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Aula 12 Doenças de Casco

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CLÍNICA MÉDICA DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO II
Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica
Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4
Doenças de Casco em Ruminantes
Reprodução Mastites Casco
É O TERCEIRO problema com mais gasto na propriedade.
As afecções do aparelho locomotor somente são superadas pelas alterações reprodutivas e pela mastite como causa de descarte nos rebanhos leiteiros nos países desenvolvidos. Os prejuízos econômicos são altos devido ao descarte prematuro de animais, diminuição da produção de leite, perda de peso, infertilidade, custos veterinários, além das alterações de manejo que são introduzidas para tratar desses animais.
Doença da Vaca Rica x Doença da Vaca Pobre.
Epidemiologia propriedades de leite associada à umidade, devido a falhas de drenagens em áreas mais baixas, perto de currais, propriedade de corte em terrenos montanhosos, acidentados e com pedras, levando a lesões no casco.
Doenças de casco podem ainda estar associadas a doenças infecciosas.
Ambiente (manejo e criação) X Hospedeiros (raças susceptíveis) X agentes. 
Algumas vacas tem o espaço interdigital maior, sendo uma área de fácil acometimento, pois quanto mais abertos forem os dedos, mais fácil é de ser acometido. Vacas muito pesadas influenciam na sobrecarga dos cascos. 
O ambiente tem muita influencia. Os ambientes básicos são curral e pasto. No curral lembramos de fezes, umidade.
Em alguns pastos passam rios e quando ele enche, há alagamento no pasto.
Então cada propriedade vai ter suas características específicas onde precisaremos avaliar bem para chegar a um diagnóstico e melhor forma de tratamento.
Em relação ao hospedeiro temos raças mais adaptadas que outra.
As doenças de casco em sua maioria tem evolução rápida (exceto a laminite) com sinal clínico evidente de claudicação. Essa manqueira é classificada e está diretamente relacionada com a dor, sendo um fator limitante muito grande. A dor inibe a motilidade ruminal e reticular, assim a imunidade do animal começa a decair, e ele começa a não se alimentar corretamente. Se o animal não come, ele diminui a sua produtividade, e se sente dor a ponto de não conseguir ficar em pé, ele deita o que propicia maiores condições de mastites em vacas. 
Animais com dor tem a perda da hierarquia social, o que atrapalha todo o rebanho. A coluna arqueada indica um sinal de dor nos animais. As vacas de leite também têm problemas de laminite e rotação de 3ª falange, e nesses casos também pode vir a inutilizar o animal. O quadro de dor gera inapetência. Diminuindo a ingestão, a produção rapidamente diminui assim como a vida útil do animal diminui, levando ao emagrecimento e imunodepressão. A imunodepressão leva a mamite;
Maior parte dos gastos com perda do animal (descarte) > atrasos de cio > produção de leite > tratamento.
A importância para o proprietário é devido ao custo. Animais doentes geram perda de dinheiro e nenhum proprietário quer isto. 
54% dos animais serão descartados.
6% passam por tratamento.
19% perde na produção do leite.
21% atraso na produção do cio.
Anatomia
Material de revestimento da membrana (MRM): glicoproteína e lipídios.
ADESÃO / HIDRATAÇÃO / BARREIRA
Aumento ou diminuição / Perda de aderência / Alterações na permeabilidade = fatores intrínsecos.
O bovinos se apoia em 2 dedos, os 2 demais são denominados paradígitos. 
O casco é composto de células que as revestem.
A células atuam na vascularização ou na questão do material que revestem as células. Os fatores levam com que os materiais diminuam ou aumentem
Quais são os fatores? 
Na acidose, há liberação de substancias vasoativas e endotoxinas, esses fatores intrínsecos são referentes ao próprio animal ou que ocorrem dentro dele. No caso da acidose crônica pelo excesso de concentrado, os fatores alimentares causarão alteração vascular nas lâminas do casco.
Em casos de deficiência de zinco, o casco não cresce corretamente, pois o zinco está ligado aos tecidos em crescimento. 
