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PENALUND1 - Excludentes de ilicitude

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CAMPUS III – GUARABIRA
DIREITO PENAL I.II
IASMYN PAMELLA A. M. DA SILVA.
2013.1 TARDE
Prof.ª MICHELLE AGNOLETI
GUARABIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2014.
INTRODUÇÃO
Esta produção textual trará definições sobre determinados conceitos e pressupostos inerentes ao Direito Penal, abrangendo sua Parte Geral, no intuito de promover um melhor aprendizado como para enriquecimento doutrinário e acadêmico sobre tais conceitos que, certamente, serão bastante utilizados na vida profissional de estudantes.
I – DO CONCURSO DE CRIMES
Numa conceituação geral, diz-se que há Concurso de Crimes quando um ou mais agentes cometem dois ou mais crimes numa mesma ação. Em oposição ao Concurso de Pessoas, onde há várias pessoas envolvidas na cominação de uma única prática criminosa, aqui podemos observar que serão não só um, mas vários crimes acometidos.
Percebamos o entendimento de Guilherme Nucci quanto à conceituação de Concurso de Crimes: ”O concurso de crimes significa a prática de várias infrações penais por um só agente ou por um grupo de autores atuando em conjunto.” 1
Para compreender este instituto, pode observá-lo sob duas perspectivas, a primeira sob um critério naturalístico onde, a quantidade de atos típicos cometido pelo agente será convertida em crimes, devendo o autor responder por todos, incidindo sobre ele todas as penas concomitantes. A segunda perspectiva é a normativa, que é a utilizada pela legislação brasileira, onde não é a quantidade de ações típicas realizadas pelo agente que definirá quais crimes este cometeu muito menos o quantum da pena este terá de cumprir mas sim uma análise e consulta ao texto legal.
Para aplicar essa ótica normativa, o direito percebeu a necessidade de incrementar sistemas de aplicação destas normas para que a incidência da Lei ocorresse de forma mais coerente e justa possível, para tanto após estudos e discussões criaram-se tais sistemas, que veremos a seguir.
I.I.I – Sistema de Acumulação Material
Observa-se aqui que a materialização, ou seja, a apresentação dos resultados típicos resultará em acúmulo de pena, conforme preceituem os dispositivos consequentes, onde geralmente verá a aplicação de certo tipo de pena e/ou outro. Como no caso do Art. 344 do Código Penal onde a pena estipulada aqui é de 1-4 anos E multa. Ou seja, além de responder pela violência praticada com a pena de privação da liberdade, o delinquente ainda arcará com a multa proveniente nesta violência.
I.I.II – Sistema de Exasperação da Pena
Quando o autor delinquente praticar mais de um crime, lhe será aplicado apenas uma das penas de um dos crimes cometidos, mas a ele será acrescida uma parte correspondente àquele crime que de sua pena total, o agente não sofreu punição. Não ficará impune, mas a pena será abrandada.
I.I.III – Sistema de Absorção
Vai incidir sobre o acusado, quando este cometeu várias infrações penais, a pena resultante daquela que foi mais grave, ou a que tenha a pena mais severa; Não há adoção expressa deste sistema no direito brasileiro, mas tacitamente é possível observar tais dimensões nas jurisprudências, quando há conflito aparente de normas, aplicando-se a mais severa a fim de manter a equidade da punição.
I.I.IV – Sistema da Acumulação Jurídica
Ocorrerá não aplicação única de uma ou mais penas das infrações cometidas pelo agente, mas sim uma média ponderada entre as várias penas existentes evitando, assim, que haja qualquer excesso quanto à aplicação da pena sobre o indivíduo, tendo o montante que superar este valor sendo excluído. Este sistema não é adotado no Brasil.
I.II CONCURSO MATERIAL
Aqui, adotar-se-á o sistema da acumulação material, onde quando o agente for condenado por mais de um crime as penas resultantes deste serão somadas, sendo usadas tanto em crimes homogêneos (de mesma natureza) quanto aos crimes heterogêneos (natureza diversa).
