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DIABETES MELLITUS 29.09 É um distúrbio endócrino já que a insulina é considerada também um hormônio, normalmente então quando a gente se refere a diabetes mellitus estamos falamos dos distúrbios relacionados a glicose porque existe outro tipo de diabetes que é o insipidus que está relacionada ao ADH e não se deve confundir as duas. Definição: excesso de glicose no sangue O tipo 1 é uma deficiência de insulina, e o tipo 2 que não depende da insulina e normalmente é uma resistência a ação da insulina. TIPO 1 - Diabetes Hipoinsulinêmico Comum em cães Pouco comum a rara em gatos Etiologia: Multifatorial -Predisposição genética -Pancreatite -Insulinite Imunomediada -Fármacos -Obesidade Existem algumas causas da deficiência da produção de insulina pelo pâncreas sendo que acontece de forma multifatorial, podendo ser por predisposição genética, pancreatite crônica é um dos principais sinais, então o animal primeiro tem uma pancreatite e depois se torna diabético sendo então uma causa muito comum. A insulinite imunomediada é uma doença que o próprio organismo começa a produzir anticorpos anti insulina mas não é muito comum. Fármacos que bloqueiam a ação e liberação da insulina como por exemplo os corticoides que interferem na ação da insulina. A obesidade que pode interferir na ação da insulina. Normalmente as etiologias de fármacos e obesidade estão mais relacionados ao tipo 2 que é normoinsulinemico, porque a obesidade faz com que os receptores de insulina fiquem hipoativos no tecido gorduroso e a insulina não tem ação. O hiperadrenocorticismo é uma causa de resistência a insulina, e é mais comum em gatos do que em cães esse tipo de diabets. Toda vez que a glicose aumenta muito no sangue, então normalmente a glicose existente na corrente sanguínea vem da dieta ou vem da produção do fígado que é chamada de gliconeogênese hepática. E a insulina é responsável pela entrada, ela funciona como uma chave-fechadura, ou seja, a molécula de glicose só abre a membrana celular com a chave que é a insulina e se não tem insulina essas portas não se abrem, normalmente se o animal tem uma grande quantidade de glicose circulante e baixa insulina isso gera uma baixa de glicose dentro das células, então as células ficam carentes de glicose, e isso leva a uma hiperglicemia (que é onde busca medir a diabetes dosando a glicose sanguínea). Normalmente os rins apresentam um limiar de absorção de glicose, então os túbulos renais têm capacidade nos cães, e quando a glicose sérica está até 220 ela é toda absorvida pelos rins, mas quando passa desse valor ela já começa a aparecer na urina, em gatos maior que 290, e basicamente o rim absorve quase tudo que ele filtra e a glicose é um dos principais nutrientes celulares que o rim tem responsabilidade de reabsorver, mas em quantidades elevadas começa a aparecer glicose na urina. Nós vamos ver que o diabetes se caracteriza por 4p’s e um dos primeiros sinais é a poliúria, então quando perde a glicose na urina leva água junto porque tem uma alta força osmótica e o animal começa a se desenvolver poluiria, e para compensar a perda de água aumenta a sensação de sede então começa a apresentar polidipsia. O centro de saciedade cerebral também dependem da ação da insulina para entrar e desestimular esse centro de saciedade, para essas células entenderem que existe a glicose, quando não tem ação de insulina essas células não recebem glicose e estimulam a sensação de fome, animal começa a manifestar polifagia. E a perda de peso porque o organismo reconhece que não glicose entrando na célula e começa ocorrer aumento da destruição da gordura, por isso tem perda de peso, gordura degradada para obter mais energia, porque o organismo está reconhecendo que não tem glicose circulante e isso faz então com que aumente ácidos graxos circulantes, só que a conversão do fígado também depende da insulina dos ácidos graxos em triglicerídeos, então começa