Animais com dieta balanceada, mas que tem um manejo ambiental ruim. Ficam em lugares com umidade e excesso de fezes, solos com muita pedra, são esses fatores extrínsecos, fatores ambientais que auxiliam as lesões no casco.
Vacas:
Maior incidência em membros posteriores (92%) que anteriores (8%).
Constante contato com as fezes, muita umidade e bactérias
O posterior recebe maior parte do peso do animal por conta da presença do rumem.
Maior incidência nas unhas laterais (68%) do que nas mediais (12%) ou espaços interdigitais (20%).
Quando ela anda ela joga seu peso para a lateral das unhas, devido ao andar cambaleante. 
Fatores de Risco:
Alimentação: ração em excesso
Solo ou tipos de piso: solos duro, escorregadios, com muita pedra.
Úbere grande que fica entre os membros posteriores e faz a vaca andar de pernas abertas. Nem sempre úbere grande significa alta produção.
Conforto/estabulação: umidade, calor e higiene.
Genética do animal
Outras doenças concomitantes
Desgaste de casco
O principal é o FATOR HUMANO porque podemos evitar todos os outros fatores.
Dermatite digital:
Lesão abrasiva que começa na pele, sendo mais comum no espaço interdigital posterior.
Possui duas formas que se distinguem de acordo com a bactéria que sai circundar a lesão.
Parecem frieiras, a lesão vai se tornando erosiva ou proliferativa.
Usar antibiótico local, com curativos a cada 3 dias. Curativos impermeáveis.
Lavar a região e usar vaselina com terramicina em pó, e imobilizar o pé. 
Nos casos de erosões superficiais abrasivas sem contaminação por Fusobacterium, usar pomada preta. 
Nas lesões erosivas, deve-se fazer um anestésico local e retira do material de forma cirúrgica. Usar unguento ou vaselina com sulfato de cobre. O sulfato é usado para cauterizar.
A lesão inicial é exsudativa, circunscrita com cerca de 1-2 cm de diâmetro, com odor fétido, sensível ao toque, levando os animais a apresentarem claudicações de grau variado. A lesão ocorre na maioria dos casos acima da coroa, junto ao talão, com uma erosão vermelho viva (aspecto de "morango") com borda esbranquiçada, podendo se estender para toda a quartela, até ao redor dos paradígitos. Os pelos no início estão eriçados e depois caem. À medida que se torna crônica há o crescimento de papilas, com 1-2 cm de comprimento, insensíveis ao toque (dermatite verrucosa). Nos casos com claudicação severa os animais pisam com as pinças, perdem peso e tem queda na produção de leite, podendo afetar a fertilidade também. As complicações da dermatite digital são semelhantes às da dermatite interdigital, com erosão de talão, hipercrescimento das unhas e úlcera de sola.
Dermatite Interdigital
Inflamação da epiderme interdigital de origem infecciosa, caracterizada por leve erosão, com localização mais frequente entre os talões, podendo se estender até a parte anterior do espaço interdigital. A inflamação pode ter caráter agudo, subagudo ou crônico. Frequentemente é confundida com a dermatite digital, podendo ser que apresentem a mesma etiologia. A umidade e a falta de higiene são os principais fatores. O ambiente úmido e quente fragiliza a pele interdigital facilitando a penetração de bactérias. A superpopulação também predispõe pelo acúmulo de material orgânico com alta contaminação ambiental. Estábulos com teto baixo, em que não há penetração dos raios solares a incidência é mais alta.
Flegmão Interdigital
Flegmão Interdigital pode ser definido como uma infecção necrótica aguda ou subaguda da pele interdigital dos bovinos que se estende para os tecidos subjacentes provocando uma celulite interdigital. A infecção pode se tornar crônica se estendendo para a articulação podal, tendões e bursa do sesamóide. 