 “Ocorre quando o agente mediante mais de uma conduta (ação ou omissão) pratica dois ou mais crimes idênticos ou não. Quando os resultados são idênticos, utiliza-se o termo homogêneo e quando os resultados são diversos utiliza-se o termo heterogêneo.” [1: Angelo Mestriner]
Para aplicar-se essa soma, no entanto, a priori o magistrado perceberá cada crime e cada pena em sua individualidade, observando as penas concernentes a cada infração e definir a quantidade que será aplicada ao sujeito, para só após definidas essas penas elas serão somadas.
Não será aplicada fiança ao réu que, tendo sua ação definida como concurso material, suas penas mínimas somadas ultrapassarem o tempo total de 2 (dois) anos. Assim como ao crime falimentar não cabe concurso material uma vez que é considerado ato único do falido, já que todos os seus atos contribuíram para a falência.
Quando reconhecido o concurso material, conforme preceitua Art. 69, §§1º e 2º do CP, será possível a cumulação da pena privativa de liberdade com uma restritiva de direitos, sendo perfeitamente cabível que um condenado cumpra condições de um sursis e o pagamento de uma prestação pecuniária.
Se ocorrer de dois diferentes magistrados de varas diversas condenarem um sujeito a duas penas de reclusão cada uma, estas poderão ser vertidas em restritivas de direito com tempo similar ao consoante das duas penas de reclusão.
I.III – CONCURSO FORMAL
“Quando o agente, mediante uma única ação ou omissão, provoca dois ou mais resultados típicos devem ser punidos pela pena mais grave, ou por uma delas, se idênticas, aumentada de um sexto até a metade [...]” [2: Nucci, Guilherme de Souza, Manual de direito penal: parte geral: parte especial / Guilherme de Souza Nucci. – 9. Ed. Ver., atual. E ampl. – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2013, p. 527]
O Código Penal, em seu Art. 70 subdivide o concurso formal, em forma perfeita e imperfeita. Na primeira, o agente pratica mais de um delito com uma única ação, tendo em mente apenas uma só conduta, não se importando em quantos delitos ele será enquadrado.
Na segunda, o agente pratica a ação de forma delituosa, no entanto os resultados foram autônomos a aquela conduta, desta fora a pena aplicada não será a maior mas a soma dos dois resultados ocorridos.
I.III.I - Crime continuado
É a forma mais polêmica de concurso de crimes, resultando em discussões diversas dentro da doutrina. Neste tipo penal o agente comete mais de um crime de mesma espécie em condições de lugar, forma e tempo semelhantes ao ocorrido no primeiro. Desta forma, supõe-se que este agente cometerá/teu o mesmo crime, de mesma forma, propagado pelo tempo e espaço.
Há, pelo menos, duas teorias sobre a natureza jurídica desse tipo penal, uma que afirma que este crime é uma ficção jurídica só pelo fato de a Lei ter lhe conferido o concurso material, e a outra afirma serem uma realidade, pois a ação se compõe de vários atos, e essa pluralidade de atos confere característica continuada ao delito.
Há três teorias que buscam explicar o crime continuado; São elas a teoria subjetiva que define os crimes de mesma espécie, que tutelam sobre um mesmo bem jurídico, e portanto, se o delinquente mostrasse que embora atuasse em tempos diversos mas seu propósito era uno e era o de ferir aquele bem, então recairia sobre ele o crime; Esta tese é pouco usada dentro do direito brasileiro.
A teoria objetiva, não necessita da análise da vontade de cometer aquela conduta delituosa, mas tão somente a observância de critérios necessários para que se definisse aquela conduta como criminosa. Se respeitados e completos esses requisitos, então estaríamos diante de um crime continuado objetivo; sendo esta segunda a adotada pela legislação pátria.
A terceira teoria mescla a primeira e a segunda, onde se exige a prova do crime continuado mas também a observância das características necessárias dentro deste crime. Esta seria a ideal, no entanto não é utilizada.
