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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Disciplina: Física I Experimento II: Estudo do Pêndulo Simples Alunos: Bianca Siqueira (Lic. Química), Davi Bastos da Silva (Eng. Química) 22/06/2018 2 sexta-feira, 22 de junho de 2018, Rio de Janeiro. OJETIVO Observar a dependência do período do pêndulo simples com o seu comprimento para pequenas amplitudes de oscilação para calcular a aceleração gravitacional local. 1. INTRODUÇÃO 1.1 O pêndulo Os movimentos oscilatórios ou periódicos são aqueles que se repetem em intervalos regulares ou indefinidamente desempenham um papel fundamental em todos os ramos da física (mecânica, óptica, acústica, etc.) Na natureza há vários fenômenos em que se observam tais eventos, por exemplo: as ondas sonoras, a vibração de uma corda, as radiações eletromagnéticas e o movimento dos elétrons em um campo elétrico alternado. Um modelo importante desses movimentos é o pêndulo simples, que consiste em um sistema idealizado composto por um fio inextensível de massa desprezível (de comprimento L) com extremidade superior fixada a um ponto que permite sua livre oscilação, na extremidade inferior uma massa é presa. No momento em que esse corpo é retirado de sua posição de equilíbrio e depois desprendido, passa a oscilar em um plano vertical. É necessário obter algumas grandezas, como: como o período de oscilação e o comprimento do pêndulo para realizar algumas manipulações algébricas, para construir um gráfico relacionando, linearmente, as duas quantidades. Com a inclinação da reta de tendência, pode-se determinar a constante de aceleração local da gravidade com possível precisão. 3 sexta-feira, 22 de junho de 2018, Rio de Janeiro. Admite-se que na situação inicial, o pêndulo se encontra em repouso, na vertical, ao ser afastado de um ângulo θ dessa posição de equilíbrio e, em seguida, solto, o pêndulo executará um movimento oscilatório em um plano vertical, sob a ação da aceleração da gravidade. Todo movimento oscilatório é caracterizado por um período T, que é o tempo necessário para se executar uma oscilação completa. Figura 1 – Pêndulo simples em pequenas oscilações. No caso do pêndulo simples, uma análise detalhada da dinâmica do problema leva à seguinte equação para o período. 4 sexta-feira, 22 de junho de 2018, Rio de Janeiro. Pode-se demonstrar que, para pequenas oscilações (θ menor ou igual a 10º) o período não depende do ângulo, e é dado pela equação (2). Neste experimento trabalha-se dentro do limite de pequenas oscilações. A aceleração gravitacional da terra possui diferentes valores, os quais variam com a altitude e com a latitude. Observe que na equação (2) o período de oscilação do pêndulo simples independe da massa suspensa. 1.2 MÉTODOS DOS MÍNIMOS QUADRADOS (MMQ) O Método dos Mínimos Quadrados é uma técnica de otimização matemática que procura encontrar o melhor ajuste para um conjunto de dados tentando minimizar a soma dos quadrados das diferenças entre o valor estimado e os dados observados. Consiste em um estimador que minimiza a soma dos quadrados dos resíduos da regressão, de forma a maximizar o grau de ajuste do modelo aos dados observados. Um requisito para o método dos mínimos quadrados é que o fator imprevisível seja distribuído aleatoriamente e essa distribuição seja normal. O Teorema Gauss-Markov garante (embora indiretamente) que o estimador de mínimos quadrados é o estimador não enviesado de mínima variância linear na variável resposta. Outro requisito é que o modelo é linear nos parâmetros, ou seja, as variáveis apresentam uma relação linear entre si. 1.3 