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21/03/2012 1 Avaliação Fisioterapêutica em Neurologia • Profª: Alyne Severiano --- Exames de Equilíbrio e Coordenação --- Provas de Coordenação e Equilíbrio Verificação do bom funcionamento de dois setores, o Cerebelo e a sensibilidade proprioceptiva. A perda da coordenação denomina-se ataxia podendo ser cerebelar, sensitiva ou mista. A coordenação pode ser testada de 2 formas: � Pesquisa estática – Sinal de Romberg � Pesquisa dinâmica – Prova índex – índex e índex-nariz – Calcanhar – joelho – Disdiadocinesia – movimentos alternados – Manobra do rechaço Sinal de Romberg • Paciente em pé sem apoio por 5 a 10 segundos • Olhos abertos • Olhos fechados • Romberg + instabilidade apenas com os olhos fechados • Prova Índex- Nariz • Realizar com olhos abertos e fechados • Distúrbios: dismetria – hipermetria – hipometria – Decomposição dos movimentos • Variações da prova: – índex-índex – índex-orelha Prova Calcanhar-Joelho • Paciente em decúbito dorsal • Realizada com olhos abertos e fechados • Sensibilização da prova 21/03/2012 2 Prova Diadiconesia • Prova dos movimentos alternados • Prono-supinação alternada o + rápido possível • Lesão cerebelar – adiadococinesia – Prova das marionetes Patologia: Disdiadiconesia Manobra do Rechaço • Resistência à flexão do antebraço do paciente e bruscamente retire-a. • Sinal + antebraço do paciente choca-se contra o tórax = assinergia mm • Sinal: – Déficit cerebelar – Hipotonia – Lesão extrapiramidal,... PROVAS GRÁFICAS • Ligar pontos – Dismetria: hipo ou hipermetria • Escrever – Micro ou macrografia REFLEXOS � Respostas do organismo à um estímulo, servindo para diagnosticas topograficamente alterações existentes. � São divididos em superficial e profundos, podendo também ter a subdvisão em : Reflexos de MMSS, de MMII e de tronco. � Existem reflexos específicos das crianças e outros de adultos. � Solicitar que fique relaxado e corretamente posicionado antes do exame • Reflexos superficiais �Reflexo cutâneo-plantar - sinal de Babinski - lesão do trato corticospinal ou até 1 ano de idade • Reflexos superficiais �Reflexos cutâneo- abdominais - superior, médio, inferior – abolido na sd piramidal 21/03/2012 3 Reflexos Profundos �Reflexo aquiliano - n. tibial - L5 a S2 � Reflexo patelar - n. femoral - L2 a L4 � Reflexo dos adutores da coxa - n. obturador - L2 L4 � Reflexo dos flexores dos dedos - nn. mediano e ulnar - C8 a T1 � Reflexo estilorradial - n. radial - C5 a C6 � Reflexo bicipital - n. músculocutâneo - C5 a C6 � Reflexo tricipital - n. radial - C7 a C8 Reflexos Profundos MMSS Reflexos Profundos MMSS Reflexos Profundos MMII Reflexos Profundos MMII Qualitativa Quantitativa Descrição Ausente 0 Não é possível obter reflexo Diminuido + O reflexo é conseguido com dificuldade Normal ++ O reflexo é conseguido com facilidade Hiperativo +++ O reflexo é amplo e brusco Exaltado ++++ O reflexo é obtido numa área maior Graduação dos Reflexos 21/03/2012 4 Principal Raiz Envolvida Reflexo Membros Superiores C5 Biciptal C6 Estiloradial C7 Triciptal Membros Inferiores L4 Patelar S1 Aquileu NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA �O exame neurológico faz parte da anamnese e do exame físico geral do paciente; �Durante a anamnese devem ser observadas s condições do meio ambiente do paciente, de seus comportamentos emocional, físico e cognitivo. �Em algumas situações é necessária a presença de algum membro da família ou amigo, que possa responder as perguntas. Avaliação da Consciência � Percepção do indivíduo consigo mesmo e com o meio ambiente em que vive. � Significa que o mesmo responde às perguntas e/ou comandos de forma clara, objetiva e orientada. � O nível de consciência expressa o grau de alerta comportamental do indivíduo, o estado de alerta e vigília. � Necessária capacidade cognitiva preservada para