Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FÍSICA DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL PROFESSOR: ALAN MACHADO RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL l EXPERIÊNCIA 03: TRÊS FORÇAS APLICADAS EM UM PONTO GERUSA ROSÁRIA DA SILVA 2017.1.00492-11 RIO DE JANEIRO, AGOSTO DE 2018. 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 Noções de vetores Figura 1: Vetores F1 e F2 Vetores: Vetor é um símbolo físico-matemático utilizado para representar o módulo, a direção e o sentido de uma grandeza física vetorial. Força Resultante (Fr): É a força que produz o mesmo efeito dinâmico que todas as outras aplicadas a um corpo. Força equilibrante (Fe): É a força que anula a resultante. Possui mesmo módulo, mesma direção e sentido contrário à força resultante. 1.2 Adição de vetores Regra do paralelogramo: A regra do Paralelogramo (figura 1) consiste em unir o ponto de início dos vetores e calcular a partir da equação abaixo o valor resultante: Equação I 1.3 Cálculo de Desvio Relativo Mostra o quanto de variação existe entre determinados dois valores. E%=__|A-B|__ x 100 0,5(A+B) Equação II 1.4 Cálculo da direção da resultante relativa ao vetor adjacente Calcula o ângulo entre a resultante e a força adjacente. Para o sistema de forças (figura 1) com ângulo θ entre F1 e F2 e resultante F12 fazendo um ângulo α com F2, temos a seguinte expressão: 𝛼 = tan−1 ( 𝐹1 sin 𝜃 𝐹1 + 𝐹2 cos 𝜃 ) Equação II 2.OBJETIVOS Aplicar e estudar as propriedades da soma de vetores. 3. MATERIAL Para o experimento foi necessário: Uma régua de 30cm, um transferidor, as três molas do experimento anterior (sem cor, azul e amarela), linha de costura e a estrutura descrita abaixo (figura2). Figura 2: Estrutura do experimento 4. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL O experimento foi realizado nas seguintes 3 etapas: ETAPA 1: Diagrama de forças 1° Montar a estrutura para a experiência: A estrutura foi montada unindo as 3 hastes metálicas cilíndricas à base com o auxílio de pregadores metálicos e parafusos. As molas foram suspensas e esticadas utilizando-se linha de costura, como mostrado na figura 2. 2° Verificação dos ângulos: Com o auxílio do transferidor, os ângulos entre as molas foram medidos. O total foi de exatamente 360°; dentro do esperado. A tolerância era de mais ou menos 1 grau. Ângulo entre mola azul e mola amarela (θ1): 128° Ângulo entre mola sem cor e mola amarela (θ2): 117° Ângulo entre azul e mola sem cor (θ3): 115° 3° Cálculo das forças: As forças exercidas por cada mola foram calculadas através das equações da mola criadas no experimento anterior. Bastou medir o comprimento tomado por elas. Equações (onde y = força e x= comprimento): Mola sem cor: y = 0,258 x + 106359 Mola amarela: y = 0,3021 x - 0,3155 Mola azul: y = 0,2938 x - 0,5548 Resultados: Mola sem cor: 9,11 gf Mola amarela:10,26 gf Mola azul: 9,14 gf 4° Representação vetorial: F1=9,11gf 𝜃3 = 115° 𝜃2 = 117° 𝜃1 = 128° F3=10,26gf F2=9,14gf Figura 3: Diagrama de forças ETAPA 2: Verificação da igualdade entre Fr e Fe 1° Cálculo das resultantes: A regra do paralelogramo, definida pela equação I, foi o método utilizado para o cálculo das resultantes entre as forças das molas azul, sem cor e amarela. Seguem os cálculos: Resultante entre mola sem cor e mola azul: 𝑅12 = √𝐹12 + 𝐹22 + 2. 𝐹1. 𝐹2. cos 𝜃3 = 9,8 gf Resultante entre mola sem cor e mola amarela: 𝑅13 = √𝐹12 + 𝐹32 + 2. 𝐹1. 𝐹3. cos 𝜃2= 10,2 gf Resultante entre mola azul e mola amarela: 𝑅23 = √𝐹22 + 𝐹32 + 2. 𝐹2. 𝐹3. cos 𝜃1=8,6 gf 2° Cálculo dos desvios: A fim de apurar a igualdade entre as forças resultantes e as forças equilibrantes do sistema – lembrando que a igualdade deve-se ao fato que a Fe anula a Fr – foram calculados os desvios entre essas forças. Para tal, utilizou-se a equação II. Os valores de desvio foram aceitáveis até 5%. Desvio entre R12 e F3 (Força equilibrante): 𝐸% = |𝑅12−𝐹3| 0,5.(𝑅12+𝐹3) 𝑥100 = 4,6 gf Desvio entre R13 e F2 (Força equilibrante): 𝐸% = |𝑅13−𝐹2| 0,5.(𝑅13+𝐹2) 𝑥100 = 10,9 gf Desvio entre R23 e F1 (Força equilibrante): 𝐸% = |𝑅23−𝐹1| 0,5.(𝑅23+𝐹1) 𝑥100 = 5,8 gf ETAPA 3: Verificação dos ângulos 1° Cálculo do ângulo α: Foi aplicada a equação III utilizando-se os dados anteriores e o diagrama de forças. Seguem os cálculos: 𝛼1 = tan−1 ( 𝐹1 sin 𝜃2 𝐹1 cos 𝜃2+𝐹2 ) = 9,11 . 0,891 9,11.(−0,5)+9,14 = 58,3° 𝛼2 = tan−1 ( 𝐹2 sin 𝜃3 𝐹2 cos 𝜃3+𝐹3 ) = 9,14 . 0,906 9,14.(−0,4)+10,26 = 52,2° 𝛼3 = tan−1 ( 𝐹3 sin 𝜃1 𝐹3 cos 𝜃1+𝐹1 ) = 10,26 . 0,788 10,26.(−0,6)+9,11 = 60,1° 2° Cálculo do ângulo β: O ângulo β é formado pelo ângulo α mais o ângulo θ adjacente. Essa soma deve ser igual a 180° ou se aproximar, respeitando o desvio de até 5%. Seguem os cálculos: 𝛽1 = 𝛼1 + 𝜃1 = 58,3 + 117 = 175,3° 𝛽2 = 𝛼2 + 𝜃2 = 52,2 + 115 = 167,2° 𝛽2 = 𝛼3 + 𝜃3 = 60,1 + 128 = 188,1° 4. OBSERVAÇÕES E CONCLUSÃO Com este experimento pode-se comprovar algumas propriedades de vetores como anulação entre as forças equilibrante e resultante, e comparar os ângulos obtidos experimentalmente com o esperado nos cálculos. Foi importante para a melhor visualização e entendimento do conteúdo ensinado que, por muitas vezes, não é provado experimentalmente, fazendo com que o aluno apenas memorize a matéria sem questionar e sem ter a devida compreensão. 5. REFERÊNCIAS http://fisicaevestibular.com.br/Dinamica1.htm
Compartilhar