Buscar

Resumão de Imunologia

Prévia do material em texto

Imunologia MD1
Introdução à imunologia 
 Células do sistema imune: 
1.Sua produção (Hematopoese): ocorre na medula óssea vermelha, isto é, onde há muitas células multipotentes que dependendo do estímulo geram linhagem de células específicas. Porém, é importante salientar que nem todas as células do sistema imune que são produzidas na medula óssea já saem de lá prontas para serem utilizadas, a exemplo dos linfócitos T, os quais precisam passar pelo timo para poderem ser amadurecidos; 
Figura: os linfócitos que não estão ativados são chamados de Naive. 2- as células multipotentes presentes na medula óssea são estimuladas por meio de IL a se diferenciaresm, por meio dos receptores C-Kit;
2.Células granulocíticas polimorfonucleares: de maneira geral, são aquelas que possuem de 2 a 4 lóbulos nucleares e são repletas de grânulos, alguns com características básicas outros ácidas. De posse disso temos os: 
 -Neutrófilos: são células que recebem esse nome, porque podem ser coradas tanto por corantes ácidos quantos básicos. Sua função básica é a degranulação (liberar conteúdo das vesículas) para combater o antígeno, fagocitose e opsonização. Sua principal característica é possuir muitos grânulos e de 2-3 lóbulos nucleares; 
 
 -Eosinófilos: são células que possem características básicas, por isso coram com corantes ácidos, como a eosina. Ele apresenta 2 Lóbulos nucleares e possui como principal função degranulação e fagocitose, porém sendo uma ADCC (antibody dependente cell mediated cytotoxicity), isto é, podem até fagocitar, mas só são ativadas quando há a presença de anticorpos específicos. Logo, sua ação efetora não é imediata em muitos casos;
 
 -Basófilo: são células que não possuem seu núcleo muito bem dividido. Sua principal característica é possuírem grânulos ácidos, por isso são corados com corantes básicos. Possuem como função a liberação de substâncias mediadoras da inflamação, como a PGE e o LTC associadas à Histamina, e são típicas do sangue; 
 
Figura: Importante lembrar que os mastócitos, nos tecidos, exercem função semelhante aos basófilos no sangue;
 
Figura: os mastócitos são semelhantes aos basófilos, porém são residentes do tecido conjuntivo e possuem receptores para imunoglobulinas. Por isso, eles sabem quando devem produzir os mediadores pró-inflamatórios; 
3.Células Fagocíticas mononucleares: são aquelas que possuem a capacidade de fagocitar o antígeno, formar o fagossomo, apresentar o antígeno na sua membrana por meio do MHC de classe 2 e, quando necessário, exercer função efetora por meio do mecanismo de ADCC. Logo, temos as seguintes células que exercem esse papel: 
 -Macrófagos (Monócitos forma inativa dos macrófagos): são células grandes que possuem a capacidade de projetar os pseudópodes para fagocitar o antígeno. Encontramos em tecidos e na forma inativa, monócitos, no sangue; 
 
Figura: quando o monócito entra no tecido ele recebe o nome geral de macrófago. Porém, dependendo de onde esse macrófago está pode receber uma denominação diferente, como células da Micro Glia (sistema nervoso) e células de Kupffer (no fígado);
De posse disso, podemos pontuar os seguintes subtipos de macrófagos: 
 *Comuns/Clássico: ação fagocitária e antobiótica; 
 * Reparadores: são recrutados por meio da IL-4 durante o processo de reparo tecidual; 
 *Regulador: são recrutados por meio da IL-10 para mediar o processo inflamatório; 
 -Células Dendríticas: ela é considerada uma APC (célula apresentadora de antígeno) mais efetiva, pois sua morfologia, apresenta prolongamentos em sua membrana lembrando dendritos dos neurônios, possibilita maior superfície de contato e são elas que apresentam o antígeno em sua membrana por meio do MHC de classe I aos linfócitos B nos linfonodos. De maneira geral essa é a função dessas células, porém podemos ter os seguintes tipos:
 *CD foliculares: estão presentes no baço, linfonodos e tecidos linfoides. Sua função é auxiliar na maturação e seleção de LB, pois apresentam antígenos proteicos. Outra função dessa célula no linfonodo é auxiliar na formação do
 *CD comum: estão presentes no sangue e no tecido. Essas sim apresentam antígenos aos LT nos linfonodos;
4. Células do Sistema Linfático: são aquelas responsáveis por efetuar a defesa do corpo. Essas células são chamadas de Linfócitos, os quais possuem como principal característica possuírem o núcleo muito grande, quase equivalente ao tamanho da célula. Assim, podemos ter dois tipos de linfócitos: 
 -Linfócitos T (LT): essa família apresenta função fundamental para o processo imune. Elas podem ser do tipo: 
 *LTNK (Natual Killers): matam as células tumorais ou infectadas por meio do processo de apoptose e fazem parte do sistema imune inato, isto é, matando as células infectadas ou defeituosas. Logo, elas são as primeiras a atuar no sistema imune; 
 *LTC (citotóxicos): são as células que atuam mais especificamente na apoptose de células tumorais ou infectadas. Um exemplo clássico desses linfócitos são os que possuem receptores TCD8;
 *LTH (auxiliares): são as células que ativam outras células para exercerem suas funções tanto por meio de citocina quanto por quimiocinas. O LINFÓCITO TCD4 é o mais conhecido, pois ele atua ativando os macrófagos e promovem também a ativação do LB;
 *LTR (reguladores): atuam na regulação da resposta imune humoral e celular; 
 
 -Linfócitos B (plasmócitos): são os linfócitos que produzem as imunoglobulinas, isto é, os anticorpos para neutralizar, opsonizar e até matar o patógeno presente no organismo;
 
Figura: quando temos a ativação dos LB eles tornam-se plasmócitos. É esse estágio que ocorre a liberação das imunoglobulinas; 
 Mediadores químicos do sistema imunológico (citocinas): como é de conhecimento geral, para haver um êxito no funcionamento do sistema imune, é importante haver uma comunicação entre as células, cuja ocorrência de estímulos de crescimento, ativação e efetivação seja presente. Por isso, chamamos de citocinas essas substâncias produzidas pelos mais diversos tipos de células a fim de exercerem essa colaboração supracitada. Por fim, torna-se pertinente ressaltar que uma citocina exerce a função de quimiocina, mas a recíproca não é verdadeira. Sinalização CELULAR PODE SER DADO POR: 
 *Fator Justácrino pequenas distância
 *Fator Parácrino Grandes distâncias
 *Fator Autócrino a própria célula produz e se estimula
1.Interleucinas (TIPO I): deve-se lembrar, de início, que essas substâncias são produzidas por células do sistema imune (leucócitos) e outras exercendo função vital para sua efetividade. Além disso, temos certos tipos de citocinas que são produzidas apenas por certas células. Com isso, citamos as principais IL:
 -IL1: FATOR ATIVADOR DE LINFÓCITOS produzido por células fagocitárias mononucleadas quando há fagocitação de antígenos; junto a isso, essa il atua no hipotálamo promovendo perda de calor do corpo, causando o quadro clínico denominado FEBRE;
 -IL2: produzidos por LT atuam da seguinte maneira nos 3 grupos celulares: 
 *LT: maturação, memória celular e manutenção;
 *LB: produção de imunoglobulinas; 
 *LTNK: maturação e ativação; 
 