a se acumular no organismo ácidos tóxicos que podem levar a morte, que são o ácido acetoacético, ácido beta hidroxibutirico e a acetona, porque existe um aumento de ácidos graxos circulantes devido a lipólise e a tentativa de obter energia das gorduras e a falta de conversão para triglicerídeos que depende da insulina. E então quando ocorre esse aumento de acetona, desses ácidos acetoacetico, é chamado de cetoacidose diabética, ou seja, o animal entra em uma acidose metabólica muito grave manifestando sinais de acidose como: vomito, desidratação, hipotensão. Então esse animal quando chega na clínica se ele for diabético e sabe que descompensou porque o proprietário fez algum erro de manejo, ou é um animal que demorou muito e é diabético e desenvolveu essa fase sendo um caso de emergência, tem que receber o tratamento de emergência. Diagnóstico O diagnóstico é baseado principalmente no histórico, onde os gatos apresentam poliuria, muitas vezes ocorrem cistites recorrentes devido ao aumento de glicose na urina, e quando ocorre a cetoacidose temos outros sinais que são os clássicos: 4 p’s (poliuria, polidpsia, polifagia onde o animal come muito e perda de peso), come muito e emagrece, e isso quer dizer que as vias da lipólise estão ativadas. Cegueira súbita (catarata), em uma semana o animal fica cego, é fácil distinguir essa cegueira porque quando o animal perde a vista cronicamente ele vai se adaptando em casa, esse caso o proprietário relata que de uma semana para cá ele vem trombando nos móveis, ou seja, tem uma perda súbita da visão. Então o animal que tem hiperglicemia aumenta a glicose dentro cristalino, então a glicose normalmente ela transita pelo cristalino e não fica em altas concentrações dentro dele, quando acontece dela ficar em grandes concentrações dentro do cristalino é metabolizada em algumas substancias que são sorbitol, frutose e dulcitol sendo essas trêas as substancias oriundas do metabolismo da glicose. Essas substancias aumentam muito a osmolaridade do cristalino e faz com que entre muita água dentro do cristalino, e esse aumento de água leva a um inchaço e a ruptura das fibras do cristalino de maneira aguda, e com isso o animal manifesta catarata e o olho fica branco porque o cristalino, que é onde passa a luz fica com suas fibras todas rompidas. Continuando o histórico muitas vezes os animais apresentem por aumento também de frutose e glicose na região dos nervos e isso leva a uma lesão neurológica periférica, então alguns animais com diabetes podem manifestar sinais de neuropatias periféricas, e uma das posturas que o animal pode começar a adotar é a postura plantígrada (que é aquela que ele apoia com os membros traseiros), muito comum nos gatos, e lembrando da primeira aula essa postura também pode ser falta de potássio e ocasionando em um enfraquecimento dos membros posteriores. Com esse aumento de frutose e glicose fica uma solução hiperosmotica fazendo com o que os nervos sofram lesão, e associado a isso o animal tem poliuria, e lembrando que todo animal que tem poliuria tem baixo de potássio, porque toda poliuria até que seja causada por diuréticos a aldosterona vai ser ativada e ela causa reabsorção de sódio e excreção de potássio, então todo animal que tem poliúria tem hipopotassemia, associado ainda a uma neuropatia periférica, então 10% dos casos de felinos tem postura plantígrada. Quando tem hipopotassemia a tendência não é ficar com o pescoço esticado não porque ele fica com a cabeça caída. Em relação a cicatrização ela fica um pouco deficiente porque fibroflastos estão com a função deficiente para produzir colágeno porque não está tendo os índices de glicose para exercer a função adequadamente, sem glicose tudo fica prejudicado, até a cicatrização dos tecidos. DIAGNÓSTICO O diagnóstico vai depender e o animal não entrou em cetoacidose, então tem poucos sinaisclínicos (4 p’s). e aquele que já virou cetoacidotico chega com vomito, hipotensão, taquipneia, sempre