Quanto à homogeneidade dos crimes, ou seja, se eles são de mesma espécie ou não, há dois pensamentos: oque de são de mesma espécie os delitos que estiverem previstos no mesmo tipo penal, e serão mesmo tipo aqueles que tutelarem um mesmo bem jurídico.
Para perceber se se trata, efetivamente de um crime continuado no tempo e espaço, o magistrado terá de se ater aos métodos utilizados pelo agente na prática delituosa, estabelecendo entre as condutas uma relação.
A dosagem de aumento de pena do crime continuado será aquele adotado por completo no Art. 71 do Código Penal, no acréscimo de 1/6 a 2/3 de acordo com o número de infrações cometidas.
Quanto às espécies de crime continuado temos a simples, e o específico, onde a primeira é praticada sem violência ou grave ameaça e a segunda tem a presença da violência e da grave ameaça.
II – SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS)
Em tenras palavras, trata-se da “suspensão da execução da pena privativa de liberdade imposta sob determinadas condições” impetrada ao condenado que, não sendo reincidente e teve pena aplicada a ele menor que dois anos (ou quatro de septuagenário ou enfermo), que preencha certas condições, a serem fixadas pelo juiz em certo período de tempo.[3: GUIMARÃES, Deocleciano Torrieri. Dicionário técnico jurídico. 6ª ed. São Paulo: Rideel, 2004.]
Trata-se de uma medida de Política Criminal, que evita que o condenado seja recolhido ao cárcere, incidindo sobre ele, em compensação uma pena de mesma eficácia, a ser cumprida em outro regime e sob outras circunstâncias que não as da prisão.
O sursis, então, não é um pena, mas sim uma medida destinada a evitar que seja aplicada alguma delas, sendo ela, mais cabível dizer, uma medida alternativa de cumprimento da pena.
Para ter direito ao sursis deve-se observar requisitos objetivos e subjetivos e a junção destes dois, para tanto:
II.I – Requisitos objetivos:
PPL não superior a 2 (dois) anos.
Não reincidente em crime doloso
II.II – Requisitos subjetivos:
Culpabilidade
Antecedentes
Conduta social
Personalidade do agente 
Motivos do crime
Circunstâncias do crime
II.III – Requisitos Subjetivos-Objetivos
Mais favorável ao réu, em lugar da pena privativa de liberdade, tem-se uma espécie mais branda de punição, não podendo ser substituída por restritiva de direitos.
Quanto às espécies de sursis o legislador compreende duas, a simples e a especial; na primeira haverá prestação de serviços à comunidade ou limitação de fins de semana, e na segunda ele terá certas restrições de convivência em locais públicos, conforme descrito no Art. 78 §2º.
Não impede a concessão do sursis o fato de o réu estar respondendo a mais de um processo ao mesmo tempo. O correto seria a concessão e, posteriormente se condenado, a regressão, suspensão do benefício.
A sursis será revogada ou de forma obrigatória, ou de forma facultativa. Será de forma obrigatória quando, houver condenação, com trânsito em julgado por crime doloso, ou o condenado não responder a pena de multa.
Será facultativa a revogação quando o condenado deixar de cumprir estipulações do Art. 78, §2º ou se este for condenado irrecorrivelmente por crime culposo ou contravenção penal.
Terá fim o sursis quando cumpridas as condições e tiver decorrido o período de prova sem que haja revogação, sendo extinta a punibilidade, portanto.
III – LIVRAMENTO CONDICIONAL
Instituto de Politica Criminal destinado a diminuir o tempo de cárcere de um condenado dando-lhe concessão antecipada, porém provisória, de sua liberdade, permitido presentes determinados requisitos.
Ensina Frederico Marques que este livramento é a última etapa deste sistema de penitência progressiva; Teve início no Direito brasileiro com o código penal de 1890 (arts. 50 a 52) e regulado por meio dos decretos, 16.665/24 e 4.577/22.
Da exposição de motivos do Código de 1940, podemos destacar “ [...] Não se trata de um benefício que se concede por simples espírito de generosidade, mas de uma medida finalística, entrosada, num plano de política criminal. [...] ”
Trata-se de uma medida penal restritiva da liberdade de locomoção, onde o sujeito, embora não mais sob a restrição das paredes da penitenciária, vê-se livre apenas em determinado território e sob certos desígnios necessários à sua concessão.
