Buscar

sujeitos do processo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 2 
REVISÃO ............................................................................................................................................... 3 
SUJEITOS DO PROCESSO .............................................................................................................. 3 
DAS PARTES E DOS PROCURADORES ....................................................................................... 3 
Capacidade de ser parte ................................................................................................................. 3 
Capacidade de estar em juízo ........................................................................................................ 3 
Capacidade Postulatória ................................................................................................................. 4 
Dos deveres das partes e dos procuradores ............................................................................... 5 
Responsabilidade das partes por dano processual .................................................................... 7 
Dos Honorários Advocatícios ......................................................................................................... 7 
Da Gratuidade da Justiça ................................................................................................................ 8 
Dos Procuradores ............................................................................................................................. 8 
Litisconsórcio ................................................................................................................................... 10 
Classificação ............................................................................................................................... 10 
Intervenção de Terceiros ............................................................................................................... 12 
A Assistência ............................................................................................................................... 12 
A Denunciação da Lide.............................................................................................................. 13 
O Chamamento ao Processo ................................................................................................... 13 
Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica ............................................ 14 
O Amicus Curiae ......................................................................................................................... 15 
JURISPRUDÊNCIA ............................................................................................................................ 17 
REFERÊNCIA ..................................................................................................................................... 30 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Caro(a) Aluno(a), 
 
A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e 
inteligência. Cada minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação 
direcionada, focada nos pontos com maior probabilidade de cobrança no seu certame, 
pode representar a diferença entre aprovação e reprovação. 
 
É fundamental “atacar” os pontos nucleares de cada matéria, com vistas à 
antecipação dos temas com maiores chances de cobrança em sua prova. Pensando 
nisso, elaboramos um material que vai ajudá-lo a revisar temas importantes que 
poderão ser cobrados em seu certame. 
 
Nos moldes do item 1.1 do edital, o Concurso Público de Provas e Títulos 
destina-se ao provimento do cargo de Juiz Federal Substituto, no âmbito da jurisdição 
do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que compreende as Seções Judiciárias 
dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. 
 
Ademais, conforme dispõe o item 3.3, a Comissão deverá considerar, na 
avaliação das provas escritas, o raciocínio lógico, o conhecimento sobre o tema 
jurídico, a vinculação ao tema proposto, a utilização correta do idioma oficial e a 
capacidade de exposição. 
 
Com base nas últimas provas para Juiz Federal, percebe-se que alguns 
assuntos da disciplina Direito Processual Civil tiveram alta incidência, a exemplo do 
tema Sujeitos do Processo, presente no item 4.0 do edital do concurso vigente. 
Portanto, tendo em vista a relevância do conteúdo mencionado, é importante o aluno 
revisá-lo. Bons Estudos!!! 
 
 
3 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
REVISÃO 
 
 
SUJEITOS DO PROCESSO 
DAS PARTES E DOS PROCURADORES 
 
O tema em estudo está disciplinado no Livro III (da Parte Geral), Título I, do 
CPC e inicia tratando da chamada “capacidade de ser parte” e, posteriormente, com 
“a capacidade de estar em juízo”, conhecida também como “legitimação processual”. 
Antes de tudo, insta salientar que a relação jurídico-processual é formada, pelo 
menos, por três sujeitos, quais sejam: autor, réu e juiz. 
ATENÇÃO: A Capacidade Processual é um pressuposto de validade do 
processo. 
 
Capacidade de ser parte 
 
Traduz a possibilidade de todo e qualquer indivíduo, capaz de ter direitos e 
obrigações na ordem civil, nos moldes do art. 1º do Código Civil, figurar como parte 
na via judicial, seja como autor (legitimidade ativa), seja como réu (legitimidade 
passiva). 
Nesse sentido, o art. 75 do CPC trata das pessoas jurídicas e dos entes 
despersonalizados que possuem a capacidade de ser parte. Este artigo merece 
atenciosa e exaustiva leitura. 
Capacidade de estar em juízo 
 
Conforme dispõe o art. 70, do CPC “Toda pessoa que se encontre no exercício 
de seus direitos tem capacidade para estar em juízo”, portanto, nem todo aquele que 
possui a capacidade de ser parte, possui a capacidade de estar em juízo. 
 
