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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE APUCARANA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA JOÃO DONIZETE DELFINO JUNIOR LUCAS MEZZOMO FRANCO RAFAEL UEZU MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÕES DE GRANDEZAS EM CIRCUITOS ELÉTRICOS APUCARANA 2018 JOÃO DONIZETE DELFINO JUNIOR LUCAS MEZZOMO FRANCO RAFAEL UEZU RELATÓRIO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ATIVIDADE PRÁTICA 1 MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÕES DE GRANDEZAS EM CIRCUITOS ELÉTRICOS APUCARANA 2018 Relatório de Materiais e Equipamentos Elétricos - Atividade Prática 1. Manuseio de Equipamentos para Medições de Grandezas em Circuitos Elétricos. Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO.......................................................................................4 2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................5 2.1.O MULTÍMETRO.......................................................................5 2.2 MANUSEIO BÁSICO DO MULTÍMETRO..................................6 2.3.VALOR DE PICO A PICO E VALOR EFICAZ...........................8 3.PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL...................................................10 3.1.MATERIAIS UTILIZADOS.......................................................10 3.2.PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.......................................10 4.RESULTADO E DISCUSSÃO.............................................................11 5.CONCLUSÃO......................................................................................15 6.REFERÊNCIAS...................................................................................16 4 1. INTRODUÇÃO Neste trabalho será ressaltado um circuito básico formado por uma fonte e um resistor, no qual serão trabalhados os conceitos de medição das grandezas envolvidas a partir de um multímetro digital, instrumento de medida indispensáveis, capaz de medir valores de tensões, correntes, resistências, capacitância e outras grandezas. No estudo de circuitos elétricos, eletrônica analógica e digital, e equipamentos elétricos, além de diversos outros temas associados com a eletricidade é essencial o entendimento de certos componentes usados frequentemente e a manipulação de diversos equipamentos que auxiliam na tarefa. 5 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Com o intuito de apresentar, relembrar conceitos e técnicas comumente usadas para o entendimento do experimento. Este tópico tem por finalidade apresentar o que é e como usar um multímetro; Leitura de resistores e alguns conceitos sobre corrente alternada. 2.1. O MULTÍMETRO O multímetro é um instrumento usado regularmente para a realização de medidas de ajustes e verificações, que apresentam importante relevância para o bom funcionamento do sistema. Conhecido como um dispositivo de várias funções, o multímetro proporciona um grande número de medições de diferentes tipos. Uma das funções mais comuns do instrumento é a mensuração de tensões de correntes contínuas e de correntes alternadas, intensidade de correntes contínuas e correntes alternadas, resistência, além de, claramente, também poder obter medidas complementares, como a de capacitância dos capacitores, níveis de saída, continuidade em circuitos, condutância, entre outros. Os multímetros podem se dividir em modelos analógicos e digitais. Os modelos analógicos têm funcionamento com base em um conjunto de bobinas elétricas associadas a um ímã, conhecido como galvanômetro. Quando a corrente passa pelo galvanômetro, cria-se um efeito eletromagnético que, juntamente a um mecanismo, possibilita a extração de informações de medidas das quais já foram citadas. Os multímetros analógicos são comumente formados por: Quadro de escalas, seletor de funções, conjunto dos componentes necessários ao funcionamento (bobinas, ímãs e outros), involução externo com terminais de ligação e cabos providos de pontas de prova e de terminais para a ligação nos terminais do instrumento, como é demonstrado na figura 1. 