São Requisitos do livramento condicional:
III.I – Requisitos Objetivos
Condenação a uma PPL igual ou superior a 2 (dois) anos;
Ter cumprido 1/3, se não reincidente em crime doloso com bons antecedentes. ½, se reincidente em crime doloso e 2/3 se for autor de crime hediondo;
Ter reparado o dano causado pela infração, a não ser que não seja possível a reparação;
III.II – Requisitos Subjetivos
Comportamento satisfatório durante cumprimento de pena;
Bom desempenho na função que lhes for atribuída na prisão;
Demonstrar aptidão para manter-se quando em função honesta;
Demonstrar que não voltará a delinquir quando de uso do benefício;
O período do livramento condicional será o tempo restante para que se dê por fim a pena atribuída ao condenado, desde que esse não volte a delinquir, caso isso aconteça ocorrerá a regressão e este poderá voltar ao regime fechado.
O livramento condicional cautelar é uma medida adotada por alguns magistrados para evitar que o condenado vá para um regime quase falido como o aberto, por vários motivos que não necessitam de explanação neste presente, mas para evitar uma demorada decisão do Conselho Penitenciário e preservar a condição do condenado então o magistrado concede o livramento, deixando o condenado esperando o posicionamento do Conselho.
Quanto ao Conselho, segundo Art. 13 da Lei de Execução Penal, seu parecer é indispensável, embora o juiz não fique vinculado a tais posicionamentos, sendo ele detentor da discricionariedade.
Quanto ao Estrangeiro, posiciona-se majoritariamente a doutrina para que não lhes seja concedida a liberdade condicional, a não ser que este prove ter visto permanente no Brasil, pois se em benefício deste, o estrangeiro volta para o país de origem ficará difícil sua extradição para que possa responder pela infração cometida.
Mesmo possuindo várias condenações, ainda é plausível ao condenado que este obtenha o benefício, observando-se as frações necessárias levando-se em consideração a data do primeiro recolhimento à prisão.
Revoga-se a Condicional se o autor cometer crime durante vigência do benefício ou se a soma das penas de crime anterior ao benefício tornar incompatível a continuação.
IV- EFEITOS DA CONDENAÇÃO
São os efeitos remanescentes, secundários, da sentença prolatada. A fixação do quantum da pena é uma delas, que não podem ser confundidas com penas acessórias, que foram revogadas, no entanto doutrinadores creem que elas ainda existem, porém de forma camuflada.
Os efeitos secundários seriam os penais, no qual se impede o revoga a sursis, impedi ou revoga o livramento condicional e etc, e os extrapenais que ainda se subdividem em genéricos e específicos.
Os efeitos extrapenais genéricos são automáticos, aqueles os quais o juiz não precisa se pronunciar sobre, aqueles derivados dos efeitos civis, onde neste âmbito, não se reconhece inexistência de antijuridicidade, apenas o dano causado e que este deve ser reparado.
Os efeitos extrapenais específicos são aqueles que precisam ser decididos pelo juiz, não lhes cabe automaticidade. São eles perda de cargo, ou função pública; perder o poder familiar de tutela e curatela, e a inabilitação para dirigir veículo.
V- REABILITAÇÃO
Quando o denunciado se torna condenado, sobre eles cessam alguns direitos dos quais ele detinha direito antes de haver tal condenação. A reabilitação visa restaurar esses direitos, resguardadas as devidas proporções. Busca restaurar a dignidade social, embora não obtenha tanta utilidade e verdade na sua realização.
Mesmo sendo obrigatória à exclusão dos registros existentes deste crime, a não ser para efeitos de reincidir o condenado, em virtude de costumes da sociedade bem como da informatização atual é impossível que alguém que tenha sido condenado pela prática de qualquer delito passe despercebido em qualquer lugar;até conseguir algum emprego é dificultada, vez que as empresas tem um acesso muito fácil a estas informações, que em tese, deveriam ser sigilosas.