4 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
ATENÇÃO: o art. 72, do CPC trata do Curador Especial, ou seja, o 
representante legal daquelas pessoas maiores e incapazes devido a um processo de 
interdição ou do deficiente, nos termos do art. 84, §1º, da Lei n. 13.146/2015. 
Mas, qual a consequência jurídica da falta de nomeação de curador especial? 
Se a ausência se referir à parte ou ao interveniente, como no caso do incapaz, estar-
se-á diante da ausência de um dos pressupostos de validade do processo, a 
capacidade processual. O que acarretará a nulidade do processo, sendo, nesse 
caso, admitida a Ação Rescisória. Já quando se refere ao réu preso ou citado 
fictamente, haverá a nulidade do processo apenas se houver prejuízo ao réu. 
ATENÇÃO: Ressalte-se a importante matéria tratada no art. 73, do CPC, o 
qual diz respeito à integração da capacidade processual das pessoas casadas, pois 
há uma restrição na referida capacidade, sendo necessário o consentimento do outro 
(outorga uxória – quando decorrente da mulher; ou marital – quando decorrente do 
homem1) diante das demandas que versam sobre direitos reais imobiliários. 
 
Capacidade Postulatória 
 
No sistema processual civil brasileiro, os atos processuais devem ser 
praticados por aqueles que possuem a capacidade de postulação: advogados 
(públicos e privados), defensores públicos e membros do Ministério Público. 
Sobre o tema o art. 103, do CPC determina: 
Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado regularmente 
inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.1GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado/ Marcus 
Vinicius Rios Gonçalves; coordenador Pedro Lenza. - 6. ed.- São Paulo: Saraiva, 
2016, p. 200. 
 
5 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
Parágrafo único. É lícito à parte postular em causa própria quando tiver 
habilitação legal. 
ATENÇÃO: Conforme disciplina a Lei 9.099/95, nos juizados especiais 
cíveis, dispensa-se a presença de advogado nas causas em que o valor não 
ultrapasse 20 (vinte) salários mínimos. Entretanto, na via recursal, exige-se 
a presença de advogado. 
 
Dos deveres das partes e dos procuradores 
 
São deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de 
qualquer forma participem do processo (art. 77, do CPC): 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; 
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que 
são destituídas de fundamento; 
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à 
declaração ou à defesa do direito; 
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza 
provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; 
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o 
endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando 
essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou 
definitiva; 
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito 
litigioso. 
 
6 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
§ 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas 
mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à 
dignidade da justiça. 
§ 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à 
dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e 
processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da 
causa, de acordo com a gravidade da conduta. 
§ 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 
2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado 
da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, 
revertendo-se aos fundos previstos no art. 97. 
§ 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da 
incidência das previstas nos arts. 523, § 1o, e 536, §1º. 
§ 5o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 
2o poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. 
§ 6o Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública 
e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual 
responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou 
corregedoria, ao qual o juiz oficiará. 
§ 7o Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o 
restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos 
até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2o. 
§ 8o O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão 
em seu lugar. 
 
7 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
ATENÇÃO: A respeito dos deveres das partes, há de se frisar que o CPC/2015 
incentiva a valorização e o respeito ao princípio da boa-fé objetiva, traduzido a partir 
de condutas éticas, honestas e leis. 
Responsabilidade das partes por dano processual 
 
Determina o art. 79, do CPC que aquele que atua no processo com má-fé 
responde por perdas e danos, seja ele autor, réu ou interveniente. 
Os casos em que são considerados litigantes de má-fé estão elencados no art. 
80, do CPC, o qual é de Leitura OBRIGATÓRIA!! 
ATENÇÃO: De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-
fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento 
do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta 
sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que 
efetuou. 
Ressalte-se, ainda, que quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-
fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou 
solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. 
Além do mais, quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa 
poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. 
Por fim, mencione-se que o valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso 
não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento 
comum, nos próprios autos. 
Dos Honorários Advocatícios 
 
São três os tipos de honorários advocatícios: os convencionados, os 
arbitrados judicialmente e os de sucumbência. 
 