O animal teve uma dermatite, que não foi tratada. Há acumulo de secreção purulenta nos tecidos adjacentes aos cascos, como articulações e ligamentos. A doença normalmente é subaguda ou aguda com claudicação severa, febre, diminuição da produçãoleiteira e perda de peso, principalmente quando o animal precisa andar para se alimentar. Há inflamação profunda do espaço interdigital (celulite) com edema e separação das unhas
Erosão do Talão:
Perda irregular do tecido córneo do talão e da sola.
Além da umidade deve-se ter uma debilidade na formação do casco, mal formado, amolecido, membranas alteradas ou laminas alteradas, para que ele seja acometido. O talão e parte da sola apresentam pequenas depressões escuras e, com o a evolução da doença, se unem formando sulcos paralelos à coroa do talão, havendo uma proliferação compensatória de tecido de má qualidade e retração do tecido córneo com dor e inflamação, expondo-o com maior probabilidade de infecção secundária. Há perda do tecido córneo do talão e muitas vezes ele se descola do cório permitindo a entrada de sujidades que podem levar ao desenvolvimento de infecções secundárias (pododermatite séptica).
A claudicação depende da extensão da lesão.
Tratamento: remoção cirúrgica da parte necrosada, sulfato de cobre com terramicina. 
Hiperplasia intergital:
É uma reação proliferativa da pele do espaço interdigital com crescimento de pequena tumoração.
Hiperplasia que ocorre na pele do espaço interdigital por abrasão, pastos sujos com pedras e galhos, está relacionada ao manejo dos pastos, toda hora vai machucando o espaço interdigital que como resposta gera um crescimento exagerado da epiderme. É UMA LESÃO CONSTANTE.
Na fase inicial, quando a hiperplasia é pequena, normalmente não há claudicação. À medida que a hiperplasia cresce poderá haver claudicação, principalmente pela presença de complicações que ocorrem em cerca de 50% dos casos. As principais complicações são a necrose da tumoração, as miíases e a deformação ungular, causada pela dor que o animal sente, principalmente nos casos crônicos, quando adota atitude alterada durante a marcha, sem que haja desgaste correto do casco.
Tratamento: Em primeiro lugar, deve-se proceder à correção do defeito ungular. Em seguida é feita a retirada cirúrgica da tumoração sem atingir a gordura interdigital, para que não haja o risco de contaminação. Após a retirada aplicar antimicrobiano tópico com sulfato de cobre e colocar bandagem durante 5 dias.
Pododermatite Séptica - Broca:
É a inflamação séptica difusa ou localizada do pododerma (cório).
Ocorre quando o animal pisa fortemente em uma pedra a ponto de lesionar o casco. Os animais com pododermatite séptica geralmente sentem muita dor, estando correlacionada com a gravidade da lesão. A dor faz com que o animal não se alimente provocando rápida emaciação. Muitas vezes a sola apresenta um pequeno ponto de penetração e sobre ela há considerável necrose. Existem dois tipos de pododermatite séptica: a superficial com prognóstico favorável e a profunda com prognóstico reservado.
Relacionada a um casco mal formado, sendo mais frágil.
Tratamento: Há a necessidade da retirada cirúrgica, com a rineta ou bisturi de todo o tecido necrosado e do tecido córneo descolado do casco, usando-se como guia uma sonda metálica. Nos casos de lesões não muito profundas se utiliza antibacteriano tópico com sulfato de cobre e bandagem, substituindo-a a cada 5 a 7 dias até a alta que ocorre em cerca de três semanas.
Doença da Linha Branca:
Doença caracterizada pela separação e penetração de dejetos entre a sola e a parede (linha branca), causando geralmente abscedação. Todos os fatores que levem a má qualidade do casco podem causar o aparecimento da separação da linha branca e provocar o abscesso. Os fatores mais comuns são estábulos sujos e úmidos, supercrescimento dos cascos, laminite asséptica difusa, cimento muito áspero e pastos úmidos. Áreas de hemorragia e necrose são comumente observadas na região da linha branca, por corresponder ao local de apoio do peso do animal quando ele está em marcha ou em estação.