Para ser beneficiado com este é necessário que o lapso temporal entre a extinção ou término da pena tenha sido de 2 (dois) anos ou mais, incluído nesse período o sursis e o livramento condicional onde a extinção pode se dar de diversas formas, enquanto que o término incita no cumprimento total da pena aplicada.
Se for indeferido o pedido de reabilitação não precisa de nenhum período de carência para o sujeito fazer um novo requerimento, por outro lado, concedendo, o juiz pode este ser revogado se o condenado reincidir em crime, podendo ainda ser essa reabilitação fracionada, onde o condenado primeiro cumpre todas as penas e somente depois pede a reabilitação.
VI – EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
“É o desaparecimento da pretensão punitiva ou executória do Estado, em razão de específicos obstáculos previstos em lei.” [4: Nucci, Guilherme de Souza, Manual de direito penal: parte geral: parte especial / Guilherme de Souza Nucci. – 9. Ed. Ver., atual. E ampl. – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2013, p. 610]
O Estado, regulado por certos princípios e preceitos, vê-se sobre uma causa de extinção de punibilidade quando não há que se falar mais em punir o agente e sim em conceder-lhe algum benefício que exclui a punibilidade de sua ação.
As causas que denotam a extinção dessa punibilidade estão enumeradas de forma exemplificativa no Art. 107 do Código Penal, pois é possível encontrar outras formas de extinção na Parte Especial do referido código bem como nas leis penais especiais.
Das encontradas no Art. 107, estas se subdivide em gerais e específicas, em que as gerais se aplicam a todos os delitos ao passo que as específicas a somente alguns.
Quando ocorre um delito que se vê nele divisão entre coautores e partícipes, quaisquer que sejam as causas de extinção que se puserem para um deles, será expandido para todos os outros, ou seja, todos os delinquentes (participes ou coautores) serão aptos a este benefício, sendo elas :
Perdão para quem o aceitar;
Abolitio criminis;
Decadência;
Perempção;
Renuncia ao direito de queixa
 Retratação.
Há causas, porém, em que somente uma destas partes terá o benefício, por se tratar de bem que só surte efeito para um dos. São elas:
Morte do agente;
Perdão judicial;
Graça, indulto ou anistia;
Retratação do querelado;
Prescrição.
Se ocorrer a extinção da punibilidade antes do transito em julgado da sentença, essa extinção amplia-se ao processo tirando-lhes qualquer efeito bem como de alguma sentença condenatória que eventualmente fosse proferida. Já quando ocorrer após o transito como já houve condenação, fica impedido o Estado de executar tal sentença excluindo, também, os efeitos secundários da condenação.
VI.I – Causas de Extinção de Punibilidade
Morte do Agente
Mor omnia solvit, princípio que explica “a morte tudo resolve”, sendo ainda acrescentado que, mesmo ocorrendo morte esta pena não passará aos herdeiros desta pessoa em virtude do caráter personalíssimo da pena. O que não se aplica aos bens que, por ventura, tenha deixado este condenado aos herdeiros, onde a pena só alcançará até o limite deste dinheiro.
Para comprovar tanto, exige-se a certidão de óbito afim de que se possa provar a morte tanto no âmbito penal quanto na esfera civil. Da morte presumida, compreende-se dividida a doutrina onde alguns aceitam que, se declarada à morte civil do sujeito, também terá o mesmo efeito na esfera penal, enquanto que outros pensam que somente a certidão de óbito atesta tal.
Anistia
O Poder Público declara que determinados fatos deixam de ser puníveis por motivo de utilidade social, voltando-se aos fatos e não as pessoas podendo ocorrer antes da condenação definitiva – anistia própria – e após o transito em julgado da condenação – anistia imprópria.
Extingue a ação bem como os efeitos secundários de uma condenação, podendo ser aplicada aos crimes comuns, uma vez que nos dispositivos legais não há nenhuma ressalva explicita ou implícita quanto a eles.