8 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
a)Convencionais: são aqueles acordados entre o advogado e o seu cliente, 
podem ser fixados de acordo com a tabela de honorários ou em valor superior. 
b) Arbitrados Judicialmente: são direcionados ao juiz da causa, por meio de 
ação própria, o qual os estabelecerá, de modo que não os fixe em valor inferior ao da 
tabela de honorários. 
c) De Sucumbência: são os que a parte vencida no processo deve pagar a 
outra parte. Sobre o tema, a título de exemplo, o art. 82, §2º, do CPC dispõe “A 
sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou.” 
Da Gratuidade da Justiça 
 
Com o advento do CPC de 2015, a Lei n. 1.060/50 (que regulava a gratuidade 
da justiça) foi revogada quase por inteira pelo art. 1.072, III, do CPC. Dessa forma, 
foram revogados os arts. 2°, 3°, 4°, 5°, 6°, 7°, ll, 12 e 17 da mencionada lei. Portanto, 
a gratuidade passou a ser disciplinada nos arts. 98 a 102, do CPC de 2015, os quais, 
saliente-se, merecem BASTANTE ATENÇÃO! 
Dos Procuradores 
 
Em linhas preliminares, insta salientar que a parte será representada em juízo 
por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. Ademais, o 
advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar 
preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. 
No que tange à procuração, o art. 105 do CPC/2015 prevê: 
Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento 
público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos 
os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a 
procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se 
 
9 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração 
de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica. 
§ 1º A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei. 
§ 2º A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de 
inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. 
§ 3º Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração 
também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem dos 
Advogados do Brasil e endereço completo. 
§ 4º Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do 
próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz 
para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença. 
Devemos, ainda, analisar que, de acordo com o art. 107 do CPC, são direitos 
dos advogados: 
I - examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem 
procuração, autos de qualquer processo, independentemente da fase de 
tramitação,assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo 
na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído 
terá acesso aos autos; 
II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, 
pelo prazo de 5 (cinco) dias; 
III - retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, sempre 
que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei. 
 
 
10 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
Litisconsórcio 
 
É o fenômeno processual vislumbrado a partir da pluralidade de partes no polo 
ativo, no passivo ou em ambos os polos da demanda. Sua principal função no sistema 
processual brasileiro é a de garantir a economia/eficiência processual (nos moldes do 
art. 5º, LXXVIII, da CF/88 e art. 4º, do CPC/2015) e a harmonia dos julgados. Além 
disso, está disciplinado nos arts. 113 a 118, do Título II, do Livro III (da Parte Geral) 
do CPC/2015 
 
Classificação 
 
◘ Quanto à posição dos litisconsortes: 
a) Ativo: quando há a pluralidade de autores; 
b) Passivo: quando há a pluralidade de réus; 
c) Misto: pluralidade em ambos os polos. 
◘ Quanto ao momento de sua formação: 
a) Inicial/Originário: ocorre no momento da propositura da petição inicial; 
b) Ulterior/Incidental: ocorre em momento posterior à propositura da 
demanda, isto é, ao longo do processo. 
◘ Quanto à obrigatoriedade: 
a) Facultativo: quando decorre da própria vontade das partes. 
ATENÇÃO: O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número 
de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, 
 
