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1 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista Neoplasias NEOPLASIA PULMONAR PRIMÁRIA Mais frequente e com > nº de óbitos 1ª causa de morte em homens e 2ª em mulheres Sobrevida global de 15% em 5 anos Homens > Mulheres 90% casos relacionados ao hábito de fumar Principal causa de mortalidade evitável FATORES DE RISCO: I. Tabagismo: 90% dos homens e 80% das mulheres Carcinógenos -> Lesão células pulmonares -> Tumorais Nicotina: Inibição da apoptose de células tumorais Saber: Idade de início, tempo, cigarros/dia, profundidade de fumaça inalada Alto risco: 20 anos/maço 15-20 anos após cessação: Risco diminui II. Asbesto: 4-5x risco Asbesto + Tabaco = Risco 80x maior III. Outras exposições: Sílica, metais, radiação ionizante IV. Radioterapia torácica prévia V. DPOC/intersitiopatia fibrosante/sarcoidose VI. Infecção pelo HIV VII. Histórico familiar de carcinoma broncogênico TIPOS HISTOLÓGICOS: 90% - Carcinoma broncogênico o Pequenas células o Não pequenas células (epidermoide, adenocarcinoma e grandes células anaplásico) o Obs: Epidermoide – É o CEC: Central, cavita e cálcio “cheio de letras C” Adenocarcinoma: o É o mais comum: 35-40% o Localização periférica (inicial nódulo ou massa isolados) o Invasão pleuras visceral e parietal o Menor relação com tabagismo (80-85% casos) o Mulheres e indivíduos <40 anos Carcinoma de células escamosas (CEC) o 25-30% o Central (metaplasia do epitélio colunas) o Alta relação com tabagismo (95%) Carcinoma de pequenas células o 15-20% o Central com maior relação com tabagismo o Maior potencial de metástase (LN e a distância): “É o pequeno que quer aparecer” Carga tabágica: nº de maços/dia x nº anos de fumo Padrão Lepídico: Crescimento de tumores que se proliferam ao longo das superfícies de paredes alveolares intactas. Disseminação por vias aéreas Óbito por IRpA por asfixia (atapetamento) Massa pulmonar central Hemoptise, atelectasia, pneumonias obstrutivas, hipercalcemia e necrose tumoral central (cavitação) Diagnóstico por broncoscopia 2 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista Carcinoma de grandes células o Ou anaplásico (5-10%) o Vias aéreas periféricas o Altamente proliferativo (agressivo) o Necrose e invasão de estruturas por contiguidade ACHADOS CLÍNICOS – Inespecíficos: Tosse, perda de peso, dispneia, dor torácica, hemoptise, dor óssea, febre, fraqueza, SVC superior, disfagia, sibilos e estridor IMPORTANTE: Quadro clínico normalmente começa quando há 2/3 da evolução do tumor (Ou seja, mais tardiamente) a. Sintomas do tumor: o Tosse em 75% o Hemoptise em 35% o Chiado localizado b. Invasão intratorácica: o Dor torácica o Dispneia o Rouquidão Obs1: SÍNDROME DE VEIA CAVA SUPERIOR Obs2: SÍNDROME DE PANCOAST Resultante de uma neoplasia maligna no sulco superior pulmonar Há compressão de vasos sanguíneos com edema Há dor no ombro e/ou escápula ipsilateral, com parestesia e dor Leva a lesões destrutivas na entrada torácica envolvendo o plexo braquial e nervos cervicais e simpáticos, causando dores severas, atrofias de mãos e músculos do braço Leva a Síndrome de Horner: ptose, miose e anidrose c. Metástase a distância: o Dor óssea o Cefaleia, náuseas e vômitos, déficit neurológico focal o Dor em