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Imagem aula 3 Lara Macedo – Unit P4 NEOPLASIAS MALIGNAS NO PULMÃO ACHADOS CLÍNICOS O carcinoma de pulmão, nas fases iniciais, não causa sintomas e, por isso, na maioria dos casos o diagnóstico é feito quando a doença já se encontra avançada. Os sintomas podem resultar da doença local (p. ex., tosse, expectoração hemóptica, dispneia), da extensão do tumor para as estruturas adjacentes (sobretudo para a parede torácica resultando em dor), das metástases à distância (especialmente para ossos, fígado e cérebro), da secreção hormonal tumoral ou reação imunológica (síndromes paraneoplásicas), ou dos efeitos gerais inespecíficos (fadiga, anorexia e perda de peso). As síndromes paraneoplásicas são extremamente variadas e incluem osteoartropatia hipertrófica, síndrome miastênica de Eaton-Lambert, neuropatia periférica, síndrome de Cushing, síndrome da secreção inapropriada do ADH, hipercalcemia e eosinofilia. A maioria das síndromes paraneoplásicas ocorre com carcinoma de pequenas células. ACHADOS IMAGINOLÓGICOS RAIO-X • Nódulo ou massa geralmente com margens espiculadas ou lobuladas, principalmente em adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas e carcinomas de grandes células. • Tumor de Pancoast (tumor do sulco superior): é um sulco criado pela passagem da artéria subclávia até a pleura dos ápices dos lobos superiores. Pode manifestar- se como uma massa no ápice do pulmão ou como aparente espessamento pleural apical. Suspeita-se de neoplasia quando: o espessamento pleural apical tem uma assimetria de mais de 5mm, convexidade inferior do espessamento pleural ou quando observa-se aumento do espessamento pleural apical nas radiografias de seguimento. • Massa hilar ou peri-hilar • Linfonodomegalia hilar o mediastinal • Consolidações progressivas (carcinoma bronquioalveolar) • Atelectasia e pneumonite obstrutiva. Fatores sugerem a presença de carcinoma de pulmão em pacientes fumantes acima de 45 anos incluem: convexidade focal do lobo atelectasiado na região hilar (sinal S de Golden), pneumonia lobar associada à linfonodomegalia hilar ou mediastinal, pneumonia envolvendo somente um lobo ou segmento e pneumonia recorrente no mesmo lobo. Figuras: Raio-X em PA que mostra massa no ápice do pulmão esquerdo. Raio-X em PA que mostra atelectasia do LSD com deslocamento cefálico e medial da pequena fissura, sindal de Golden. 2 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA • Nódulo ou massa geralmente com atenuação de partes moles e margens espiculadas ou lobuladas. • Calcificações finas ou excêntricas • Necrose resultando em área central de baixa atenuação • Um tumor endobrônquico frequentemente resulta em atelectasia ou pneumonite obstrutiva de um segmento, um lobo, ou todo o pulmão. A diferenciação do tumor endobrônquico da atelectasia e pneumonite distal requer uso de contraste iodado intravenoso. • A grande maioria dos carcinomas de pulmão duplica de volume entre 30 dias e 450 dias. • Carcinomas agressivos podem resultar em obliteração dos planos de gordura entre os linfonodos mediastinais. TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS • O estudo da tomografia por emissão de pósitrons (PET) com o análogo da glicose marcado com flúor radioativo - fluordesoxiglicose (FDG), tem uma sensibilidade de aproximadamente 95% e um alto valor preditivo negativo na diferenciação entre nódulo maligno e benigno. • Os nódulos pulmonares que apresentam atenuação em vidro fosco ou nódulos parcialmente sólidos são, com frequência, falsos negativos ao estudo de PET. • A especificidade do PET é de aproximadamente 80%, podendo haver captação de FDG em carcinoma de pulmão, processos inflamatórios e infecciosos, como tuberculose, histoplasmose e sarcoidose. 3 ESTADIAMENTO O estadiamento final do câncer de pulmão é clínico. Os métodos de imagem utilizados no estadiamento podem incluir RAIO-X, TC, RM, USG, PET e cintilografia. RAIO-X Revela o tamanho da lesão - quando circunscrita -, o grau de atelectasia ou de pneumonite obstrutiva na presença de carcinoma associado à obstrução das vias aéreas e a presença ou não de derrame pleural. De valor limitado na detecção de invasão da parede torácica ou mediastino. Carcinoma associado a elevação do hemidiafragma ipsi lateral deve sugerir invasão do nervo frênico. O diagnóstico diferencial inclui atelectasia lobar, derrame infrapulmonar, ou eventração do diafragma. Pode demonstrar linfonodomegalia hilar ou mediastinal em alguns casos, mas tem baixa sensibilidade no diagnóstico. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Pode ser útil na avaliação de presença de derrame pleural maligno ou nódulos neoplásicos contralaterais. A medida mais confiável é prática na avaliação do tamanho dos linfonodos pela TC é o diâmetro do seu menor eixo Por causa da baixa especificidade da TC em distinguir linfonodomegalia neoplásica de linfonodo hiperplásico reacional, geralmente torna-se necessária a realização de biópsia para confirmar a presença de metástases linfonodais. 4 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA A ressonância magnética é superior à TC na avaliação da invasão da parede torácica em tumores apicais (tumor de Pancoast), na avaliação de invasão da coluna vertebral, da medula óssea e dos forâmens neurais. O achado mais precoce de invasão da parede torácica na RM é o rompimento da gordura extrapleural normal por tecidos moles. A gordura extrapleural é mais bem visualizada como uma linha de hipersinal em imagens ponderadas em T1. É recomendada na avaliação de pacientes com tumor do sulco superior (tumor de Pancoast) e na avaliação de pacientes com suspeita clinica de metástases cerebrais. TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS Instrumento importante no estadiamento do carcinoma de pulmão, usualmente aumentando o estadiamento e evitando procedimentos cirúrgicos desnecessários. A vantagem do PET / CT é permitir a avaliação de corpo inteiro, com visualização dos principais sítios de metástases do câncer de pulmão incluindo glândulas adrenais, esqueleto, fígado e o próprio pulmão. CINTILOGRAFIA Está indicada em pacientes com evidências clinicas ou laboratoriais de doença metastática, incluindo dor óssea e sintomas inespecíficos como anorexia, perda de peso e fadiga. O PET e o PET / CT são superiores à cintilografia na detecção de metástases ósseas.
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