome, pois ambos ficaram no Artigo 63, CPC. 
Qual o problema desse artigo?/
É que, na maioria das vezes, os dois respondem pelo ato: quem praticou e quem ordenou.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
Artigo 942, p único, CC.
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932.
Artigo 1178, cc.
Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.
Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor
O CC prevê situações em que ambos respondem.
Se os dois respondem não adianta a Nomeação à autoria. Não há troca.
Se os dois vão ficar está mais próximo ao chamamento ao processo, ou mesmo do litisconsórcio ulterior. 
Agora a Nomeação à autoria não é.
Ta na lei mas ninguém acredita.
Tem autor que diz que esse caso se trata de nomeação anômala. 
CHAMAMENTO AO PROCESSO (foi eu e vc Tb foi)
Conceito: É uma forma de facilitar a cobrança de uma dívida por meio de litisconsórcio ulterior entre devedores solidários fiador X devedor ou fiadores.
É intervenção de solidariedade, permite que o réu possa trazer ao processo os demais coobrigados que contraíram a obrigação, mas não foram demandados. 
Hipóteses de chamamento:
Art. 77. É admissível o chamamento ao processo: 
I - do devedor, na ação em que o fiador for réu; 
II - dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles; 
III - de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum. 
Devedor chama devedor, inciso III, vários devedores contraíram uma dívida, e somente um foi demandado, o único demandado pode e deve chamar os outros devedores. Um fiador traz outros fiadores.
Fiador quando demandado chama o devedor. Devedor não pode trazer fiador ao processo, porque a lei não autoriza esta situação.
E o benefício de ordem:
Se aplica somente ao fiador, o fiador não é o devedor principal. O fiador é a garantia do direito, para eu credor demandar contra o devedor. O benefício de ordem refere-se somente a fase de execução, ou seja primeiro busca-se bens do devedor, somente depois busca-se os bens do fiador.
Assistência petição simples, facultativa a qualquer momento
Nomeação petição simples, prazo da defesa é obrigatório.
Denunciação da lide é obrigatória somente no caso da evicção. Prazo: Se a Denunciação é feita pelo autor, esta deve ser na petição inicial.
Caso o Réu denuncie a lide será no prazo de defesa
Chamamento ao processo é feito na defesa e é facultativo.
DENUNCIAÇÃO:
I) Evicção
II) posse
III) Direito de regresso.
Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória:
I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção Ihe resulta;(há divergências se é ou não obrigatória)
II - ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada; (Não é obrigatória)
III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda. (Não é obrigatória)
Artigo 70, I, CPC. 
I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção Ihe resulta;
A aliena um bem a B e C promove uma ação reivindicatória em face de B. diz que o bem que B comprou já era de C antes de ter sido adquirido. B pode perder o bem para C. essa perda do bem por meio de sentença, é chamada de evicção. 
B vai ficar sem o dinheiro que pagou para A, e sem o bem, que foi perdido. Isso tem que dar algum direito a ele, o direito de ser indenizado pelo alienante, por A. 
Como ele faz para isso? Quando ele for demandado por C, o B, o adquirente, denuncia a lide à A, o alienante, que vem ao processo e fica ao lado de A. se B perder o bem para C, na mesma sentença o juiz condena o alienante a indenizar B. o problema é se ele não tiver mais bens.
É como se tivessem duas lides: uma ação de C X B, e outra de B X A.
Se o adquirente após a compra da o imóvel for ser imitido na posse e verifica que o imóvel está sendo ocupado. E juíza ação em face de C (que está na posse do imóvel), mas o adquirente (autor da demanda) denuncia à lide ao alienante do imóvel para garantir o seu direito de regresso.
Só uma coisa no inciso I: poderia ser uma denunciação da lide feita pelo autor? Sim, poderia, em vez de ser pelo réu, seria pelo autor.
II - ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada;
No inciso II: para entendermos esse inciso temos que recorrer ao CC. Sobre desmembramento da posse em direta e indireta, artigo 1197, do CC, o direito civil é uma disciplina auxiliar do processo civil. 
Muitas vezes ocorre o desmembramento da posse em direta e indireta. Na locação temos um desmembramento da posse, o locador é chamado de possuidor indireto, e o locatário, que recebe a posse é possuidor direto. Que tem a coisa na mão, mesmo, posse direta, e quem entregou é o indireto. Assim também acontece no penhor, no comodato, no usufruto, arrendamento e em varias outras situações de direito pessoal ou real.
Normalmente o indireto é o proprietário. E a visão durante anos foi de proteger o proprietário de alguma forma. E foi chamado de possuidor indireto para dar a ele o direito às ações possessórias, por isso criaram essa ficção legal, de chamar de possuidor indireto. 
A locador--------------------------------B, locatário 
Possuidor indireto possuidor direto
Aí, Cpromove uma ação de reintegração de posse em face de B, do locatário, do possuidor direto. A discussão agora não é sobre propriedade, mas sim sobre posse. Quem prometeu ao locatário de dar uma posse mansa, tranqüila, por isso ele denuncia a lide à A, que vem para o processo e fica ao lado de B. porque se B perder a posse para C, na mesma sentença o juiz condena o proprietário, o possuidor indireto, a indenizar a B. 
No inciso III: esse é o mais simples de todos eles, é sobre direito de regresso. Ai percebemos que se o I e o II, não existissem não faria muita diferença. III – àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda. A rigor englobaria os dois primeiros.