 -IL3: produzidas por células T, atuam estimulando a maturação e diferenciação das células multipotentes na medula óssea; 
 -IL4: produzida por LTACD4 atua nas seguintes células: 
 *LT: diferenciação para TH2;
 *LB: atuam no ‘’SWITCH THE CLASS’’ de IgM para IgE;
 *Macrófagos: ativação alternativa e inibição da clássica por meio da inibição do ITF-a;
 -IL5: produzida por LTACD4 durante a resposta TH2. Ela atua ativando os eosinófilos e aumentando sua produção na medula óssea, por isso a eosinofilia é muito presente na TH2;
 -IL6: produzida por macrófagos, cels endoteliais e LT exerce a função de proliferar LB e no fígado atuam na produção de proteínas do sistema complemento; 
 -IL7: produzidapor fibroblastos e cels do estroma da medula óssea exercendo a função de maturação e manutenção dos LT naive e de memória ao mesmo tempo que promove a proliferação de células precursoras de LT e LB;
 -IL8: induz a resposta th para th1;
 -IL9: produzidas por células LTACD4+ atuam ativando mastócitos, células B e células teciduais, isto é, induzindo a proliferação; 
 -IL10: produzida por macrófagos e Células T, possui a função de inibir a IL12 e ser um coestimulador para o MHC II; 
 -IL11: produção de plaquetas pelos megacariócitos; 
 -IL12: produzida por macrófagos e células dendríticas possui a função nas seguintes células: 
 *LT: diferenciação em TH1 e é o estimulador para a produção de ITF-g nos LT; 
 *LTNK: aumenta a citotoxidade; 
 -IL13: produzida pelo LTCD4+ (NA RESPOSTA TH2), pelos LTNK e pelos mastócitos. Essa interleucina é fundamental, pois ela atua nas seguintes células: 
 *LB: ‘’SWITCH THE CLASS’’ para IgE; 
 *Nas células epiteliais: atuam aumentando a produção de muco; 
 *Fibroblasto: aumento da síntese de colágeno;
 *Macrófago: ativação alternativa; 
 -IL14: IRRELEVANTE; 
 -IL15: produzida pelos macrófagos atuam na proliferação de LTNK e na proliferação e manutenção dos LTCD8; 
 -IL16: produzida por mastócitos, LT, eosinófilo e células epiteliais atua na quimioatração de de LTCD+, monócitos e eosinófilos. Por isso, ela tem forte relação com a resposta TH2; 
 -IL17: ela é responsável por aumentar a inflamação e é produzida por LT atua nas seguintes células
 *Endotélio: produção de quimiocina, como a selectina;
 *Macrófagos: otimiza a produção de quimiocinas e citocinas; 
 *Cels Epiteliais: outros;
 -IL19: produzida por macrófagos, possui a função de estimular o próprio macrófago (autócrino) a secretar IL1 e TNF. Ao mesmo tempo atua na nos queratinócitos promovendo sua proliferação; 
 -IL20: produzida por monócitos e queratinócitos, possui a função autócrina nos queratinócitos de diferenciação e maturação. Já na medula óssea promove a proliferação de células multipotentes;
 -IL21: Produzida pelos LT na resposta TH2, TH17 e TFH. Ela exerce a função nas seguintes células 
 *LB: ativação, diferenciação e expansão clonal;
 *NK: maturação 
 *TH17: otimiza a resposta; 
 -IL22: produzidas pelas LT na resposta TH17, atua nas seguintes estruturas
 *Cels epiteliais: estimula a epitelização;
 *Hepatócitos: sobrevivência; 
 -IL23: produzida por macrófagos e células dendríticas, possuí a função de manter as células T (LT) que estão produzindo a IL17; 
 -IL24: produzida por melanócitos, queratinócitos, mastócitos e LT promove a secreção de citocinas inflamatórias nos monócitos (IL2 e outras) e apoptose nas células cancerígenas; 
Em suma, podemos observar que as interleucinas não são produtos exclusivos de linfócitos e podem exercer inúmeras funções. De posse disso, podemos sintetizar as principais interleucinas no quadro e suas funções: 
 
2.Quimiocinas (tipo II): de maneira geral, essas substâncias já inibem outras e possuem efeitos secundários, como a IL1 e são coestimuladores. Assim, podemos, primeiramente, definir: 
 >Interferon (IFN): são substâncias glicoproteicas que são secretas por células parasitadas por vírus ou pelos macrófagos que faocitaram esse antígeno. O IFN é imunologicamente ativo e desencadeia a resposta imune fisiológica; 
 >Fator de Necrose Tumoral (TNF): é um tipo especial de citocinas que promovem a morte de células tumorais e possuem ação pró-inflamatória. Esse fator é secretado principalmente por macrófagos; 
De posse disso, podemos citar os subtipos e suas funções no sistema imune: 
 -IFN- Alfa: produzida por cels dendríticas plasmocitoides e macrófago, possui a função de ativar as LTNK e atuar sobre as células em estado anti-viral estimulando maior produção do MHC I;
 Quadro: Diferença entre o ITF alfa e beta
 -IFN- Beta: produzido por fibroblastos, céls dendríticas plasmocitoides possui a mesma ação do IFN-A; 
 -TNF: produzido por células NK, LT e macrófagos possui uma vasta função nas seguintes células
 *Endotélio: ativa a inflamação e a coagulação; 
 *Neutrófilo: Ativa os neutrófilos; 
 *Hipotálamo: em associação com a IL1 causa febre; 
 *Músculo e tecido adiposo: catabolização; 
 *Fígado: síntese de proteínas na fase aguda;
 
 Moléculas_do_Sistema_principal_de Histocompatibilidade (MHC/ HLA HUMAN LEUCKOCYTE ANTIGENS ): 
1.O que é: são receptores presentes nos linfócitos T e nas APCs que proporcionam a comunicação e reconhecimento do antígeno pelos LT. Ele foi descoberto durante os primórdios do transplante, pois foi descoberto que o corpo tinha um jeito de reconhecer suas próprias células e antígenos específicos na forma de peptídeos. Por fim, as moléculas do MHC são consideradas membros da superfamília das imunoglobulinas, pois elas possuem regiões variáveis, que podem se ligar com o peptídeo, e estáticas que fazem ligação com a célula; 
2.A genética e o HLA: foi descoberto que esses padrões de receptores de membrana são codominantes, oriundo dos progenitores. Esse fenômeno forma um haplótipo, isto é, onde um indivíduo herda um alelo do pai e outro da mãe.
3.Padrões de HLA nas células: como já foi discutido anteriormente, esse padrão recebe o termo ‘’pincipal’’, porque é ele o mais presente em certas células. Assim, a partir de estudos, foi visto que há 2 tipos de HLA/MHC e predominância nas células. São elas: 
 -MHC/ HLA de classe I: estão presentes nas células nucleadas normais, a exemplo de uma célula epitelial; 
Figura: essa é a molécula de MHC I. Ela é importante, sobretudo, na identificação de células parasitadas por vírus e tumorais, havendo mudanças na célula e expressão de proteínas na sua extremidade; o domínio Ig é composto pela cadeia alfa 3 e a Beta 2; a região alfa 3 é a responsável por fazer a ligação com linfócitos T citotóxicos; 
 -MHC/HLA de classe II: estão presentes na membrana das células apresentadoras de antígenos, as APCs, como LB, macrófago e cel dendrítica. ESSAS CÉLULAS APRESENTAM TANTO O MHC DE CLASSE I QUANTO II, porém o que predomina é o II, por isso elas são consideradas APCs;
 
