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Digestão e absorção de proteínas. *O pH baixo desnatura a proteína, tornando-a mais suscetível a hidrolise pela ação das pepsinas. *As pepsinas quebram 15% das proteínas à aminoácidos e pequenos peptídeos. As proteínas são hidrolisadas por peptidases que podem ser: ENDOPEPTIDADES: atacam ligações internas e geram grandes fragmentos peptídicos. EXOPEPTIDASES: clivam um aminoácido de cada vez. Primeiramente as endopeptidases atuam quebrando a cadeia peptídica em grandes fragmentos para facilitar a ação posterior das exopeptidases. Essa clivagem pode gerar aminoácidos livres, tri e dipeptideos. A digestão de proteínas se divide em 3 fases: fase gástrica, pancreática e intestinal O suco gástrico contem HCl em um ph menor que 2 e proteases da família pepsina. O ácido mata os microorganismos e desnatura as proteínas, tornando-as mais suscetíveis à hidrolise por proteases. Pepsinas são enzimas que são estáveis e ativas em pH ácido. São produzidas na forma de pró-enzima denominada pepsinogênio. A pepsina cliva a proteína em fragmentos maiores mas também produz peptidios menores e aminoácidos livres. Esses dois últimos produtos irão para a fase pancreática. O suco pancreático é rico em pró-enzimas que são ativadas ao chegaram no lúmen do intestino delgado. A enteropeptidase, uma protease produzida em células epiteliais do duodeno, ativa tripsinogênio à tripsina, a tripsina ativa outros tripsinogênios e atua sobre outras pró-enzimas, liberando endopeptidades (quimiotripsina, carboxipeptidases e elastase) que geram pequenos peptídeos e aminoácidos livres. Parte intestinal (duodeno e jejuno): como o suco pancreático não é rico em aminopeptidases, a digestão final de oligo e dipeptideos ocorre no intestino. A superfície luminal de células epiteliais é rica em endopeptidases, aminopeptidases e dipeptidases. Sua ação na superfície da borda em escova gera aminoácidos livres, di e tripeptideos que são absorvidos no íleo por células por sistema de transporte de aminoácidos e peptídeos. Os di e tripeptideos são hidrolisados antes de sair da célula. Digestão e absorção de carboidratos Os carboidratos são moléculas sintetizadas por organismos vivos e possuem diversas funções dentre elas: armazenamento energético (amido em vegetais e glicogênio em animais), anticoagulante, lubrificante, cicatrizante e outros. Podem ser classificados em: mono, di e polissacarídeos. MONOSSACARIDEOS: não sofrem hidrolise. Ex.: frutose, glicose, galactose. DISSACARIDEOS: requerem enzimas da superfície do intestino delgado para hidrolise em monossacarídeos. Ex.: Lactose, Maltose e sacarose. POLISSACARIDEOS: dependem da amilase pancreática e das enzimas da superfície do intestino delgado. Ex.: Amido, glicogênio e celulose. Amido é um polissacarídeo de reserva vegetal composto por amilose e amilopectina. Glicogenio é um polissacarídeo de reserva animal. Amido hidratado e glicogênio sofrem a ação da amilase pancreática e amilase salivar. A amilase pancreática é secretada em excesso em relação ao amido ingerido e é mais importante para a digestão que a amilase salivar. Os produtos são: maltose, maltotriose e dextrinas. A hidrolise final ocorre na superfície luminal do intestino delgado. As oligossacaridases da borda em escova são exoenzimas que clivam um monossacarídeo de uma vez. Di, oligo e polissacarídeos não hidrolisados não são absorvidos e então seguem para a parte inferior do intestino que, a partir do final do íleo, contem bactérias. Essas bactérias utilizam esses carboidratos remanescentes pois possuem mais sacaridases que o homem. Monossacarideos liberados pelas bactérias são fermentados por elas mesmas, liberando então: ácidos graxos de cadeia curta e alguns gases. A saída dos monossacarídeos das células se da por meio de transportadores localizados na borda basolateral das células.