11 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o 
cumprimento da sentença (art. 113, §1º, do CPC/15) 
b) Necessário: quando é imposto por expressa disposição legal, ou melhor, 
quando oriunda da “natureza da relação jurídica controvertida”, conforme preceitua o 
art. 114. É o caso, por exemplo, do §1º, do art. 73, do CPC, já mencionado acima, 
bem como do §4º, do art. 903, que trata do pedido 
de invalidação da arrematação após a expedição da carta respectiva, caso em que o 
arrematante será litisconsorte necessário do executado, vejamos: 
Art. 903. [...] 
§ 4º Após a expedição da carta de arrematação ou da ordem de entrega, 
a invalidação da arrematação poderá ser pleiteada por ação autônoma, em cujo 
processo o arrematante figurará como litisconsorte necessário. 
ATENÇÃO: Verifica-se, portanto, que a hipótese prevista no inciso I, do art. 
113, do CPC trata-se de litisconsórcio necessário, pois, se entre dois ou mais 
indivíduos “houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide”, 
estes deverão litigar conjuntamente, salvo, expressa autorização legal em sentido 
contrário (como ocorre nos casos da legitimação extraordinária, prevista no art. 18, 
do CPC). Já as hipóteses previstas nos incisos II e III referem-se ao litisconsórcio 
facultativo. 
 
ATENÇÃO:A limitação realizada pelo juiz quanto ao número de litigantes, 
conforme visto em linhas anteriores, NÃO se aplica ao litisconsórcio necessário. 
◘ Quanto às possíveis soluções: 
a) Simples: quando a decisão da causa pode ser distinta para cada 
litisconsorte; 
 
12 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
b) Unitário: quando a decisão da causa deve ser uniforme para todos os 
litisconsortes. A esse respeito, dispõe o art. 116, do CPC “O litisconsórcio será unitário 
quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo 
uniforme para todos os litisconsortes.” 
ATENÇÃO: A doutrina acentua que é muito frequente que esses diversos 
critérios classificatórios combinem-se entre si, ensejando, por exemplo, 
litisconsórcios ativos, iniciais, facultativos e simples ou litisconsórcios passivos, 
ulteriores, necessários e unitários2. 
Intervenção de Terceiros 
 
Está disposta no Título III, do Livro III (da Parte Geral), do CPC/2015, 
corresponde ao ingresso de um terceiro, juridicamente interessado, no processo. 
Cinco são as modalidades de intervenção de terceiros: a assistência, a denunciação 
da lide, o chamamento ao processo, o incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica e o amicus curiae, as quais estudaremos a seguir. 
ATENÇÃO: A intervenção de terceiro pode ser voluntária (quando o próprio 
terceiro a manifesta) ou provocada (quando a outra parte pede ao juiz que convoque 
o terceiro). 
A Assistência 
 
É a forma típica de intervenção, já que um terceiro ingressa em um processo 
no qual não figurava, com o fito de se beneficiar direta ou indiretamente deste. É 
sempre voluntária. Possui como pressuposto de validade a demonstração do 
interesse jurídico por parte do terceiro estranho ao processo. Vide Art. 119, do CPC. 
 
2BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de direito processual civil: inteiramente estruturado à luz do novo 
CPC, de acordo com a Lei n. 13.256, de 4-2-2016/CassioScarpinella Bueno. - 2. ed. rev., atual. eampl. 
– São Paulo: Saraiva, 2016, p. 173. 
 
13 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
Existem duas famosas modalidades de assistência, vejamos: 
• Assistência Simples/Adesiva: ocorre quando o terceiro assiste um das 
partes para que ela obtenha uma sentença favorável, vide art. 121 do CPC. 
• Assistência Litisconsorcial: ocorre quando o terceiro busca satisfazer um 
interesse próprio, vide art. 124 do CPC. 
A Denunciação da Lide 
 
É a modalidade pela qual os denunciantes (autor e/ou réu), na mesma relação 
processual, postulam em face de um terceiro (denunciado), através do direito de 
regresso, no intuito deste ser responsabilizado pelos danos decorrentes de eventual 
decisão prejudicial. 
As hipóteses de cabimento da denunciação da lide estão dispostas no art. 125, 
do CPC/2015, o qual merece leitura exaustiva. 
A pergunta que se faz a respeito do tema é a seguinte: é possível a 
denunciação feita pelo denunciado? A resposta é no sentido positivo, trata-se da 
denominada “denunciação sucessiva”, regulada no §2º, do dispositivo legal acima 
referido, como se observa adiante: 
§ 2º Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo 
denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja 
responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover 
nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido 
por ação autônoma. 
O Chamamento ao Processo 
 