4. Apresentação de Antígeno ao LT por meio do MHC: 
 -Via MHC I: as células em estado normal apresentam auto antígenos no domnínio superficial desses receptores. Esses antígenos são peptídeos da própria célula que são oriunda de substâncias que as APCs, LTNK e LTC reconhecem, por isso não atacam a célula. Porém, se essa célula estiver parasitada, por um microrganismo intracelular, ocorre a mudança dos peptídeos apresentados. Assim, sendo possível reconhecer as células infectadas e elimina-las; 
Figura: nota-se que nesse caso a célula está infectada, por isso há a ação de proteassomos englobando-as para digerir e, ao mesmo tempo, fatores de transcrição, como o TAP promovem a síntese de monômeros com compleco MHC 1. Já a montagem desse complexo com o peptídeo estranho ocorre no complexo de Golgi e posteriormente exteriorizado pela membrana, a qual aguarda as células efetoras atuarem, Essas células efetoras como as NK e LTCD8 possuem receptores para o mhc TC-R 
 -Via MHC II: é importante lembrar os processos de fagocitação antes de destrinchar essa apresentação 
 *Endocitose: mediada por receptores celulares formando uma ‘’vesícula’’ LB fazem isso;
 *Pinocitose: líquidos formando vesículas;
 *Fagocitose: substâncias densas ou rígidas formando o fagossomo; 
Assim, essa apresentação começa com a identificação de antígenos estranhos ao corpo ou células lesadas. Todo começa quando ocorre um desses processos de endocitose, formando o fagossomo (antígeno + membrana celular). Após isso, ocorre a fusão com os lisossomos, ocorrendo a formação do fagolisossomo, o qual digere essas substâncias e as transforma em peptídeos. Ao mesmo tempo, o fator de transcrição atua no núcleo para formar as partes do MHC II que é juntadono complexo de Golgi e liberado no citosol. Quando ele chega nesse estágio, eles aderem ao fagolisossomo com a região mais externa apontada para dentro dessa bolsa que contém os peptídeos, assim sendo ativado e posteriormente expresso na membrana das APCs que mais tarde irão apresentar esses antígenos aos LT; 
5.Considerações Finais:
 Sistema Complemento: 
1.O que é: são substância bacteriolíticas que o próprio organismo produz. Ela está presente no sangue na forma de proteínas e atua na parede celular desses microrganismos de maneira inespecífica. Além disso, esse sistema é um inibidor do conjunto das imunoglobulinas com o antígeno, pois ele forma o complexo denominado MAC (Membrane attack comples complexo de ataque à membrana), o qual é o responsável por ‘’furar’’ a parede celular desses seres e causar lise. Também podemos dizer que esse complexo é fundamental na opsonização e no desenvolvimento do processo inflamatório;
Por fim, torna-se pertinente ressaltar que todas as vias vão convergir para a formação da C5 convertase, logo todas formam o complexo MAC; 
2.Onde são produzidas essas proteínas: no fígado e algumas células do epitélio do intestino e macrófagos; 
3.Conceitos Básicos:
 -Anafilotoxinas: são derivadas do sistema complemento da via clássica (C3a, C4a e C5a) atuando na degranulação de mastócitos e na inflamação aguda. 
 -Cinina: a molécula de C2b atua aumentando a permeabilidade vascular parte dela auxilia na inflamação quando é sintetizada 
3.Entendendo a nomenclatura do Sistema complemento: deve-se lembrar, de início, que o sistema complemento possui 3 vias de ativação, porém a principal é a clássica, isto é, por intermédio de imunoglobulinas que formam o complexo AG-AC (anticorpo+antígeno). Assim, ao longo do tempo foi-se descobrindo inúmeras proteínas que fazem parte dessa via, cuja denominação foi com a letra C que ao longo do tempo ganhou subdenominações, como C1 C2 C3 C4 C5 .... C9. Também foi descoberto que cada enzima possui subunidades quando ativadas e, por conseguinte, clivadas (separadas). No caso da via clássica temos as subunidades a e b, onde a é geralmente menor que b. Além disso, na via clássica temos as subdivisões da C1 que C1q, C1r e C1s;Lembrando: Via Clássica 
- C1...C9
- C1= C1q + C1r + C1s
- Clivagens a e b ( b>a)
- C2b< C2a
Ademais, na via alternativa, ativada pela composição da membrana celular de certas bactérias, temos todo esse sistema C1...C2, porém com substâncias que as compõe diferente, mas no caso de C2 temos substâncias que encontramos na via clássica. Assim, por fins didáticos, a clivagem e ativação da via alternativa recebe as subunidades B e D, mas quando é a C2 fica sendo uma molécula grande que recebe a nomenclatura de Bb e Ba (letras minúsculas representam a substância presente na via clássica e B exclusiva da via alternativa);
4.Ativação das vias:
 *Via clássica: 
 -Ordem das enzimas: C1 C4 C2 C3 C5 C6 C7 C8 C9
 - Esquema geral de ativação da via clássica: 
 Imunoglobulinas IgG ou IgM associados ao antígeno com a subunidade exposta onde o C1q possa se ligar 
 C1= C1q (produzida por cels do epitélio intestinal e macrófagos), C1s e C1l C1r e C1s formam C1r e C1s esterase que clivam clivagem da C4 e da C2 C4a c4B C2a C2b C2b atua como enzima que cliva a C3 (cinina C2b) + formação da C3 convertase (C4b+C2a) 
 
C3 é clivada e forma C3a e C3b C3 + C3b formam um complexo que cliva a C5 C5 convertase cliva a C5 C5a e C5b formação do complexo na membrana frouxamente por meio da junção do C5b e da C6 
 