6 Figura 1: Multímetros analógico comumente encontrados (Multímetro analógico YX360TRNL TOZZ) Multímetros digitais trabalham diferente dos analógicos, cujo funcionamento é dado a partir de amplificadores internos e a circuitos adicionais que transformam os valores desejados em sinais digitais. Em geral os multímetros digitais possuem características melhores em relação ao analógico. No qual os mais notáveis são a apresentação de dados de medição em tela display (numérico) e sua precisão. Figura 2: Multímetro Digital ET-1110A - MINIPA-ET-1110A. 2.2. MANUSEIO BÁSICO DO MULTÍMETRO Esta divisão do trabalho tratara de explicar o manuseio de um multímetro para medições básicas (tomando como base o multímetro digital), visto que será importante compreender tal assunto para o entendimento do trabalho. Conforme a figura 3, em geral o seletor de funções pode ser de botões ou um comutador rotativo, que é o habitual, que indicam as características de medição 7 tanto quanto múltiplos de mesma. Todas as medições necessita de passagem de corrente pelo componente ou circuito em exame Figura 3: Painel rotativo de funções de um multímetro. (Multímetro ET-1110A - MINIPA-ET-1110A) Para entendermos como medir tensão e corrente elétrica de um circuito consideremos a figura 4, que representa um dos circuitos mais básicos que existe, para medirmos a tensão e corrente elétrica é preciso primeiramente escolher a opção de voltímetro e amperímetro (DC) pelo seletor. Caso queira medir a diferença de potencial elétrico é preciso colocar o multímetro em paralelo com o circuito. Enquanto a corrente elétrica, coloca-se em série com o circuito. Figura 4: Circuito formado por uma fonte de tensão continua e um resistor antes e depois da aplicação do multímetro para as medições (Fonte: https://www.electronica-pt.com/medidores) Para medirmos valores de resistência é necessário escolhermos a opção de ohmímetro e ligarmos os cabos do multímetro diretamente ao resistor, independente do lado. 8 Visto que uma existe uma categoria frequentemente usada de resistores e que possui uma forma distinta de lê-los, identificar seus valores, será explicado como ler esses resistores. Comumente existem resistores de 4 e 5 faixas coloridas de identificação baseadas em um esquema de cores associados a valores, onde o primeiro e segundo valor (talvez o terceiro dependendo do resistor), representa os algarismos que expressa a cotação, em quanto a terceira faixa representa o valor cujo a cotação será multiplicada e o quarto representa a tolerância (erro), como demonstra a figura 5: figura 5: Tabela de código de cores de resistores (Fonte: http://www.pakequis.com.br/p/calculadora-de-codigo-de-cores-de.html) É de estrema importância relembrar, ou ressaltar, a Lei de ohm, que associa a diferença de potencial elétrico (𝑉), corrente elétrica (𝐼) e a resistência elétrica (𝑅). 𝑉 = 𝑅 ∗ 𝑖, (2.2.1) que será usada frequentemente neste trabalho. 2.3. VALOR DE PICO A PICO E VALOR EFICAZ Define-se valor de pico a pico de uma corrente alternada como a diferença entre o seu valor máximo e mínimo de sua tensão descrita pela sua forma de onda senoidal 9 𝑉𝑝𝑝 = 𝑉𝑚á𝑥 − 𝑉𝑚𝑖𝑛 (2.3.1)que se equivale a 𝑉𝑝𝑝 = 𝑉𝑝 − (−𝑉𝑝) = 2𝑉𝑝 (2.3.2) Considere uma onda senoidal que aparece através de um resistor, a mesma produzirá uma corrente de forma senoidal em fase através do resistor. O produto da tensão instantânea pela corrente dá a potência instantânea, cuja média durante um ciclo resulta numa dissipação média da potência. No que equivale ao resistor dissipar calor de mesma maneira em tensão cc. O valor raiz média quadrática (RMS) de uma onda senoidal, é definido como a tensão cc que produz a mesma quantidade de calor que a onda senoidal, que é 𝑉𝑟𝑚𝑠 = 𝑉𝑝 √2 , (2.3.3) onde 𝑉𝑟𝑚𝑠 é a tensão RMS e 𝑉𝑝 a tensão de pico da tensão ac. 10 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Com o objetivo de obter melhores análises e maior compreensão do assunto, os procedimentos e instrumentos utilizados no experimento foram apresentados de forma sucinta e detalhada. 