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INSALUBRIDADE E 
PERICULOSIDADE
O que é: Trabalho insalubre é aquele
realizado em condições que expõem o
trabalhador a agentes nocivos à saúde
acima dos limites tolerados, seja por sua
natureza, intensidade ou tempo de
exposição.
INSALUBRIDADE
INSALUBRIDADE
Adicional salarial: Trabalhar em condições de
insalubridade assegura ao trabalhador um
adicional sobre o salário mínimo da região e, se
houver previsão convencional, este adicional
poderá ser sobre o salário nominal. Este adicional
varia de acordo com o grau de insalubridade e é
de:
⚫ 40%, para o grau máximo;
⚫ 20%, para o grau médio;
⚫ 10%, para o grau mínimo.
Como funciona: Os limites de tolerância
das condições insalubres são determinados
pelo Ministério do Trabalho e a
caracterização da atividade insalubre,
perigosa ou penosa depende da realização
de perícia.
INSALUBRIDADE
O trabalhador terá direito a este adicional
enquanto estiver exercendo atividades em
ambientes de condições adversas, identificadas
pela perícia. Caso as condições insalubres
sejam eliminadas ou reduzidas pela adoção de
medidas de segurança com o fornecimento de
Equipamentos de Proteção Individual (EPI), por
exemplo, pode resultar na suspensão do
adicional de insalubridade ou na redução do
percentual concedido.
INSALUBRIDADE
⚫ A insalubridade e a periculosidade têm como
base legal a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), em seu Título II, cap. V seção
XIII., e a lei 6.514 de 22/12/1977, que alterou a
CLT, no tocante a Segurança e Medicina do
Trabalho.
⚫ Ambas foram regulamentadas pela Portaria
3.214, por meio de Normas regulamentadoras.
INSALUBRIDADE
“Artigo 189 CLT- Serão consideradas atividades
ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho,
exponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza e da intensidade do agente e do
tempo de exposição aos seus efeitos."
INSALUBRIDADE
“Artigo 191 - A eliminação ou neutralização da
insalubridade ocorrerá:
I - com a adoção de medidas que conservem o
ambiente do trabalho dentro dos limites de tolerância;
II - com a utilização de equipamentos de proteção
individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade
do agente agressivo aos limites de tolerância."
"Artigo 192 - O exercício de trabalho em condições
insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a
percepção de adicional respectivamente de 40%, 20%,
e 10% do salário mínimo da região, segundo se
classifiquem nos graus máximo, médio ou mínimo. "
INSALUBRIDADE
⚫ A insalubridade foi regulamentada pela Norma
Regulamentadora Nº 15, por meio
de 14 anexos.
⚫ Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) foram
regulamentados na Norma regulamentadora de Nº
06.
⚫ Limite de Tolerância -"é a concentração ou
intensidade máxima ou mínima,
relacionada como a natureza e o tempo de exposição
ao agente, que não causará dano à saúde do
trabalhador, durante a sua vida laboral."
⚫ Os agentes classificam-se em: químicos, exemplo
chumbo; físicos, exemplo calor; e biológicos; exemplo
doenças infectocontagiosas.
INSALUBRIDADE
PERICULOSIDADE 
Art. 193. São consideradas atividades ou operações
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco
acentuado em virtude de exposição permanente do
trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; 
II - roubos ou outras espécies de violência física nas 
atividades profissionais de segurança pessoal ou 
patrimonial.
PERICULOSIDADE 
Art. 193. ........................
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o
salário sem os acréscimos resultantes de gratificações,
prêmios ou participações nos lucros da empresa.
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de
insalubridade que porventura lhe seja devido.
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros
da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante
por meio de acordo coletivo.
§ 4o São também consideradas perigosas as atividades de
trabalhador em motocicleta.
⚫ A periculosidade foi regulamentada pela
Norma Regulamentadora No 16, por meio de
dois anexos.
⚫ " Liquido inflamável é todo aquele que possui
ponto de fulgor inferior a 70oC e
pressão de vapor que não exceda 2,8
Kg/cm2 absoluta a 37,7oC."
⚫ " Explosivos são substancias capazes de
rapidamente se transformarem em gases,
produzindo calor intenso e pressões
elevadas."
PERICULOSIDADE 
⚫ O contato permanente pode se dar de maneira
contínua ou intermitente.
⚫ A periculosidade só cessa sob o ponto de vista
legal com a total eliminação do risco.