 Granulócitos produzem a C7 C7 se associa ao complexo C5b e C6 formando um grande complexo lipofílico mais aderido à membrana da bactéria Formação do MAC Lise celular por falta de contre do gradiente de íons e água
 -Representação esquemática: 
 *Via alternativa: 
 -Aspectos importantes: nessa via não há a presença de C1, C2 e C4, pois são exclusivas da via clássica. Além disso, temos a proteína B (semelhante a C2) e a properdina (p) como exclusivas dessa via. Por fim, torna-se pertinente ressaltar que a via alternativa, de acordo com estudos, é mais antiga que a clássica, pois ela atua no sistema imune inato do indivíduo; 
 -Substâncias dos microrganismos que ativam a via alternativa:
 1.Bactérias Gran +: peptídeo ácido teicóico;
 2. ‘’ Gran -: polissacarídeo LPS na molécula;
 -O que inibe a ativação da via alternativa: cápsula de bactérias rica em ácido siálico, como é no caso do Estreptococos; 
 -Como ocorre a ativação da via alternativa: 
C3 hidrólise Clivagem em C3bBb que cliva o restante da C3. Essa enzima é chamada de C3 convertas a enzima D (produzido pelos adipócitos) presente no sangue cliva a Clivagem C3Ba e C3Bb. Após isso pode ocorrer: 
Associação da de C3b com a C3 convertase ( C3bBb) + a properdina configurando a formação da C5 convertase 
Associação da C3bBb com a properdina formando a C3bBbP
 
 Clivagem da C5 C5a C5b associação da C5b com C6, C7 e C8 formando o MAC lise celular;
 -Outras funções da via alternativa: a cascata de coagulação leva a formação da trombina, a qual induz a agregação plaquetária e a ativação da C3 por meio da via alternativa ou clássica. Após isso, a clivagem da C3 gera C3a e C3b que na membrana da plaqueta induz a formação do MAC. Essa estrutura se sente lesada, por isso começa o metabolismo no ácido araquidônico levando a produção, dentre outros fatores, o tromboxano que auxilia na coagulação
*Via Lectina: 
 -Por que essa é diferente: essa é intermediada pela manose presente na parede celular de certas bactérias. No sangue temos colectinas que conseguem reconhecer esse padrão em seguida realizar a formação do MAC. As colectinas presentes no sangue são: MBL (mannose binding lectin) e a conglutinina A;
 -Como ocorre o processo:
MBL se associa a membrana de patógenos que possuem em sua composição manose nesse momento ocorre a ligação simultânea no MBL de duas protease (MASP 1 e MASP 2) MASP 1 cliva C4 Clivagem da C4 e C2 C4a e C4b C2a e C2b C2b e C4a se ligam a parede da bactéria C3 é clivada pelo Masp 2 clivagem da C3 C3a e C3b C3b se junta ao complexo C2b e C4a já ne membrana, formando a C5 convertase C5 é clivada C5a e C5b C5b se liga à membrana recrutanto C6 C7 C8 e C9 poro é formado lise celular 
Notas finais: 
 -C5a é a mais potente anafilotoxina;
 
Ativação Dos Linfócitos
 Seleção tímica: 
1.O timo: é considerado um órgão linfoide primário, embora não produza linfócitos. Sua função basal é estimular a formação de linfócitos da linhagem T na medula óssea e posteriormente seleciona-las por meio da apresentação de antígenos endógenos, realizando a anergia celular e exógenos para célula saber reconhecer padrões PAMPS e DAMPS (respectivamente, um é de antígenos estranhos, como bactérias, já o outro é de células do próprio organismos, porém com defeitos ou até mesmo em estado de apoptose). De posse disso, é importante ressaltar a anatomia do timo e sua histologia:
 *Anatomicamente: 
 -órgão bilobular que apresenta,capsular, subcapsular, cortical, junção córtico-medular e medula. 
 -Nele encontramos vênulas aferentes e arteríolas e vênulas linfáticas eferentes; 
 
 *Histologicamente:
 -Apresentam células APCS: células dendríticas foliculares e macrófagos;
 -Apresentam células próprias que também apresentam antígeno, os timócitos;
2.Estímulo do timo na especialização de células multipotentes: timopoetina, timosinab4, timulina e outros. Junto a isso temos algumas citocinas, como a IL1, IL2, IL4 e IL7 nesse processo.
3.Seleção tímica: as células precursoras de LT possuem receptores CD44. Estudos mostram que essas células primárias chegam ao timo por quimiotaxia e por ação desses hormônios que, ao chegar na região subcapsular do timo já sofrem uma diferenciaçãopara receptores CD25, expressando receptores para a IL-2 para serem maturadas e sofrerem um crescimento. Após essa etapa primordial, ainda na região subcapsular, esses LT expressão receptores em sua membrana denominados Receptores de Linfócitos T (TRC reconhecem antígenos associados a moléculas do MHC), nos quais podemos encontrar os dois tipos em uma só célula: 
 -TRC1: reconhece apenas antígenos peptídicos;
 -TRC2: reconhecem uma vasta gama de antígenos compostos por carboidratos e outros;
Concomitante a isso, os receptores CD8 e CD4 também surgem na membrana. É nessa etapa que vai haver a diferenciação entre LTCD8 e LTCD4.
A seleção dessas células ocorre em 3 etapas: 
 1° alguns timócitos expressam em sua membrana MHC de classe 1 e outros de classe 2. Se um LT conseguir ter avidez com um desses tipos, ele recebe um estímulo de crescimento e especialização e para de expressar um desses dois receptores. Lembrando que CD8 se liga com MHC1 e CD4 com MHC2, e essa seleção positiva só ocorre se houver uma avidez eficiente, caso contrário a célula entra em apoptose; 
 2° apresentação de antígenos do corpo para essas células: macrófagos, timócitos e células dendríticas foliculares expressam por meio do MHC I e II antígenos do próprio corpo, isso já ocorre na região cortical do timo, e se houver uma avidez forte, essas células são consideradas ameaça para o corpo, havendo uma seleção negativa. Caso contrário, elas são selecionadas positivamente e passam para a próxima etapa
 3° Apresentação de antígenos estranhos: esse último teste de avidez visa testar os pré- LT Naive (sem memória) para ver se eles conseguem reconhecer antígenos de padrões PAMP e DAMP. Depois disso, se a célula reconhecer que houve uma boa avidez, essas células passam para a medula e vão para o ducto linfático eferente, o qual as leva para os linfonodos para aguardarem estímulos; nos linfonodos encontramos LT naive;
Figura: esquema da seleção tímica. Apenas ratificando que ela ocorre apenas para linfócitos T, não linfócitos B. ATENÇÃO: linfócitos com TCR com alta afinidade não são selecionados, porque podem provocar ataque ao MHC presente nas células normais do corpo essa falha na seleção negativa provoca doenças auto-imunes;
4.Formação dos Linfócitos T reguladores (Treg): esse subtipo de linfócito tcd4 é importante por autolimitar o sistima imune. Com isso, temos o controle da resposta, tanto pela interação química (produção de IL10) quanto por enzimas que estimulam a apoptose. Essas células podem surgir tanto no final da seleção tímica quanto nos linfonodos, mas sempre seguindo o padrão de expressão de receptores específicos, como o FOXP3, CD25 e outros;
 Linfócitos B
1.Formação e maturação: esse tipo de linfócito, em alguns casos, também atua como APC, porém sua função basal é a produção de imunoglobulinas, assumindo a forma de plasmócitos, para opsonizar, neutralizar ou até mesmo matar os antígenos. Essas células são produzidas na medula óssea vermelha pelas células multipotentes nela presente por meio do estímulo da IL7 e por meio do Steam Cell factor. Após essa produção, há o processo de seleção positiva e negatica por meio da avidez entre o complexo antígeno estranho e Igs. Caso essa célula seja selecionada, sua maturação ocorre na própria medula óssea (saindo de lá expressando em sua membrana IgM e IgD) ou nos nódulos linfático (órgãos linfoides 2°), no qual os imaturos chegam no centro germinativo e quando maduros vão para a coroa ou manto.
 