MÉTODOS DE LINEARIZAÇÃO Este método é usado nos campos de estudo da engenharia, física, economia e ecologia. A linearização refere-se a encontrar a aproximação linear de uma função em um dado ponto, é o procedimento para tornar uma curva que não é uma reta em uma reta encontrando uma relação entre duas variáveis, que satisfaça a equação da reta, ou seja, determinar os coeficientes angular e linear da reta (y= b+xa). No estudo de sistemas dinâmicos, linearização é um método para avaliar-se a estabilidade local de um ponto de equilíbrio de um sistema de equações diferenciais não lineares ou sistemas dinâmicos discretos. O processo de linearização facilita a determinação das leis físicas que governam o experimento que gerou os dados. 2. MATERIAIS Régua 5 sexta-feira, 22 de junho de 2018, Rio de Janeiro. 1 Régua de 30 cm 1 Régua de 1 metro 1Transferidor 1m de Linha de costura 1 Peso de 20g 1Cronômetro digital Papel milimetrado 2 Hastes cilíndricas longas 1 Haste cilíndrica média 5 parafusos intermediários 1 base metálica 2.2 DESCRIÇÕES DOS MATERIAIS Para a montagem do pêndulo simples foi feito a seguinte montagem como demonstrada na figura 2, onde: (A) representa as hastes cilíndricas grandes (B) Base retangular (C) Mostra os parafusos (D) Haste cilíndrica média Figura 2: Montagem do pêndulo simples 6 sexta-feira, 22 de junho de 2018, Rio de Janeiro. 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1 Foram feitas as montagens da estrutura do pêndulo simples conectando as duas hastes cilíndricas grande na base metálica com o uso do parafuso intermediário. Na parte superior foi colocada outra haste de tamanho médio agrupada usando os parafusos (Figura 2). 3.2 Em umas das hastes longa foi colocado outro parafuso para servir de base para a linha de 1 metro, nela foi amarrado uma massa de 20 gramas. 3.3 O pêndulo oscilou em um ângulo de 5 graus, foi marcado periodicamente dez vezes com o auxílio do cronômetro digital. Este processo foi feito três vezes (em T1, T2 e T3), para diminuir a propagação de erro. À medida que o tempo era marcado o tamanho da linha (L) foi diminuindo, inicialmente começou com 1000 mm até 100 mm de comprimento. Depois de anotados esses valores foi feito a média de cada oscilação em relação ao comprimento do fio (média de <10T>) e em seguida os valores de T 2 (tabela 2). Escalas: x= 0,31mm y= 51,34mm em T 2 Estudo do Pêndulo Simples Tabela de resultados obtidos L(mm) T1(s) T2(s) T3(s) Média<10 T> T2 g(m/s 2 ) 100 7,9800 7,8200 8,0300 0,79433 0,63097 6,25682 200 10,2200 10,2900 10,3500 1,02867 1,05816 7,46174 300 11,7700 11,8200 11,7300 1,17733 1,38611 8,54441 400 13,4800 13,4900 13,5200 1,34967 1,82160 8,66895 500 14,8400 14,7400 14,8300 1,48033 2,19139 9,00763 600 16,2000 16,2500 16,2800 1,62433 2,63846 8,97760 700 17,2800 17,3400 17,3000 1,73067 2,99521 9,22637 800 18,4900 18,5300 18,5000 1,85067 3,42497 9,22132 900 19,3700 19,3100 19,3300 1,93367 3,73907 9,50252 1000 20,3400 20,3500 20,3400 2,03433 4,13851 9,53927 (Tabela 1) 7 sexta-feira, 22 de junho de 2018, Rio de Janeiro. 3.4 Escalas Uma vez feita à tabela 1, é preciso passar estes dados para uma folha milimetrada para à olho nu verificar o comportamento de cada gráfico, tanto a relação de L x T quanto L x T 2 . Escalas: L= 0,31mm, T= 145 mm e T 2 = 51,34mm. 3.5 Equação A equação que corresponde à prática realizada é a seguinte: T= 2∏ ) ؞ T= 1/2 ؞ T= 1/2 Obs.: = é uma constante, logo: Percebe-se que esta equação tem o comportamento gráfico exponencial.Elevando esta equação ao quadrado: T 2= (2∏ )) 2 ؞ T2= 4∏2 Obs.: c= é uma constante. 