"A caracterização e a classificação da
insalubridade e da periculosidade, segundo as
normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão
através de PERÍCIA a cargo de Engenheiro do
Trabalho ou Médico do Trabalho, registrados no
Ministério do trabalho."
⚫ "O direito do empregado ao adicional de
insalubridade ou de periculosidade cessará com a
eliminação do risco á sua saúde ou integridade
física...."
PERICULOSIDADE 
PERICULOSIDADE 
Art . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da
periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-
ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro
do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias
profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a
realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o
objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades
insalubres ou perigosas.
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por
empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz
designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver,
requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.
§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação
fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem a realização ex officio da
perícia.
SÚMULAS INSALUBRIDADE
Súmula nº 47 do TST -INSALUBRIDADE
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter
intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à
percepção do respectivo adicional.
Súmula nº 80 do TST - INSALUBRIDADE
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de
aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder
Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.
Súmula nº 139 do TST -ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a
remuneração para todos os efeitos legais.
Súmula nº 228 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (SÚMULA
CUJA EFICÁCIA ESTÁ SUSPENSA POR DECISÃO LIMINAR DO
SUPREMO TRIBUNAL
A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante
nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será
calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em
instrumento coletivo.
Súmula nº 248 do TST -ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO
ADQUIRIDO
A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da
autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional,
sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.
SÚMULAS INSALUBRIDADE
Súmula nº 289 do TST
INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE
PROTEÇÃO. EFEITO
O simples fornecimento do aparelho deproteção pelo empregador não o
exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as
medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre
as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.
Súmula nº 293 do TST
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE
NOCIVO DIVERSO DO APONTADO NA INICIAL
A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições
nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial,
não prejudica o pedido de adicional de insalubridade.
SÚMULAS INSALUBRIDADE
Súmula nº 448 do TST
ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA
REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO
TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS.
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial
para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo
necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial
elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo
de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar
à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional
de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da
NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e
industrialização de lixo urbano.
SÚMULAS INSALUBRIDADE
Súmula nº 39 do TST - PERICULOSIDADE
Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao
adicional de periculosidade
Súmula nº 70 do TST - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
O adicional de periculosidade não incide sobre os triênios pagos pela
Petrobras.
Súmula nº 132 do TST - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE.
INTEGRAÇÃO
I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o
cálculo de indenização e de horas extras
II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em
condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional
de periculosidade sobre as mencionadas horas.
SÚMULAS PERICULOSIDADE
Súmula nº 191 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA.
BASE DE CÁLCULO
I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e
não sobre este acrescido de outros adicionais.
II – O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, contratado
sob a égide da Lei nº 7.369/1985, deve ser calculado sobre a totalidade
das parcelas de natureza salarial. Não é válida norma coletiva mediante
a qual se determina a incidência do referido adicional sobre o salário
básico.
III - A alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade do
eletricitário promovida pela Lei nº 12.740/2012 atinge somente contrato
de trabalho firmado a partir de sua vigência, de modo que, nesse caso,
o cálculo será realizado exclusivamente sobre o salário básico,
conforme determina o § 1º do art. 193 da CLT.
SÚMULAS PERICULOSIDADE
Súmula nº 361 do TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. EXPOSIÇÃO
INTERMITENTE
O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma
intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de
periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de 20.09.1985,
não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu
pagamento.
SÚMULAS PERICULOSIDADE
Súmula nº 364 do TST - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE.
EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE
I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto
permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições
de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual,
assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo
extremamente reduzido.
II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho
fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao
estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois
tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho,
garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e
193, §1º, da CLT).
SÚMULAS PERICULOSIDADE
Súmula nº 447 do TST - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE.
PERMANÊNCIA A BORDO DURANTE O ABASTECIMENTO DA
AERONAVE. INDEVIDO.
Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte
aéreo que, no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a
bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193
da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da NR 16 do MTE.
Súmula nº 453 do TST - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO
ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO.
DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT.
O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade
da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao
risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a
realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna
incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.
SÚMULAS PERICULOSIDADE
NOVO ENTENDIMENTO
Recente e inovadora decisão do Tribunal Superior do
Trabalho concedeu o direito à percepção tanto do
adicional de periculosidade, quanto do adicional de
insalubridade, devido às atividades desenvolvidas em
ambiente periculoso e agentes de risco presentes.