As unhas mais atingidas são as posteriores laterais. A separação da parede da sola pode ser visualizada, necessitando exploração local com sonda metálica ou retirada do material necrótico ou sujidades (pontos pretos), para se observar à presença de abscesso. A infecção pode atingir a coroa provocando uma fístula desde a linha branca. A presença de claudicação depende das estruturas atingidas e das complicações.
Tratamento: O tratamento é cirúrgico com retirada do tecido necrosado e drenagem do abscesso. Quando há presença de fístula ela tem de ser explorada, com abertura da parede desde a linha branca até a coroa. Bbandagem com colocação de antimicrobiano tópico e sulfato de cobre.
Pododermatite Asséptica Difusa
Fatores intrínsecos relacionados a problemas vasculares. Inflamação asséptica aguda, subaguda ou crônica do cório (pododerma) atingindo geralmente mais de um membro e com envolvimento sistêmico. 
A forma aguda da doença não é muito frequente. Nestes casos, o animal apresenta dorso arqueado e os membros unidos sob o corpo, podendo às vezes cruzar os membros anteriores e separar os membros posteriores. O animal alterna o membro de apoio ao peso corpóreo ("sapateia") e reluta em andar. Pode não se levantar devido à dor. A marcha torna-se extremamente dolorosa e lenta. As frequências cardíaca e respiratória estão aumentadas e o apetite está reduzido ou ausente. As veias logo acima do jarrete apresentam-se ingurgitadas. A coroa do casco geralmente está avermelhada e edemaciada. As unhas têm forma normal, mas estão quentes e sensíveis à palpação manual ou com a pinça de casco.
A forma crônica da doença é mais frequente, sendo diagnosticada principalmente através das alterações das unhas. A sola se torna plana, macia e amarelada. Há presença de hemorragia na sola, parede e linha branca. Ocorrem apenas sinais locais, alterando o formato e a textura do tecido córneo. O angulo dorsal é reduzido de 55 graus (normal) para 35 a 45 graus e a parede dorsal se torna côncava.
O tratamento somente é realizado nos casos agudos e baseia-se principalmente no uso de antiinflamatórios não esteroides. Os corticoides têm utilidade nas primeiras 24 horas, podendo apresentar efeitos adversos após esse período. O prognóstico, porém, é sempre reservado porque muitos animais não se recuperam. Nos casos crônicos o objetivo é minimizar o desconforto do animal com casqueamento, evitando sobrecargas sobre o talão e a sola, cama farta para encorajar o animal a se deitar e ração bem balanceada com a utilização de feno longo.
Deformações Ungulares
HIPERCRESCIMENTO → Crescimento excede o desgaste. Observado em bovinos leiteiros estabulados ou colocados em locais em que existe pouco desgaste, como piquetes com excesso de lama ou areia. Geralmente é sequela de laminite asséptica. Nos bovinos de corte confinados é comum encontrar animais com hipercrescimento, sugerindo que seja falta de desgaste e não laminite asséptica. 
UNHA EM SACA-ROLHA → Rotação da pinça para cima e para dentro, tornando a sola oblíqua e o peso fica apoiado sobre a parede lateral. Ocorre principalmente nas unhas posteriores laterais. É um dos defeitos ungulares mais frequentes, principalmente em vacas da raça holandesa. Suspeita de ser um problema hereditário. Ocorre provavelmente por uma fraqueza do dos ligamentos colaterais abaxiais e uma exostose óssea ao redor da cápsula articular na superfície abaxial do dígito. O osso anormal causa pressão no cório coronário resultando em maior produção de tecido córneo. As alterações são irreversíveis necessitando de casqueamento em intervalos curtos (4/4- 6/6 meses). 
ACHINELAMENTO → Unhas anormalmente longas, pinça e paredes mais largas que o normal. Presença de vários sulcos de crescimento. É uma sequela comum da laminite asséptica crônica. 