palpar o abdômen do animal porque muitas vezes pode estar associado a pancreatite aguda (auto digestão do pâncreas), isso faz com que ele fique muito sensível. EXAMES COMPLEMENTARES Normalmente nos exames complementares, tem os 4p’s na avaliação clínica, então tem que avaliar se o animal apresent vômito durante o atendimento, FC, PA. Então os exames complementares seriam principalmente para o diagóstico da diabetes, existem outras situações como o hiperadrenocorticismo que pode elevar a glicose sanguínea, mas temos que considerar os níveis dessa glicose e normalmente quando ter hiperglicemia e glicosuria (em jejum), a glicose serica normal de 80 a 100, a cetioacidose ocorre quando a glicose chega de 400 a 800, então se pegar um animal que não tem cetoacidose e ele estiver com a glicose alta assim e ainda tiver o aparecimento de corpos cetônicos na urina, é sinal que a cetoacidose está se preparando para acontecer. A pancreatite o diagnostico melhor hoje em dia tanto nos cães como gatos, sendo que antigamente tinha só lipase e a amilase que são enzimas que não são especificas do pâncreas pois tem outras partes do corpo que produzem lipase e amilase. Então esse teste é mais recente e ele é uma imunoreatividade a lipase pancreática, ou seja, é um teste específico que reconhece só essa lipase pancreática, então é o padrão ouro para dar o diagnóstico de pancreatite, se tiver elevada o animal tem pancreatite. E dosar eletrólitos sempre, nós vamos ver a importância do fósforo na aula de rim e as vezes começa a se desenvolver insuficiência renal. Um cuidado que tem que ter principalmente nos gatos, porque o gato estressado solta muito corticoide na circulação, e ele pode manifestar na hora do exame uma hiperglicemia transitória, então sempre que tiver uma hiperglicemia em um gato e percebeu que durante a colheita do sangue ficou muito estressado, deve ter cuidado na interpretação da glicemia, com isso repete o exame e faz o exame da urina para ver se tem glicosúria que vai ajudar a identificar a causa. A frutosamina é importante no diabetes, tem também outro teste que é usado em humanos e é chamado de hemoglobina glicada, mas na veterinária usamos mais o teste de frutosamina. Ela é uma substancia resultante da ligação da albumina com a glicose, então toda vez que tem muita glicose se ligando a albumina a frutosamina sobe, e ela se mantem elevada mais ou menos por 3 semanas, quando faz a glicemia só vê as variações de glicose naquele momento, então colheu a glicose de manhã em jejum naquele momento a glicose estava controlada com soroterapia mas pode ser que ao longo do dia a glicose subiu, então a importância da frutosamina dá uma avaliação de 15 dias para tras, que se ela estiver elevada é porque está tendo pico de glicose dependendo do valor que ela der, representa um período grande da avaliação da glicemia. E isso recomenda ajustar a glicemia com a insulina. A Fosfatase alcalina aumentada, pensar que hiperadrenocorticismo produz uma isoenzima hepática que é igual a fosfatase alcalina então se a dosagem estiver muito alta pensar em hiperadrenocorticismo que também é um causador da diabetes. A urinalise normalmente a densidade é baixa, pode ter proteinuria e bacterinuria, se encontra proteína na urina pode ter algum problema renal, porque o rim não filtra a proteína e quando ela é encontrada na urina deve ser considerado com muito cuidado porque qualquer inflamação dependendo da fita tem que ser albumina mesmo (as fitinhas de análise reconhecem proteína de uma maneira geral), então não é porque tem proteína na urina que tem lesão renal, se o animal estiver com uma cistite pode ter proteína. Outras causas de hiperglicemia: estresse no gato como vimos anteriormente, hiperadrenocorticismo, diestro nas fêmeas pois quando ocorre o cio a glicemia aumenta também então é chamada de diabetes gestacional (ocorre também em ser humano). Insuficiência renal que pode ser pós-prandial, em jejum, pode ser devido