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LÍNGUA PORTUGUESA Colocação Pronominal


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Gramática| Material Complementar
Prof. Pablo Jamilk| https://www.facebook.com/pablo.jamilk
Antecedentes da acentuação gráfica 
Falarei sobre as condições para que você possa acentuar (ou não) uma palavra. 
1 – Prosódia (distribuição dos padrões de tonicidade da língua). A prosódia indica qual é a sílaba tônica da palavra. A 
depender de sua posição, podemos classificar as palavras como: 
 Oxítonas (última sílaba tônica): fubá, saci.
 Paroxítonas (penúltima sílaba tônica): casa, próprio.
 Proparoxítonas (antepenúltima sílaba tônica): mágica, tétrico.
2 – Encontros vocálicos É preciso saber quais são os encontros vocálicos, a fim de que seja possível reconhecer algumas 
regras de acentuação associadas a essa disposição das letras. 
 Hiato (encontro vocálico que se separa na pronúncia): saúde / egoísta
 Ditongo (encontro vocálico que não se separa, com 2 termos): céu / pai
 Tritongo (encontro vocálico que não se separa, com 3 termos): Paraguai / Saguão
A título de maior esclarecimento: há três vogais (a, e, o) e duas semivogais (i, u) na Língua Portuguesa. A depender da 
palavra, “e” e “o” podem se comportar como semivogais (quando soarem como “u” e “i”). 
Há uma breve clasificação dos ditongos que pode ser mencionada: 
a) Crescente (em que há uma semivogal + uma vogal): Água, ausência, consciência.
b) Decrescente (em que há uma vogal + uma semivogal): Caixa, lei, pai.
c) Oral (som que ressoa na cavidade bucal): Falei, brincais.
d) Nasal (som que ressoa na cavidade nasal): Mãe, pão.
E o falso hiato? Já ouviu falar a respeito? 
Então, há um fenômeno na língua que consiste na pronúncia de “dois ditongos” na separação silábica. Chamamos a isso 
de falso hiato. Veja o exemplo: 
Praia: usualmente as pessoas separam assim: prai-a, mas pronunciam assim: “prái-iá”1. O mesmo acontece com palavras 
como: maio, sereia, Mauá etc. 
Regras de Acentuação Gráfica 
Vamos estudar as regras propriamente ditas. Atente para os casos e busque memorizá-los. 
1 – Proparoxítonas: todas são acentuadas. 
Ex.: Sádico, amazônico, hipócrita, médico. 
2 – Paroxítonas: 
a) Não são acentuadas as terminadas em:
 A (S): fada, casas.
 E (S): plebe, rudes.
1 Estou usando esse formato de escrita apenas para você sacar a pronúncia, não é necessário usar o 
Alfabeto Fonético Internacional agora. 1
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 O (S): carro, cigarros.
 M / ENS: miragem / hifens.
 Prefixos terminados em “i” ou “r”: semi / super
b) São acentuadas as terminadas em:
 R: caráter.
 N: hífen.
 L: lavável.
 X: tórax.
 I(S): lápis.
 Ã(S): ímã.
 US: ônus.
 UM (UNS): álbum.
 OM (ON, ONS): iândom, prótons.
 PS: bíceps.
 DITONGO: fáceis.
3 – Oxítonas: são acentuadas as terminadas em: 
 A(S): será / marajá
 E(S): filé / sopé
 O(S): dominó / Caiapó
 EM / ENS: amém / parabéns.
4 – Monossílabos tônicos: são acentuados os terminados em: 
 A(S): lá, má, dá, já.
 E(S): pé, vê, ré, Zé.
 O(S): dó, pó, só.
5 – Acentuação de Hiatos: “I” e “U” sozinhos ou seguidos de S: 
 Carnaúba / Saída / Egoísta / Balaústre
Obs.: não são acentuados nos seguintes casos: 
- Seguidos de NH: rainha, bainha, tainha.
- Paroxítonos antecedidos de ditongo: feiura / Bocaiuva.
- i / u duplicados: xiita / vadiice / uuçango.
Obs. 2: iídiche / friíssimo. Esses termos possuem acento porque são proparoxítonos. 
6 – Ditongos abertos: éu, éi, ói. 
a) Monossilábicos: véu, rói, dói, réis.
b) Oxítonos: caracóis, pincéis, troféus.
7 – Formas Verbais com Hífen: 
Deve-se tratar cada forma como se fosse uma palavra distinta. 
2
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Ex.: Contar-lhe. (Oxítona terminada em “r” e monossílabo átono) 
Ex.: Sabê-la. (Oxítona terminada em “e” e monossílabo átono) 
Ex.: Convidá-la-íamos. (Oxítona terminada em “a” e proparoxítona) 
8 – Verbos “Ter” e “Vir” 
Se empregados na terceira pessoa do singular (Presente do Indicativo): sem acento. 
Ex.: O homem tem / o homem vem. 
Se empregados na terceira pessoa do plural (Presente do Indicativo): com acento circunflexo. 
Ex.: Os homens têm / os homens vêm. 
9 – Verbos derivados de “Ter” e “Vir” 
Se empregados na terceira pessoa do singular (Presente do Indicativo): com acento agudo. 
Ex.: João mantém / o frasco contém. 
Se empregados na terceira pessoa do plural (Presente do Indicativo): com acento circunflexo. 
Ex.: Os homens mantém / os frascos contêm. 
10 – Acentos diferenciais: 
Permanecem: 
 Pôr (verbo) / Por (preposição)
 Pôde (pretérito perfeito) / Pode (presente)
 Fôrma (substantivo – recipiente) / Forma (verbo “formar” / substantivo – formato)2
Desaparecem3: 
 Pára - Para
 Pêra - Pera
 Pólo - Polo
 Pêlo - Pelo
Novo Acordo Ortográfico 
Muita besteira se disse a respeito do Acordo Ortográfico: que era uma proposta elitista, que era segregadora e blá, blá, 
blá. A verdade é que – na acentuação gráfica – todas as alterações serviram para corrigir erros que estava pendentes na 
Língua Portuguesa. Muitos concursos aceitam as duas formas de escrita, portanto busque aprender o que foi alterado, 
pois – a partir de 2016 – apenas a forma mais recente será aceita. 
Com relação à acentuação, eis as principais mudanças do Novo Acordo Ortográfico: 
a) Ditongos abertos paroxítonos não são mais acentuados.
 Ideia, boia, jiboia, assembleia.
b) EE / OO – paroxítonos (não são mais acentuados)
2 Esse é um caso facultativo. 
3 Os acentos não são mais utilizados, mas as palavras ainda existem. 3
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 Veem, leem, creem.
 Voo, enjoo, perdoo.
c) Não há mais trema em palavras da língua portuguesa.
 Linguiça; tranquilo.
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Colocação Pronominal 
1. Conceitos e explicações iniciais
A colocação pronominal, que também pode ser conhecida como sintaxe de colocação, toponímia ou 
tmese, é a parte do conteúdo de sintaxe que estuda a posição dos pronomes oblíquos átonos nas sentenças. 
Notadamente, a análise que se faz a respeito desses pronomes está atrelada à posição do pronome em 
relação a um verbo, entretanto, pode haver casos da relação entre pronome e pronome ou da relação entre 
advérbio e pronome. 
Antes de investigar a posição desses pronomes, é bem importante lembrar quais são eles, afinal, se você 
não se ligou no estudo da Morfologia, é bem provável que você esteja “boiando” no que seja um pronome 
oblíquo átono. 
Pronomes oblíquos átonos 
Me 
Te 
O, a, lhe, se 
Nos 
Vos 
Os, as, lhes, se 
Esse toque serve para rememorar quais são esses elementos da Morfologia. Também serve para você 
não achar que a criatividade acabou e que os exemplos são sempre com os mesmos pronomes. 
Vejamos quais sãos a ditas posições dos pronomes oblíquos átonos: 
Casos de Colocação Pronominal 
1. Próclise: colocação do pronome oblíquo antes do verbo.
Ex.: Nunca lhe retiraram as esperanças de vitória. 
2. Mesóclise: colocação do pronome oblíquo no meio do verbo.
Ex.: Avisá-la-emos quando chegar a hora. 
3. Ênclise: colocação do pronome oblíquo após o verbo.
Ex.: Diz-se que o país sofre com a crise internacional. 
4. Apossínclise: intercalação de palavras entre o pronome oblíquo e o verbo.
Ex.: Provavelmente você me não acredite se eu contar. 
Uma pergunta deve ficar aí martelando em sua cabeça: como isso pode cair em uma prova? 
Bem, isso depende muito da banca. Vamos pensar nas duas bancas-alvopara nossa prova em questão: 
CESPE e ESAF. No caso da banca CESPE, o usual é que a banca solicite a mudança da posição do pronome, ou 
seja, que ela pergunte sobre a possibilidade de alterar a colocação, mantendo a correção gramatical e o 
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sentido do texto. Já, a banca ESAF costuma propor um trecho de texto em que alguns elementos aparecem 
repetidos, então solicita a reescrita do segmento, empregando pronomes a fim de evitar as “viciosas 
repetições”. 
 Para garantir o acerto desse tipo de questão, é preciso memorizar as regras de colocação pronominal. 
Passemos a esse estudo! 
 