CASCO EM TESOURA → Cruzamento das pinças, pelo crescimento excessivo, com concavidade na parede axial. Sequela de laminite asséptica crônica 
UNHAS ABERTAS → Espaço interdigital anormalmente aberto na pinça com exposição acentuada da pele interdigital. Fraqueza do ligamento cruzado, podendo ser hereditário ou também devido à falta de exercício na criaçãode bezerras. A falta de exercício, além das "unhas abertas", torna o ângulo do boleto menor, fazendo com que o animal quase alcance o piso com os paradígitos.
Fissura Horizontal e Vertical
Horizontal: Fissura paralela à banda coronária, geralmente por um distúrbio na produção córnea. Os sulcos são depressões do tecido córneo. Geralmente atinge todas as unhas. 
Observa-se a presença da fissura paralela à coroa do casco, geralmente sem a presença de claudicação. O animal somente claudica se atingir o cório produzindo infecção secundária. À medida que o tecido córneo cresce ele vai se descolando do cório no local da fissura, podendo causar dor. 
Tratamento: Na maioria das vezes não necessita tratamento, mas se houver formação de abscesso há necessidade de drená-lo.
	Vertical: Fissuras verticais na parede dorsal abaxial de tamanho variável. Raros casos podem ocorrer na muralha axial.
A parte mais atingida é geralmente a muralha no quadrante axial da unha anterior lateral. Normalmente o animal não apresenta claudicação a não ser que a lesão atinja o cório ou a coroa do casco. Normalmente se estende da coroa em direção à pinça ou a fissura inicia no meio da muralha.
Tratamento: O tratamento consiste em remover as partes necrosadas e drenar possíveis infecções. Também pode ser feito com a rineta um sulco horizontal no final da fissura, impedindo que ela se abra mais. Muitos autores recomendam o uso de óleo nos cascos de animais com maior predisposição. 
Foot Root 
Os ovinos principalmente. Eles são muito sensíveis ao Dichelobacter nodosus.
É altamente agressivo e altamente contagioso, sendo uma doença necrosante da epiderme interdigital e matriz do asco dos ovinos levando a manqueira. O animal apresenta perda de peso, queda na produção de lã, dificuldade reprodutiva em carneiros. 
Os sinais clínicos mais comuns são principalmente a claudicação, com lesões nos cascos anteriores em casos graves fazendo os animais ficarem de joelhos na hora que pastejam, levando a maceração e até miíase esternal. 
Em casos inciias da doença se observa uma leve dermatite interdigital a qual progride para uma ferida que apresenta secreção sanguinolenta e odor desagradável. Em casos mais graves ocorre deslocamento do carco (inicialmente na porção posterior, podendo se estender para a parte anterior).
Se um animal começa a claudicar ele precisa ser separado e tratado em local onde ele não tem contato com outros animais. Normalmente o foot root quando começa, ele atinge um grande número de animais e os ovinos não respondem ao tratamento. Ele é altamente agressivo, se não fizer a separação dos animais acometidos o rebanho inteiro pode ser condenado rapidamente. 
Diagnóstico
Exame Clínico: FASE 1.
Identificação: Raça, sexo, número, peso, características especiais. 
Histórico do Caso: duração, forma de aparecimento, observações do peão.
Histórico do Rebanho: Manejo, higiene, nutrição, administração (troca de empregados), etc... 
Exame Clínico: FASE 2.
Inspeção do Animal em Estação: Postura e comportamento anormais, decúbito, lesões por decúbito, lesões óbvias do casco, atrofia muscular. 
Inspeção da Marcha do Animal: Severidade da claudicação com alteração da marcha (escore de claudicação, tabela 1), localização da lesão. Obs.: Claudicação em membro de apoio ou impotência funcional indicam manqueira (sinal clínico); alterações de postura, pescoço esticado indicando alívio em dor de posteriores; cifose como posição antiálgica; abdução indica dor nas unhas laterais se fosse adução seria nas mediais.
Escore de Claudicação:
Grau 0: Linha de dorso retilínea. Animal com passos firmes e distribuição correta de peso e apoio.