a maior parte do exame; � No conteúdo são realizadas as seguintes avaliações: atenção e concentração, memória, estado afetivo, linguagem, raciocíneo e orientação. Avaliação da Consciência NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA �Letargia ou Sonolência � Delirium ou Estado confusional �Obnubilação �Esturpor ou Torpor � Coma 21/03/2012 5 Letargia ou Sonolência � O paciente acorda ao estímulo auditivo, está orientado no tempo, espaço e pessoa, responde lenta e vagarosamente ao estímulo verbal, à elaboração de processos mentais e à atividade motora. � Cessado o estímulo verbal, retorna ao estado de sonolência. � Sintomas de início agudo, de caráter flutuante e com intervalos de lucidez. � Pode apresentar um ou + sintomas: apresenta períodos curtos de atenção, diminuição da capacidade de concentração, desorganização e incoerência do pensamento, desorientação em relação ao lugar e ao tempo, distúrbios de memória, rebaixamento do nível de consciência (sonolência), entre outros. Delirium ou Estado confusional Obnubilação � Paciente sonolento mas de fácil despertar se estimulado intensamente, com associação de estímulo auditivo mais intenso e estímulo tátil. � Pode responder a comandos simples (p. ex.: quando solicitado para colocar a língua para fora da boca). � Responde apropriadamente ao estímulo doloroso. Esturpor ou Torpor � O paciente esta mais sonolento, não responsivo, necessitando de estimulação dolorosa para responder. � Responde apropriadamente ao estímulo doloroso, apresenta resposta com sons incompreensíveis e/ou com abertura ocular. Coma � Estado em que o indivíduo não demonstra conhecimento de si próprio e do meio ambiente, com ausência do nível de alerta, ou seja, inconsciente, não interagindo com o meio e com os estímulos externos, permanecendo com os olhos fechados, como em um sono profundo. �Neste estado o paciente apresenta apenas respostas de reatividade. Escala de Coma de Glasgow • Abertura Ocular - Espontânea................................... 4 • Ao comando verbal ....................... 3 • À dor ............................................. 2 • Ausente ......................................... 1 • Resposta Motora - Obedece comandos........................ 6 • Localiza à dor .............................. 5 • Flexão inespecífica ( retirada) ...... 4 • Flexão hipertônica ........................ 3 • Extensão hipertônica...................... 2 • Sem resposta ................................. 1 • Resposta Verbal - Orientado e conversando ............... 5 • Desorientado e conversando ........... 4 • Palavras inapropriadas ................... 3 • Sons incompreensíveis .................. 2 • Sem resposta .................................. 1 • Pontuação: Traumas Graves = 3 a 8 Traumas moderados = 9 a 12 Traumas leves = 13 a 15 21/03/2012 6 • Estado Mental • Observar orientação, memória e fala • Adaptação do Folstein Mini Mental Status Examination TOTAL • Orientação Data (que dia é hoje ? registre os itens omitidos) dia ( ), mês ( ), ano ( ), dia da semana ( ), manhã / tarde ( ) • Orientação Local (onde você está ? pergunte os itens omitidos) país ( ), estado ( ), cidade ( ), local ( ), andar ( ) • Registro de objetos (nomeie clara e lentamente 3 objetos e peça ao paciente para repetir) lapis ( ), casaco ( ), relógio ( ) • Sete Seriado (diminuir 7 de 100 sucessivamente ou soletrar MUNDO ao contrário) 93 ( ), 86 ( ), 79 ( ), 72 ( ), 65 ( ) ou O ( ), D ( ), N ( ), U ( ), M ( ) • Recordar Objetos (relembrar os 3 objetos citados anteriormente)lapis ( ), casaco ( ), relógio ( ) • Denominação (aponte para o relógio e pergunte “O que é isto ?”