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ARTIGO EFEITO DA APLICAÇÃODO TENS E ULTRASSOM TERAPÊUTICO SOBRE A FUNÇÃO DE PACIENTES COM OSTEOARTROSE DE JOELHO ESTUDO DUPLO CEGO E RANDOMIZADO

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1 
 
 
EFEITO DA APLICAÇÃODO TENS E ULTRASSOM TERAPÊUTICO SOBRE A 
FUNÇÃO DE PACIENTES COM OSTEOARTROSE DE JOELHO: ESTUDO 
RANDOMIZADO E DUPLO CEGO 
 
EFFECT OF TENS APPLICATION AND THERAPEUTIC ULTRASOUND ON THE 
FUNCTION OF PATIENTS WITH KNEAD OSTEOARTRASIS: BLIND AND 
RANDOMIZED STUDY 
 
Autores – Graduando – Centro Universitário Católico Unisalesiano Auxilium 
Mônika Santana Carderari – monik_santanac@hotmail.com 
Tais Nayara de Andrade Pereira – tahnayara@hotmail.com 
 
Prof. Orientador – Centro Universitário Católico Unisalesiano Auxilium Lins 
Marco Aurélio Gabanela Schiavon - gabanela@hotmail.com 
 
 
RESUMO 
 
A osteoartrose é caracterizada como uma patologia crônico-degenerativa na 
articulação do joelho, que gera dor, rigidez articular e perda da função, e, 
consequentemente, reduz a qualidade de vida. A eletroterapia atua na osteoartrose 
com o objetivo de redução do processo inflamatório e da dor, gerados pelo desgaste 
articular, que promove atrito durante a mobilidade. O trabalho tem por objetivo 
analisar os resultados das avaliações da função e dor após intervenções, com 
recurso da eletroterapia, em indivíduos com osteoartrose de joelho. O método 
utilizado trata-se de uma pesquisa do tipo experimental, com uma abordagem 
quantitativa, em cuja pesquisa de campo foram recrutados 10 pacientes de ambos 
os sexos, com diagnóstico de osteoartrose de joelho, com classificação de 2 e 3 na 
escala de kellgram – Lawrence, sendo distribuídos em dois grupos (TENS e US), 
com um período de 10 sessões de fisioterapia. Antes e após as intervenções, 
aplicou-se o questionário Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis 
Index – WOMAC, sendo avaliados os parâmetros de dor, rigidez e funcionalidade. 
As intervenções fisioterapêuticas foram realizadas na clínica de fisioterapia do 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – Centro de Reabilitação Física 
Dom Bosco, na cidade de Lins, SP. Os resultados demonstraram melhora na dor, 
rigidez articular e função durante as atividades diárias, notando-se diferença na 
média e desvio - padrão de ambos os grupos. Apenas o quesito de rigidez articular 
obteve um valor significativamente relevante, porém os demais apresentaram 
 
 
2 
 
valores satisfatórios, utilizando-se o Teste T para verificar a significância da 
pesquisa. Conclui-se que ambas as intervenções apresentaram melhora, quando 
comparadas no pré e pós, mediante a avaliação do WOMAC. 
 
Palavras-chave: Osteoartrose. Qualidade de vida. Eletroterapia. 
 
ABSTRACT 
 
The osteoarthritis is characterized as a pathology chronic-degenerative in the 
joint of knee, wich causes pain, joint stiffness and loss of function, and, consequently, 
reduct the life quality. The electrotherapy acts on osteoarthritis with objective of 
reduct the inflammatory process and of pain, generated by joint wear, that promotes 
friction while the mobility. This work has as objective analise the results of evaluation 
of function and pain after interventions, with resource of electrotherapy, in people 
with osteoarthritis of knees. The utilized method is a experimental type research, with 
a quantitative approach, whose the field search were recruited 10 patients of both 
sex, with diagnostic of osteoarthritis of knees, with classification of 2 to 3 in kellgram 
scale - Lawrence, being distributed in two groups (TENS and US), with a period of 10 
sessions of physiotherapy. Before and After the interventions, was applied the 
questionnaire Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index - 
WOMAC, being evaluated the parameters of pain, stiffness and functionality. The 
physiotherapy interventions was performed on the physiotherapy clinic of Centro 
Universitário Católico Salesiano Auxilium – Centro de Reabilitação Física Dom 
Bosco, in Lins, SP. The results prove decrease in pain and improvement on joint 
stiffness and function during the daily activities, noticing difference in average and 
deviation - pattern of both groups. Only the question of joint stiffness got a value 
significantly relevant, but the others presented values satisfactory, using the T Test to 
verify the meaningfulness of the research. It is concluded that both interventions 
present improvement, where compared in the before and after, through the 
evaluations of WOMAC. 
 