2. Regras de Próclise 
 
 
A Próclise usualmente ocorre em casos nos quais se faz notar a presença das chamadas “palavras 
atrativas”, isto é, as palavras que – em razão do princípio da eufonia (bom soar das palavras) – atraem os 
pronomes para perto de si. Vamos dizer que essas palavras são “sexy” demais, os pronomes não se aguentam 
e vão para perto delas. Memorize esses casos! 
 
1. Com palavras ou expressões de sentido negativo. 
 
Ex.: Não me negue o direito à cidadania, nunca o empenhei em trambiques. 
 
Comentário da regra: perceba que os advérbios de negação atraem os pronomes (que estão sublinhados) para 
perto de si. Há um erro muito comum de colocação pronominal que consiste em passar esses pronomes para 
uma forma enclítica (depois do verbo, algo como “Não negue-me”). A isso, dá-se o nome de hipercorreção. 
 
 2. Com conjunções subordinativas (ou locuções conjuntivas subordinativas). 
 
 
Ex.: Sempre que me pego em situações difíceis, costumo rever minhas prioridades. 
 
Comentário da regra: no exemplo que mencionei acima, temos uma locução conjuntiva, que é uma espécie de 
conjunto de termos com apenas uma função. No caso, duas palavras que funcionam como uma conjunção. 
 
Sugiro, guerreiro do concurso, que você relembre as conjunções ou locuções conjuntivas subordinativas para 
faciliar o estudo dessa regra. Vejamos uma pequenta tabela: 
 
 
Conjunções subordinativas adverbiais: 
 
Categoria Conjunções Exemplos 
Causal: Já que, como, porque uma 
vez que 
Já que me interessa o 
assunto, estudarei. 
Comparativa: Como, mais (do) que, 
menos (do) que, tanto 
quanto, tal que. 
Falei mais do que me 
permitiram 
Condicional: Caso, se, contanto, desde 
que. 
Caso o veja por aqui, passe 
o aviso. 
Consecutiva: Tanto que, de modo que, 
de sorte que. 
Investi tanto que me vi 
pronto a passar. 
Conformativa: Conforme, consoante, 
segundo. 
A empregada limpou a 
casa conforme lhe 
ordenaram. 6
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Concessiva: Embora, ainda que, 
mesmo que, conquanto, 
apesar de que. 
Embora me faça falta, 
abdicarei de alguns 
alimentos. 
Final: Para que, a fim de que, 
porque. 
Concentre-se para que a 
possa compreender 
propriamente. 
Proporcional: À medida que, à proporção 
que, ao passo que. 
João ficava cansado à 
medida que me contava 
suas aventuras. 
Temporal: Quanto, sempre que, logo 
que, mal. 
Logo que me libertei 
daquela situação, 
comemorei. 
 
Além das subordinativas adverbiais, lembre-se das subordinativas integrantes (que e se), as quais 
introduzem Orações Subordinadas Substantivas. Vejamos um exemplo: 
 
 Ex.: O fiscal disse que me trariam um novo modelo de prova após o exame. 
 
3) Pronome relativo: 
 
Ex.: Os conceitos a que me refiro pertencem a Heidegger. 
 
 Perceba que a palavra destacada nessa frase é classificada como pronome relativo, pois faz a conexão 
entre um substantivo e um verbo e, além disso, pode ser permutada pelo termo “os quais”, resultando em 
“aos quais”, em razão de somar com a preposição. 
 Relembrando quais são os pronomes relativos da língua: 
 
 Que; 
 O qual (a qual); 
 Quem; 
 Quanto; 
 Onde; 
 Cujo. 
 
 
 
4) Pronomes Indefinidos: 
 
Ex.: Naquele lugar que deveria ser estranho, tudo me parecia familiar. 
 
 Dentre os elementos para memorizar, estão os pronomes indefinidos. As questões com esses 
pronomes são comuns, porque os candidatos usualmente negligenciam a importância de memorizar esses 
termos. 
 
 
Pronome Pronome 
Alguém Algum 
Ninguém Nenhum 
Outro Outrem 
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 5) Pronomes interrogativos: 
 
Ex: De todas as alternativas possíveis, qual me fará passar no concurso? 
 
Vejamos os pronomes interrogativos da língua: 
 
 Que. 
 Quem; 
 Qual; 
 Quanto. 
 
 6) Advérbios: 
 
Ex.: O contrato? Talvez o assinem amanhã. 
 
 
 
A tabela a seguir traz alguns advérbios para memorizarmos: 
 
Categoria Exemplos 
Afirmação Sim, certamente, evidentemente, 
claramente. 
Negação Não, nunca, jamais, absolutamente. 
Dúvida Talvez, será, tomara, quiçá. 
Tempo Hoje, já, agora, depois, antes. 
Lugar Ali, aqui, lá, acolá, algures, alhures, 
nenhures. 
Modo Bem, mal, rapidamente, adrede. 
Intensidade Muito, pouco, mais, menos, bastante. 
Interrogação Por que, como, quando, onde, aonde, 
donde. 
Inclusão Também, além, inclusive. 
Designação Eis. 
 
7) “Em” + gerúndio: 
 
 
Ex.: Em se desculpando pela ofensa, não haverá dificuldades atreladas ao processo. 
 
 8) Verbo no particípio: 
Cada Tudo 
Todo Nada 
Qualquer Certo 
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 O caso do verbo no particípio é um pouco diferente. O que acontece, na verdade, é que o particípio 
repele a ênclise, ou seja, há mais maneira de se fazer a colocação do pronome oblíquo. O problema reside, 
fundamentalmente, na ênclise. 
 
- O Governo me havia remetido o documento. 
- O Governo havia-me remetido o documento. (Comum em Portugal) 
- O Governo havia me remetido o documento. (Comum no Brasil) 
 
9) Sentenças optativas: 
 
Uma oração optativa é aquela que exprime um desejo. Costumam ser sentenças de organização simples. 
 
Ex.: Deus lhe pague! 
 
Observação: não caia na pegadinha! 
 
 Pode ser que a banca faça uma intercalação na sentença, buscando ludibriar você! Não caia nessa! 
Veja o exemplo: 
Ex.: Ele disse que, já fazia mais de duas semanas, me pagou. 
 
 Preste atenção que a sentença interferente “já fazia mais de duas semanas” está intercalada na 
sentença e separa o pronome de uma conjunção subordinativa integrante. Isso é algo muito comum em 
questões de concurso. Não se deixe enganar, é impossível fazer uma ênclise nesse caso. 
 
Regras de mesóclise 
 
As regras de mesóclise são as mais fracas. Isso quer dizer que, em um caso de mesóclise, se houver 
qualquer alteração (como a anteposição de palavra atrativa), a colocação deverá ser alterada. Nesse caso, 
para uma próclise. Vejamos os casos de mesóclise. 
 
1) Verbo conjugado no futuro do presente do indicativo: 
Ex.: Notificá-lo-emos em razão de tal injúria. (Verbo “notificar” no futuro: notificaremos + o pronome 
oblíquo). 
 
2) Verbo conjugado no futuro do pretérito do indicativo: 
Ex.: Informá-la-ia quando retornasse de viagem. (Verbo “informar” no futuro do pretérito: informaria + o 
pronome oblíquo). 
 
Nota: se houver algum caso de próclise nessas frases acima, a regra de mesóclise há de ceder lugar 
para a próclise. Como disse anteriormente, as palavras “atrativas” são mais fortes. 
 
A mesóclise, apesar de elegante, é pouco empregada na linguagem corrente. Não é muito 
recomendável utilizá-la se estiver escrevendo uma redação. 
 
Regras de ênclise 
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1) Início de sentença: não se inicia sentença com pronome oblíquo átono. 
Ex.: Faz-se muito com a dedicação e esforço. 
 
Ex.: Atualmente, vive-se com medo nas grandes cidades. (Perceba que o pronome está enclîtico, porque 
se considera início de sentença após aquela vírgula – uma vez que ela isola um elemento antecipado na 
sentença). 
 
2) Verbo no infinitivo impessoal: 
Ex.: É fundamental esforçar-se para novos rumos. 
 