3.6 Linearização Linearizando o T 2 : * =L T 2 = C’xL ؞ y = ax Assim, foi encontrada uma relação para T 2 x L que nos informe o comportamento de uma reta e o MMQ, nos indicara a melhor reta que se enquadre a esta equação linearilizada. 3.7 MMQ MMQ TABELA DE RESULTADOS OPERACIONAL DO SOMATÓ- RIO Ʃ X(L) y(T) XY Ʃx2 Ʃy2 8 sexta-feira, 22 de junho de 2018, Rio de Janeiro. 31 22 679,8894 961 481,0090046 93 61 5684,828 8649 3736,532598 124 80 9933,892 15376 6417,937552 155 103 15975,03 24025 10622,33398 186 121 22576,71 34596 14733,14498 217 143 31127,36 47089 20576,19421 248 160 39573,34 61504 25462,56015 279 178 49544,32 77841 31534,02232 Ʃ X Ʃ Y Ʃ YX Ʃx2 (Ʃx)2 1333 868,20819 175095,4 270041 1776889 a= 9x(175095,4)-(868,20819x1333) 9x(270041) - (1776889) 2 a=0,64047 N=9 b=(270041x868,20819)-(175095,4x1333) 9x(270041) - (1776889) 2 =b=1,60629 N é o numero de ensaios de L, que foram de 1000 mm a 100 mm, po- rém no caso deste experi- mento foi ne- cessário N=9 para uma me- lhor aproxima- ção da reta de tendência. *O objetivo do MMQ é aproximar ao máximo a uma reta a equação obtida para determinar os coeficientes a e b que fazem parte da tendência do gráfico obtido. 9 sexta-feira, 22 de junho de 2018, Rio de Janeiro. *Para uma melhor visualização de todos os dados lançados, gráficos calculado via Excel, estão disponível na descrição do ícone abaixo, clicando no ícone. Experimento ll Lab Fisica l.xlsx 4. GRÁFICOS Escalas: x= 0,31mm y= 51,34m (essa escala é devido ao papel milimetrado) Gráfico Linear T 2 x L X(L) Y(T 2 ) 31 22 93 61 124 80 155 103 186 121 217 143 248 160 279 178 Escalas: x= 0,31mm y= 145 mm em T (essa escala é devido ao papel milimetrado) Gráfico Exponencial T x L X(L) Y(T) 31 34 62 56 31; 21,93191749 93; 61,12718379 124; 80,11203125 155; 103,0647077 186; 121,3801672 217; 143,4440456 248; 159,5699225 279; 177,5782147 0 100 200 300 0 50 100 150 200 L(mm) T 2 (s ) T2(s) x L(mm) 31 93 124 155 186 217 248 279 0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 L(mm) T( s) T x L 10 sexta-feira, 22 de junho de 2018, Rio de Janeiro. 93 81 124 99 155 120 186 136 217 153 248 165 279 180 5. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO O pêndulo simples é um movimento periódico e oscilatório, pois ele movimenta-se de forma oscilatória, ou seja, executa movimento de “ida e volta” em torno de certa posição. E é também um movimento periódico, pois ele depende de um período, que é o tempo necessário para se completar uma oscilação. Teoricamente, força não é proporcional angular ϴ, mas é proporcional ao senϴ, porém para ângulos entre 5° e 10º (ângulos muito pequenos), o valor do senϴ será aproximadamente igual a ϴ, sendo a componente tangencial F=m.g.senϴ, então, experimentalmente Força seria proporcional ao deslocamento angular ϴ e ao sen ϴ. Nota-se que a força é proporcional ao sen ϴ que é que é igual ao deslocamento angular ϴ. Verificou-se também que o período de um pêndulo simples é proporcional à raiz quadrada do comprimento do fio. Alunos: Bianca Siqueira (Lic. Química), Davi Bastos da Silva (Eng. Química) Disciplina: Física l 11 sexta-feira, 22 de junho de 2018, Rio de Janeiro. Professor: Alan Machado Turma: 02 Bancada: 33 6. REFERÊNCIAS Bertulani C. IFRJ, Oscilações Disponível em:<http://www.if.ufrj.br/~bertu/fis2/oscila/oscilacoes.html>. Matemática essencial, Álgebra linear: método dos mínimos quadrados. Disponível em:< http://www.uel.br/projetos/matessencial/superior/alinear/mmq.htm> Departamento de física UFBP, Pêndulo simples. Disponível em: <http://www.fisica.ufpb.br/~mkyotoku/texto/texto6.htm> HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Física, Vol. 2, Editora LTC, Rio de Janeiro (1983).