a administração de corticoides ou progestagenos, sempre colher em jejum, nunca colher se o animal estiver se alimentado naquele dia. A glicose para diagnóstico de diabetes tem que ser em jejum. A insuficiência renal grave pode levar a glicosúria. TRATAMENTO O nosso objetivo é estabilizar a glicose sanguínea, não é tão importante estabilizar nos níveis de normalidade que vai de 80 a 100, pode ficar superior a isso, existe um limite de aceitação para o animal não desenvolver complicações, mas temos que manter os níveis estáveis da glicose sem ficar variando. Ajustar a dieta (existe dieta para diabéticos) tanto caseiras como comerciais. Exercício físico, é sempre importante o paciente diabético emagrecer porque o tecido gorduroso impede a ação da insulina, tem que realizar um exercício moderado, conscientização do cliente porque o que realmente vai fazer o animal ter qualidade de vida é o proprietário. Os tipos de insulina são: rápida, intermediaria e lenta. Sendo que as diferenças são o modo de atuação. -Aquele que atua rapidamente na cetoacidose diabética (emergência), deve ter cuidado e tem um protocolo para realizar o uso dessa insulina, tem que colocar no fluido e ir monitorando a glicose conforme vai tomando a insulina porque baixa MUITO rápido, e por esse fato tem que ficar monitorando a insulina na emergência. Onde vai tomar infusão contínua dentro de um liquido. - NPH é a de duração Intermediaria pode dar variação entre literaturas, (duração de 6 a 24 horas), e muitas vezes dependendo da gravidade pode fazer só uma vez ao dia pela manhã por exemplo, e sempre fazer depois que o animal se alimentar. Então as vezes em um problema leve uma vez por dia é o suficiente. - A de longa duração é mais usada nos gatos, que é essa Glargina. Normalmente pode fazer a insulina logo depois da alimentação. Vai hospitalizar o animal até definir se ele tem diabetes, se está com hiperglicemia, se está acima dos níveis normais, só que ele ainda não tem sinal de acetoacidose e então não tem complicações. Então para escolher a dose de insulina com isso hospitaliza o animal, calcula a necessidade energética diária dele, coleta uma amostra de sangue em jejum e dosa a glicose, depois de dosar dele alimentar ele com 50% das necessidades diárias (faz isso pela manhã), administra insulina NPH subcutânea, os cães maiores são mais sensíveis a insulina, os pequenos tomam uma dose maior do que os grandes. Antes de alimentar colhe sangue e dosa, 4 horas depois de alimentar colhe a administra a insulina, 8 horas depois colhe (tem gente que gosta de fazer de 2 em 2 horas, mas de 4 em 4 horas está bom e com isso vai construir uma curva glicêmica), e depois com 12 dá o restante do alimento calculado para as necessidades e com 24 horas do dia seguinte dosa outra vez. Então o ideal é que os níveis estejam de uma maneira aceitável, e para os cães é aceitável até 100 a 250 então se conseguir uma terapia com insulina que fique abaixo de 250 está bom porque as complicações do diabetes se controlam, em gatos de 100 a 300. Só que para um organismo se acostumar com o metabolismo da insulina demoram bastante tempo. Então para chegar mesmo no ideal o organismo que estava sem insulina, então ocorrem variações na glicemia muito grandes no início da terapia, e nessa fase o proprietário tem que fazer tudo certinho, e se baixar a glicemia ideal no pico da curva, então quando a glicemia estiver mais alta e mais baixa tem que estar entre 100 e 200, e no dia seguinte com 24 horas pode se aproximar de 250, mas no pico da curva da curva o ideal é que sejam esses valores. Não é bom fazer variações bruscas nas alterações da dose, sempre passar de 0,5 para 0,7.. não tem regra, o que tem é um roteiro para fornecer com segurança,porque se der muito tem um efeito indesejado. Se tiver menor do que 100 deve diminuir a dose de insulina e maior que 200 aumentar a dose no pico mais ou menos das curva. E se quiser fazer isso com precisão é melhor fazer a curva