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INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA Engenharia de Alimentos Microbiologia geral ESFREGAÇO EM SUPERFÍCIE – “Swab” SUMÁRIO 1-INTRODUÇÃO......................................................................................................... 3 2-OBJETIVOS ............................................................................................................. 5 3-MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 6 3.1-Material........................................................................................... 6 3.2-Metodologia .................................................................................... 6 4-RESULTADOS E DISCUSSÔES ...................................................................... 8 5-CONCLUSÕES ..................................................................................................... 10 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 11 3 1-INTRODUÇÃO A coleta de materiais para analise microbiológica é de extrema importância, devido às possíveis contaminações presentes, quando a técnica não for bem realizada. A técnica utilizada em aula pratica foi à coleta de um swab, para se examinar microbiologicamente, uma determinada superfície, ou seja, um esfregaço em superfície. A técnica necessita de poucos recursos, é simples e rápida, que consiste em remover microrganismos de uma área delimitada a qual se deseja analisar, e depois proceder à metodologia já descrita. O meio de cultura para proceder a diluição da alíquota é selecionado a partir dos microrganismos que deseja-se que haja crescimento, como o meio de cultura PCA, que é o Ágar padrão para contagem. Que é utilizado para quantificação de bactérias aeróbicas em água, alimentos e outros materiais. Esse fornece as fontes de carbono e nitrogênio, necessários para o crescimento de uma grande variedade de microrganismos, além de uma fonte de energia. A contagem dos microrganismos pode ser realizada por varias técnicas que vem das condições apresentadas pela placa após sua incubação. O método mais convencional utilizado para contagem de microrganismos consiste no plaqueamento de alíquotas, e de suas diluições em meios de cultura sólidos adequadamente selecionado em função do microrganismo(s) a ser(em) enumerado(s). (FRANCO & LANDGRAF, 2003). Plaqueamento de amostras pode ser feito por semeaduras na superfície do meio de cultura após sua distribuição em placas de Petri estéreis, denominado semeadura em superfície, ou então pode-se primeiramente distribuir a alíquota do material a ser analisado na placa e depois adicionar o meio de cultura, este chamado de semeadura em profundidade. 4 Essa metodologia é certamente a mais utilizada nos laboratórios de analises de alimentos, pois diferentes grupos de microrganismos podem ser enumerados de acordo com o meio de cultura e/ou as condições de incubação (tempo, temperatura e atmosfera) empregadas. (FRANCO & LANDGRAF, 2003). O método de contagem de microrganismos em placas é um método geral, e sua versatilidade é decorrente do principio do método, que se baseia na premissa de que cada célula microbiana presente em uma amostra irá formar, quando fixada em um meio de cultura sólido adequado, uma colônia visível e isolada. (SILVA, et al; 1997). Após a contagem á expressão dos resultados, se os mesmos forem obtidos em placa, estes devem ser expressos em UFC/ g ou Ml ( unidades formadora de colônias por grama ou mililitro). (BRASIL, 2001). 5 2-OBJETIVOS - Analisar a quantidade de microrganismos mesófilos presentes na superfície da bancada antes da assepsia; - Verificar a importância da assepsia das bancada; - Aprender e praticar a técnica do swab. 6 3-MATERIAIS E MÉTODOS 3.1-Material Utilizou-se swab, diluente, agitador, tubos de ensaio e ágar. 3.2-Metodologia Com um molde estéril delimitou-se a área a ser amostrada da bancada 3 (usou-se molde de 25 cm2), aplicou-se o swab em ângulo de aproximadamente 45o, com movimentos da esquerda para direita e depois de cima para baixo. Durante a coleta girou-se o swab de forma que toda a superfície do algodão entra-se em contato com a amostra e como o local da coleta era seco umedeceu-se o swab no diluente antes de utilizá-lo, comprimindo-o contra as paredes do tubo para que removesse o acesso de líquido. Conforme as orientações sobre a técnica tomou-se os devidos cuidados para evitar segurar no swab próximo ao algodão e antes de mergulhar o material amostrado, de quebrar a parte da haste onde manuseou-se durante a coleta. Após a realização da coleta, colocou-se o swab em um tubo de ensaio contendo 10 ml de diluente e levou-se ao agitador de tubos, considerando-se que esta suspensão fosse uma amostra sem diluição (10o). Conforme já estudado, seguiram-se os procedimentos para a contagem de microrganismos aeróbios mesófilos (contagem total em placas). Utilizando-se tubos com 9 ml de diluente, preparou-se as