Grau 1: Linha de dorso retilínea. Ligeiramente arqueada com apoios normais durante locomoção.
Grau 2: Linha de dorso já arqueada quando parado, e durante a locomoção ela está arqueada com claudicação.
Grau 3: Linha de dorso arqueada e durante a locomoção além disso estará com apoio reduzido no membro afetado. Grau 4: Linha de dorso arqueada com retirada do apoio sobre o membro mesmo quando parado, na locomoção há relutância e muita dor com claudicação intensa.
Exame Clínico: FASE 3.
Inspeção do Dígito: Testes de sensibilidade com os dedos ou com pinça de casco
Inspeção da Sola: Identificação das lesões com uso de rineta para desbastar a sola e de sonda (métodos invasivos de exame). 
Exame Clínico: FASE 4.
Anestesia Regional
Radiografia
Ultrassonografia
Testes Laboratoriais 
Biopsia, exames de sangue e punção articular.
Existem formas de contenção para poder realizar os procedimentos.
Na contenção de bovinos, precisamos ter cuidado para não causar lesões por conta das cordas. No momento da contenção podemos causar lesões.
Tratamento
Passa a sonda e vê a profundidade. Se não é profunda e não é cirúrgico, passamos então para a avaliação sensorial e inspeção para ver se tem material necrosado e fazer a retirada.
O ideal é trabalhar com vaselina e sulfato de cobre e fazer o curativo mantendo por 5 dias – ISSO SE HOUVER NECROSE.
Em casos de dermatites, sem necrose, faz-se o uso de unguento e terramicina.
Anestesia
Anestesia de Bier – São anestesias locais.
Faz-se um garrote acima da articulação do boleto, introduz a agulha e deixa sair um pouco do sangue, e depois injeta lidocaína para fazer a insensibilização dos nervos. 
Feita nas veias metatársicas ou metacárpica 
Anestesia Interdigital (cranial e caudal).
Amputação
Ela só é interessante se pudermos aproveitar a articulação. Faz a amputação desarticulando o membro.
E claro, depende do tamanho da lesão.
Aprumos – Casqueamento Preventivo
Objetivos: 
Diagnóstico do estado dos dígitos na propriedade e correção das alterações e lesões podais em seu estágio inicial 
Evitar a concentração de pressões em zonas críticas que possam conduzir a incômodos ou claudicações. 
Restabelecer o equilíbrio do peso incidindo sobre cada unha e entre as unhas de cada membro. 
Abrir os talões e o espaço interdigital para que haja melhor circulação de ar para não favorecer o crescimento de anaeróbicos. 
Quando realizar? 
Quando o proprietário quer (muito tarde) 
Quando o casqueador quer (casqueia demais) 
Quando a vaca precisa 
Pedilúvio
O pedilúvio contém produtos químicos com ação desinfetante que geralmente facilitam a remoção da matéria orgânica acumulada e/ou de substâncias irritantes do casco localizados por entre os dígitos, contribuindo para a prevenção e/ou tratamento das afecções podais. Assim, pode ser classificado quanto à finalidade terapêutica (tratamento ou prevenção), quanto à dinâmica da passagem dos animais (estacionário ou de passagem) e tipo de produto químico utilizado (seco ou líquido).
A eficiência do uso dos pedilúvios, entre outros fatores, depende da localização da lesão. Lesões na pele digital, como a dermatite interdigital e a dermatite digital, favorecem maior contato da solução nestas regiões. Já a laminite, a úlcera de sola e doença da linha branca são tipos de afecções do casco nos quais o pedilúvio possui eficácia limitada.
O correto manejo do pedilúvio depende da sua forma de utilização devendo ser considerados os chamados "lava-pés", o dimensionamento, a altura da lâmina d água, a localização, a higienização e os tipos de produtos químicos.
Prevenção
FazeNutrição balanceada, seleção genética para casco, correção funcional periódica dos casos, utilizar pedilúvio, melhoria das condições de conforto e higiente das instaçções.

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