. Repita com um lápis) relógio ( ), lápis ( ) • Repetição (repetir a frase “casa de Ferreiro, espeto de pau” ou “nem aqui, nem ali, nem lá”) repetição correta na 1ª tentativa ( ) • Comando Verbal (pegue o pedaço de papel, dobre-o ao meio e coloque-o sobre a mesa) pegar o papel ( ), dobrar ao meio ( ), colocar sobre a mesa ( ) • Comando Escrito (mostrar um pedaço de papel com a frase “Feche os olhos”) fechou os olhos ( ) • Escrita (escrever uma frase) • Sentença com sujeito + verbo e que faça sentido ( ) • Desenho (copiar o desenho da interseção de 2 pentágonos) • figura com 10 cantos e 2 linhas de interseção ( ) • TOTAL (máximo = 30) • Interpretação: Somar um 1 ponto para cada um dos itens ( ) respondidos corretamente e registrar o total na coluna da direita. O escore final é a soma dos pontos, sendo considerado normal quando superior a 24. Bertolucci e col., 1994 aplicaram o FMMS em 530 brasileiros com vários graus de escolaridade e obtiveram os seguintes pontos de corte para normalidade: analfabetos = 13; 1 a 8 anos escolaridade = 18 e > 8 anos escolaridade = 26 TESTES SENSORIAIS CLASSIFICAÇÃO - SENSIBILIDADE �Superficial ou Extereoceptiva �Profunda ou Proprioceptiva �Complexa 21/03/2012 7 EXPLORAÇÃO DA SENSIBILIDADE �Pcte de olhos fechados �Perguntar sem sugestionar �Ambiente tranqüilo SENSIBILIDADE SUPERFICIAL OU EXTEREOCEPTIVA – Tátil: Algodão seco, gaze ou pincel – Térmica : tubo com agua quente e fria – Dolorosa : alfinete ou agulha de costura Tátil: pode ser avaliada com um pequeno pincel de fios finos, com um pouco de algodão ou com um pedaço de papel de seda. Deve se evitar aplicar pressão quando testando a sensibilidade tátil. Pode se pedir ao paciente que diga “Sim” quando estimulado na pele e que compare a sensação obtida em diferentes partes do corpo. Sensibilidade Superficial Tátil Térmica: pode ser testada com o uso de tubos de ensaio contendo água quente e água gelada, ou com tubos de metal aquecidos ou resfriados. Temperaturas extremas tendem a ser reconhecidas como dor, e portanto o limite utilizado neste teste é 5˚C a 40 ˚ C. Sensibilidade Superficial Térmica Dolorosa: costuma ser testada com um alfinete de ponta bem fina para evitar sensação de pressão. O uso da ponta e da cabeça de um alfinete de forma aleatória é um excelente teste para obter respostas de “ponta”e “cabo”, permitindo uma boa avaliação da sensibilidade dolorosa do paciente. Sensibilidade Superficial Dolorosa – Cinético-postural – Vibratória – Barestésica – pressão no corpo – Dor profunda – Localização e discriminação táteis SENSIBILIDADE PROFUNDA OU PROPRIOCEPTIVA 21/03/2012 8 Sensibilidade Profunda Cinético- Postural A pesquisa da sensibilidade cinético-postural visa verificar se o paciente tem noção da posição dos segmentos em relação ao próprio corpo. Solicita-se ao paciente que, de olhos fechados, diga a posição assumida por segmentos deslocados passivamente pelo examinador. Por exemplo, segurando o polegar pelas porções laterais, o examinador o movimenta lentamente para baixo e para cima, devendo o paciente assinalar a posição assumida ao fim do movimento. Esta manobra, logicamente, só deve ser realizada com os olhos fechados. A sensibilidade vibratória ou palestesia é pesquisada com o auxílio de um diapasão que é colocado sobre saliências ósseas. Sensibilidade Profunda Vibratória Pesquisa pela compressão de massa muscular, observar se o paciente sente a pressão e comparar um lado com o outro. Está diminuída ou abolida em processos radiculares e tabes. Sensibilidade Profunda Barestésica Exploração da sensibilidade dolorosa profunda: sensibilidade dos músculos, tendões, com a compressão profunda. Consiste em comprimir com a mão as massas musculares, ou beliscar os tendões acessíveis. Sensibilidade Profunda Dor Profunda É a habilidade de reconhecer ou identificar a forma e os contornos dos objetos através do tato. Sensibilidade Complexa Estereognosia Desenhar na palma da mão dizer a letra que o terapeuta esta desenhada na palma de sua mão. Sensibilidade Complexa Grafestesia
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