2.Estrutura de um linfócito B e seu funcionamento resumido: essa célula é a responsável por secretar as imunoglobulinas. Essas estruturas protéicas estão inseridas na membrana plasmática da célula (célula naive) e quando ativadas, o linfócito B tona-se plasmócito e as libera para o sangue. Nesse sentido, torna-se importante ressaltar que na membrana há a presença de Receptores de Antígenos (BRC B cell receptor) tanto para o reconhecimento dos padrões PAMP no MHC quanto para a apresentação de antígenos quando necessário. Por fim, é importante salientar, também, que os LB produzem imunoglobulinas diferentes, porém a IgM é um anticorpo que está presente em todos os LB e possuem maior afinidade com antígenos polissacarídeos e possuem maior região ligante, por isso ela é usada como a primeira via da resposta imune, fazendo parte da resposta primária; 
4.Ativação do linfócito B e sua ação ativadora: respectivamente, temos o estímulo dos linfócitos T Helper/ auxiliares nesse processo. Quando os anticorpos específicos são produzidos, temos além da opsonização ou neutralização dos antígenos a ativação de células degranuladoras, como os mastócitos, caracterizando a forma de ativação ADCC;
5.Teoria da seleção clonal: de acordo com estudiosos, as imunoglobulinas possuem naturalmente a produção de uma Igs: a IgM. Porém, foi descoberto que cada linfócito B possui uma memória ao entrar em contato com o antígeno específico, logo para ocorrer a produção da Igs específica, há a necessidade de ocorrer uma troca entre IgM para a outra Igs, como IgA etc. Esse processo é chamado de ‘’Switch the Class’’ e está dentro da resposta imunológica secundária; 
6. Linfócito B e o Sistema Complemento: 
 -IgM: reconhece polissacarídeos e ativa a via clássica para eliminar no antígeno;
 -Outras Igs: reconhecem antígenos proteicos e atuam ativando o sistema complemento das outras formas; 
7.Imunoglobulinas: como foi dito anteriormente, são estruturas proteicas presentes na membrana plasmáticas dos linfócitos e quando ativadas são secretadas para o meio. De posse disso, é importante ressaltar os seguintes aspectos dessas Igs: 
 7.1.Estrutura básica: cada Igs possui um complexo de reconhecimento (chave fechadura) para o antígeno e para os receptores da membrana celular. De maneira geral, possuímos dois eixos, que são chamadas de cadeias, nessas estruturas, cadeia superior (contato com o antígeno) e cadeia inferior (contato com os receptores das células). Além disso, temos regiões estáveis/ constantes de aminoácidos para o reconhecimento de antígenos e ne membrana e variáveis. 
 7.1.1As sub-regiões da Igs e seus tipos: como foi explicado anteriormente, temos as cadeias superiores e inferiores que, respectivamente, recebem a denominação de cadeia leve e pesada devido ao seu peso molecular.
 7.1.2Regiões da imunoglulina e sua composição: como já é de conhecimento, temos uma parte dela que se liga ao antígeno e outra que se associa a membrana plasmática de outras células. Essa organização foi chamadas de Fab (fragmente antigen bindinglizabe) e FC (fragmente crystallizable). De posse disso, podemos subdividir quando a composição das cadeias e sua variabilidade ou estabilidade:
 -Região Fab: é composta por 1 parte variável, sendo a cadeia leve, e uma parte constante, sendo a cadeia pesada;
 -Região Fc: composta apenas por um conjunto de cadeias pesadas; 
7.2Modelo de uma Imunoglobulina: 
 
Figura: lembrando que o tipo de ligação que une as porções Fc com a Fab são as ligações dissufetas;
 7.3Isótopos das Imunoglobulinas, suas funções e peculiaridades:
 
 *IgG: é a principal ig presente nos líquidos do corpo. Sua vida útil é de mais ou menos 7 dias e possui maior efetividade na resposta secundária, quando possui maior secreção pelos plasmócitos. A IgG possui maior afinidade por polissacarídeos e podem ser subdividadas em:
 -IgG1:interação com antígeno proteico viral
 -IgG2: interação com antígenos 
 -IgG3: interação por antígeno proteico viral
 -IgG4: não possui capacidade de ativar o sistema complemeto e possuem grande afinidade com antígeno dos helmintos.
 Por fim, a ação fisiológica da igG é de opsonizar e ADCC (macrófagos e Nks). Também é válido ressaltar que essa é a única ig que é passada transplacentariamente; 
 *IgM: é uma ig polimérica, como a IgA, podendo apresentar forma pentamérica e monomérica. Essa característica confere maior resistência a ação proteolíca. Observa-se maior predominância dessa ignos líquidos internos do corpo e nas secreções. Também, é de fundamental importância ressaltar que essa estrutura proteica funciona melhor na resposta imune primária, pois ela possui maior afinidade com polissacarídeos e possuírem mais regiões Fab, pois as IgM se associam para formar um grande complexo. Por fim, ratificando: quando há resposta 1° temos muita IgM, já na 2° baixa; 
 *IgA: essa ig é especial, pois possui maior prevalência nas mucosas. Ela é como a IgM, isto é, possuindo formas poliméricas que conferem maior resistência à proteases, porém com uma estrutura a mais chamada de Componente Secretório (CS) produzido pelas células epiteliais próximas aos centros germinativos e uma cadeia de Junção (J). A associação das moléculas de IgA possuem maior afinidade com componentes proteicos, por isso são mais presente nas mucosas, como nasal, na qual ocorre grande entrada de antígenos. Quando associadas a um antígeno ativam o sistema complemento pela via clássica e, por conseguinte, acarretando a resposta inflamatória. Por fim, há maior concentração de IgAs na resposta secundária imunológica; 
 *IgD: essa molécula é um receptor primário de antígenos do linfócito B. Essa imunoglobulina só está presente na membrana plasmática do LB após sua síntese e sob efeito de certas citocinas. É importante ressaltar que ocorre a auto-tolerância, portanto seleção positiva, do LB se for apresentado um antígeno para o LB na medula sem a presença da IgD. Assim, essa célula torna-se anergica para o antígeno apresentado; 
 *IgE: essa ig possui como principal função o mecanismo ADCC para eosinófilos, na infecção parasitária por helmintos, portanto possui afinidade para certas proteínas em sua região Fab, mastócitos, degranulando a histamina que é fundamental na vasodilatação no processo inflamatório. Ela é encontrada mais na resposta secundária; 
8.Reconhecimento de antígenos pelos Lb: em um primeiro momento, já tendo o conhecimento básico de como ocorre a ativação dos LTH, a chegada dos LTH com o antígeno em sua membrana, por meio do MHC II, ocorre a apresentação do antígeno e, por conseguinte, ativação do linfócito B. Esse linfócito reconhece o antígeno por meio de IgM ou IgD, se for uma célula naive, e forma um ‘’cap’’ em um dos polos da célula, por isso o nome desse processo é capping. Após essa etapa, ocorre o processamento desse antígeno no linfócito B, por endocitose e clivagem, e apresentação desses peptídeos antigênicos por meio do MCH II novamente para o LT, promovendo a formação de um padrão de resposta e, consequentemente, a isomerização de imunoglobulinas e a formação de LB de memória; 
 