glicêmica cair duas horas, sendo que é fácil colher a glicose tem q a cada 2 horas furar a orelhinha. Se ocorreu hipoglicemia o que fazer? Administrar glicose 5%, alimentar com restante diário e redução da dose em 25-50% Causas: overdose de insulina, insulina com duração maior que 12 horas, deixar animal sem comer por muito tempo, exercício intenso, as vezes nem é dose por isso quando acontecer uma hipoglicemia tem que questionar o proprietário, pois o animal pode ter ficado em jejum por muito tempo, pode entrar com soro glicosado. Se a hipoglicemia for sintomática um dos sinais é a convulsão. Encaminhar animal para a casa Observar em casa porque normalmente quando o animal começa a melhorar começa a diminuir os p’s (perda de peso, polifagia, pilidpsia, poliuria), monitorar glicose a cada 8 horas e tem que ensinar o proprietário, hoje em dia tem os glicosímetros humanos que não são tão precisos para cães e já está saindo veterinário e é melhor recomenda ele. Manter contato com proprietário, e sempre que tiver problema retornar na clínica como por exemplo, se tiver muita variação da glicemia, então o nosso ajuste pode durar um mês para acertar, então não é porque não está conseguindo que a dose está errada, então temos que entender tudo o que está acontecendo, como está alimentação, quanto está comendo, quantas vezes por dia e só depois faz ajuste de dose, analisar se o animal está fazendo exercício, se ele emagreceu e com isso tem que ajustar a dose porque o peso variou. Após 15 a 30 dias realizar a curva glicemia, fez a curva antes de iniciar a terapia, chama o proprietário para trazer em 15 a 30 dias para ver como a dose está se comportando. Então deve coletar sangue sendo que a curva é bem criteriosa, a coleta é feita a cada 2h durante 24h, e para os que recebem em até 24h. Imagens (curvas glicêmicas) 1ª curva ideal, vamos imaginar que a hora 1 da curva é as oito horas da manhã, o animal tinha quase 300, e aí ele se alimentou e tomou insulina e mais ou menos com 6 horas que é o pico da curva, se fosse medir a cada 2 horas ia ser possível perceber direitinho essa decaída da curva. Então chegou próximo a 100 mas com nível adequado e voltou 12 horas depois com o valor que ele estava, e a dose escolhida foi adequada, nesse caso pode tomar a insulina duass vezes por dia. 2ª curva – insulimia insuficiente Aplicou a insulina estava perto de 300 e não baixou o pico da ação da insulina, e tem que aumentar a dose. Esse é o efeito de somogyi, se der uma dose muito alta de insulina o organismo vai entender que a glicose baixou muito rápido e vai ativar mecanismos de hiperglicemia e isso representa que a dose foi excessiva, ou seja, caiu muito a glicemia e depois teve um pico de glicose, sendo que a dose fica muito alta, totalmente fora da dose que foi dada. PRINCIPAIS CAUSAS DE RESISTÊNCIA INSULINIA Então são aqueles casos em que está fornecendo a insulina para o cão e não está tendo efeito, pode ser uma HAC (hiperadrenocorticismo) O exercício físico deve ser sempre adequado, nunca sair correndo com o animal, porque pode complicar os níveis de glicose, sempre ensinar o proprietário a homogeneizar e aplicar de forma correta a insulina, sempre mostrar a dose certinha para não ter confundimento, deixar bem claro a técnica de aplicação. TRATAMENTO Avaliar glicosuria em casa, mas se ela estiver persistente tem que levar na clínica para avaliar a glicemia Fazer o cálculo da energia em repouso, normalmente faz esse calculo da energia em repouso para o animal ter o calculo da quantidade de comida que ele vai ingerir. Cães: então as dietas têm alta quantidade de carboidratos complexos que são os integrais, 45% da energia metabolizável vem dos carboidratos, e a restrição é moderada em gorduras e proteínas menor do que 30%, e as fibras normalmente esses carboidratos são integrais, diminui absorção de glicose e a hiperglicemia, peso e controle glicêmico. Gatos A restrição de carboidratos nos gatos é bem mais do