Keywords: Osteoarthritis. Quality of life. Electrotherapy. 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Diante ao aumento de diagnósticos de casos de osteoartrose de joelho, surge 
a necessidade de analisar e comparar as melhores intervenções eletroterapêuticas 
para a redução dos sinais e sintomas da patologia. 
O presente estudo busca analisar os resultados pós-intervenções com 
recursos da eletroterapia, em indivíduos com diagnóstico de osteoartrose de joelho, 
de ambos os gêneros com idade entre 57- 81 anos. 
Segundo Brandão et al. (2005), dentro da eletroterapia, os principais efeitos 
fisiológicos atuam significativamente na modulação da intensidade da dor, através 
do sistema neuro-músculo-esquelético. 
Desde a década de 1967, a estimulação elétrica transcutânea (TENS) vem se 
mostrando como um recurso muito utilizado na eletroterapia para a redução da dor 
na osteoartrose, não havendo uma modulação definida para o tratamento 
(MELZACK; WALL, 1965). 
Devido às propriedades físicas do ultrassom terapêutico, surge o efeito 
térmico, que atua na diminuição do processo inflamatório. (DIONÍSIO; 
VOLPON,1999). O ultrassom terapêutico é considerado uma referência para o 
tratamento da dor e perda da função devido à osteoartrose. (CARLOS; BELLI; 
ALFREDO, 2012) 
Na realização desta pesquisa, houve uma pergunta problema: Os recursos 
eletroterapêuticos (TENS e US) melhoram a condição clínica (função e dor) dos 
pacientes com osteoartrose de joelho? 
Baseado na pergunta problema, Morgan (2010) relata em seu estudo o uso 
da corrente TENS, em um período de 10 sessões, com duração de 30 minutos, 
utilizando uma modulação de baixa frequência, com parâmetros de 80 Hz, duração 
do pulso de 140 µs. Na prática optou-se pela colocação de eletrodos em quatro 
pontos, correlacionando com a inervação do joelho; obtendo resultados no alívio da 
dor e melhora da funcionalidade do joelho. Hipótese que poderá ser confirmada ou 
não, através das intervenções fisioterapêuticas: uso da técnica de eletroterapia, com 
a utilização do aparelho de ultrassom terapêutico e com o TENS, no período de dez 
sessões de fisioterapia. Sendo aplicado, antes e após as intervenções, o 
questionário WOMAC. 
 
 
4 
 
1 Métodos 
 
O estudo realizado tratou-se de uma pesquisa do tipo experimental, com uma 
abordagem quantitativa. 
Após a aprovação do presente estudo pelo Comitê de Ética e Pesquisa do 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – Parecer nº 2.083.429 -25 de maio 
de 2017, assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos 
voluntários, e leitura e assinatura da carta de informação ao paciente, a pesquisa foi 
realizada, com o objetivo de investigar a eficácia dos recursos eletroterapêuticos 
(TENS e Ultrassom pulsado) no tratamento de pacientes com OA de joelho, com 
acometimento grau II e III, segundo a classificação de KeL, e analisar a qualidade de 
vida dos voluntários antes e após as intervenções terapêuticas, através do 
questionário Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index – 
WOMAC. 
Em 1988, na Universidade McMaster, no Canadá, Bellamy, a fim de 
desenvolver um instrumento de fácil e eficaz avaliação da qualidade de vida em 
procedimentos na osteoartrose, apresentou o WOMAC, um questionário 
tridimensional especifico para a OA. (FERNANDES,2002) 
O questionário é composto por três domínios, que são: a dor, que contém 
cinco perguntas; rigidez articular, com duas e atividades diárias, com dezessete. 
Pode ser respondido através da escala visual analógica, com pontuações de 0 a 10, 
em que 0 representa a pior condição e 10 a melhor; ou através da escala de Likert, a 
qual é verbal, com 5 pontos, representados nas respostas entre nenhuma (sem 
sintomas) a extrema (intensidade máxima de sintomas). As duas formas foram 
reprodutíveis e válidas, oferecendo os benefícios de fácil administração e duas 
vantagens, em comparação aos demais instrumentos já existentes com a mesma 
finalidade, como a eficácia superior aos demais instrumentos, comprovada através 
de scores de eficiência, que, dessa forma, podem apresentar significantes 
resultados com pequenas amostras, e levar a resultados ou consequências 
importantes para o paciente. (FERNANDES, 2002) 
O estudo foi realizado nas dependências do Centro de Reabilitação Física 
Dom Bosco - Clínica de Fisioterapia do UniSALESIANO de Lins, no setor de 
ortopedia. As intervenções fisioterapêuticas foram realizadas nos meses de junho, 
 