3) Verbo no gerúndio: 
Ex.: O suspeito saiu afastando-se do local do crime. 
 
4) Verbo no imperativo afirmativo: 
Ex.: Tragam-me o livro solicitado! 
 
5) Verbo no infinitivo + preposição “a” antecedendo o verbo + pronomes “o” ou “a”. 
Ex.: O lenhador saiu pela floresta a procurá-la apressadamente. 
Ex.: O promotor fitou o acusado a ofendê-lo desmesuradamente. 
 
 
Colocação Facultativa 
 
Memorize esses casos! É muito comum as bancas questionarem se o pronome pode ser “deslocado” na 
sentença, sem problemas para a correção gramatical. Há apenas dois casos. 
 
1) Sujeito expresso próximo ao verbo. 
Ex.: Machado de Assis se refere à sociedade da época. 
Ex.: Machado de Assis refere-se à sociedade da época. 
 
2) Verbo no infinitivo antecedido por “não” ou por preposição. 
Ex.: Todos sabemos que, ao se acostumar com a vida, tendemos ao comodismo. 
Ex.: Todos sabemos que, ao acostumar-se com a vida, tendemos ao comodismo. 
 
Questão 1: FCC - DP RS/DPE RS/2014 
Assunto: Sintaxe 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo, conferência pronunciada por Joaquim Nabuco a 
20 de junho de 1909 na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos. 
 
Viajando uma vez da Europa para o Brasil, ouvi o finado William Gifford Palgrave, meu companheiro de mesa, 
escritor inglês muito viajado no Oriente, perguntar ao comandante do navio que vantagem lhe parecia ter 
advindo da descoberta da América. Por sua parte, não lhe ocorria nenhuma, salvo, apenas, o tabaco. Foi a 
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primeira vez que ouvi exprimir essa dúvida, mas anos depois vim a comprar um velho livro francês, de um 
Abbé Genty, livro intitulado: L’Influence de la découverte de L'Amérique sur le bonheur du genre humain, e 
soube então que a curiosa questão havia sido proposta seriamente para um prêmio pela Academia de Lyon, 
antes da Revolução Francesa, e que estava formulada do seguinte modo: "Tem sido útil ou prejudicial ao 
gênero humano a descoberta da América?". O trabalho de Genty não passa, em seu conjunto, de uma 
declamação oca, onde não há nada a colher além da esperança que o autor exprime na regeneração da 
humanidade pela nova nação americana. Na independência dos anglo-americanos, vê "o sucesso mais apto a 
apressar a revolução que reconduzirá a felicidade à face da Terra". E acrescenta: "É no seio da República 
recém-nascida que se acham depositados os verdadeiros tesouros destinados a enriquecer o mundo". O livro 
merece por isso ser conservado, mas a época em que foi escrito, 1787, não permitia ainda que se pudesse 
avaliar a contribuição do Novo Mundo para o bem-estar da humanidade. Era já a aurora do dia da América, 
mas nada mais senão a aurora. George Washington presidia à Convenção Constitucional, porém a influência 
desse grande acontecimento ainda não fora além do choque causado ao Velho Mundo. Ainda não produzira a 
Revolução Francesa. Sua importância não podia por enquanto ser imaginada. 
 
Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel que deverão desempenhar. O 
feitio que a influência romana tomaria não podia ser previsto nem nos grandes dias da República. Uma 
conversa entre César e Cícero sobre o papel histórico da Gália ou da Bretanha não poderia levar em conta a 
França ou a Inglaterra. Hoje mesmo, quem poderia dizer algo de essencial sobre o Japão ou a China? Do 
Japão, pode-se afirmar que, para o mundo exterior, está apenas na aurora. Quanto à China, continua velada 
na sua longa noite, brilhando apenas para si própria. Na história da humanidade, a impressão de qualquer um 
deles poderá sequer imaginar-se? Mas já se pode estudar a parte da América na civilização. Podemos 
desconhecer suas possibilidades no futuro, como desconhecemos as da eletricidade; mas já sabemos o que é 
eletricidade, e também conhecemos a individualidade nacional do vosso país. As nações alcançam em época 
determinada o pleno desenvolvimento de sua individualidade; e parece que já alcançastes o vosso. Assim 
podemos falar com mais base que o sacerdote francês nas vésperas da Revolução Francesa. 
 
(A parte da América na civilização. In Essencial Joaquim Nabuco. org. e introd. Evaldo Cabral de Mello. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 
2010, p. 531/532) 
 
 
Há na vida das nações um período em que ainda não lhes foi revelado o papel que deverão desempenhar. 
 
Sobre o pronome destacado acima, afirma-se com correção, considerada a norma padrão escrita: 
 a) pode ser apropriadamente substituído por "à elas", posicionada a expressão após a palavra revelado. 
 b) constitui um dos complementos exigidos pela forma verbal presente na oração. 
 c) está empregado com sentido possessivo, como se tem em "Dois equívocos comprometeram-lhe o 
texto". 
 d) dado o contexto em que está inserido, se sofrer elipse, não altera o sentido original da frase. 
 e) está empregado em próclise, mas poderia adequadamente estar enclítico à forma verbal. 
 
Questão 2: FCC - TJ TRE SP/TRE SP/Apoio Especializado/Programação de Sistemas/2012 
Assunto: Função sintática dos pronomes 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Se nunca foi fácil traçar a linha divisória entre arte erudita e arte popular, agora é mais difícil levar a cabo essa 
tarefa ociosa. Indiferente à palha seca da controvérsia, a arte segue o seu caminho. A vertente é uma só e é 
nela que se dá o encontro das águas. Pouco importam as fontes de onde procedem. Purificadoras e 
purificadas, seu caráter lustral as universaliza. Caetano Veloso, por exemplo. Quem ousaria classificá-lo? 
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Em princípio, a arte deveria permanecer ao relento. Maldito, o poeta não era aceito. Na escala de valores, 
popular, mais que um adjetivo, era um estigma. Daí o escândalo do sarau de d. Nair de Tefé. Primeira-dama, 
ela própria artista, afrontou a conspícua Velha República. 
 
Em pleno palácio do Catete, ouviu-se por sua iniciativa o "Corta-jaca", de Chiquinha Gonzaga. Delirante 
sucesso na rua, a música era aplaudida em cena aberta e assobiada em botequins. Viajou a Portugal e lá 
arrebatou a plateia. Mas no Catete só podia ser insânia. 
 
A maturidade de Caetano Veloso coincide com o amadurecimento cultural que lhe proporciona o 
reconhecimento nacional. Caducas as classificações, sua arte aniquila toda e qualquer discriminação. Exaltada 
aqui dentro, repercute lá fora. A música lhe dá dimensão internacional. O que ele é, porém, é universal. A 
poesia de fato nunca esteve divorciada da expressão popular. Manuel Bandeira tirava o chapéu, respeitoso, 
para Sinhô, Pixinguinha, Noel. 
 
Dos poetas, foi dos mais musicais, Manuel. E musicado. Arranhava o seu violão. Saiu extasiado da casa em que 
ouviu João Gilberto e sua recente batida bossa-novista. Fui testemunha ocular e auditiva. Tudo isso vem a 
propósito da fusão que Caetano Veloso hoje encarna. Metabolizada, a grande arte canta nesse legítimo poeta 
do Brasil. 
 
(Adaptado de Otto Lara Resende. "Poeta do encontro". Bom dia para nascer. São Paulo, Cia. das Letras, 2011, p. 281-282) 
 
A substituição do termo grifado por um pronome, com as necessárias alterações,foi efetuada de modo 
correto em: 
 a) traçar a linha divisória = traçar-lhe 
 b) arrebatou a plateia = lhe arrebatou 
 c) levar a cabo essa tarefa ociosa = levá-la a cabo 
 d) segue o seu caminho = segue-no 
 e) Arranhava o seu violão = lhe arranhava 
 
Questão 3: FCC - PMP (INSS)/INSS/2006 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
 
O único segmento grifado que NÃO está empregado em conformidade com o padrão culto escrito é: 
 a) Não é muito agradável estar com aqueles meus primos, porque eles falam ininterruptamente de si. 
 b) Esse é o tipo de questão que você terá de resolver com nós mesmos. 
 c) A fim de não encontrá-lo no consultório, deixei para ir no dia seguinte. 
 d) Ele preencheu o formulário de modo inadequado, é onde o coordenador chamou sua atenção. 
 e) Cabelos cacheados e sedosos moldam-lhe o rosto afilado e claro. 
 