hipocôndrio direito, icterícia d. Assintomáticos e. Síndromes Paraneoplásicas: o São disturbios causados por tumor, mas com efeito a distancia e não por proximidade o Não indicam metástases o Mais comuns no câncer de pequenas células - É o mais associado a síndromes paraneoplásicas o Endócrinas (SIADH / Síndrome de Cushing) Exceção é o aumento de Cálcio: CEC o Osteoatropatia hipertrófica (adeno e CEC) - Localização periférica - Grande massas tumorais com potencial de cavitação 3 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista o Antes da detecção do câncer EXAMES COMPLEMENTARES: Pensar na possibiliadade cirúrgica CANDIDATOS: o Faz-se testes para avaliar a função pulmonar – Tolerabilidade da cirurgia o Espirometria o Medida da difusão de monóxido de carbono Critérios de indicação: PNEUMONECTOMIA o VEF1 > 2L e 80% do predito o DLCO> 80% o Sem necessidade de testes adicionais Critérios de indicação: LOBECTOMIA o Idem, porém VEF1 >1,5L E se <1,5L e DLCO < 80% ? Calcular VEF1, DLCO PPOs Cálculo de valores preditos pós operatórios (PPOS) o Pulmão direito – 10 segmentos: 3 superior, 2 médio, 5 inferior o Pulmão esquerdo – 9 segmentos: 3 superior, 2 língula e 4 inferior Método Simples – VEF1 pós-op: VEF1 pré-op x No segmentos pós op/No segmentos pré op Se VEF1, DLCO PPO >40%: Liberado para lobectomia Teste cardiopulmonar de exercício o Se VO2 máximo <10mL/kg/min: Risco excede o benefício o Considerar outras opções terapêuticas EM RESUMO: VEF1 >1,5 L, 80%: LOBECTOMIA VEF1 >2,0L, 80%: PNEUMONECTOMIA VEF1 ou DLCO < 80%: PPOs Se >40%: CIRURGIA <30%: CONSIDERAR OUTROS TTMTOS 30-40%: CONSIDERAR TESTE CARDIOPULMONAR DE ESFORÇO OSTEOARTROPATIA HIPERTRÓFICA Baqueteamento digital, aumento em tecidos moles Confundido com AR Mais comum: Adenocarcinoma HIPERCALCEMIA Mais comuns: CEC Substância com o mesmo efeito do PTH Induz atividade osteoclástica – like hiperparatireoidismo SIAH: Pequenas células; ADH produzido pelo tumor Retenção de água livre – Hiponatremia grave Afastar outras causas SÍNDROME DE CUSHING Pequenas células Sinal de mau prognóstico Produção de ACTH, hipercortisolismo crônico Tumor de pulmão é a causa mais comum 4 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista EXAMES COMPLEMENTARES: Biópsia Pulmonar: Pode ser feita por meio de broncoscopia, biópsia transtorácica e biópsia cirúrgica Raio X: Só 2% dos pacientes com câncer de pulmão apresentam RX normal TC: Diagnóstico, estadiamento e seguimento PET-CT: Permite ver lesões suspeitas não só no pulmão, mas mostra indícios de doença a distância (não é bom para ver o crânio – hipermetabolismo) RNM de crânio Cintilografia óssea – Método padrão ouro para Mx ósseas AO ESCOLHER: Primeiro métodos menos invasivos Mx? Bx local + avançado Derrame Pleural: Toracocentese guiada Métodos invasivos são necessários a qualquer suspeita de N2,3 a TC ou PET, T>3cm, tumor central, N1+, mesmo se N2,3-, direcionar um N3 para um N2 ESTADIAMENTO: CP pequenas células: o Doença limitada (um hemitórax) – 30% o Doença extensa (bilateral ou metástase) – 70% o Metástases contralaterais, linfonodos contralaterais, infiltração da parede torácica, DP neoplásico, SVCS, linfangite CP não pequenas células: METÁSTASES FIASCO: FÍGADO, ADRENAIS, SNC e OSSOS Obs: Lembrar que são