Tal decisão não reflete o que vinha sendo
majoritariamente decidido até este momento, por isso
seu entendimento inovador sobre o que dispõe a
legislação.
Importante aqui frisar que ambos os adicionais possuem
previsão legal na Consolidação das Leis do Trabalho –
CLT.
NOVO ENTENDIMENTO
No artigo 192 está previsto o adicional de insalubridade, sendo que
a Norma Regulamentadora nº 15 especifica as atividades insalubres
e seus respectivos graus de risco.
O artigo 193 do mesmo diploma legal prevê o adicional de
periculosidade, com as regulamentações constantes na Norma
Regulamentadora nº 16. Ambos foram recepcionados pela
Constituição de 1988 no artigo 7º, inciso XXIII, conforme abaixo:
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(…)
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei.”
NOVO ENTENDIMENTO
Até a publicação desta decisão o entendimento técnico processual
majoritário vinha sendo de que não haveria a possibilidade da
cumulação de ambos adicionais, conforme prevê o parágrafo 2º do
artigo 193, e também constante no item 15.3 da Norma
Regulamentadora nº 15, vejamos:
“Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na
forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do
trabalhador a:
(…) § 2º – O empregado poderá optar pelo adicional de
insalubridade que porventura lhe seja devido. “
NOVO ENTENDIMENTO
Item 15.3 da NR 15
“15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade,
será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de
acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.”
A própria Constituição Federal no inciso XXIII do artigo 7º,
“implicitamente” discrimina a opção entre um OU outro adicional,
conforme acima descrito.
NOVO ENTENDIMENTO
Vale ressaltar que este novo entendimento pelo TST está
fundamentado no que estabelece as Convenções 148 e 155 da
Organização Internacional do trabalho (OIT), as quais foram
ratificadas pela Nação Brasileira.
As convenções da OIT, ratificadas pelo Governo Brasileiro, superam
as regras previstas na CLT e também nas Normas
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, razãopela qual o fato
da exposição simultânea do trabalhador à agentes insalubres e
periculosos, segundo novo entendimento do TST, gera a obrigação
da empresa em remunerar o empregado a ambos os adicionais.
Tal entendimento está consubstanciado no fato de que o empregado
ao optar pelo adicional de periculosidade (ou o mais vantajoso), não
o isenta de sofrer os riscos causados pelos agentes insalubres.
NOVO ENTENDIMENTO
RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA - CUMULAÇÃO DO
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E DO ADICIONAL DE
PERICULOSIDADE - POSSIBILIDADE - PREVALÊNCIA DAS
NORMAS CONSTITUCIONAIS E SUPRALEGAIS SOBRE A CLT -
JURISPRUDÊNCIA DO STF - OBSERVÂNCIA DAS
CONVENÇÕES NºS 148 E 155 DA OIT. No julgamento do RR -
1072-72.2011.5.02.0384, de relatoria do Min. Cláudio Mascarenhas
Brandão, esta Turma julgadora firmou entendimento de que a norma
contida no art. 193, § 2º, da CLT não foi recepcionada pela
Constituição Federal, que, em seu art. 7º, XXIII, garantiu o direito
dos trabalhadores ao percebimento dos adicionais de insalubridade
e de periculosidade, sem ressalva acerca da cumulação. A
possibilidade de recebimento cumulado dos mencionados adicionais
se justifica em face de os fatos geradores dos direitos serem
diversos
NOVO ENTENDIMENTO
No caso, a Corte a quo manteve a sentença que deferira o pedido de
pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo decorrente do
contato com álcalis cáusticos e hidrocarbonetos e de pagamento do
adicional de periculosidade em face da exposição do obreiro à fonte
radioativa. A inclusão no sistema jurídico interno das Convenções
Internacionais nºs 148 e 155, com a qualidade de normas materialmente
constitucionais ou supralegais, como decidido pelo STF, determina a
atualização contínua da legislação acerca das condições nocivas de labor e
a consideração dos riscos para a saúde do trabalhador oriundos da
exposição simultânea a várias substâncias insalubres e agentes perigosos.
Assim, não se aplica mais a mencionada norma da CLT, afigurando-se
acertado o entendimento adotado pela Corte a quo que manteve a
condenação ao pagamento cumulado dos adicionais de insalubridade e de
periculosidade. Recurso de revista não conhecido .
(TST - RR: 7761220115040411, Relator: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho,
Data de Julgamento: 20/05/2015, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT
22/05/2015)
NOVO ENTENDIMENTO

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