que nos cães, não usa nem CHO integral e alto teor de proteínas, então vai substituir a perda de energia dos CHO para o aumento das proteínas. E os gatos como são carnívoros utilizam principalmente os aminoácidos pela gliconeogênese. TRATAMENTO Hipoglicemiantes orais muito usado em humanos, usado mais em gatos com hiperglicemia discreta, sendo que não são usados em cães. Mas não tem uma ação tão boa quanto em humanos, pois em alguns casos de humanos só com isso já controla a situação. Gatos tem resistência insulina normalmente, mas os hiperglicemiantes orais enquanto a glicemia está branda (até 180) pode fazer uso e tentar controlar, não considerar como primeira opção. É uma situação de emergência como a gente já viu, sempre observar se ele apresenta sinais clínicos, o hálito fica com odor de cetona, deve hidratar o animal e fornecer suprimentos eletrólitos, coloca na emergência, deve se preocupar com a quantidade de potássio, corrige a acidose com bicarbonato se tiver uma hemogasometria, ou pelos sinais clínicos como a Taquipneia que são mecanismos compensatórios e para abaixar a acidose aumenta a FR, e com isso deve ir suplementando e monitorando a FR, suplementa com bicarbonato. Tem tudo em protocolo, o que tem que saber é diagnosticar a acidose saber que tem que corrigir. Insulina por dose baixa devagar e constante, aquela insulina regular ou coloca no fluido e passa por conta gotas e vê se a dose está indo certinho. As coisas muito detalhadas é bom ter na emergência. Animal alerta e insulina controlada, animal não vai pra casa com insulina regular, vai pra casa com insulina de longa ação. PROGNÓSTICO Primeiros 6 meses alta taxa de mortalidade porque é o momento em que está tentando ajustar a dose da insulina e podem ocorrer complicações, e então depois dos primeiros 6 meses normalmente tem um bom prognostico. Não vamos falar sobre diabetes insipidus porque é muito raro. É só para saber que é uma situação diferente. Não vai cair na prova! Situação onde o ADH não está sendo produzido ou não tem ação, atua sempre nos rins, funções de controle de absorção renal de água, produção e concentração de urina, no diabetes insipidus central é definido como uma secreção insuficiente de ADH um dos sinais principais, quando encontrar a urina com densidade muito baixa quase água, tem que ficar atento, porque a insuficiência renal causou isso, e o ADH não consegue exercer a sua ação porque não existem mais unidades funcionais renais suficiente para ele atuar, indiretamente teria uma resistência. O que chama a atenção é que muitas vezes quando é central é do nascimento, e as vezes por acidente pode acontecer mas o animal pode ser de forma absoluta ou parcial. Lesão do sistema neurohipofisario normalmente é congênito, já nasce Diabetes insipidius nefrogenico – nefrons ficam resistentes a ação do ADH, Huskies são mais predispostos, eles tem receptores mas os rins não respondem Os animais normalmente são magros e estressados para beber água, a privação hídrica pode ser um teste a ser realizado, principalmente quando a deficiência é parcial da privação do ADH se restringir a água a urina sofre um pouco a densidade, tem que fazer o teste com cuidado para o animal não desidratar muito Pode fazer teste de privação para avaliar hiperadreno, então para dizer que é um diabetes insipidus verdadeiro faz um teste injeta ACTH e observa se deu resultado. Tem o teste de privação hídrica, e existe uma polidpsiaque é aquela psicogênica e ocorre em animais muito presos que tem crises de separação, toma muita água e o que vai diferenciar se ele é diabético é a privação hídrica, e se ele só bebe muito água a urina concentra. Fase 2 pode suplementar, conseguir ADH é muito difícil, é caro, para fazer esse teste é muito difícil. Pinga no olho, faz o teste e para administrar e depois a urina concentra. Nefrogenico não tem o que fazer especifico, vai ter que fornecer agua mesmo.
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