silenciosas, tem que a TC tem que ter cortes abdominais que permitam ver fígado e adrenais Estadiamento: TNM I. Tumor: Menor ou igual a 3cm (nódulo) a. T1a: Menor ou igual a 1cm b. T1b: Maior que 1cm e menor ou igual a 2cm c. T1c: Maior que 2cm e menor que 3cm T2: Maior que 3cm e menor ou igual a 5cm d. T2a: Maior que 3cm e menor ou igual a 4cm e. T2b: Maior que 4cm e menor ou igual a 5cm f. T3: Maior que 5cm e <7cm g. T4 > 7cm ou qualquer tamanho Tumor envolto por pulmão, ou pleura visceral, sem invasão Tumor endobrônquico, que não ultrapassa brônquio lobal Pode invadir pleura visceral! Chega ao brônquio principal, independentemente da distância da cartinha, mas sem envolve-la Pode apresentar atelectasia subtotal ou pneumonia obstrutiva Ocorre invasão: Parede torácica, nervo frênico, pericárdio parietal, pleura mediastinal, nódulo tumoral no mesmo lóbulo 5 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista II. Linfonodos: N1, N2 e N3 a. N1: Ipsilaterais, desde que seja hilar ou peribrônquicosb. N2: Mediastinal, subicarinal (“pq a carina se bifurca”) c. N3: Contralateral, hilar, mediastinal, escaleno ou supraclavicular III. Metástase: a. M0: Não tem metástase b. M1a: Nõdulos tumorais no lobo contralateral, Tu + nódulos pleurais ou pericárdicos, DP ou Dpericárdico c. M1b: Metástase extratorácica única d. M1c: Múltiplas metástases extratorácicas em um ou mais órgãos SCREENING: O rastreamento é recomendado para: o 55-74 anos o Fumantes ou (ex fumantes até há 15 anos) > 30 a/m o TC de baixa dose o Manter TC anual até 74 anos ou ex fumante há mais de 15anos o Redução de 20% da mortalidade TRATAMENTO: Saber tipo de tumor, tamanho, localização/extensão, estado geral (ECOG/Karnofsky) Ressecção é ofertar a possibilidade de cura QMT: Abordagens adjuvante, neoadjuvante, paliativa (impacto em sintomas) Radioterapia: Antes ou depois da cirurgia, combinada com QMT, diminuição de sintomas ESTÁDIO IIIB PRA FRENTE: Não cabe cirurgia – QT e RT ´ ESTÁDIO IV: Tratamento paliativo Sobrevida após recidiva: 2-4 meses (CP pequenas células) - METÁSTASES PULMONARES: o Mama o Ovário o Rins o Testículos o Cólon o Tireoide - NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO Possiveis etiologias: I. Benignas: Infecciosas, inflamatórias, tumor beningo e alterações congênitas II. Malignas: Carcinoma pulmonar, metástases, tumor carcinoide, linfoma CARACTERÍSTICAS DOS NÓDULOS PULMONARES BENIGNOS E MALIGNOS Características Benigno Maligno Tamanho < 0,8cm >1,5cm Borda Regular Espiculado Cavitação Não Sim Lesões satélite Sim Não Tempo de duplicação <30 dias ou >1,5 anos 30 dias e 1,5 ano - PADROES DE CALCIFICAÇAÇÃO: Benignas: Mais centrais e homogêneas Em “em alvo” – histoplasmose, “em pipoca” – hamartoma, “casca de ovo” – sarcoidose e silicose, “casca de cebola” – TBC. Malignas: Excêntricas, amorfa e irregular – Potencial de malignidade - Follow up: Na maioria das vezes, TC em 3m, 6m, a cada 6m até 2 anos. Invade: mediastino, coração, grandes vasos, esôfago, traqueia, carina, corpo vertebral, nervo laríngeo recorrente, diafragma, nódulo tumoral em lódulo diferente Lesão <3cm diâmetro a RX Circundado por pulmão normal Ausência de infiltradosd, atelectasia ou linfonodomegalias
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