Figura: na imagem observamos o ‘’capping’’, onde há a apresentação do antígeno para o LB pelo LTH e posteriormente a expressão dos peptídeos antigênicos na membrana dos LB, que se tornam plasmócitos;
8. Marcadores do tempo de doenças: as imunoglobulinas, como foi visto anteriormente, sofrem uma especialização de acordo com a necessidade da defesa contra o microrganismo. Com isso, esse tempo para a ocorrência do ‘’ Switch the Class’’ demora um certo período. Assim IgM é marcador de infecção recente e IgG de antigo. Caso não tenha IgM contra aquele antígeno significa que a pessoa não foi exposta aquela doença;
 
 Linfócitos T: 
1.O que são e onde são formados: são células formadas na medula óssea junto com os linfócitos B a partir de estímulos de interleucinas e hormônios tímicos, como já foi citado anteriormente. A seleção tímica e o processo pelo qual ocorre a anergia da célula (auto-tolerância) e a seleção para linfócitos t helper ou citotóxicos que vão para os ógãos linfoides 2° e são encontrados na forma naive. Essas células são as responsáveis por efetivar a ação do sistema imune ou ativar outras células.
 
2.Os subtipos de linfócitos T e sua ativação e função no sistema imune: 
 *Natural Killers: são um tipo de linfócitos presentes na imunidade inata do indivíduo. Por meio dos receptores de linfócitos, eles reconhecem mudanças no MHC I e II atuando na apoptose dessa célula sem haver a necessidade de ativar uma resposta 2° caso seja efetivada essa defesa;
 *Linfócitos T Helper: são aqueles que mandam a ‘’mensagem’’ para outas células, isto é, por meio de estímulos químicos. O grande grupo é o LTCD4, o qual pode se diferenciar em TH1, TH2 e TH17;
 *Linfócitos T citotóxicos: são aqueles linfócitos semelhante as NK, porém mais específico para um tipo de célula infectada, a qual sofrerá apoptose; 
3.Estrutura básica de um linfócito T: eles possuem os receptores para MHC que é chamado de TCR. Esse receptor faz parte da superfamília das imunoglobulinas, como vimos na seleção tímica. Por isso, podemos dizer que há uma região de aminoácidos estáveis (FC) e variável (FAB) que configura a capacidade da formação de linfócitos de memória por meio da recombinação desses monômeros, possibilita a imunidade adquirida que será discutida posteriormente. 
3.A vigilância imunológica: tendo o conhecimento básico de resposta imune, sabe-se que o corpo humano possui o sistema imune inato, o qual possui como principais células as APCs, como macrófagos e o linfócito t natural killers, o qual consegue identificar mudanças nos padrões de MHC associados a antígenos processados (clivados) pelas células. Caso seja encontrado um padrão PAMP ou DAMP que seja reconhecido por essa célula, ocorre a indução da apoptose celular;
4.Ativação dos Linfócitos T: embora já existam receptores para o reconhecimento de antígenos por meio do complexo MHC+ antígeno, isso ainda não é o suficiente para os linfócitos reconhecerem e exercerem sua função efetora de acordo com o seu subtipo. Por isso, moléculas de receptores auxiliares que recebem na seleção tímica estão presentes na membrana plasmática dessa célula. Assim, podemos pontuar, de início, que esses receptores chamados de CD interagem com o TCR e, de acordo com o tipo de LT, podem ser expresso ou não. São eles: 
 *CD4: são os linfócitos t helper que auxiliam no reconhecimento do MHC II sendo o mensageiro para a ativação dos macrófagos na resposta th1; {LtCD4- = inativo LtCD4+= ativo}
 *CD8: são os linfócitos t citotóxicos que auxiliam no reconhecimento do MHC I, atuando como efetor na apoptose na resposta th2;
{LtCD8- = inativo LtCD8+= ativo}
De maneira geral, podemos dizer que a ativação dos linfócitos ocorre por uma excitação intracelular desses linfócitos, onde há a inibição de quinases e a prevalência de complexos que atuam nessa ativação. Por fim, podemos ressaltar a inativação de complexos e ativação para a excitação do LT:
 *INATIVA: Fk 506, CsA 
 *ATIVA: canais de Ca++ por meio da calcineurina, deslocamento do complexo NF-AT para o núcleo atuando como fator de transcrição e o NF-KB
 Resultado (respectivamente para cada fator de transcrição): genes para a transcrição da IL2 e IL4 que são fundamentais para a proliferação dos LT e formação de receptores para essas interleucinas para haver o estímulo autócrino; 
5.Linfócitos T e os transplantes: como foi compreendido, cada corpo humano possui seu padrão celular mediado pelo complexo MHC I associado a auto antígenos. Por isso, as células sentinelas, como NK e macrófagos não atacam o próprio corpo, quando ele está em homeostase, pois reconhecem esse complexo. Ao se realizar um transplante, um novo padrão é inserido no corpo, logo provocando um estranhamento e, pela lógica, ataque dessas células desencadeando toda a resposta imunológica. As imunofilinas (drogas imunossupressoras) atuam impedindo que ocorra a formação do fator de transcrição para a IL2 e IL4, o NF-AT. Assim, impossibilitando a ativação dessas células mesmo tendo o reconhecimento do MHC diferente por elas. 
Figura: principais medicamentos imunossupressores do tipo não corticoides. Respectivamente temos a Ciclosporina e o FK506 (tacrolimus) que atuam na inibição dos fatores de transcrição das interleucinas; 
6.Relação entra os linfócitos B e T: tendo a base de tudo que foi visto até agora, podemos definir que ao linfócito B possui uma forte ligação com o B no padrão de resposta TH2, pois ocorrerá o seguinte processo nessa resposta: 
 1° APCs apresentam o antígeno extracelular para o LT0 nos linfonodos ou sistema imunológico local;
 2° o LTCD4- é ativado torna-se LTCD4+ e apresenta esse antígeno para o LB que é ativado;
 3° O LB forma o cap e faz o processamento desse antígeno e posteriormente atuando na formação de imunoglobulinas específicas sendo liberadas quando assumem a forma de plasmócito; 
 4° O LTCD4 libera o interferon gama, o qual ativa os macrófagos e a IL5, a qual atua no recrutamento dos eosinófilos e NK. Assim, atuando na resposta imune
Bases da Resposta imunológica
 Imunidade inata:
1.O que é imunidade inata e quais são seus componentes: a fim de defender o corpo humano contra antígenos virulentos e patogênicos, ao longo da seleção natural mecanismos de defesa naturais foram se aprimorando tanto por células quanto por barreiras naturais. Dentre eles podemos citar:
 -Células NKs
 -Mucosas
 -Substâncias químicas
 -Movimentos de limpeza: pálpebras 
 -Imunoglobulinas M
 -PH variado em regiões do corpo
 -Tecidos epiteliais: produção de lisozimas, presença de pelos, glândulas e camada queratinizada;
Assim, temos a defesa do meio humoral e do intracelular. Essa defesa é mediada por receptores, os quais reconhecem padrões associados a antígenos, as PAMPS, e os padrões associados a células que sofreram danos. Esses receptores nas células inatas, que ficam expostos na membrana, são chamados de Toll like (TRL). Já internamente temos os receptores NOD (NRL) que reconhecem antígenos de origem ribonucleico, como RNA duplo viral.
2.Processos fisiológicos de proteção do corpo: além dessas barreiras, temos a formação de mecanismos que auxiliam a defesa do corpo. Essas alterações são notadas clinicamente. Podemos citar como as principais alterações:
 -Processo inflamatório: sinais flogísticos presente na região em que ocorreu o estresse;
 -Febre: estímulo da IL1 sobre o hipotálamo;
 -Prurido Cutâneo.
3.Indução para a imunidade adaptativa: como foi visto, o corpo possui barreiras naturais e substâncias que auxiliam nessa proteção inata. Se nenhuma delas der certo, temos o estímulo, por meio de citocinas e apresentação de antígenos, para os demais sistemas imunológicos, assim iniciando a imunidade adquirida. Esse 2° tipo de imunidade é mais demorado, pois o corpo leva certo tempo para fazer uma defesa efetiva contra o antígeno específico, porém depois que ele faz essa resposta, células de memórias são formadas, assim já havendo uma preparação do corpo se ele for exposto novamente a esse patógeno; 
4.Padrões de resposta mediados por células da imunidade inata: deve-se lembrar, de início, que os linfócitos T naive são encontrados nos tecidos linfáticos/ órgãos linfáticos secundários onde eles possuem apenas a função de produzir IL-2 (citocina para seu desenvolvimento) e receptores para ela. Após certo tempo, alguns desses linfócitos passam para a corrente sanguínea e linfática, assumindo a forma de TH0, sendo o linfócito LTCD4 e LTCD8. Assim, para eles assumirem uma forma de defesa efetiva, é preciso haver um estímulo mais eficiente, por exemplo temos a apresentação de antígenos e reconhecimento. Assim, antes de começarmos a entender os padrões, é muito importante lembrar os efeitos que cada substância provoca
*TH1: de maneira geral, podemos dizer que é resposta contra antígenos intracelulares. Logo, a defesa é basicamente mediada por fagocitose. A principal função da resposta th1 é a ativação dos macrófagos por meio da secreção do ITF-GAMA por meio dos LTH1, promovendo a formação de óxido nítrico (NO) que destroem os antígenos fagocitados, como as bactérias. Podemos esquematizar essa resposta da seguinte forma: 
 