 
5 
 
agosto e setembro de 2017, entre o horário das 13h00min às 16h00min, com 
frequência diária durante 10 dias úteis. 
A população alvo foi composta por (quadro 1) (quadro 2) dez voluntários, de 
ambos os sexos, pacientes do Centro de Reabilitação Física Dom Bosco - Clínica de 
Fisioterapia do UniSALESIANO de Lins, os quais não tinham iniciado qualquer tipo 
de tratamento fisioterapêutico nos últimos seis meses, relacionado a OA de joelho, 
mas que se apresentaram com o diagnóstico, mediante exames radiológicos, 
classificados como KeL 2 ou 3. Foram excluídos da pesquisas os voluntários 
classificados em KeL 1 e 4 ou que não possuíam diagnóstico definido de 
Osteoartrose de joelho, e exames radiológicos. 
Uma vez que a OA de joelho é uma doença crônica, alguns voluntários faziam 
uso de analgésicos ou anti-inflamatórios. 
 
Quadro 1: Caracterização dos pacientes após randomização para realização da 
pesquisa - Grupo TENS 
PACIENTE IDADE GRAU DE CLASSIFICAÇÃO DA ARTROSE SEXO 
1 69 2 M 
2 72 3 F 
3 57 2 M 
4 68 3 M 
5 68 3 F 
Fonte: autoras da pesquisa,2017 
 
Quadro 2: Caracterização dos pacientes após randomização para realização da 
pesquisa Grupo US 
PACIENTE IDADE GRAU DE CLASSIFICAÇÃO DA ARTROSE SEXO 
1 61 2 F 
2 81 2 F 
3 73 2 F 
4 58 2 M 
5 80 2 M 
Fonte: autoras da pesquisa,2017 
 
 
6 
 
 
Inicialmente, todos os participantes foram avaliados, relatando seus principais 
incômodos relacionados a OA de joelho, no que foi possível analisar as incidências 
radiológicas para se ter conhecimento do grau de acometimento na articulação. 
Após a avaliação, apenas os pacientes com OA de joelho grau II e III foram 
convidados para participar da pesquisa, sendo informados dos procedimentos, 
riscos e benefícios mediante sua participação; em seguida, foram submetidos ao 
questionário WOMAC, com a avaliação do grau de dor, rigidez articular e dificuldade 
em realizar as atividades diárias. O método escolhido para analisar a resposta dos 
participantes foi através da escala de Likert, em que as respostas coletadas no 
questionário foram transformadas em escore (0, 25, 50, 75 e 100) que, 
posteriormente, foram tabuladas em planilhas no Excel. 
Em sequência, os voluntários da pesquisa foram divididos em dois grupos, 
divisão feita através de sorteio em envelope sem que tivessem acesso ao resultado; 
sendo um, para intervenções através da utilização do TENS, com parâmetros de 
largura de pulso de 3 (85 µs), frequência de 3,5 (120 Hz), duração de 35 minutos; e 
outro, para o grupo do US, com frequência de 1MHZ, frequência de pulso portadora 
de 1/9, modo pulsado, dose de 1W/cm², durante 3 minutos na região anteromedial e 
3 minutos na anterolateral, sempre com a incidência na interlinha articular 
femorotibial, durante o período de dez sessões. 
Ao finalizar as dez sessões, novamente foi aplicado o questionário de 
qualidade de vida (WOMAC) em todos participantes. 
 