diluições (10-1 a 10-3), pipetou-se 1 ml de cada diluição para placas de petri esterilizadas, previamente identificadas com o tipo de amostra e diluição (procedimento realizou-se em duplicata). Fundiu-se e resfriou-se a 45Co o meio de cultura (PCA) e verteu-se de 15 a 20 ml nas placas, homogeneizou-se as mesmas com movimentos em forma de 8 por 10 vezes(inoculação em profundidade). Deixou-ser o ágar solidificar e incubou-se as placas em posição invertida, a 35Co por 60 horas. Após realizou-se a contagem das colônias. Para a realização dos cálculos dos resultados, primeiramente determinou-se o no de UFC/ml de amostra (suspensão onde foi colocado o 7 swab), após calculou-se a quantos cm2 corresponde 1ml da suspensão, para finalizar converteu-se o no de UFC/ml em n0 de UFC/cm2. ESQUEMA 10-3=1/1000 10-2=1/100 1mL (-2) +1 mL ( -1) 1mL (1)) 1mL (-1) 100=1 10-1=1/10 Tubos contendo 9 mL de água peptonada cada 100=-1 1/10= -1 1/100= -2 1/1000= -3 Após adiciona-se Ágar nutriente cerca de ±15 mL, homogeneiza-se fazendo o movimento de 8 por 10 vezes na bancada e espera-se a solidificação. Em seguida é feita a Incubação em estufa a 35ºC, por 48 horas (placa invertida). Contagem das placas Tubo contendo 10 mL de água peptonada 8 4-RESULTADOS E DISCUSSÔES Após 60 horas foi retirado as placas da estufa e feita a contagem de aeróbios mesófilos (contagem total em placas), onde obteve as quantidades de colônias apresentadas na tabela a seguir. Diluição Placa 1(nº de colônias) Placa 2(nº de colônias) Média (nº de colônias) 100 40 28 34 10-1 6 10 8 10-2 5 4 4,5 10-3 4 2 3 Considerando que foram aplicados dois swabs em duas áreas de 25 cm², tem-se uma área total de 50 cm², foram adicionados os dois swabs em um tudo contendo 10 mL de diluente. Com isso é realizado o cálculo: 10 mL ---------------50 cm² 1 mL ----------------- x x = 5 cm²/ mL Na diluição 100 tem a formação uma média de 34 UFC/ mL, ou dividindo 34 UFC/mL por 5 cm²/ mL, tem-se 6,8 UFC/ cm². 34 UFC/mL ----------- 5cm2/ml x ------------- 1cm2 x = 6,8 UFC/cm2 A higienização de materiais em geral, é de extrema importância para garantir a segurança de produtos e pessoas. A amostragem por teste swab é uma forma fácil e acessível de análise microbiológicapara verificação de crescimento microbiano ou até mesmo a determinação de qual microrganismo está existente em um determinado local, como superfícies e equipamentos, que são comuns nas indústrias alimentícias. Assim, assegurando a limpeza e a sanitização, que é fundamental para a garantia da segurança dos alimentos. 9 No teste realizado, para a avaliação de valores relativos às condições nas áreas operacionais, foram utilizados como critérios os valores de referência nacional, onde expressam a contagem de microrganismos mesófilos aeróbios facultativos de superfícies de equipamentos e utensílios. Ao serem avaliados critérios para swab de superfície em equipamentos e utensílios, para o resultado ser satisfatório, a contagem de microrganismos mesófilos deve ser de até 50 UFC/cm² com ausência de coliformes fecais, e insatisfatório para maior de 50 UFC/cm² e/ou com presença de coliformes fecais. (SILVA, 2005). Portanto, através dos resultados obtidos, considerando a faixa de contagem de 30 a 300 colônias, as placas de menor diluição se encontram dentro do padrão. Logo se conclui que a quantidade de colônias presentes na superfície da bancada antes da assepsia é baixa, comparando com valores de referência nacional, já citado. Além disso, o resultado é considerado satisfatório, pois, todavia as contaminações de análises por meio da superfície da bancada são praticamente nulas, onde antes de toda análise acontece à assepsia com álcool 70%, devido a isso mais os valores de UFC são minimizados da superfície. 10 5-CONCLUSÕES Com a realização deste trabalho pode-se concluir que a superfície analisada está dentro dos padrões nacional de contagem de aeróbios mesófilos para superfícies e utensílios. Mesmo com uma baixa contagem de aeróbios mesófilos, conclui-se que a assepsia da superfície é fundamental antes de qualquer elaboração de tarefas envolvendo microrganismo. Aprender à técnica do swab nos pode indicar as condições de higiene de superfícies, utensílios e equipamentos e nos indica se melhorias precisam ser feitas antes da manipulação de alimentos. 11 REFERÊNCIAS BLIOGRÁFICAS BRASIL. Resolução – RDC n. 12, 2 de janeiro de 2001. Estabelece padrões microbiológicos de alimentos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. FRANCO, Bernadette D.G.M; LANDGRAF, Mariza. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Atheneu, 2003. 182 p. NEDER, Rahme N. Microbiologia manual de laboratório. São Paulo: Nobel, 1992. 138 p. SILVA, Neusely; JUNQUEIRA, Valéria C.A.; SILVEIRA, Neliane F.A.. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. São Paulo: Varela, 1997. 295 p. SILVA JÚNIOR, E. A. Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação. 6 ed., São Paulo: Varela, 2005. 624 p.