Questão 4: FCC - DP RS/DPE RS/2011 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Responda à questão com base no texto. 
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Texto 
 
Lição de bom senso 
 
O Ministério da Educação (MEC) contornou com habilidade e bom senso a polêmica gerada em torno do veto, 
pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), de um livro do escritor Monteiro Lobato, sob o pretexto de que 
contém expressões racistas. A alternativa encontrada pelo ministro foi a de acrescentar um esclarecimento de 
que, em 1933, quando a obra foi publicada pela primeira vez, o país tinha hábitos diferentes e algumas 
expressões não eram consideradas ofensivas, como ocorre hoje. É importante que esse tipo de decisão sirva de 
parâmetro para situações semelhantes, em contraposição a tentações apressadas de recorrer à censura. 
 
O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, 
na qual a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo de 
quase oito décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos na vigilância do 
politicamente correto, nem de intolerâncias como o racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos 
como o de caça a animais em extinção e avançou nas políticas para a educação das relações étnico-raciais. 
 
Assim como em qualquer outra manifestação artística, portanto, o livro que esteve sob ameaça de censura 
precisa ter seu conteúdo contextualizado. Se a personagem Tia Nastácia chegou a ser associada a estereótipos 
hoje vistos como racistas, é importante que os educadores se preocupem em deixar claro para os alunos 
alguns aspectos que hoje chamam a atenção apenas pelo fato de o país ter evoluído sob o ponto de vista de 
costumes e de direitos humanos. 
 
No Brasil de hoje, não há mais espaço para a impunidade em relação a atos como o racismo. Isso não significa, 
porém, que seja preciso revolver o passado, muito menos sem levar em conta as circunstâncias da época. 
 
(Editorial Zero Hora, 18/10/2010) 
 
O pronome se pode se deslocar sintaticamente, sem provocar erro gramatical, na afirmativa 
 a) não conseguiu livrar-se, porque é próclise ao verbo no infinitivo. 
 b) não se conseguiu livrar, porque é próclise ao advérbio. 
 c) não se conseguiu livrar, porque é ênclise ao auxiliar. 
 d) não conseguiu livrar se, porque é próclise ao verbo principal. 
 e) não conseguiu livrar-se, porque é ênclise ao verbo no infinitivo. 
 
Questão 5: FCC - TJ TST/TST/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
 
Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogo interior. O exterior é jogado contra um 
adversário para superar obstáculos exteriores e atingir uma meta externa. Para o domínio desse jogo, 
especialistas dão instruções sobre como utilizar uma raquete ou um taco e como posicionar os braços, as 
pernas ou o tronco para alcançar os melhores resultados. Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas têm 
mais facilidade para lembrar estas instruções do que para executá-las. 
 
Minha tese é que não encontraremos maestria nem satisfação em algum jogo se negligenciarmos as 
habilidades do jogo interior. Este é o jogo que se desenrola na mente do jogador, e é jogado contra obstáculos 
como falta de concentração, nervosismo, ausência de confiança em si mesmo e autocondenação. Em resumo, 
este jogo tem como finalidade superar todos os hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho. 
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Muitas vezes nos perguntamos: Por que jogamos tão bem num dia e tão mal no outro? Por que ficamos tensos 
numa competição ou desperdiçamos jogadas fáceis? Por que demoramos tanto para nos livrar de um mau 
hábito e aprender um novo? As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus, mas elas 
trazem recompensas valiosas, que são permanentes e que contribuem de forma significativa para nosso 
sucesso posterior, tanto na quadra como fora dela. 
 
(Adaptado de W. Timothy Gallwey. O jogo interior de tênis. Trad. de Mario R. Krausz. S.Paulo: Textonovo, 1996. p.13) 
 
Substituindo-se os elementos grifados em segmentos do texto, com os ajustes necessários, ambos os 
pronomes foram empregados corretamente em: 
 a) como posicionar os braços / alcançar os melhores resultados = como posicioná-los / alcançar-lhes 
 b) não encontraremos maestria / negligenciarmos as habilidades = não encontraremo-la / 
negligenciarmo-nas 
 c) especialistas dão instruções / como utilizar uma raquete = especialistas dão-nas / como utilizá-la 
 d) superar obstáculos exteriores / atingir uma meta externa = superar-nos / atingi-la 
 e) não acrescentem novos troféus / elas trazem recompensas = não lhes acrescentem / elas as trazem 
 
Questão 6: FCC - AJ TRE MS/TRE MS/Judiciária/2007 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
 
Ensino que ensine 
 
Jogar com as ambigüidades, cultivar o improviso, juntar o que se pretende irreconciliável e dividir o que se 
supõe unitário, usar falta de método como método, tratar enigmas como soluções e o inesperado como 
caminho − são traços da cultura do povo brasileiro. Estratégias de sobrevivência? Por que não também 
manancial de grandes feitos, tanto na prática como no pensamento? A orientação de nosso ensino costuma 
ser o oposto dessa fecundidade indisciplinada: dogmas confundidos com idéias, informações sobrepostas a 
capacitações, insistência em métodos “corretos” e em respostas “certas”, ditadura da falta de imaginação. 
Nega-se voz aos talentos, difusos e frustrados, da nação. Essa contradição nunca foi tema do nosso debate 
nacional. 
 
Entre nós, educação é assunto para economistas e engenheiros, não para educadores, como se o alvo fosse 
construir escolas, não construir pessoas. Preconizo revolução na orientação do ensino brasileiro. Nada tem a 
ver com falta de rigor ou com modismo pedagógico. E exige professorado formado, equipado e remunerado 
para cumprir essa tarefa libertadora. 
 
Em matemática, por exemplo, em vez de enfoque nas soluções únicas, atenção para as formulações 
alternativas, as soluções múltiplas ou inexistentes e a descoberta de problemas, tão importante quanto o 
encontro de soluções. Em leitura e escrita, análise de textos com a preocupação de aprofundar, não de 
suprimir possibilidades de interpretação; defesa, crítica e revisão de idéias; obrigação de escrever todos os 
dias, formulando e reformulando sem fim. Em ciência, o despertar para a dialética entre explicações e 
experimentos e para os mistérios da relação entre os nexos de causa e efeito e sua representação matemática. 
Em história, e em todas as disciplinas, as transformações analisadasde pontos de vista contrastantes. 
 
Isso é educação. O resto é perda de tempo. (...) Quem lutará para que a educação no Brasil se eduque? 
 
(Roberto Mangabeira Unger, Folha de S. Paulo, 09/01/2007) 
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Nosso sistema de ensino tem falhas estruturais; para revolucionar nosso sistema de ensino, seria 
preciso despir nosso sistema de ensino dos dogmas que norteiam nosso sistema de ensino. 
 
Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo- se os segmentos sublinhados, 
respectivamente, por 
 a) revolucioná-lo − despi-lo − o norteiam 
 b) o revolucionar − despi-lo − lhe norteiam 
 c) revolucionar-lhe − despir-lhe − o norteiam 
 d) revolucioná-lo − despir-lhe − norteiam-no 
 e) o revolucionar − despir-lhe − o norteiam 
 
Questão 7: FCC - EST (BB)/BB/2012 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
 
Da solidão 
 
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se arme o silêncio, que não se 
manifeste aos seus olhos nenhuma presença humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o 
peso do céu desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio do fim do mundo. 
 
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em redor de nós, embora com vida e 
voz que não são humanas, mas que podemos aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta 
ajuda a esclarecer o nosso próprio mistério. 
 
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos de luz, eloquência de formas, 
para revelarem aquilo que lhes parece não o mais estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais 
rico de sugestões, o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos, constituindo, 
de certo modo, seu espírito e sua alma. 
 
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das paredes, o desenho das cadeiras, 
a transparência das vidraças, os dóceis panos tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza 
que arrebata logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é inábil e desajeitado. 
Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências que representam, a repercussão, nelas sensível, de 
tanto trabalho e história humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos estão 
aptos para as descobrirem. Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla companhia, generosa e quase invisível. 
 
(Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho) 
 
Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão, atribuímos à solidão os mais 
terríveis contornos, mas nunca estamos absolutamente sós no mundo. 
 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, 
por: 
 a) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos 
 b) tememo-la - julgamo-la invencível - atribuímo-la 
 c) tememos a ela - lhe julgamos invencível - lhe atribuímos 
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 d) a tememos - julgamo-la invencível - atribuímos-lhe 
 e) a tememos - julgamos invencível a ela - lhe atribuímos 
 
Questão 8: FCC - TJ TRT6/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
 
Os livros de história sempre tiveram dificuldade em falar de mulheres que não respeitam os padrões de 
gênero, e em nenhuma área essa limitação é tão evidente como na guerra e no que se refere ao manejo de 
armas. 
 