 
14 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
É a modalidade pela qual há o chamamento por parte do réu (chamante) de 
terceiro (chamado) que, a partir de então passará a ser litisconsorte passivo, tendo 
em vista a sua responsabilidade e coobrigação frente ao autor da demanda. 
As hipóteses de admissibilidade do chamamento ao processo estão dispostas 
no art. 130, do CPC/2015, conforme se segue: 
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: 
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu; 
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; 
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns 
o pagamento da dívida comum. 
ATENÇÃO: Conforme acentua o art. 131, caput, do CPC, o chamamento ao 
processo é requerido pelo réu em contestação e a citação dos chamados “deve ser 
promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento”. 
Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica 
 
Trata-se de uma das novidades trazidas peloCPC de 2015 e está disciplinada 
nos artigos 133 a 137. 
É a possibilidade de se responsabilizar pessoas naturais por atos praticados 
por pessoas jurídicas. É cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no 
cumprimento de sentença, bem como na execução fundada em título executivo 
extrajudicial, conforme dispõe o art. 134, do CPC. 
Por outra faceta, o Novo Código de Processo Civil, no §2º, do seu art. 133, 
igualmente, prevê a possibilidade de se responsabilizar as pessoas jurídicas por atos 
 
15 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
praticados por pessoas naturais, é a chamada “desconsideração inversa da 
personalidade jurídica”, vejamos: 
Art. 133. [...] 
§ 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração 
inversa da personalidade jurídica. 
Ademais, é instaurado a pedido da parte ou a requerimento do Ministério 
Público, nos moldes do art. 133, do CPC. Salvo requerimento na petição inicial, a 
instauração do incidente suspenderá o processo. 
Em relação ao procedimento, o art. 135, do CPC informa que uma vez 
instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para se manifestar e 
requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.Ao final, concluída a 
instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória, se a 
decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno (art. 136, do CPC). 
Por último, saliente-se que acolhido o pedido de desconsideração, a alienação 
ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao 
requerente. 
O Amicus Curiae 
 
É a intervenção de um terceiro no processo (seja por iniciativa própria, por 
provocação de uma das partes ou, até mesmo, por determinação do magistrado) com 
o fito de auxiliar o juízo diante do proferimento de uma decisão que leve em conta os 
interesses dispersos na sociedade civil e no próprio Estado. Vem regulado no art. 138, 
do CPC, o qual preceitua: 
 
 
16 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a 
especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da 
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das 
partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação 
de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com 
representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
JURISPRUDÊNCIA 
 
 
(In) aplicabilidade no processo judicial eletrônico 
Direito Processual Civil Litisconsórcio Benefício do prazo em dobro 
Origem: STJ 
Ementa Oficial 
RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. ART. 191 DO CPC. 
PRAZO EM DOBRO. APLICAÇÃO AO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO. 
OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. NECESSIDADE DE 
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA. 
INAPLICABILIDADE PREVISTA APENAS NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO 
CIVIL. 
1. Trata-se de embargos monitórios, opostos por devedores solidários representados 
por diferentes advogados, que não foram conhecidos sob o fundamento da 
intempestividade, haja vista os autos tramitarem eletronicamente. 
2. Em respeito ao princípio da legalidade e à legítima expectativa gerada pelo texto 
normativo vigente, enquanto não houver alteração legal, aplica-se aos processos 
eletrônicos o disposto no art. 
191 do CPC. 
3. O novo Código de Processo Civil, atento à necessidade de alteração legislativa, no 
parágrafo único do art. 229, ressalva a aplicação do prazo em dobro no processo 
eletrônico. 
4. A inaplicabilidade do prazo em dobro para litisconsortes representados por 
diferentes procuradores em processo digital somente ocorrerá a partir da vigência do 
novo Código de Processo Civil. 
5. Recurso especial provido. 
(REsp 1488590/PR, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 14/04/2015, DJe 23/04/2015) 
 