Resultados 
 
Os dados contidos nas tabelas abaixo (tabela 1) (tabela 2) (tabela 3) referem-
se à intensidade da dor, teste T Student intragrupo e intergrupo e pontuação do 
WOMAC. Para analisar a intensidade da dor, rigidez articular e funcionalidade das 
atividades diárias, foram utilizados os valores apresentados nas médias dos 
resultados do WOMAC, da pré-intervenção e divididos pela média pós- intervenção, 
sendo o valor final subtraído por -1 (média pós WOMAC / média pré WOMAC – 1). 
O estudo utilizou o teste T Student para comparação de dados finais, que, 
dentro de sua fórmula, contém a média de pré e pós-intervenção para se obter a 
comparação intragrupo; e para a análise comparativa intergrupo, após as 
 
 
7 
 
intervenções, utilizou-se o cálculo através da diferença do resultado do questionário 
WOMAC no pós e pré-intervenções, com comparação de qual apresentou melhores 
resultados. 
As pontuações do WOMAC foram obtidas através dos dados da média pós-
intervenção subtraídos pela média da pré-intervenção. (Resultado total dividido pelo 
número de perguntas). 
Todas as fórmulas apresentadas anteriormente foram aplicadas nas três 
sessões (intensidade da dor, rigidez articular e funcionalidade das atividades 
diárias). 
 
Tabela 1: Sessão A - Intensidade da dor 
 TENS US 
DOR 58,73% 56% 
TESTE T INTRAGRUPO 0,0004 0,02411 
PONTUAÇÃO WOMAC 37 25 
TESTE INTERGRUPOS PÓS-INTERVENÇÃO 0,30955 
Fonte: autoras da pesquisa, 2017. Os dados obtidos com referência ao teste T p<0,05 
 
Dentro dos quatro parâmetros de intensidade de dor, referentes à tabela 
acima, o primeiro parâmetro de porcentagem de evolução, no grupo de dor do 
TENS, nota-se que houve uma queda de 58,73%, considerando que, quanto mais 
próximo do zero, melhor a função. No grupo US teve uma queda, de 56%, 
considerado também como bom resultado. 
No teste T de Student intragrupo para dor de TENS entre pré e pós, houve 
diferença estatística, mostrando-se eficiente para a redução da dor (p< 0,0004). No 
grupo de dor do ultrassom também houve diferença estatística, mostrando-se eficaz 
(p<0,02). 
A pontuação do WOMAC, no grupo do TENS, teve uma melhora de 37 pontos 
em relação ao pré e pós, na pontuação final; e no grupo US a redução da pontuação 
foi de 25 pontos. 
Diante dos valores apresentados, pode-se concluir que o US foi melhor, que a 
TENS quando analisado atraves do teste T Student intragrupo, com diferença 
significativa entre o pré e pós intervenção. 
 
 
8 
 
O teste T Student intergrupos, pós-intervenção do TENS e US, não 
demonstrou diferença entre os grupos, com um T de p <0,30955, pois o valor 
referencial é de p <0,05. 
 
Tabela 2: Sessão B - Intensidade da rigidez 
 TENS US 
RIGIDEZ 50% 55% 
TESTE T INTRAGRUPO 
 
 
0,042379 0,2716 
PONTUAÇÃO WOMAC 
 
 
93,75 68,75 
TESTE INTERGRUPOS PÓS-INTERVENÇÃO 0,625666 
Fonte: autoras da pesquisa, 2017. Os dados obtidos com referência ao teste T p<0,05 
 
No quesito rigidez houve uma redução de 50% no grupo TENS, considerado 
como melhora. Porém, o grupo do US se apresentou melhor, com um valor 55%. 
O teste T Student intragrupo teve um valor positivo de p <0,04 no grupo do 
TENS. Já o grupo do US não apresentou a mesma resposta (p <0,2), com valores 
estatisticamente comprovados. 
Diante da pontuação do TENS, foi obtido um resultado de 93 pontos, e no US 
68, havendo, portanto, uma melhora no grupo do TENS. 
Comparando o teste T intergrupo pós-intervenção, não houve diferença (p 
<0,62). 
 
Tabela 3: SessãoC – Funcionalidade nas AVD’S 
 TENS US 
FUNCIONALIDADE 50% 
 
 
51% 
TESTE T INTRAGRUPO 2,9608 
 
 
1,2707 
PONTUAÇÃO WOMAC 8,39 
 
 
8,48 
TESTE INTERGRUPOS PÓS-INTERVENÇÃO 0,94431 
Fonte: autoras da pesquisa, 2017. Os dados obtidos com referência ao teste T p<0,05 
 
 
 
9 
 
Na funcionalidade, os dois grupos reduziram em 50%, o que é considerado 
como melhora. 
Durante a realização do teste T Student intragrupo, tanto o TENS como o US 
não apresentaram diferenças, pois estatisticamente apresentaram um valor inferior a 
0,05. 
Perante a pontuação do terceiro parâmetro, o WOMAC obteve um valor 
igualado de 8 pontos. 
O teste T Student intergrupos apresentou um valor de p <0,94, não havendo 
diferença, o que se considera uma referência estatisticamente comprovada entre os 
grupos com relação as AVDS. 
Deste modo, pode-se concluir que todos os parâmetros da seção C obtiveram 
um resultado semelhante. 
 
