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Ancilostomoses Professora: Larissa Marques Família Ancylostomatidae Nematódeos de mamíferos > 100 espécies descritas Agentes das ancilostomoses humanas: Ancylostoma duodenale Necator americanus Agentes da “Larva migrans cutânea” (homem): Ancylostoma ceylanicum A. braziliensis A. caninum Ancilostomídeos de ampla distribuição geográfica geohelmintos Morfologia Vermes adultos Forma do corpo (cilíndricos com dimorfismo sexual) Tamanho (8 – 11 cm compr. x 300 – 400 m largura) Cauda da fêmea (afilada) Cápsula bucal (dentes ou laminas cortantes) Ovos (similares) Ovais (60 x 40 m) Larvas Rabditóides - esôfago com dilatações Filarióides (infectantes) – esôfago retilíneo Vermes adultos (machos e fêmeas) macho fêmea 5 – 11 mm X 400 M 9 – 18 mm X 600 M Ancylostoma duodenale (cápsula bucal – dentes ventrais) Ancilostoma do Velho Mundo Necator americanus (cápsula bucal – placas ou laminas cortantes) Ancilostoma do Novo Mundo Ovos típicos de Ancilostomatidae sp. (blastômeros) Oval ( 60 M X 40 M ) Ovo de Ancilostomatidae sp. (recém eliminado – sem segmentação) Larva rabditóide Primeiro (L 1) e segundo estádio (L 2) No solo: Movimentos serpentiformes Alimentam-se de matéria orgânica e microorganismos Larva filarióide Terceiro estádio (L3 infectante) No solo: Movimentos serpentiformes Não se alimentam (cutícula externa que fecha a cavidade bucal) Produção de enzimas que facilitam a penetração nos tecidos Aspectos biológicos Habitat Intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo) Transmissão Penetração da L3 filarióide (infectante): 1 - Ativa (via transcutânea) ciclo pulmonar 2 - Passiva (via oral) sem ciclo pulmonar Formas de transmissão não observadas em humano: Auto-infecção endógena, infecção intra-uterina ou transmamária (colostro) Ciclo Biológico 1 - Meio externo Vida livre Condições favoráveis para embrionia: boa oxigenação, temperatura elevada, umidade alta (>90%) Tropismos da larva filarióide: termo, hidro e tigmotropismo positivos e geotropismo negativo 2 - Meio interno Vida parasitária Circulação sanguínea ou linfática Coração Pulmões (L4) Árvore brônquica Intestino delgado (L5 formas adultas) Ciclo evolutivo Patogenia Relacionadas à lesão intestinal (fixação da cápsula bucal na mucosa do duodeno) e ao hematofagismo do parasito • Etiologia primária: Migração das larvas e implantação dos parasitos adultos no intestino delgado • Etiologia secundária: Permanência dos parasitos no intestino delgado associado à fenômenos fisiológicos, bioquímicos e hematológicos Sintomatologia Dependente do número de parasitos e da sensibilidade do hospedeiro Alterações cutâneas Prurido, edema e eritema dermatite urticariforme Alterações pulmonares Febrícula, tosse de curta ou longa duração Alterações intestinais* Dor epigástrica, falta de apetite, indigestão, cólicas, náuseas, vômitos, flatulência, diarréia sanguinolenta, etc. Modificações do apetite: qualitativa e quantitativa * Caracteriza a ancilostomose Aspectos clínicos Fase aguda Migração das larvas (tecido cutâneo e pulmonar) e instalação dos vermes adultos no duodeno Fase crônica Permanência do verme adulto + espoliação sanguínea + deficiência nutricional (desnutrição) alterações fisiológicas, bioquímicas e hematológicas Anemia ancilostomótica crônica Palidez, cansaço, falta de ar, palpitações, taquicardia, lassidão e preguiça retardamento físico e mental Aspectos imunológicos • Ancilostomose aguda Eosinofilia e aumento de anticorpos IgE e IgG (não protetores) • Ancilostomose crônica Eosinofilia e aumento de IgE total e anticorpos específicos (IgG, IgA e IgM) Epidemiologia Distribuição mundial Brasil: predominância do Necator americanus Endêmico nas zonas rurais Maior freqüência em crianças > 6 anos, adolescentes e adultos mais velhos Desenvolvimento dos ovos: umidade > 90%, ausência de raios solares, solo arenoso e rico em matéria orgânica, temperatura de 25 - 35 C, etc. Monteiro Lobato (1919): “ O Jeca não é assim - está assim” Controle • Países com economia em Barateamento e produção de calçados, drogas anti- helmintícas eficazes e acessíveis redução dos casos • Economia em Falta de saneamento básico e educação sanitária, alimentação pobre, escassez de medicação anti-helmíntica aumento dos casos • Medidas preventivas coletivas e individuais • Busca de uma vacina Tratamento Terapia individual Utilização de anti-helmínticos: PAMOATO DE PIRANTEL (pirimidina) MEBENDAZOLE e ALBENDAZOLE (benzimidazóis) Dieta suplementar (proteínas e ferro) Acompanhamento laboratorial Terapia coletiva Tratamento em massa e educação sanitária Diagnóstico • Epidemiológico ou coletivo Observação do quadro geral da população • Clínico ou individual Anamnese e associação com sintomatologia • Diagnóstico direto ou parasitológico: 1 - Exame parasitológico das fezes Sedimentação espontânea, centrifugação, flutuação, etc. 2. Coprocultura Harada & Mori • Diagnóstico indireto ou imunológico: Sem utilidade na prática Aspectos gerais das Ancilostomoses • Usualmente assintomática quando a carga parasitária é baixa (< 50 parasitos) • Dermatite e urticária nos locais de penetração das larvas • Infecções severas (> 50 parasitos) • Prevalência maior em crianças • Anemia microcítica e hipocrômica • Desnutrição protéico-calórica severa • Dor abdominal e diarréia • Geofagia Larva migrans cutânea (LMC) • Dermatite serpiginosa ou pruriginosa • Maior freqüência em regiões tropicais e sub-tropicais • Agentes etiológicos (parasitos de cães e gatos): Ancylostoma braziliensis Ancylostoma caninum Infecção em humanos • Penetração ativa das larvas (L3) na pele e migração no tecido sub-cutâneo (semanas ou meses) sem completar o ciclo biológico • Sintomas no local de contato com o solo (pés, pernas, nádegas, mãos, etc.): Reação de hipersensibilidade: lesão eritemo- papulosa e pruriginosa com ou sem infecções secundárias Rastro sinuoso conhecido popularmente como: “bicho geográfico” ou “bicho das praias” Larva migrans cutânea Larva migrans cutânea Erupção linear e tortuosa na pele causada por larva de Ancilostomídeos de cães e gatos Diagnóstico e tratamento • Diagnóstico clínico: Anamnese, sintomas e aspectos dermatológicos da lesão • Tratamento: 1. Medicação anti-helmíntica tópica e oral Tiabendazol pomada (4 x / dia) Tiabendazol, albendazol ou ivermectina (comprimidos) 2. Anti-histamínicos ou esteróides tópicos 3. Neve carbônica ou cloreto de etila
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