Nota-se que temos a especialização do linfócito TCD4 em LTH1. A ação dele em ativar os macrófagos e atuar na ativação dos LB. Logo podemos observar essa esquematização:
 
Finalmente, considerando que houve êxito na resposta th1, podemos pontuar aspectos importantes dessa resposta imunológica:
 -O IFN-GAMA inibe a TH2 e TH17;
 - A IL-10 também é produzida na resposta TH1 e possui como principal ação regular essa resposta e auxiliar no processo inflamatório; 
 - A resposta TH1 é mais comum para vírus, bactérias intracelulares e outros;
 -Também há a produção do TNF que atua na produção de leucócitos; 
*TH2: de maneira geral, podemos dizer que é a defesa contra antígenos extracelulares independente de células fagocitárias, mas sim havendo um papel fundamental dos eosinófilos no sangue) e dos mastócitos (no tecido). Essa resposta é mais voltada para helmintos e reação de hipersensibilidade do tipo I, a qual possui a presença de alérgeno. A resposta TH2 é mediada pela IL4. Vamos observar o esquema e depois discutir sobre ele: 
 
Logo, percebemos que a função dessa resposta, quando se trata de helmintos, é provocar a erradicação desses patógenos por meio da degranulação dos eosinófilos e basófilos mediados por IgE, caracterizando uma ADCC. As citocinas produzidas pelo subgrupo dos LTCD4+ exercem as seguintes funções:
 -IL4: induz a resposta imunológica mediada por IgE; 
 -IL5: ativa os eosinófilos provocando a sua degranulação e maior produção na medula óssea; 
 -IL13: secreção de muco intestinal e ativação alternativa dos macrófagos para efetivarem a cicatrização do tecido lesado.
 Essa resposta é a mais adequada para parasitoses, porque esses parasitas são grandes demais para os macrófagos fagocitálos. 
 
Por fim, é importante ressaltar os seguintes aspectos dessa resposta: 
 -A IL4 atua como fator de mudança dos LTCD4+ para a TH2;
 - A IL4 em associação com IL13 fomenta o peristaltismo no intestino; 
 - A eosinofilia é muito presente em verminoses e processos alérgicos, porque a IL13 e IL4 atuam como fator de recrutamento desses leucócitos granulóctios; 
 -A IL5 atua na ativação do LT e atua como um elo entre a inflamação e os eosinófilos, pois ela atua como fator de crescimento e diferenciação dos eosinófilos; 
 - a ativação alternativa dos macrófagos pela IL4 e IL10 promove a produção por essa célula das substâncias IL10 e o TGF-Beta (estimulador de reparo tecidual) atuam, respectivamente, na inflamção, sendo uma anti-inflamatório e na reducperação tecidual;
 - A resposta TH2 é benéfica em certas doenças auto-imunes, como a Artrite Reumatoide, porque, além de haver grande produção de IL-10, citocina anti-inflamatória, há a inibição da resposta TH1, a qual, nessa doença auto-imune, é a responsável por degradar as células da cartilagem hialina e osteócitos, causando dor e inflamação nas articulações do paciente;
 
*TH17: de maneira geral, esse tipo de defesa é mediado por leucócito e induz a inflamação. Portanto, a resposta TH17 é a primeira que ocorre mediada por células depois que houve uma falha ou ineficiência nas barreiras naturais do corpo. Assim, essa defesa torna-se inespecífica, embora seja mais comum para fungos, e é maléfica para o corpo, pois ela chega ‘’ matando tudo’’. Assim, vamos observar o mecanismo de ativação e discutiremos a seguir:
 