A anistia pode ser também geral ou parcial, o que se depreende que da primeira todos serão beneficiados, em contraposição que na segunda somente alguns sujeitos ganharão o benefício.
Só será concedida através de Lei editada pelo Congresso Nacional, possuindo efeito ex tunc, ou seja, efeitos retroativos apagando o crime e os seus efeitos de sentença.
Graça ou indulto individual
Clemência destinada a uma pessoa em especial, não ao fato criminoso. Concedido pelo Presidente da República, não cabendo contra ela recurso de qualquer espécie. Uma vez dada à graça não há que se falar em efeitos contrários, por isso usa-se tão pouco este tipo de extinção. Podendo ser ainda parcial – atinge certos aspectos da condenação – ou pode ser total – atinge todo o delito condenado.
Pressupõe sentença condenatória com transito em julgado, tendo utilidade maior para apagar efeitos executórios da condenação.
Art. 192 da Lei de Execução Penal preceitua que: “concedido o indulto e anexada aos autos copia do decreto, o juiz declarará extinta a pena ou ajustará a execução nos termos do decreto, no caso de comutação.”
Indulto coletivo
Clemência dada a um grupo de condenados sentenciados observando o quantum de pena foi aplicado. Pode ser total, quando extingue todas as condenações ou parcial quando apenas diminui ou substitui a pena por outra mais benéfica.
Se o condenado também estiver em gozo de sursis a ele poderá recair os benefícios do indulto. Ou ele poderá recusar no caso se o indulto for condicionado, já que este modo exclusório só serve para extinguir os efeitos principais da condenação e não os secundários.
Abolitio criminis
Lei nova que deixa de considerar determinada conduta como crime; foi o caso do adultério, por exemplo, que deixou de ser considerado sequer conduta típica, cabendo à decisão a cerca disso somente ao âmbito civil. Ocorre a retroatividade, onde todos aqueles que foram condenados sobre aquele tipo penal que foi excluído terão seus históricos apagados bem como o efeito de sua condenação cessado imediatamente.
Decadência
Perda do direito de ingressar com ação privada ou de representação por não tê-la feito em tempo hábil. Depois de transcorrido este tempo, contra o sujeito que cometeu o delito, não serão mais aplicadas quaisquer consequências, este estará sem registro algum, em curtas palavras, o Estado perde o direito de punir.
O prazo começa a fluir a partir da data em que o ofendido e seu representante souberem da prática criminosa, sendo fatal e improrrogável. Se a vítima for menor de 18 (dezoito) anos então seus representantes é quem são responsáveis por impetrar tal pedido.
O prazo para de correr, ou seja, e interrompido, com a propositura da queixa em juízo, quando em ação privada e quando há representação do Ministério Público em ação pública.
Perempção
“Perda do direito de prosseguir na ação penal privada, tendo em vista o descaso com que o querelante a conduz” [5: Nucci, Guilherme de Souza, Manual de direito penal: parte geral: parte especial / Guilherme de Souza Nucci. – 9. Ed. Ver., atual. E ampl. – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2013, p. 645]
Há quatro hipóteses de se acontecer; 1- quando o querelante deixa de promover o andamento no processo no prazo de 30 dias corridos ou retirando os autos por mais de 30 dias sem devolvê-lo; 2- quando falece o querelante, ou este fica incapaz deixando de comparecer a juízo; 3- o querelante deixa de comparecer por motivo desconhecido e não busca explicar nada; 4- no caso de ser querelante Pessoa Jurídica e esta se extinguir, mesmo caso de morte do querelante, só que de uma PJ.
Renúncia e Perdão
São dois institutos diferentes, embora tratados em conjunto; Da Renúncia o autor desiste da propositura da ação penal privada. O Perdão, por outro lado, é a desistência do prosseguimento da ação penal privada.
A Renúncia é ato unilateral e não depende de aceitação da outraparte, já o perdão vai requerer a aceitação da parte contrária afim de que se possa produzir os devidos efeitos.