3.1. MATERIAIS UTILIZADOS Fonte de tenção DC; Variac; Multímetros (2); Resistores com valores nominais: 10K; 1M; 470; 560 (10 unidades cada); Protoboard, fios e cabos. 3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Utilizando o código de cores dos resistores, foram identificados os valores nominais dos mesmos. Posteriormente, através de um multímetro, a resistência elétrica individual de cada resistor foi obtida e anotada. Um circuito contendo uma fonte DC, um voltímetro (multímetro), um amperímetro (multímetro) e uma resistência foi montado. A tensão da fonte foi ajustada de maneira a não superar 150 mW e, individualmente, todas as resistências foram colocadas no circuito e os dados obtidos no voltímetro e amperímetro anotados. A fim de obter uma curva característica, um dos resistores foi escolhido e posto no circuito. A tensão foi aumentada gradativamente, os resultados obtidos foram anotados. Posteriormente, a tensão da fonte foi ajustada para 25 V e o voltímetro (multímetro) na função DC ligado a fonte, a função foi modificada para AC e o resultado foi anotado. Por fim, a tensão do variac foi ajustada para 25 V e o voltímetro (multímetro) na função AC ligado à fonte, a função foi modificada para DC e o resultado foi anotado. 11 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ANÁLISE DOS RESULTADOS A resistência elétrica individual de cada resistor obtida através do multímetro, assim como sua média, variância e desvio padrão foram calculadas e anotadas, podendo ser visualizadas na tabela 1. Tabela 1: Resistores, media, variância e desvio padrão das resistências por eles oferecidas. RESISTORES Testes 𝑅1 (𝑘𝛺) 𝑅2 (𝑀𝛺) 𝑅3 (𝛺) 𝑅4 (𝛺) 1 9.88 1.043 460.7 553.9 2 9.91 0.963 464.6 546.8 3 9.83 1.037 458.6 546.4 4 9.88 1.056 464.5 550.7 5 9.92 1.034 458.6 554.2 6 9.89 1.006 467.7 549.6 7 9.88 1.049 469.4 550.7 8 9.88 1.014 467.9 549.9 9 9.95 1.052 459.3 550.0 10 9.83 1.005 468.5 546.7 Média �´� 9.885 1.026 463.98 549.59 Variância 𝝈² 0.00136 0.00084 18.9129 8.44542 Desvio padrão σ 0.03689 0.02893 4.3489 2.9061 Após a montagem do circuito (fonte, amperímetro, voltímetro, resistor), os dados obtidos através do voltímetro e amperímetro foram anotados e estão presentes na tabela 2. 12 Tabela 2: Dados obtidos no voltímetro e amperímetro após submeter todos os resistores ao circuito. RESISTORES Testes 𝑅1 (𝜇𝐴) 𝑅2 (𝜇𝐴) 𝑅3 (𝑚𝐴) 𝑅4 (𝑚𝐴) 1 501.5 5.4 10.86 9.12 2 497.9 5.2 10.66 9.1 3 501 5.2 10.88 9.04 4 500.9 5.4 10.66 9.09 5 500.7 5.3 10.73 9.12 6 503.7 5.2 10.73 9.14 7 499.5 5.4 10.63 9.1 8 502.5 5.3 10.88 9.14 9 502.6 5.7 10.84 9.09 10 499.7 5.3 10.81 9.10 Diferença de potêncial medido (𝑽) 4.951 5.002 4.979 4.983 Valor das resistências da tabela 2 obtidas aplicando a lei de ohm. Tabela 3: Resistências a partir da lei de ohm. Testes 𝑹𝟏 (𝒌𝜴) 𝑹𝟐 (𝑴𝜴) 𝑹𝟑 (𝜴) 𝑹𝟒 (𝜴) 1 9.872 0.926 458.5 546.4 2 9.943 0.962 467.1 547.6 3 9.882 0.962 457.6 551.2 4 9.884 0.926 467.1 548.2 5 9.888 0.944 464.0 546.4 6 9.829 0.962 464.0 545.2 7 9.912 0.926 468.4 547.6 8 9.853 0.944 457.6 545.2 9 9.851 0.877 459.3 548.2 10 9.908 0.944 460.6 547.6 Média �´� 9.8822 0.9373 461.62 547.36 Variância 𝝈² 0.0011164018 0.0006649 17.750666 3.0560001 Desvio padrão Σ 0.0334126 0.025785655 4.213154 1.7481419 13 Um resistor de 560 ohms foi escolhido e submetido ao circuito a fim de obtermos sua curva característica, os dados obtidos foram anotados e estão presentes na tabela 4. Tabela 4: Teste para obtenção de curva característica. Ao utilizar o voltímetro na função AC para medir a diferença de potencial da fonte o resultado obtido por ele foi zero, assim como o resultado obtido pelo multímetro na função DC acoplado ao variac. Após ligar em série a fonte e o variac o resultado obtido pelo multímetro na função DC e AC apresentava apenas o valor da fonte ou do variac. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Os dados apresentados pela tabela 1 nos permitem observar que os valores obtidos através da medição das resistências, assim como a variação destes valores, estão dentro do descrito nominalmente pelo código de cores. Testes Tensão (𝑉) Corrente (𝑚𝐴) 0 0 0 1 0.25 0.46 2 0.501 0.91 3 0.752 1.36 4 1 1.81 5 1.244 2.25 6 1.494 2.7 7 1.747 3.16 8 1.99 3.59 9 2.24 4.06 10 2.489 5.51 11 2.74 4.96 12 2.99 5.41 13 3.238 5.86 14 3.483 6.31 15 3.731 6.76 16 3.99 7.23 17 4.239 7.68 18 4.483 8.14 19 4.732 8.59 20 4.983 0.05 𝑛 21 𝑟 0.999996098503 𝑅² 0.999992197021 Covariância da amostra 0.00433153042857 14 Por sua vez os dados coletados e expostos na tabela 2, serviram para gerados apresentados na tabela 3, que, ao ser comparado com a tabela um, apresenta resultados extremamente próximos, demonstrando que os resistores são ôhmicos visto que a tenção aplicada pelo multímetro é de 9v diferente da aplicada pela fonte DC. A partir dos dados apresentados na tabela 4, é possível montar um gráfico de diferença de potencial por corrente, o qual pela lei de ohm descreve que o coeficiente angular da reta representa o valor da resistência elétrica oferecida pelo circuito. Figura 4: Gráfico (1) Curva característica do resistor. Como é possível observar o gráfico gerado ao qual o ajuste da reta é quase perfeito, obteve o valor da resistência com uma ótima precisão, visto que nominalmente esta é de 560 ± 27,5. Os testes realizados com o multímetro, a fonte e o variac apresentaram o resultado esperado, com exceção do teste onde se associava em série a fonte o multímetro e o variac. Nesta etapa ocorreu um erro observacional, resultando em uma leitura errônea e não condizente com o que era esperado. y = 551,12205776x + 0,00331566306466 R² = 0.999992197021 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 15 5. CONCLUSÃO Através de um multímetro digital ajustado para a leitura de resistência, foi possível constatar a veracidade das informações contidas no código de cores de cada resistor proposto para a o experimento. Ao obter os dados de referentes à corrente e tensão no circuito proposto, foi possível calcular indiretamente o valor da resistênciade cada resistor. Embora os valores tenham divergido em relação aos valores obtidos diretamente pelo multímetro, os resistores ainda se mantinham na faixa pré-estabelecida pelo seu código de cores. Ao construir a curva característica, variando a tensão aplicada em um resistor de 560 Ω escolhido ao acaso, foi possível determinar novamente a veracidade das informações presentes no código de cor de cada resistor. Nos testes utilizando a variac, os resultados esperados foram obtidos. Porém, no experimento no qual se associava em série a fonte de bancada e a variac, houve um erro sistemático durante a montagem resultando em informações errôneas a respeito do experimento proposto. 16 6. REFERÊNCIAS MALVINO, Albert Paul. Eletrônica: Vol. 1. Makron, São Paulo, 1997. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; KRANE, Kenneth S. Física. Vol. 3 . Grupo Gen-LTC, 2000. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Sears e Zemansky-Física III- Eletromagnetismo, 10a Edição. 2004. Eletrônica passo a passo: Vol. 1. Ediciones N. L: Editora nova cultural LTDA. São Paulo. 1994.