Logo, nota-se que o linfócito mais recrutado nessa defesa é o neutrófilo, o qual possui características de possuir tanto grânulos básicos quantos ácidos. A grande diferença é a participação das IL 17 e IL 22 que, respectivamente, promovem a inflamação e recrutamento dos neutrófilos (causando infiltrados neutrofilicos) e a formação de barreiras, seja por muco ou por epitelização. Por fim, torna-se pertinente ressaltar que tanto a IL22 quanto a IL17 atuam no epitélio estimulando a produção de lisozimas e, consequentemente, otimizando a capacidade antibiótica da imunidade inata do corpo; a resposta th17 é a primeira a ocorrer, pois sua formação é mais rápida e, em muitos casos, eficientes, quando há a invasão do corpo por microrganismos com o padrão DAMP;
 
Por fim, a grande diferençada IL17 é que ela causa os infiltrados de neutrófilos na inflamação aguda, portanto ela é uma citocina elo entre a imunidade inata e adaptativa; 
Figura: lembrando que histologicamente o linfócito granulócito neutrófilo é multilobular e possui seus grânulos menos evidentes; 
 Relação entre as respostas imunológicas e perguntas pertinentes da imunologia: 
1.Como essas respostas se relacionam: como foi visto anteriormente, cada padrão de resposta possui uma citocina que inibe a atuação da outra. Portanto, é incorreto dizer que se uma está se manifestando não haverá a outra. A exemplo:
 *TH1produz IFN-GAMA inibe TH2
 *TH2produzIL4 e IL10 Inibe TH1
 *TREG (expressando CD25 e CD4) produz IL 10 e TGF-Beta controle da resposta imune, evitando hipersensibilidades e auxiliando na auto tolerância; 
2.Perguntas: 
 *Por que uma pessoa que fica exposto ao sol por muito tempo geralmente desenvolve uma doença infecciosa? 
 R= Em um primeiro momento, devemos lembrar que o corpo humano possui uma microbiota que vive nos nossos epitélios, ou até mesmo o indivíduo está infectado por vírus, como o da herpes, porém ele se encontra no ciclo lisogênico. Com isso, esses microrganismos exercem uma função vital na proteção contra outros patogênicos por meio de competição. Porém, uma pessoa exposta à radiação solar está tendo suas células epiteliais, dentre elas linfócitos e células APCs, degradas, por isso diminuindo sua eficiência na resposta imunológica e, consequentemente, havendo uma proliferação desenfreada desses microrganismos que podem ser patogênicos em grande quantidade. Concomitante a isso, devemos citar a ação do cortisol, que será discutido posteriormente, pois quando o corpo entra em estresse há a produção desse hormônio, o qual possui ação imunossupressor e anti-inflamatório;
 *Um doutorando inicia sua pesquisa trabalhando com macacos inicialmente infectados por Leishmania sp (protozoário intracelular). Após certo tempo de trabalho, alguns macacos foram curados, porém outros continuaram doentes. Se a interleucina-4 dos macacos doentes fosse dosada, estaria alta ou baixa? Justifique-se.
 R= como a leishmaniose é causada por um parasita intracelular, a resposta que o organismo dá é Th1, no entanto, se o macaco está doente, a resposta não está funcionando. Por isso, a Th2 dele está alta, e como é o linfócito Th2 que secreta IL-4, ela também está alta.
 *Foi identificado em um hospital da região metropolitana de Belém que pacientes residentes de uma aldeia afastada estavam infectados cronicamente por parasitas intestinais como Ascaris lumbricoides e Strongyloides stercoralis estavam tendo HTLV. Justifique.
 R= a alta infecção por parasitas extracelulares exige muita atuação da resposta Th2, deixando suscetibilidade para infecção intracelular, como no caso do HTLV, logo, conciliando baixa Th1 e fatores externos, como o maior contato com o vírus, promovem a infecção dupla.
 *Questão relacionada à esplenectomia (retirada de baço). Por que a pessoa que realiza esse procedimento precisa tomar frequentemente doses de vacinas contra bactérias encapsuladas? 
 R= no baço tem muita concentração de linfócitos T e B, além do alto encontro de vasos sanguíneos, por conta da sua hipervascularização. Por isso, uma retirada de baço afeta a resposta extracelular, pois lá teria um “point” de opsonização e apresentação de antígenos, justamente por conta dos linfócitos. Esplenectomizados fazem vacina contra o pneumococos, pois no baço é a fonte principal de properdina, a qual é substância do sistema complemento que auxilia na formação no MAC nesses microrganismos patogênicos; 
 *Quando ocorre a passagem de um vírus do ciclo lisogênico para o lítico, como é possível identificar no microscópio?
 R= rompimento celular.
 *Por quê quando estamos muito tempo na praia e expostos ao sol a chance de contrairmos gripe aumenta, a herpes reaparece e ocorre febre?
 R=quando ficamos por muito tempo expostos ao sol, ocorre uma lesão na nossa pele na camada mais superficial (epiderme) chamada descamação. A descamação é basicamente a saída de células. Nessa saída de células se vão os queratinócitos, linfócitos intraepiteliais e, principalmente, as células de Langerhans ou dendríticas, que são as APCs do sistema imune cutâneo. Como as células epiteliais não estão presentes na quantidade normal, a eficácia de resposta diminui, causando o reaparecimento de infecções (principalmente as virais, que são oportunistas – herpes). A febre é um sinal inicial positivo, fazendo parte da inflamação. Ela é resultado de uma resposta enviada do nosso termostato (hipotálamo), que é “estimulado” por IL-1, 6 e TNF-alfa, citocinas liberadas pelos próprios leucócitos do local da inflamação.
 *No exame de suscetibilidade de hansênicos (mitsuda), para testar quem é resistente ou suscetível à forma mais grave da doença – virchowiana – foi feito em uma paciente da Santa Casa e teve o seu teste positivo. Ela é propensa a ter a doença na sua forma mais branda ou mais grave?
 R= É mais propensa a ter a forma mais branda da doença, uma vez que que o bacilo de Hansen é intracelular é para ser “corretamente combatido” necessita de uma resposta Th1 e se o exame deu positivo, quer dizer que a resposta Th1 está alta, logo vai ter muita inflamação e muito granuloma (pouco bacilo ativo), combatendo a doença e a deixando na forma mais abrandada.
Se o exame desse negativo, a resposta Th1 estaria baixa e a Th2 alta, logo teria pouca inflamação, pouco granuloma e muito bacilo ativo, indicação de virchowiana.
Figura: anotações
Órgãos e Tecidos linfoides
1.Conceitos básicos:
 -Linfa: é o liquido intersticial, isto é, oriundo dos tecidos. Esse liquido é proveniente dos produtos celulares;
 -Sistema linfático: é o sistema que coleta essa linfa, processa e induz uma resposta adequada;
2.

Continue navegando

Outros materiais