Análise e discussão dos resultados 
 
A OA trata-se de uma doença crônica, que atinge principalmente a população 
idosa, reduzindo o desempenho durante a realização das atividades diárias, o que 
gera impactos na vida do indivíduo. (FERNANDES, 2009) Almeida et. al. (2001) 
relatam que, após os cinquenta anos de idade, a prevalência de indivíduos com 
sinais e sintomas de OA aumenta, com, pelo menos, 85% acima dos 70-79 anos 
apresentando diagnóstico radiológico da patologia. 
Nesta pesquisa, dentre os 10 indivíduos acometidos pela OA, foi detectada a 
deformidade em todos eles, sendo que 5 apresentaram grau 2, e 3 apresentaram 
grau 3 de acometimento. O grupo era homogêneo em relação ao gênero (5 
masculino e 5 feminino), com idade entre 57 a 81 anos. 
Utilizou-se a classificação Kellgreen e lawrence para avaliação dos exames 
raio-x dos voluntários, obtendo bom feedback no momento de classificar o grau de 
acometimento e sinais radiológicos de cada paciente. Nos resultados da análise da 
classificação de KeL notou-se prevalências para a classificação 2 em relação ao 
grau de acometimento. 
Durante a realização da análise da reprodutibilidade da classificação de KeL 
para OA de joelho, concluiu-se a eficácia da classificação, devido à fácil 
memorização e interpretação, sendo um ótimo método para a avaliação inicial, em 
 
 
10 
 
que todas especialidades médicas podem utilizar para análise clínica. (RODRIGUES 
et. al., 2012) 
Porém, Pires et al. (2008) relatam divergência em seu estudo, feito com 50 
pacientes, com o objetivo de avaliar a reprodutibilidade interobservador das 
classificações de Ahlbäck modificada, Dejour et al e Kellgren e Lawrence, sendo as 
três classificações mais utilizadas na doença degenerativa do joelho. Diante de seus 
resultados finais comprovaram que a classificação de Kellgrene Lawrence obteve 
um menor grau de concordância em sua pesquisa. 
Muitos estudos apresentam propostas de tratamentos através da eletroterapia 
para a osteoartrose. Com o objetivo de avaliar a melhor forma de intervenção 
através deste recurso, o presente estudo comparou a eficácia dos aparelhos 
ultrassom e TENS na melhora da qualidade de vida dos indivíduos com OA de 
joelho. 
De acordo com os resultados obtidos na pesquisa, notou-se uma melhora na 
intensidade da dor de 56% no grupo US na forma pulsado, mostrando, assim, uma 
eficácia estatística no parâmetro pulsado no US em pacientes com OA de joelho. 
Em um estudo realizado na Universidade Católica de São Paulo, onde foram 
tratados 30 pacientes com OA de joelho, de ambos os sexos, com idade entre 50 e 
75 anos, foi comprovada a eficácia em relação à analgesia com a utilização do US, 
que, consequentemente, melhorou a qualidade de vida dos indivíduos. Os autores 
justificam a melhora apresentada no estudo devido ao US ter controlado a 
inflamação periarticular, quando aplicado em pontos específicos, determinados pela 
Word Associationof Laser Therapy. Porém, o mesmo estudo realizou uma análise 
comparativa entre o Ultrassom Contínuo (USC) e Ultrassom Pulsado (USP), em que 
sujeitos foram divididos em dois grupos (USC e USP) e, no final das sessões, houve 
uma diferença estatisticamente significante entre os grupos na variável de dor, com 
método do USC apresentando uma melhora eficaz. (CARLOS; BELLI; ALFREDO, 
2012) 
No presente estudo, o grupo do TENS, com parâmetros de frequência de 120 
Hz, duração de pulso de 85 µs, em 10 sessões, com duração de 35 minutos, obteve 
uma melhora na dor de 58,73% e na funcionalidade das AVD’S 50%, atingindo uma 
melhora estatisticamente comprovada. 
Devido a propriedades apresentadas no TENS para o alívio da dor, Morgan 
(2010), em seu estudo, afirma que a corrente, quando aplicada nos indivíduos com 
 
