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As primeiras salas de aula em nossa terra foram criadas pelos jesuítas para evangelizar os índios 1500 Os portugueses chegam aqui e encontram vários povos indígenas. 1530 As capitanias hereditárias são criadas e começa o cultivo de cana-de-açúcar. 1549 Primeiro grupo de jesuítas desembarca em solo tupiniquim. 1599 A Companhia de Jesus promulga o Ratio Studiorum. 1759 O marquês de Pombal expulsa os jesuítas do Brasil. Inicialmente, os curumins (filhos dos índios) e órfãos portugueses. Mais tarde, os filhos dos proprietários das fazendas de gado e dos engenhos de cana-de-açúcar e também dos escravos. Em todos os casos, apenas meninos. Esses foram os primeiros alunos da Educação formal (e letrada) brasileira. E os padres jesuítas, os primeiros professores. De 1549, quando o padre Manuel da Nóbrega (1517-1570) chegou ao nosso território na caravela do governador-geral Tomé de Sousa (1503-1579), até 1759, quando Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), o marquês de Pombal, expulsou a Companhia de Jesus, a catequização e o ensino se misturaram. O ensino se torna estatal e os professores são muito cobrados, mas pouco recompensados s jesuítas lideraram as primeiras experiências de ensino no Brasil entre os séculos 16 e 18, mas foram expulsos de Portugal e da colônia em 1759. Responsável por essa determinação, Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), o marquês de Pombal, iniciou uma reforma da Educação com o objetivo de modernizar o reino de dom José I (1714-1777). Para substituir os padres, ele criou as aulas régias, mas os efeitos concretos só foram sentidos alguns anos depois. Em 1760, foi realizado o primeiro concurso para professores públicos (ou régios), em Recife (leia a linha do tempo na página seguinte), mas as nomeações demoraram e o início oficial das aulas só ocorreu em 1774, no Rio de Janeiro. Diante disso, quem tinha condições recorria a professores particulares. A Constituição de 1824 estabeleceu que a Educação deveria ser gratuita para todos os cidadãos. Para cumprir essa determinação, deputados e senadores aprovaram uma lei em 15 de outubro de 1827 que marcou o Dia do Professor e indicou que fossem criadas escolas de primeiras letras em todas as cidades e vilas. Linha do tempo 1760 É realizado o primeiro concurso para professores públicos. 1808 A vinda da família real para o Brasil incentiva a cultura no país. 1822 Dom Pedro I (1798-1834) assume o trono após a independência. 1834 As províncias passam a definir as regras educacionais. 1889 A República é decretada e surge um novo modelo de escola. Primeira República: um período de reformas Com a Proclamação da República, o Brasil adotou o federalismo e o poder, até então centralizado no imperador, foi dividido entre o presidente e os governos estaduais (leia os capítulos anteriores desta série). O período foi marcado pelo desenvolvimento da indústria, pela reestruturação da força de trabalho - não mais escrava -, pelas greves operárias e pela Semana de Arte Moderna. No mundo, aconteceu a Revolução Russa, a Primeira Guerra Mundial e a queda da bolsa de Nova York. Essas transformações tiveram ecos na Educação. A ideia do ensino como direito público se fortaleceu e surgiram modelos que se perpetuaram. 1891 É proclamada a Constituição e a Educação fica a cargo de estados e municípios. 1892 A reforma paulista propõe os grupos escolares, com a divisão dos alunos em séries. 1914 Começa a Primeira Guerra Mundial, que segue até 1918. 1920 Ocorre a Reforma Sampaio Dória, em São Paulo, seguida por outras sete. 1930 A revolução e um golpe de estado levam Vargas ao poder. Era Vargas: profusão de ideias As propostas da Escola Nova e de Paulo Freire ganham força, mas não chegam às salas de aulas A defesa da Educação pública, gratuita e laica ganhou força no país em 1932, com o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (leia a linha do tempo na página seguinte e a pergunta de concurso na última página), introduzido no capítulo anterior desta série. Seus 26 signatários - entre eles Lourenço Filho (1897-1970) e Anísio Teixeira (1900-1971) - combatiam a escola restrita à elite e ligada à religião. Os anseios se justificavam. Afinal, em 1920 o analfabetismo atingia 80%. "O principal mérito do manifesto foi trazer à tona o debate sobre a escola para toda a população independentemente da classe social", diz Maria Cristina Gomes Machado, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). 1932 O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova defende a Educação gratuita e laica. 1937 Inspirado pelo totalitarismo europeu, Vargas inicia o Estado Novo, que segue até 1945. 1946 A nova Constituição define que a União legisle sobre a Educação. 1962 Paulo Freire alfabetiza 300 agricultores em 45 dias no estado de Pernambuco. 1964 O golpe militar instaura a ditadura e anos de forte repressão. Ditadura militar: aulas para o trabalho O regime militar se apoiou nos ideais tecnicistas e fez do ensino uma ferramenta de controle As propostas de uma Educação mais democrática foram abandonadas com o início do regime militar, em 1964. Paulo Freire (1921-1997) foi exilado no Chile e a Escola Nova deixou de ser considerada para as políticas públicas (leia os capítulos anteriores desta série). O novo governo manteve a preocupação com a industrialização crescente e o foco em formar um povo capaz de executar tarefas, mas não necessariamente de pensar sobre elas. 1968 O AI-5 é assinado e aumenta a repressão a atos públicos. 1969 A disciplina de Educação Moral e Cívica se torna obrigatória em todas as etapas. 1970 O Mobral é implementado com foco na alfabetização de adultos. 1975 Começa o processo de transição do regime para a democracia. 1985 Tancredo Neves é eleito e morre antes de assumir. Educação pós-ditadura: qualidade para todos Universalização do ensino, avaliações externas e piso para professores no período democrático A LDB incluiu a Educação Infantil na Educação Básica Aqui tem mais reportagens! Com o fim da ditadura militar, vários aspectos da política nacional foram repensados, e entre eles estava a Educação. Nos primeiros três anos da Nova República, o foco esteve na elaboração da Constituição. Pensando nela, os participantes da 4ª Conferência Brasileira de Educação, realizada pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), a Associação Nacional de Educação (Ande) e o Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes), em Goiânia, em 1986, finalizaram o evento com uma lista de propostas que incluía a efetivação do direito de todos os cidadãos ao ensino e o dever do Estado em garanti-lo. 1988 A nova Constituição Federal é promulgada com atenção à Educação. 1990 Declaração Mundial sobre Educação para Todos é aprovada na Tailândia. 1996 A LDB indica que docentes tenham formação em nível superior. 2001 Entra em vigor o PNE, com metas para a universalização do ensino. 2010 É aprovado o piso salarial nacional para os docentes
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