No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos protagonizados por guerreiras. 
Com efeito, a sucessão política regularmente coloca uma mulher no trono, por mais desagradável que essa 
verdade soe. Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma mulher dirige o país, 
os livros de história são obrigados a registrar certo número de guerreiras levadas, consequentemente, a se 
comportar como qualquer Churchill, Stálin ou Roosevelt. Semíramis de Nínive, fundadora do Império Assírio, e 
Boadiceia, que liderou uma das mais sangrentas revoltas contra os romanos, são dois exemplos. Esta última, 
aliás, tem uma estátua à margem do Tâmisa, em frente ao Big Ben, em Londres. Não deixemos de 
cumprimentá-la caso estejamos passando por ali. 
 
Em compensação, os livros de história são, em geral, bastante discretos sobre as guerreiras que atuam como 
simples soldados, integrando os regimentos e participando das batalhas contra exércitos inimigos em 
condições idênticas às dos homens. Essas mulheres, contudo, sempre existiram. Praticamente nenhuma guerra 
foi travada sem alguma participação feminina. 
 
(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das Letras, 2009. p. 7-8) 
 
Levando-se em conta as alterações necessárias, o termo grifado foi corretamente substituído por um 
pronome em: 
 a) coloca uma mulher no trono = coloca-na no trono 
 b) dirige o país = lhe dirige 
 c) integrando os regimentos = integrando-lhes 
 d) liderou uma das mais sangrentas revoltas = liderou-na 
 e) registrar certo número de guerreiras = registrá-lo 
 
Questão 9: FCC - AJ TRT1/TRT 1/Judiciária/Execução de Mandados/2013 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Confiar e desconfiar 
 
Desconfiar é bom e não custa nada − é o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela como a usura. 
Mas eu acho que desconfiar custa, sim, e às vezes custa demais. A desconfiança costuma ficar bem no meio do 
caminho da aventura, da iniciativa, da descoberta, atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? − 
uma experiência essencial. 
 
Por desconfiar deixamos de arriscar, permitindo que a prudência nos imobilize; por cautela, calamo-nos, não 
damos o passo, desviamos o olhar. Depois, ficamos ruminando sobre o que teremos perdido, por não ousar. 
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O senso comum também diz que é melhor nos arrependermos do que fizemos do que lamentarmos o que 
deixamos de fazer. Como se vê, a sabedoria popular também hesita, e se contradiz. Mas nesse capítulo da 
desconfiança eu arrisco: quando confiar é mais perigoso e mais difícil, parece-me valer a pena. Falo da 
confiança marcada pela positividade, pela esperança, pelo crédito, não pela mera credulidade. Mesmo quando 
o confiante se vê malogrado, a confiança terá valido o tempo que durou, a qualidade da aposta que perdeu. O 
desconfiado pode até contar vantagem, cantando alto: − Eu não falei? Mas ao dizer isso, com os pés 
chumbados no chão da cautela temerosa, o desconfiado lembra apenas a estátua do navegante que foi ao 
mar e voltou consagrado. As estátuas, como se sabe, não viajam nunca, apenas podem celebrar os grandes e 
ousados descobridores. 
 
“Confiar, desconfiando” é outra pérola do senso comum. Não gosto dessa orientação conciliatória, que manda 
ganhar abraçando ambas as opções. Confie, quando for esse o verdadeiro e radical desafio. 
 
(Ascendino Salles, inédito) 
 
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: 
 a) Ao contrário da maioria, onde se prefere desconfiar do que confiar, o autor do texto preferiu ficar com 
esta, expondo seus argumentos. 
 b) Desconfiar é para muitos preferível do que confiar, pois lhes parecem que a confiança requer 
ingenuidade, em vez da necessária cautela. 
 c) A desconfiança é normalmente valorizada, se associada à prudência, mas há quem veja nela um 
entrave para a criação mais ousada. 
 d) Quem deseja tomar iniciativae efetuar criações, não pode prender-se a desconfiança, em cuja reverte 
em paralisia o que devia ser ação. 
 e) Ser ousado para criar com liberdade requer de que a desconfiança não venha bloquear nosso caminho, 
ou mesmo chegar a paralisá-lo. 
 
Questão 10: FCC - TL (ALERN)/ALERN/Técnico Legislativo/2013 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
 
Muito antes de Einstein contestar a ideia de tempo absoluto, muitas culturas do passado intuíam que, nessa 
matéria, tudo é relativo. A maré segue o relógio da lua. A noite traz o dia, mas depois se seguirá outra noite. 
Uma estação do ano é substituída por outra. Depois da lua cheia virá a lua nova. Tudo se renova. 
Repetidamente. 
 
A ideia de que o tempo tem uma direção, é irreversível, e caminha em linha reta não era uma unanimidade – 
tampouco uma obviedade. As marés, os solstícios, as estações, a movimentação dos astros no céu e o próprio 
comportamento biológico (o ciclo menstrual, as etapas de amadurecimento do corpo) fizeram muitos povos da 
Antiguidade sentir o tempo em termos de ritmos orgânicos, como se sua natureza fosse circular e repetitiva. 
 
Os maias achavam que a história se repetiria a cada 260 anos. Esse período recebia o nome de lamat, após o 
qual o primeiro dia voltaria a acontecer. Os estoicos achavam que, toda vez que os planetas se alinhassem, 
retomando a mesma posição que ocupavam no início dos tempos, o Cosmo seria recriado. Não é por acaso 
que toda a trama de uma típica peça de teatro grego se resolvia num único dia – o tempo representado se 
fecha sobre si mesmo, ao encerrar um ciclo de representação. 
 
Antes do Cristianismo, só os hebreus e os persas zoroastrianos adotavam a percepção progressiva do tempo. A 
crença no nascimento, morte e ressurreição de Cristo como fatos únicos, que não se repetiriam, foram se 
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incorporando ao cotidiano ocidental com a popularização da Igreja. Aos poucos, as culturas que residualmente 
cultuavam um eterno retorno passaram a considerar que o tempo se movimenta de um passado para um 
futuro. 
 
Uma outra sensação passava a dominar. A linguagem preservou tais sensações culturais em torno do tempo. 
Muitas palavras que indicam duração tinham outros sentidos antes do tempo linear ganhar relevância cultural 
no Ocidente. Mar vem do latim mare ou maris. Vento vem de ventus, respiração dos mares e de toda a terra. 
Da costa que banhou o latim e o grego estalaram ondas e ventanias de palavras, ecos da importância do 
oceano e dos ventos no cotidiano greco-latino. Assim, a palavra oportunidade, variante do latim opportunus, 
que significava em direção ao porto. São, de fato, oportunos os ventos que nos levam a bom porto. Em latim 
pré-clássico, essa palavra nomeava os ventos mediterrâneos que enfunavam as velas dos barcos. 
 
(Luiz Costa Pereira Junior. Língua Portuguesa Especial. Etimologia. São Paulo: Segmento, ano I, janeiro 2006, p. 38 e 39, com adaptações) 
 
O segmento grifado nas expressões abaixo está corretamente substituído pelo pronome correspondente em: 
 a) que enfunavam as velas dos barcos = enfunavam-nos 
 b) sentir o tempo em termos de ritmos orgânicos = sentir-lhe 
 c) só os hebreus e os persas zoroastrianos adotavam a percepção progressiva do tempo = adotavam-a 
 d) A linguagem preservou tais sensações culturais em torno do tempo = preservou-o 
 e) as culturas que residualmente cultuavam um eterno retorno = cultuavam-no 
 
Questão 11: FCC - AJ TRE RO/TRE RO/Judiciária/2013 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
No âmbito da arte contemporânea, a pintura de Chagall ...... pela importância que tem nela o elemento 
temático, de fundo onírico, que, por sua vez, ...... as profundas raízes afetivas e culturais do artista. Sua obra, 
moderna, ...... todas as conquistas formais da arte contemporânea. 
 
(Adaptado de: educação.uol.com.br/biografias/marc-chagall.html) 
 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
 a) se destaca − refletem − assimila 
 b) destaca − refletem − assimilava 
 c) destaca-se − refletiam − assimilaram 
 d) destaca − refletia − assimilara 
 e) se destaca − reflete − assimilou 
 
Questão 12: FCC - AJ TRT2/TRT 2/Administrativa/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
 
Questão de gosto 
 
A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando alguém apela para a tal da “questão 
de gosto”, é como se dissesse: “chega de conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece 
necessária, ou mesmo possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de colégio.” Questão de 
gosto. 
 
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Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e argumentos, estanca o discurso crítico, 
desiste da reflexão, afirmando despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso, e 
pronto, estamos conversados. Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto próprio, 
impedido de argumentar. Afinal, gosto não se discute. 
 
Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra, a ausência vale a presença − 
tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar 
para uma razão ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa análise 
estética. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga as diferenças reais e proclama a 
servidão ao capricho. Mas há quem goste das fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar 
as nossas contradições. 
 