 
18 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
Juiz não pode extinguir ações individuais idênticas para que sejam 
repropostas em litisconsórcio 
Direito Processual Civil Litisconsórcio Outros temas 
Origem: STJ 
Ementa Oficial 
PROCESSUAL CIVIL. CONEXÃO. EXTINÇÃO DOS PROCESSOS PARA 
REUNIÃO EM GRUPOS DE 20 LITISCONSORTES. DESCABIMENTO. 
INTELIGÊNCIA DO ART. 105 CPC. FACULDADE DO JULGADOR POR 
CONVENIÊNCIA DA JURISDIÇÃO. 
1. Cuida-se de Agravo Regimental em que a Fazenda Pública Municipal busca 
restabelecer decisão de primeiro grau que, reconhecendo a conexão entre mais de 70 
ações individuais versando o mesmo tema, determinou a sua extinção para que as 
pretensões fossem deduzidas em ações coletivas formadas por grupos de 20 
litisconsortes cada. 
2. O art. 105 do CPC não tem comando suficiente para determinar - ou mesmo 
autorizar - a extinção do processo, conferindo ao magistrado apenas a faculdade de 
ordenar ao cartório a reunião das ações propostas em separado, a fim de que sejam 
decididas simultaneamente. 
Precedentes do STJ. 
3. Essa faculdade, todavia, não confere ao juiz o poder de condicionar o direito de 
ação da parte à prévia formação de um grupo determinado, especialmente 
considerando as implicações decorrentes do curso do lapso prescricional. Vulneração 
ao princípio do livre acesso à jurisdição. 
4. O instituto da conexão não se confunde com o do litisconsórcio necessário, uma 
vez que este último decorre da natureza da relação jurídica ou da lei e, portanto, afeta 
a própria legitimidade processual, sendo, portanto, obrigatória a sua formação (art. 47 
do CPC) cogência, que evidentemente não se compatibiliza com a facultatividade 
estampada no art. 105 do CPC ("pode ordenar"). 
5. Agravo Regimental não provido. 
(AgRg no AREsp 410.980/SE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 18/02/2014, DJe 19/03/2014) 
 
19 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
Mesmo apresentada fora do prazo, a denunciação da lide feita pelo réu pode 
ser admitida se o denunciado comparece apenas para contestar o pedido do 
autor 
Direito Processual Civil Intervenção de terceiros Geral 
Origem: STJ 
Ementa Oficial 
RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO. INDENIZAÇÃO DE 
DANOS MATERIAIS. COMPENSAÇÃO DE DANOS MORAIS. DENUNCIAÇÃO DA 
LIDE. 
SEGURADORA. QUALIDADE DE DENUNCIADA. RECONHECIMENTO. 
LITISCONSÓRCIO. 
PRAZOS RECURSAIS EM DOBRO. ART. 191 DO CPC/73. DENUNCIAÇÃO. 
EXTEMPORANEIDADE. VÍCIO FORMAL. INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS. 
NULIDADE. INEXISTÊNCIA. 
1. O propósito recursal é determinar se: a) na hipótese dos autos, com a denunciação 
da lide, os prazos recursais devem contados em dobro; e b) o Tribunal de origem 
poderia ter declarado a extinção da denunciação da lide apresentada 
intempestivamente pelo recorrente e a nulidade da lide secundária. 
2. A denunciação da lide, em sua delimitação moderna, tem a função de adicionar ao 
processo uma nova lide conexa e, assim, atender ao princípio da economia dos atos 
processuais e evitar sentenças contraditórias. Consiste, por esse motivo, em mero 
ônus à parte que não a promove, impossibilitando-a de discutir, num mesmo processo, 
a obrigação do denunciado de ressarcimento dos prejuízos que venha a sofrer na 
hipótese de ser vencido na demanda principal. 
3. A falta de denunciação da lide não acarreta a perda do direito de pleitear, em ação 
autônoma, o direito de regresso. 
4. Feita a denunciação pelo réu, o denunciado pode aceitar a denunciação e contestar 
o pedido do autor, situação que o caracterizarácomo litisconsorte do denunciante, 
com a aplicação em dobro dos prazos recursais, e que acarretará a resolução do 
mérito da controvérsia secundária e o resultado prático de sujeitá-lo aos efeitos da 
sentença da causa principal. 
 
