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Eixo Hipotálamo

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Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal 
O hipotálamo é o principal responsável por iniciar a cadeia de sinais que estimulam, por fim, o córtex da supra-renal a secretar os respectivos hormônios de cada zona do mesmo. O hipotálamo, por meio do fator liberador de corticotropina (CRF ou CRH), estimula grupos específicos de células produtoras de hormônios da adenohipófise, lobo anterior da glândula hipófise. Por meio deste estímulo, a adenohipófise passa a sintetizar e secretar o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). 
Este hormônio, em nível do córtex da adrenal, estimula todas as células produtoras de hormônios das três zonas desta região. O próprio ACTH (seja ele endógeno ou exógeno), quando em excesso, tem a 
capacidade de inibir a secreção de CRF pelo hipotálamo, por meio da alça curta de feedback negativo (ou retroalimentação negativa). 
 
Uma vez estimulado pelo ACTH, o córtex da glândula supra-renal passa as secretar, em maioria, dois tipos de hormônios: 
-mineralocorticoides
-glicocorticoides
Eixo RAA
No S-RAA circulante, o angiotensinogênio é produzido pelo fígado, que requer glicorticóides do córtex adrenal e estrógeno das gônadas; a renina é liberada pelos rins, enquanto que a enzima de conversão de angiotensina I em angiotensina II (ECA) é encontrada no endotélio vascular de vários órgãos. Uma vez ativada a cascata, surgem a angiotensina I e a angiotensina II, que circulam pelo sangue ativando suas estruturas-alvo: vasos sangüíneos (sobretudo arteríolas e veias sistêmicas), rins, coração, adrenais e o sistema nervoso simpático. A lógica fundamental que preside o funcionamento do sistema é responder a uma instabilidade hemodinâmica e evitar redução na perfusão tecidual sistêmica. Atua de modo a reverter a tendência à hipotensão arterial através indução de vasoconstricção arteriolar periférica e aumento na volemia por meio de retenção renal de sódio (através da aldosterona) e água (através da liberação de ADH-vasopressina). Portanto, o sistema renina-angiotensina-aldosterona se soma ao sistema simpático e ao ADH, compondo o trio de sistemas neuro-hormonais de compensação cardiovascular.
Mecanismos de Ativação do Sistema RAA 
São cinco as condições principais nas quais o S-RAA é ativado: 
(1) Insuficiência cardíaca; 
(2) Restrição de sódio
(3) Contração do compartimento intravascular (desidratação, hemorragia, diarréia);
(4) Aumento do tônus simpático 
(5) Hipotensão arterial
O agente central do S-RAA é a angiotensina II, que tem receptores nos seguintes órgãos-alvo: rins, coração, cérebro e adrenais, além dos vasos sanguíneos.
Explique o funcionamento do eixo HPA (Hipotálamo-Pituitária-Adrenal) citando os hormônios envolvidos, os estímulos que ativam essa via hormonal e quais os principais efeitos dos hormônios liberados no organismo.
R: Quando o cérebro reconhece uma situação de estresse, o Hipotálamo estimula a pituitária (hormônio liberador de corticotropina), a pituitária libera ACTH, esse hormônio vai chegar no cortex adrenal e liberar os hormônios glicocorticoides (principalmente o Cortisol), inibindo a hematopoiese das células da série branca, aos pouco imunodeprimindo o indivíduo, deixando-
o suscetível a doenças oportunistas e as neoplasias, malignas ou benignas.
MINERALOCORTICÓIDES 
Os mineralocorticóides são corticóides que interferem no equilíbrio de minerais pelo corpo. A aldosterona é o principal mineralocorticóide produzido pela zona glomerulosa da adrenal, sendo responsável pela retenção de sódio e excreção de potássio pelos túbulos renais. 
Quando um paciente apresenta uma baixa na pressão arterial, o rim tenta controlá-la liberando renina. Esta é uma enzima que, quando chega na corrente sanguínea, converte angiotensinogênio (produzido pelo fígado) em angiotensina I que, por meio da enzima conversora de angiotensina (ECA, produzida pelos pulmões), é transformada, por sua vez, em angiotensina II. Além de apresentar a capacidade de aumentar a pressão arterial por si só, a angiontensina II estimula (por meio de receptores no córtex da adrenal) a síntese da aldosterona, mimetizando ainda mais no aumento da pressão arterial: a aldosterona faz com que haja uma maior reabsorção de sódio pelos rins para o sangue e, junto dele, água. Esta entrada de sódio e água nos vasos faz com que a volemia intravascular aumente e, consequentemente, aumente o débito cardíaco, fazendo com que a pressão tenda a subir. 
 GLICOCORTICÓIDE 
O glicocorticóide, principal cortisol endógeno, é responsável, principalmente, pelo metabolismo da glicose e de proteínas. Trata-se de um hormônio hiperglicemiante, pois favorece a gliconeogênese. Como foi visto, é produzido pelas células da zona fasciculada do córtex da medula da adrenal. Pacientes que fazem uso prolongado de corticóides exógenos podem desenvolver diabetes por causa da ação hiperglicemiante deste hormônio. 
ANTI-HISTAMINICOS
ANTI-HISTAMINICOS H1
A histamina atua como agonista para a conformação ativa do receptor H1 e desvia o equilíbrio para o estado ativo do receptor. Em comparação, os anti-histamínicos são agonistas inversos. 
Os agonistas inversos ligam-se preferencialmente à conformação inativa do receptor H1 e desviam o equilíbrio para o estado inativo. Por conseguinte, mesmo na ausência de histamina endógena, os agonistas inversos reduzem a atividade constitutiva do receptor. 
Antagonista H1: - inibe o efeito vasoconstritor da histamina 
 - diminui a permeabilidade capilar e formação de edemas e pápulas. 
Efeito Anti-Emético: Inibe a ação da Histamina sobre o centro do vômito na medula oblonga. Ou ação antimuscarínica (diminuição do tônus e de secreções). [Difenidramina, Prometazina, Meclizina, Dimenidrinato].
Anti-histamínicos H1 de primeira geração: A estrutura geral dos anti-histamínicos H1 de primeira geração consiste em um arcabouço de etilamina substituído, com dois anéis aromáticos terminais. Cada uma das seis subclasses é uma variação dessa estrutura geral. 
Os anti-histamínicos H1 de primeira geração são compostos neutros em pH fisiológico, que atravessam rapidamente a barreira hematoencefálica e são capazes de promover sedação. 
 
Anti-histamínicos H1 de segunda geração: 
São amplamente utilizados incluem a loratadina, a cetirizina e a fexofenadina. Os anti-histamínicos H1 de segunda geração são ionizados em pH fisiológico e não atravessam apreciavelmente a barreira hematoencefálica. As diferenças na lipofilicidade entre os anti-histamínicos H1 de primeira e de segunda gerações respondem pelos seus perfis de efeitos adversos diferenciais, notavelmente a tendência a causar depressão do SNC (sonolência).

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