(Emiliano Barreira, inédito) 
 
Muita gente não enfrenta uma argumentação, prefere substituir uma argumentação pela alegação do 
gosto, atribuindo ao gosto o valor de um princípio inteiramente defensável, em vez de tomar o gosto como 
uma instância caprichosa. 
 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados por, 
respectivamente, 
 a) substituir-lhe - atribuindo-o - tomá-lo 
 b) substituí-la - atribuindo-lhe - tomá-lo 
 c) substituí-la - lhe atribuindo - tomar-lhe 
 d) substituir a ela - atribuindo a ele - lhe tomar 
 e) substituir-lhe - atribuindo-lhe - tomar-lhe 
 
Questão 13: FCC - TJ TRT2/TRT 2/Administrativa/"Sem Especialidade"/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Instrução: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 
 
Reduzido a um clique 
 
RIO DE JANEIRO − A notícia é alarmante: "Amazon se prepara para vender livros físicos no Brasil". O alarme 
não se limita à iminente entrada da Amazon no mercado brasileiro de livros − algo que lembrará o passeio de 
um brontossauro pela Colombo. 
 
A ameaça começa pela expressão "livros físicos". É o que, a partir de agora, o diferenciará dos livros digitais. 
 
Pelos últimos mil anos, dos manuscritos aos incunábulos e aos impressos a laser, os livros têm sido chamados 
de livros. Nunca precisaram de adjetivos para distingui-los dos astrolábios, das guilhotinas ou das cenouras. 
Quando se dizia "livro", todos entendiam um objeto de peso e volume, composto de folhas encadernadas, 
protegidas por papelão ou couro, nas quais se gravavam a tinta palavras ou imagens. 
 
Há 200 anos, os livros deixaram de ser privilégio das bibliotecas públicas ou particulares e passaram a ser 
vendidos em lojas especializadas, chamadas livrarias. Desde sempre, as livrarias se caracterizaram por 
estantes altas, vendedores atenciosos, uma atmosfera de paz e a ocasional presença de um gato. Foi nelas que 
leitores e escritores aprenderama se encontrar e trocar ideias, gerando uma emulação com a qual a cultura 
teve muito a ganhar. 
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A Amazon dispensa tudo isso. Ela vende livros "físicos", mas a partir de um endereço imaterial − nada físico −, 
acessível apenas pela internet. Dispensa as livrarias. Se você se interessar por um livro (certamente 
recomendado por uma lista de best-sellers), basta o número do seu cartão de crédito e um clique. Em dois 
dias, ele estará em suas mãos − e a um preço mais em conta, porque a Amazon não tem gastos com aluguel, 
escritório, luz, funcionários humanos e nem mesmo a ração do gato. 
 
Com sorte, os livros continuarão "físicos". 
 
Mas os leitores correm o risco de ser reduzidos a um número de cartão de crédito e um clique. 
 
(CASTRO, Ruy, Folha de S.Paulo, opinião, 7 de ag. de 2013. p. A2) 
 
Observações: 
1. brontossauro / espécie de dinossauro; 
2. Colombo / tradicional confeitaria do Rio de Janeiro, com sua refinada arquitetura e mobiliário, seus 
requintados cristais e jogos de porcelana, hoje patrimônio cultural e artístico da cidade; 
3. incunábulo / livro impresso que data dos primeiros tempos da imprensa (até o ano de 1500). 
 
Nunca precisaram de adjetivos para distingui-los dos astrolábios... (3º parágrafo) 
 
A forma pronominal acima, em negrito, será também encontrada em uma das frases abaixo, quando o termo 
nela sublinhado for substituído pelo pronome que lhe corresponde. Essa frase é: 
 a) Convocou todos os funcionários para agradecer a eles a especial colaboração. 
 b) O sagaz lutador tem enfrentado seu adversário com coragem. 
 c) Viu o filho da vizinha e não cumprimentou o menino pelo seu aniversário. 
 d) Sabia que os nadadores estariam lá e realmente chegou a encontrar os rapazes. 
 e) Reconheceram o valor do auxiliar e indicaram o jovem para promoção. 
 
Questão 14: FCC - TJ TRF3/TRF 3/Administrativa/"Sem Especialidade"/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
 
Texto I 
 
O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. 
As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum. 
 
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do 
Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível poder de sedução do seu 
canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e 
naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes. 
 
Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas 
soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia. 
 
Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele 
conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que 
vinha da ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo. 
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A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e 
corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites humanos. 
 
Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no 
momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos 
com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou 
com cera os próprios ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de 
tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, 
cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo. 
 
Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha 
diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o bem permanente do seu 
projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória 
de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele 
soube reconhecer em sua própria alma. 
 
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK) 
 
As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes. 
 
... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça... 
 
... e fez de tudo para convencer os tripulantes... 
 
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram corretamente substituídos por um 
pronome, na ordem dada, em: 
 a) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes 
 b) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes 
 c) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los 
 d) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los 
 e) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los 
 
Questão 15: FCC - AJ TRT19/TRT 19/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
 
No texto abaixo, Graciliano Ramos narra seu encontro com Nise da Silveira. 
 
Chamaram-me da porta: uma das mulheres recolhidas à sala 4 desejava falar comigo. Estranhei. Quem seria? 
E onde ficava a sala 4? Um sujeito conduziu-me ao fim da plataforma, subiu o corrimão e daí, com agilidade 
forte, galgou uma janela. Esteve alguns minutos conversando, gesticulando, pulou no chão e convidou-me a 
substituí-lo. Que? Trepar-me àquelas alturas, com tamancos? 
 
Examinei a distância, receoso, descalcei-me, resolvi tentar a difícil acrobacia. A desconhecida amiga exigia de 
mim um sacrifício; a perna, estragada na operação, movia-se lenta e perra; se me desequilibrasse, iria 
esborrachar-me no pavimento inferior. Não houve desastre. Numa passada larga, atingi o vão da janela; 
agarrei-me aos varões de ferro, olhei o exterior, zonzo, sem perceber direito por que me achava ali. Uma voz 
chegou-me, fraca, mas no primeiro instante não atinei com a pessoa que falava. Enxerguei o pátio, o vestíbulo, 
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a escada já vista no dia anterior. No patamar, abaixo de meu observatório, uma cortina de lona ocultava a 
Praça Vermelha. Junto, à direita, além de uma grade larga, distingui afinal uma senhora pálida e magra, de 
olhos fixos, arregalados. O rosto moço revelava fadiga, aos cabelos negros misturavam-se alguns fios 
grisalhos. Referiu-se a Maceió, apresentou-se: 
 
− Nise da Silveira. 
 
Noutro lugar o encontro me daria prazer. O que senti foi surpresa, lamentei ver minha conterrânea fora do 
mundo, longe da profissão, do hospital, dos seus queridos loucos. Sabia-a culta e boa, Rachel de Queiroz me 
afirmara a grandeza moral daquela pessoinha tímida, sempre a esquivar-se, a reduzir-se, como a escusar-se 
de tomar espaço. Nunca me havia aparecido criatura mais simpática. O marido, também médico, era meu 
velho conhecido Mário Magalhães. Pedi notícias dele: estava em liberdade. E calei-me, num vivo 
constrangimento. 
 
De pijama, sem sapatos, seguro à verga preta, achei-me ridículo e vazio; certamente causava impressão muito 
infeliz. Nise, acanhada, tinha um sorriso doce, fitava-me os bugalhos enormes, e isto me agravava a 
perturbação, magnetizava-me. Balbuciou imprecisões, guardou silêncio, provavelmente se arrependeu de me 
haver convidadopara deixar-me assim confuso. 
 
(RAMOS, Graciliano, Memórias do Cárcere, vol. 1. São Paulo, Record, 1996, p. 340 e 341) 
 
Sabia-a culta e boa, Rachel de Queiroz me afirmara a grandeza moral daquela pessoinha tímida... 
 
Atribuindo-se caráter hipotético ao trecho acima, mantém-se a correção gramatical substituindo-se os 
elementos grifados pelo que se encontra em: 
 a) Saberia-a − tinha-me afirmado 
 b) Tê-la-ia sabido − teria-me afirmado 
 c) Sabê-la-ia − me afirmaria 
 d) Saberia-a − ter-me-ia afirmada 
 e) Sabê-la-ia − me teria afirmado 
 
Questão 16: FCC - AJ TRT19/TRT 19/Judiciária/"Sem Especialidade"/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
 
O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro começa a avançar pelos vastos e 
desertos prados do Cazaquistão, deixando para trás a fronteira com a China. 
 
O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da Seda, antigo caminho que ligava a China 
à Europa e era usado para o transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair em 
desuso, seis séculos atrás. 
 
Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente preciosa: laptops e acessórios de 
informática fabricados na China e enviados por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma. 
 
A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos trilhados por caravanas de camelos e 
cavalos a partir de 120 a.C., quando Xi'an − cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros 
de terracota − era a capital da China. 
 
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As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam por cordilheiras que 
acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central 
até o mar Cáspio e além. 
 
Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à medida que a navegação marítima 
se expandiu e que o centro político da China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou 
na direção da costa. 
 
Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos trabalhistas nas cidades do leste da China 
dispararam na última década. Por isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país. 
 
O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos de Shenzhen ou Xangai − e de lá por 
navios que contornam a Índia e cruzam o canal de Suez − é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da 
Seda reduz esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o trem, mas o custo do 
tempo agregado por mar é considerável. 
 
Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora algumas empresas planejam usar o 
frete ferroviário no próximo inverno boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga 
das temperaturas que podem atingir 40 °C negativos. 
 
(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473) 
 
cruzando os desertos do oeste da China − que contornam a Índia − adotam complexas providências 
 
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram corretamente substituídos por um 
pronome, respectivamente, em: 
 a) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as 
 b) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam 
 c) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes 
 d) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas 
 e) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam 
 
Questão 17: FCC - Cons Leg (CamMun SP)/CM SP/Biblioteconomia/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
 
Reféns da palavra 
 
Durante muito tempo, os gregos desconfiaram da palavra escrita como a linguagem cifrada de um mundo 
obscuro que só levava à danação, diferentemente do que se aprende “de cor”, ou com o coração, como está 
na etimologia. Homero, o inventor da literatura ocidental, era maior porque também nunca escrevera nada e 
suas estrofes inaugurais tinham sido transmitidas oralmente, de coração em coração. 
 
Meu convívio forçado com o computador, sua conveniência, seus mistérios e seus perigos, me faz pensar muito 
sobre a precariedade da palavra. Pois um pré-eletrônico como eu está sempre na iminência de ver textos 
inteiros desaparecerem sem deixar vestígio na tela. O computador nos transforma todos em reféns sem fuga 
possível da palavra e pode acabar, num segundo, com um dia inteiro de trabalho da pobre musa dos cronistas 
em trânsito. Ao mesmo tempo, nos transformou na primeira geração da História que tem toda a memória do 
mundo ao alcance de um dedo. 
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O computador resgata a memória como mestre da História ou, ao contrário, nos exime de ter memória 
própria, e decreta o domínio definitivo da escrita sobre quem a pratica? Sei lá. É melhor acabar aqui antes que 
este texto desapareça. 
 
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. Diálogos impossíveis. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 58) 
 
Com a chegada do computador, passamos a reconhecer no computador não apenas os predicados 
eletrônicos, mas a admitir o computador como um parceiro de todas as ciências, artes e conhecimentos, 
passamos a cultuar o computador como um aliado superior. 
 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, 
por: 
 a) reconhecê-lo - admitir-lhe - cultuá-lo 
 b) reconhecer-lhe - admitir-lhe - cultuá-lo 
 c) reconhecer-lhe - admiti-lo - lhe cultuar 
 d) reconhecer nele - lhe admitir - cultuar-lhe 
 e) reconhecer nele - admiti-lo - cultuá-lo 
 
Questão 18: FCC - AFTE (SEFAZ PE)/SEFAZ PE/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Instruções: A questão refere-se ao texto abaixo. 
 
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior 
universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, 
salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares 
ou as personagens das velhas farsas de mamulengos. 
 
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi 
uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas. 
 
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. 
 
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se 
de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. 
 
O vestuário da personagem − fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, 
cartolinha − também se fixou pelo consenso do público. 
 
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou 
graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía 
a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. 
 
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente 
extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito 
possui o dandismo do grotesco. 
 
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Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da 
personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendasobras-primas de humor que são O garoto, Em 
busca do ouro e O circo. 
 
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não 
houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à 
vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. 
 
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao 
contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em 
seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível 
humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões 
humanas. 
 
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”. Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20) 
 
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em: 
 a) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la 
 b) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou- as por outras 
 c) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía 
 d) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência 
 e) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na imediatamente 
 
Questão 19: FCC - AJ TRT1/TRT 1/Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/2014 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
 
A cultura brasileira em tempos de utopia 
 
Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram as utopias e os projetos políticos que 
marcaram o debate nacional. Na década de 1950, emergiu a valorização da cultura popular, que tentava 
conciliar aspectos da tradição com temas e formas de expressão modernas. 
 
No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio, 40 graus (1955) e Rio, zona 
norte (1957) mostrava a fotogenia das classes populares, denunciando a exclusão social. Na literatura, 
Guimarães Rosa publicou Grande sertão: veredas (1956) e João Cabral de Melo Neto escreveu o poema Morte 
e vida Severina − ambos assimilando traços da linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético 
da literatura erudita. 
 
Na música popular, a Bossa Nova, lançada em 1959 por Tom Jobim e João Gilberto, entre outros, inspirava-se 
no jazz, rejeitando a música passional e a interpretação dramática que se dava aos sambas-canções e aos 
boleros que dominavam as rádios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento das letras das 
canções, dos arranjos instrumentais e da vocalização, para melhor expressar o “Brasil moderno”. 
 
Já a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre a vida cultural e a luta pelas 
Reformas de Base. Já não se tratava mais de buscar apenas uma expressão moderna, mas de pontuar os 
dilemas brasileiros e denunciar o subdesenvolvimento do país. Organizava-se, assim, a cultura engajada de 
esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e do Centro Popular de Cultura da União 
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Nacional dos Estudantes (UNE), num processo que culminaria no Cinema Novo e na canção engajada, base da 
moderna música popular brasileira, a MPB. 
 
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual, 2013, p. 738) 
 
É preciso corrigir, por apresentar falha estrutural, a redação da seguinte frase: 
 a) Ao longo dos anos de 1950 e 1960, verificaram-se, em nosso país, relações muito proveitosas e 
expressivas entre manifestações artísticas e projetos políticos. 
 b) Não há como ignorar o precioso legado artístico que nos deixaram os artistas que, naquelas duas 
décadas, se empenharam na renovação da nossa cultura. 
 c) Há quem conteste a influência que a Bossa Nova supostamente teria recebido do jazz; seja como for, é 
incontestável o valor das canções de um Tom Jobim. 
 d) As ideologias políticas tomaram uma feição radical ao longo dos anos 60; isso transparece quando se 
examinam as letras das canções de protesto. 
 e) Em virtude de fortes interesses políticos, muito embora nem sempre ocorressem, já que na década de 
60 as canções de protesto se disseminaram. 
 
Questão 20: FCC - ACE (TCM-GO)/TCM-GO/Controle Externo/2015 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Pátrio poder 
 
Pais que vivem em bairros violentos de São Paulo chegam a comprometer 20% de sua renda para manter seus 
filhos em escolas privadas. O investimento faz sentido? A questão, por envolver múltiplas variáveis, é 
complexa, mas, se fizermos questão de extrair uma resposta simples, ela é "provavelmente sim". Uma série de 
estudos sugere que a influência de pais sobre o comportamento dos filhos, ainda que não chegue a ser nula, é 
menor do que a imaginada e se dá por vias diferentes das esperadas. Quem primeiro levantou essa hipótese 
foi a psicóloga Judith Harris no final dos anos 90. 
 
Para Harris, os jovens vêm programados para ser socializados não pelos pais, como pregam nossas instituições 
e nossa cultura, mas pelos pares, isto é, pelas outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos 
argumentos que ela usa para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não terminam falando com 
a pronúncia dos genitores, mas sim com a dos jovens que os cercam. 
 
As grandes aglomerações urbanas, porém, introduziram um problema. Em nosso ambiente ancestral, formado 
por bandos de no máximo 200 pessoas, o "cantinho" das crianças era heterogêneo, reunindo meninos e 
meninas de várias idades. Hoje, com escolas que reúnem centenas de alunos, o(a) garoto(a) tende a socializar-
se mais com coleguinhas do mesmo sexo, idade e interesses. O resultado é formação de nichos com a 
exacerbação de características mais marcantes. Meninas se tornam hiperfemininas, e meninos, hiperativos. O 
mau aluno encontra outros maus alunos, que constituirão uma subcultura onde rejeitar a escola é percebido 
como algo positivo. O mesmo vale para a violência e drogas. Na outra ponta, podem surgir meios que 
valorizem a leitura e a aplicação nos estudos. 
 
Nesse modelo, a melhor chance que os pais têm de influir é determinando a vizinhança em que seu filho vai 
viver e a escola que frequentará. 
 