Retratação
“Ato de desdizer-se, voltar atrás e narrar outra versão dos fatos [...]”[6: Nucci, Guilherme de Souza, Manual de direito penal: parte geral: parte especial / Guilherme de Souza Nucci. – 9. Ed. Ver., atual. E ampl. – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2013, p. 645]
O Agente, reconhecendo o erro que cometeu, entrega-se a autoridade dos fatos verdadeiros, retirando o que havia dito antes. Podendo ocorrer nos crimes de Calúnia de Difamação e nos crimes de Falso Testemunho e Falsa Perícia. Nas duas situações é mais vantajoso ao criminoso que se reitere do que falou, pois eventual condenação tornar-se-ia menos importante.
Pode ser dado somente até a sentença de primeiro grau, embora haja posicionamentos que falam da decisão até antes do transito em julgado.
Perdão Judicial
Clemência do Estado para situações determinadas por lei, quando não se pode aplicar as regras de determinados crimes ou não se preencher todos os requisitos necessários para se impetrar ação contra o delinquente.
“[...]consiste no perdão concedido pelo Estado ao réu, deixando o juiz de aplicar a pena, embora este reconheça a prática da infração penal. Esta modalidade de extinção da punibilidade só pode ser aplicada em hipóteses expressamente previstas em lei.”[7: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. V.1. PARTE GERAL. Impetus. São Paulo. 2009]
Prescrição
“a renúncia do Estado a punir a infração, em face do decurso do tempo” BASILEU GARCIA, (Ob. cit. p. 368).
Há, pelo menos, duas maneiras de se contabilizar a prescrição, uma é pela pena em abstrato e a segunda pela pena em concreto; No primeiro caso não há condenação não existindo, ainda, pena determinada, utilizando nesse caso a pena máxima do delito como base de cálculo. 
Conforme é dada a sentença ao acusado, passa então a correr o prazo prescricional de acordo com a sentença proferida observando esta como base para cálculo.
k.1 - Dos prazos dados à prescrição encontraremos todos no Art. 109 do Código Penal, quais sejam:
 I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
 II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
 III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
 IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
 V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
 VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
Deve ter-se em mente que, as penas restritivas de direitos, que vem como objetivo de substituir uma pena privativa de liberdade terão o seu tempo prescricional conforme a pena que elas vieram a substituir; Tal prazo conta-se em tempo corrido, ou seja, não suspende por motivo de férias ou festas, por exemplo.
Como se trata de uma matéria de ordem pública, a prescrição deve ser decretada de ofício ou por provocação das partes, mesmo que em ações de impugnação, uma vez que esta tem medida liminar impedindo, inclusive, a análise do mérito.
k.2 - Quanto aos tipos de prescrição nós temos:
a) prescrição da pena em abstrato; o Estado perde o direito de punir quando, o sujeito não tendo sido condenado, o tempo máximo de pena que ele poderia cumprir por aquela prática delituosa findou-se.
b) prescrição da pena em concreto; leva-se em conta, aqui, o montante da pena fixada, mas que não chegou a ser cumprida.
		b.1) prescrição da pretensão punitiva; perda do direito de punir, levando-se em conta os prazos anteriores ao transitado em julgado.
		b.1.1) prescrição retroativa; perda do direito de punir do Estado levando-se em conta a pena posta em concreto ao condenado.
		b.1.2) prescrição intercorrente; leva-se em conta a pena imposta com trânsito em julgado para a acusação, ou improvido o seu recurso;
	b.2) prescrição da pretensão executória; embora ainda possua a pena, não vai ser mais executada sobre esse acusado;
Para definir o prazo prescricional, contanto, devemos entendê-lo sob dois óbices, a da perda do direito de punir e a da perda do direito de executar a punição. 
Para a primeira o lapso temporal intercorre a partir do dia em que se consumou o ato, conforme disponha dispositivo correlato. Ou, em caso de não se tratar em crime consumado, mas tentado, então conta-se da data em que cessou a atividade que visava completar o delito. 
Aos delitos permanentes, passará a vigorar o prazo prescricional, decorrido o último processo, o que finda a permanência do delito.
