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Cinesioterapia - Efeitos da imobilidade

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Efeitos da Imobilidade (síndrome da imobilidade)
A imobilidade é definida como a perda da capacidade de realizar movimentos autônomos empregados no desempenho atividades de vida diária (AVDs)em decorrência da diminuição das funções motoras. Este fato, compromete a independência do indivíduo e por fim leva ao estado de incapacidade ou fragilidade.
Acontecem diversas alterações em todos os órgãos e sistemas humanos, são eles:
SISTEMA TEGUMENTAR (pele): 
micoses, xeroses (ressecamento anormal), lacerações, dermatite amoniacal (assadura) e as úlceras de decúbito.
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO:
Encurtamento, atrofia muscular, diminuição da área da fibra, número de sarcômeros em série e aumento de tecido conjuntivo, resultando em rápida rigidez muscular durante a primeira semana. Esse aumento de tecido conjuntivo forma uma barreira mecânica que dificulta o suprimento sanguíneo para as fibras musculares, provocando diminuição dos capilares para a fibra com consequente atrofia muscular e diminuição da força muscular. 
Além disso, a proliferação de tecido conjuntivo faz com que as fibras colágenas tenham contato mais íntimo umas com as outras, podendo estimular a formação de ligação cruzada anormal, o que resulta em perda da extensibilidade e aumento na rigidez tecidual.
Ocorrem alterações articulares, como a diminuição da difusão do liquido sinovial e seus nutrientes para a cartilagem intra-articular, levando consequências como as contraturas que são definidas como “limitação da amplitude de movimento (ADM) a ponto de impedir um desempenho normal de sua função”. A imobilidade articular prolongada é o fator de risco mais reconhecido para o surgimento de artrofibrose
A imobilidade causa também aumento da fatigabilidade do músculo, como resultado da menor capacidade oxidativa. Evidências mostram menos número de mitocôndrias no músculo atrofiado e redução da atividade mitocondrial sete dias após a imobilização, o que acarreta uma redução na respiração celular e contribui para menor resistência (endurance) do músculo.
A falta de mobilidade leva a perda de massa óssea de forma rápida, podendo ser vista na densidometria óssea.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Evidencia-se redução de 25 a 50% do volume corrente, do volume-minuto, da capacidade respiratória máxima, da capacidade vital e da capacidade de reserva funcional, havendo ainda, redução da PaO2 e alterações na relação V/Q. As secreções da mucosa tendem a acumular e a tosse pode ser ineficaz por causa da piora da mobilidade ciliar e da fraqueza dos músculos abdominais.
Uma explicação para a diminuição das capacidades é que o movimento diafragmático fica diminuído, há redução da excursão torácica, da amplitude de movimento das articulações costovertebrais e costocondrais, a respiração torna-se mais superficial. A mobilidade diafragmática reduzida, fraqueza dos músculos intercostais e função ciliar comprometida predispõem o individuo a infecções respiratórias e pneumonias hipostática.
A pneumonia é a principal causa de morte em idosos acamados. A posição de supina faz com que favoreça o acumulo de liquido na base dos pulmões e este liquido serve de meio de cultura para bactérias que causarão a pneumonia hipostática.
SISTEMA CARDIOVASCULAR-
No sistema cardiovascular evidencia-se aumento dafrequência cardíaca (FC), a diminuição da utilização de oxigênio periférico causa declínio no consumo máximo de O2, redução do retorno venoso e consequentemente redução do volume de enchimento e do volume de ejeção.
Na SI, as contraturas dos MMII e a falta do efeito bomba dos músculos da panturrilha predispõe a estase venosa que associado a hipercoagulabilidade e lesões nas paredes dos vasos facilita a formação de trombose venosa profunda. Os sinais e sintomas são edema, hipersensibilidade, hiperemia difusa e distensão venosa.
A embolia pulmonar é responsável por 20% das mortes dos pacientes acamados e é consequência da trombose venosa profunda.
A isquemia arterial aguda dos MMII é causada por uma obstrução ateromatosa da artéria tendo como manifestação um quadro insidioso de palidez do membro, dor intensa, hipotermia, ausência de pulso e por fim gangrena. As contraturas de joelho e quadril são uma das causas de fechamento da luz arterial e formação de trombos, levando a isquemia do membro.
A diminuição da tolerância ao ortostatismo, ou seja, hipotensão ortostática, também compõe uma das consequências da imobilidade no sistema cardíaco. O paciente vai apresentar parestesia, tonturas, desmaios, vertigens, aumento da frequência de pulso acima de 20 batimentos por minuto.

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