(Adaptado de: SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de São Paulo, 7/12/2014) 
 
Formam-se grupos de alunos nas escolas. O que determina esses grupos não é uma orientação formal; o 
que constitui esses grupos, o que traça os contornos desses grupos, são as afinidades individuais. 
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Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, 
por 
 a) lhes determina − lhes constitui − traça-lhes os contornos 
 b) os determina − constitui-lhes − os traça seus contornos 
 c) os determina − os constitui − lhes traça os contornos 
 d) determina-lhes − os constitui − traça a seus contornos 
 e) determina-os − constitui-os − os traça contornos 
 
Questão 21: FCC - AJ TRT15/TRT 15/Apoio Especializado/Odontologia (Endodontia)/2015 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Para responder às questões de números, considere o texto abaixo. 
 
Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber que a prática foi uma das maiores vergonhas da 
humanidade. Mas é preciso corrigir o tempo do verbo. Foi? Melhor escrever a frase no presente. A escravidão 
ainda é uma das maiores vergonhas da humanidade. E o fato de o Ocidente não ocupar mais o topo da lista 
como responsável pelo crime não deve ser motivo para esquecermos ou escondermos a infâmia. 
 
Anosatrás, lembro-me de um livro aterrador de Benjamin Skinner que ficou gravado nos meus neurônios. Seu 
título era A Crime So Monstrous (Um crime tão monstruoso) e Skinner ocupava-se da escravidão moderna para 
chegar à conclusão aterradora: existem hoje mais escravos do que em qualquer outra época da história 
humana. 
 
Skinner não falava apenas de novas formas de escravidão, como o tráfico de mulheres na Europa ou nos 
Estados Unidos. A escravidão que denunciava com dureza era a velha escravidão clássica − a exploração braçal 
e brutal de milhares ou milhões de seres humanos trabalhando em plantações ou pedreiras ao som do 
chicote. [...] 
 
Pois bem: o livro de Skinner tem novos desenvolvimentos com o maior estudo jamais feito sobre a escravidão 
atual. Promovido pela Associação Walk Free, o Global Slavery Index é um belo retrato da nossa miséria 
contemporânea. [...] 
 
A Índia, tal como o livro de Benjamin Skinner já anunciava, continua a espantar o mundo em termos absolutos 
com um número que hoje oscila entre os 13 milhões e os 14 milhões de escravos. Falamos, na grande maioria, 
de gente que continua a trabalhar uma vida inteira para pagar as chamadas "dívidas transgeracionais" em 
condições semelhantes às dos escravos do Brasil nas roças. 
 
Conclusões principais do estudo? Pessoalmente, interessam-me duas. A primeira, segundo o Global Slavery 
Index, é que a escravidão é residual, para não dizer praticamente inexistente, no Ocidente branco e 
"imperialista". 
 
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo contrário, a existência de movimentos 
abolicionistas que terminaram com ela. A escravidão sempre existiu antes de portugueses ou espanhóis 
comprarem negros na África rumo ao Novo Mundo. Sempre existiu e, pelo visto, continua a existir. 
 
Mas é possível retirar uma segunda conclusão: o ruidoso silêncio que a escravidão moderna merece da 
intelectualidade progressista. Quem fala, hoje, dos 30 milhões de escravos que continuam acorrentados na 
África, na Ásia e até na América Latina? [...] 
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O filme de Steve McQueen, 12 Anos de Escravidão, pode relembrar ao mundo algumas vergonhas passadas. 
Mas confesso que espero pelo dia em que Hollywood também irá filmar as vergonhas presentes: as vidas 
anônimas dos infelizes da Mauritânia ou do Haiti que, ao contrário do escravo do filme, não têm final feliz. 
 
(Adaptado de: COUTINHO, João Pereira. "Os Escravos". Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br) 
 
Mas é possível retirar uma segunda conclusão... (8º parágrafo) 
 
... pode relembrar ao mundo algumas vergonhas... (último parágrafo) 
 
... não têm final feliz. (último parágrafo) 
 
Os segmentos sublinhados acima são corretamente substituídos por pronomes em: 
 a) retirá-la - relembrar-lhe - o têm 
 b) retirá-la - relembrá-las - têm-no 
 c) retirar-lhe - lhe relembrar - têm-no 
 d) a retirar - relembrá-lo - o têm 
 e) lhe retirar - o relembrar - o têm 
 
Questão 22: FCC - AP (MANAUSPREV)/MANAUSPREV/Administrativa/2015 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
 
Numa definição solta, a floresta tropical é um tapete multicolorido, estruturado e vivo, extremamente rico. 
Uma colônia extravagante de organismos que saíram do oceano há 400 milhões de anos e vieram para a 
terra. Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes às da primordial vida marinha. Funciona assim 
como um mar suspenso, que contém uma miríade de células vivas, muito elaborado e adaptado. Em 
temperatura ambiente, usando mecanismos bioquímicos de complexidade quase inacessível, processam-se 
átomos e moléculas, determinando e regulando fluxos de substâncias e energias. 
 
A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de espécies ameaçadas e representa 
muito mais do que um simples depósito de carbono. Evoluída nos últimos 50 milhões de anos, a floresta 
amazônica é o maior parque tecnológico que a Terra já conheceu, porque cada organismo seu, entre trilhões, 
é uma maravilha de miniaturização e automação. Qualquer apelo que se faça pela valorização da floresta 
precisa recuperar esse valor intrínseco. 
 
Cada nova iniciativa em defesa da floresta tem trilhado os mesmos caminhos e pressionado as mesmas teclas. 
Neste comportamento, identificamos o que Einstein definiu como a própria insanidade: “fazer a mesma coisa, 
de novo, esperando resultados diferentes”. 
 
Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização dos interesses da sociedade 
contemporânea com uma Amazônia viva e vigorosa. Para chegarmos lá, é preciso compenetração, modéstia, 
dedicação e compromisso com a vida. Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos agregar inteligência 
à ocupação, otimizando um novo uso do solo, que abra espaço para a reconstrução ecológica da floresta. 
Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados da resiliente biologia tropical e, com 
isso, ir muito além de compreender seus mecanismos. 
 
A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos princípios que guiam o 
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funcionamento da natureza. Uma lista curta desses princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, 
constata que a natureza é propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla todas as 
coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os excessos internamente; e aproveita o 
poder dos limites. 
 
(Adaptado de: NOBRE, Antônio Donato. O Futuro Climático da Amazônia. Disponível em: www.ccst.inpe.br) 
 
Considere: 
 
recuperar esse valor intrínseco 
mostram numerosas oportunidades 
compreender seus mecanismos 
 
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram corretamente substituídos por 
um pronome, na ordem dada, em: 
 a) o recuperar − mostram-lhes − os compreender 
 b) lhe recuperar − as mostram − compreendê-los 
 c) recuperar-lhe − mostram-nas − compreender-lhes 
 d) recuperá-lo − mostram-nas − compreendê-los 
 e) recuperá-lo − lhes mostram − lhes compreender 
 
Questão 23: FCC - TM (MPE PB)/MPE PB/Técnico Ministerial/Suporte/2015 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
 
O capitão Tomás Cabral de Melo chegara do Ingá do Bacamarte para a Várzea do Paraíba, antes da revolução 
de 1848, trazendo muito gado. O capitão vinha dos Cabrais do Ingá, gente de posses, de nome feito na 
província. Os roçados de algodão destes homens tinham fama. Mas o capitão Tomás descera para a Várzea. 
Tinha filhos e pensava dar aos herdeiros uma criação melhor. E assim liquidara a herança na partilha e 
chegara ao Pilar, para ser senhor de engenho. Trazia haveres, as suas moedas de ouro, um gado de primeira e 
muita vontade de trabalhar. Tivera que lutar no princípio com toda dificuldade. Nada sabia de açúcar. Para 
ele, porém, não havia empecilhos. Levantou o engenho, e dois anos após a sua chegada ao Santa Fé tirara a 
primeira safra. O povo, a princípio, não levava a sério o Santa Fé. Viam aquele homem de fora, trabalhando 
com as suas próprias mãos, e não acreditavam que nada daquilo desse certo. 
 
(Adaptado: REGO, José Lins do. Fogo Morto. Rio de Janeiro, José Olympio, 50. ed., 1998. p.115) 
 
Tinha filhos e pensava dar aos herdeiros uma criação melhor. 
 
O povo, a princípio, não levava a sério o Santa Fé. 
 
Viam aquele homem de fora... 
 
Fazendo as devidas alterações, os segmentos sublinhados acima foram corretamente substituídos por um 
pronome, na ordem dada, em: 
 a) dá-los - não levava-lhe a sério - Viam-o 
 b) dá-los - não levava-o

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