Dos crimes de bigamia e/ou falsificação de registros cíveis, a partir da data que o fato tornou-se conhecido ao direito; E nos crimes contra a dignidade sexual, contra menores de idade, a data em que este menor completar a maior idade.
Quanto à perda executória, passará a contar quando, transitado em julgado a sentença condenatória para a acusação; quando transitar em julgado a decisão que revoga a suspensão condicional da pena, o sursis; do dia que se interrompe a execução, quando o delinquente foge do ambiente prisional, por exemplo.
Das causas que suspendem ou impedem a prescrição, elas paralisam o seu curso, voltando a correr o tempo, quando ocorrer, de onde este foi parado. O Código Penal prevê 3 (três) hipóteses, são elas:
Enquanto não for resolvida outra pendência judicial da qual dependa da existência do crime para se finalizar;
Enquanto o agente cumprir pena fora do país;
Se transitar em julgado tal sentença condenatória, enquanto o agente estiver cumprindo pena por outro motivo.
Há outras causas, não previstas no Código Penal, que são:
Se o processo for suspenso e for contra parlamentar (Art. 53, §5º, C.F)
Durante o período de suspensão condicional do processo (Art. 89, §6º, Lei 9.099/95)
Se o processo estiver suspenso por edital do réu (art. 366, CPP)
Enquanto este cumprir carta rogatória (Art.368, CPP).
Quanto às causas que interrompem a prescrição punitiva, que em oposição às causas suspensivas, fazem a prescrição voltar a contar do início, sendo elas:
Recebimento da denúncia, Art. 117, I, CP;
Pronúncia, Art. 117, II, CP, que é aquela decisão interlocutória que finaliza a fase de encontro da culpa e muda para a fase de julgamento do mérito;
Decisão confirmatória da pronúncia, Art. 117, III, CP, decisão do tribunal que confirma o recurso oferecido pelo réu contra a pronúncia;
Publicação de sentença ou acordão condenatório recorrível, Art. 117, IV, CP.
Há as causas de interrupção da prescrição executória, que são o início do cumprimento da pena e a reincidência; nestes dois casos, a prescrição do condenado passa a correr do tempo que ocorra uma destas circunstâncias.
No concurso de crimes material, por haverem vários delitos, observar-se-á o acontecimento de cada um destes crimes e os tempos prescricionais correspondentes, por eles estarem devidamente separados na denúncia não há problema em se definir isso.
No concurso de crimes formal tem-se o mesmo raciocínio do material, mesmo sendo uma conduta que ensejou mais de um delito, como tais delitos estão descritos separadamente nos autos processuais, a cada um deles lhes será aplicada a devida data prescricional. No crime continuado é o mesmo raciocínio anterior.
CONCLUSÃO
Embora sejam muitos os conceitos abordados, podemos perceber o quão práticos estes são, já que serão todos observados quando em se tratar de Direito Penal do acusado, mostrando-se a importância de uma compreensão mais aprofundada sobre tais preceitos, afim de que se possa ter uma melhor fundamentação pautada toda na razão.
REFERÊNCIAS
NUCCI, Guilherme de Souza, Manual de direito penal: parte geral: parte especial / Guilherme de Souza Nucci. – 9. Ed. Ver., atual. E ampl. – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2013, p. 645
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. V.1. PARTE GERAL. Impetus. São Paulo. 2009
MOSSIN, Heráclito Antônio. Prescrição em matéria criminal: atualizadaconforme Lei nº 12.235 de 05.05.2010/Heráclito Antônio Mossin; Júlio Cesar O. G. Mossin.
http://www.concursovirtual.com.br/artigo.php?id_artigo=141 < Acessado em 21/11/2014, às 09h40min >
http://www.direitosimplificado.com/materias/concurso_de_crimes.htm < Acessado em 18/11/2014, às 08h51min >
http://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/291/Sursis < Acessado em 19/11/2014, às 08h10min >
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http://www.ebah.com.br/content/ABAAABRmsAG/19-livramento-condicionaln< Acessado em 20/11/2014, às 09h41min >
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/26413360/livramento-condicional < Acessado em 17/11/2014, às 11h28min >

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