Uma situação especifica do inciso III, por ex. seria no caso de um acidente de trânsito, em uma ação de reparação de danos por acidente de veículos em face de B, acontece que B tem contrato com a Porto Inseguro, seguradora de veículos. Quando B é demandado ele denuncia a lide à seguradora, a qual vem ao processo e fica ao lado de A, vez que se por acaso B tiver que pagar, a seguradora que vai cobrir. Mas aqui tem uma coisa interessante, que terá que pagar não tem duvidas, mas aquele que estiver obrigado pela lei ou pelo contrato, a indenizar, se tiver que indenizar aqui como é por contrato, ela paga no limite da apólice de seguros. 
Há quem entenda que o A, que é a vitima, possa demandar diretamente o segurado e a seguradora, ou seja, formar um litisconsórcio. Há também quem entenda que a vitima pode demandar, querendo somente a segurador, vai direto a quem paga. Existe inclusive alguns julgados admitindo isso. 
Isso tudo depende também de uma analise do que é seguro no CC. Essa disciplina está em dois artigos: o 787, e 788. o 787 trata de seguro contratado, e o 788, é sobre seguro obrigatório. No 787, não fala que a seguradora PAGA terceiro, mas sim que GARANTE o pagamento. Já no 788, é bastante claro, prevê que paga diretamente ao terceiro, à vitima. No contratado teria que demandar ao segurado, e não diretamente ao segurador, mas há decisões permitindo. 
Outra situação do artigo 70, III, está na CF no artigo 37, §6º, o qual diz assim: que se for demandada a Fazenda Pública, se você sofrer um dano e demandar a fazenda pública, se promoveu uma ação em face dela, ela a possibilidade de regressivamente cobrar regressivamente do servido, em casos de dolo ou culpa. Isso seria enquadrado no inciso III, do 70. mas esse caso gera também algumas divergências, como no caso de a responsabilidade do poder publico ser objetiva. O servidor tem responsabilidade subjetiva. Em razão disso, há quem entenda que a denunciação não possa ser utilizada nesse caso, em razão dessa diferença de responsabilidades. Vez que na ação principal tem que se analisar culpa ou dolo, e não é porque o réu (Fazenda) foi condenado, que o funcionário será condenado, porque terá que ser analisada a culpa ou dolo também do funcionário. A posição mais recente do STJ é a seguinte: é possível denunciar, mas a denunciação não é obrigatória. Não é inviável denunciar, pode ocorrer, mas não é obrigada. 
Pergunta para fechar denunciação da lide: 
A denunciação da lide realmente é obrigatória? O artigo 70, capu (cabeça), diz que é obrigatória. mas será que é mesmo obrigatória? Isso que dizer, ou denuncia ou perde o direito de regresso depois, é isso mesmo? Apesar de o artigo dizer isso, é majoritário o entendimento de que mesmo se não denunciar, após pode promover uma ação regressiva. É claro que denunciando seria mais rápido, mas não tem que necessariamente denunciar. Mas existe uma duvida a respeito da hipótese do inciso, existe aí uma divergência. É o caso da evicção, a dúvida aqui não esta no processo civil, mas sim no direito civil, no artigo 456, CC, o qual diz que para poder exercitar do direito que da evicção lhe resulta o adquirente notificara do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo. Isso se chama de denunciação da lide per saltum, pula o alienante que vendeu e vai direito ao qual quiser. Mas o que é: notificar do litígio na forma da lei processual? É uma obrigação de denunciar a lide, assim para alguns autores o 456 exige a denunciação da lide sob penas e não poder ingressar com ação de regresso após. Argumentos para que ela não seja obrigatória: o direito de ação que todos possuem, o segundo argumento é que o artigo 456 é uma copia do CC/16 e nele já se exigia a notificação do litígio, mas quando isso surgiu no CC de 16 e quando isso foi criado em 16 não existia ainda a denunciação da lide, assim como se poderia dizer que isso é denunciação da lide?
Só mais uma ultima coisa, uma pergunta para pensar: na ação principal o denunciado e o denunciante são litisconsortes ou o denunciado é um assistente do denunciante? 
A denunciação da lide é uma ação, é também uma intervenção de terceiros, mas é uma ação. Se fizer uma ultra sonografia da ação, veremos duas ações, gêmeas bivitelinas. 
Só mais uma coisa para fecharmos a intervenção de terceiros:
RECURSO DE TERCEIRO PREJUDICADO.
O CPC confere legitimidade recursal a parte vencida, ao MP e ao terceiro prejudicado. Essas são expressões que dizem muito mais respeito 
Quem é esse terceiro prejudicado? É normalmente aquele que atua ou que pode atuar no processo como assistente simples. Esse que atua assim, ele pode recorrer. A regra é que terceiro prejudicado é um assistente simples. Mas nem sempre, como no caso do litisconsorte necessário que não foi citado, se ele não foi citado ele não é parte. Mas ele pode recorrer contra a sentença, e esse recurso que ele interpõe é justamente o recurso do terceiro prejudicado.
Alguns casos que alguns consideram também como recurso de terceiro prejudicado, o perito quanto aos honorários, o advogado contra os honorários, e o próprio juiz quanto ao impedimento e a suspeição. Não são partes do processo, são partes de um incidente. 
INTERVENÇÃO ANÔMALA Art 5°p.u.
É uma intervenção que não depende do interesse jurídico, mas somente econômico.
Ocorre quando a pessoa jurídica de direito público ingressa na relação processual.
Equipara-se a assistência simples. 
Desloca-se a competência para a Justiça Federal?
R: se tiver interesse jurídico, se somente econômico não.
AMICUS CURIE
 Previsto em várias leis: CVM, ADIN, ADECON, ADPF...
Há divergência a respeito da sua natureza: uns entendem que é assistência simples, e outros que são auxiliares do juízo, contribui para o aprimoramento da justiça.
Não possui legitimidade recursal, por isto não é parte.
Prevalece o entendimento que são auxiliares do juízo.