 
11 
 
OA de joelho, auxilia na redução da dor e função, sendo isso notado à medida que 
se quantifica a dor durante as realizações das AVD’S. Porém, cada paciente pode 
apresentar diferentes resultados mediante cada modulação. 
Osiri et al. (2009), em seu trabalho, tiveram como objetivo apurar o efeito do 
TENS para indivíduos em tratamento de OA de joelhos. Quando comparados, os 
efeitos maiores no alívio da dor e melhora da função, o modo TENS Burst se 
mostrou mais eficaz que o convencional, em um período de quatro semanas. 
O questionário WOMAC foi testado em uma versão computadorizada diante 
de um estudo com 30 pacientes, no qual, os mesmos o respondiam nas versões 
digitalizada e escrita. No resultado final, a versão computadorizada foi 
grandiosamente validada e colocada como uma boa metodologia para a avaliação 
de pacientes com OA (Bellamy et al, 1997). Porém, o recurso tecnológico se trata de 
uma ferramenta não acessível para toda a população, principalmente, a idosa, na 
qual a grande parte não possui o domínio e nem mesmo computadores de fácil 
acesso. 
Estudos que avaliaram a funcionalidade de idosos com AO, através do 
Womac, identificaram que a dor se trata do maior fator que gera limitação, sendo 
elevado o nível da mesma durante o subir e descer escadas, devido aos impactos 
gerados na articulação do joelho durante essa atividade. Desta forma, pode-se 
entender que ambas as atividades representam maior dificuldade em relação à 
capacidade funcional em indivíduos que apresentam OA de joelho. (LOPES; 
SANTOS, 2007) 
É significativo que o idoso preserve um estilo de vida ativo, utilizando as 
atividades da vida diária (AVD’S) como um meio eficaz para promoção e 
manutenção de um nível mínimo de condicionamento físico. (TEIXEIRA, 2007) 
Sendo notável no estudo, a funcionalidade durante a pesquisa teve um 
evolução muito positiva após as intervenções, com um valor significativo de melhora 
de 50% nos grupos de TENS e US. Isso auxilia como uma forma de orientação e 
prevenção aos idosos, ressaltando a necessidade dos mesmos sempre se 
manterem ativos em suas atividades diárias. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
CONCLUSÃO 
 
Com base nos resultados encontrados na pesquisa, conclui-se que ambas as 
intervenções apresentaram melhora quando comparadas no pré e pós, mediante a 
avaliação do WOMAC. Pode-se ressaltar que, na realização do teste T, apenas no 
tópico de rigidez articular houve diferença significativa quando comparadas 
intragrupos; nos demais tópicos, de dor e realização de atividades diárias, não se 
obtiveram valores relevantes, com relação ao valor de referência (p<0,05). Os 
recursos eletroterapêuticos utilizados no presente estudo demonstram uma melhora 
na funcionalidade. O número de sessões realizadas foi eficaz para a redução da 
sintomatologia, porém, não foi suficiente para a eliminação dos problemas avaliados. 
Dessa forma, deve-se ficar por responsabilidade dofisioterapeuta determinar a 
quantidade de sessões necessárias para promover uma melhora no quadro de OA 
de joelho. Sugere-se, assim, uma associação da eletroterapia a exercícios 
terapêuticos, a fim de se obterem melhores resultados. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, C. S. J. et. al. S. Reabilitação do aparelho osteoarticular. In: LIANZA, S. 
Medicina de reabilitação. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. p. 197-
199. 
 
BELLAMY, N. et al. Estudo de uma versão computadorizada das universidades 
ocidentais de Ontario e McMaster.Índice de Osteoartrite. J Rheumatol, 1997. 
 
BRANDÃO, L. et al. Medicina física na reumatologia. Tema de Reumatologia. 
4.ed.São Paulo: Alto Astral, p.116-120,2005. 
 
CARLOS, K. P.; BELLI, B. S.; ALFREDO, P. P. Efeito do ultrassom pulsado e do 
ultrassom contínuo associado a exercícios em pacientes com osteoartrite de 
joelho: estudo piloto. São Paulo, 13 mar. 2012. Disponível 
em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809295020120003000
14&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 13 out.2017. 
 
DIONÍSIO, V. C.; VOLPON, J. B. Ação do ultrassom terapêutico sobre a 
vascularização pós-lesão muscular experimental em coelhos. Revista Brasileira de 
Fisioterapia, v. 4, n.1, p. 19-25, fev.1999. Disponível em: < 
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