20 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
5. O processo é instrumento para a realização do direito material, razão pela qual, se 
o denunciado reconhece sua condição de garantidor do eventual prejuízo, não há 
razões práticas para que se exija que, em virtude de defeitos meramente formais na 
articulação da denunciação da lide, o denunciante se veja obrigado a ajuizar uma ação 
autônoma de regresso em desfavor do denunciado. 
6. Na presente hipótese, embora a denunciação da lide tenha sido formulada 
intempestivamente, a recorrida reconheceu, ainda que parcialmente, sua condição de 
garantidora. Portanto, ao reconhecer esse vício do oferecimento da denunciação da 
lide e anular todos os atos processuais praticados, o Tribunal de origem agiu em 
descompasso com os princípios da primazia do julgamento de mérito e da 
instrumentalidade das formas. 
7. Recurso especial provido. 
(REsp 1637108/PR, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado 
em 06/06/2017, DJe 12/06/2017) 
Chamamento ao processo e fornecimento de medicamento 
Direito Processual Civil Intervenção de terceiros Geral 
Origem: STJ 
Ementa Oficial 
PROCESSUAL CIVIL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 543-C DO CPC E 
RESOLUÇÃO STJ 8/2008. RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. AÇÃO 
MOVIDA CONTRA O ESTADO. 
CHAMAMENTO DA UNIÃO AO PROCESSO. ART. 77, III, DO CPC. 
DESNECESSIDADE. 
Controvérsia submetida ao rito do art. 543-C do CPC 1. O chamamento ao processo 
da União com base no art. 77, III, do CPC, nas demandas propostas contra os demais 
entes federativos responsáveis para o fornecimento de medicamentos ou prestação 
de serviços de saúde, não é impositivo, mostrando-se inadequado opor obstáculo 
inútil à garantia fundamental do cidadão à saúde. 
 
21 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
Precedentes do STJ. 
2. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal entende que "o recebimento de 
medicamentos pelo Estado é direito fundamental, podendo o requerente pleiteá-los 
de qualquer um dos entes federativos, desde que demonstrada sua necessidade e a 
impossibilidade de custeá-los com recursos próprios", e "o ente federativo deve se 
pautar no espírito de solidariedade para conferir efetividade ao direito garantido pela 
Constituição, e não criar entraves jurídicos para postergar a devida prestação 
jurisdicional", razão por que "o chamamento ao processo da União pelo Estado de 
Santa Catarina revela-se medida meramente protelatória que não traz nenhuma 
utilidade ao processo, além de atrasar a resolução do feito, revelando-se meio 
inconstitucional para evitar o acesso aos remédios necessários para o 
restabelecimento da saúde da recorrida" (RE 607.381 AgR, Relator Ministro Luiz Fux, 
Primeira Turma, DJ 17.6.2011). Caso concreto 3. Na hipótese dos autos, o acórdão 
recorrido negou o chamamento ao processo da União, o que está em sintonia com o 
entendimento aqui fixado. 
4. Recurso Especial não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 
543-C do CPC e da Resolução STJ 8/2008. 
(REsp 1203244/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado 
em 09/04/2014, DJe 17/06/2014) 
Não cabe a denunciação da lide prevista no art. 70, III, do CPC 1973 quando 
necessária análise de fato diverso 
Direito Processual Civil Intervenção de terceiros Geral 
Origem: STJ 
Ementa Oficial 
RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. DENUNCIAÇÃO DA LIDE 
(CPC, ART. 
70, III) À SOCIEDADE DE ADVOGADOS QUE PATROCINOU ANTERIOR 
EXECUÇÃO ENTRE AS PARTES. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. 
INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. ALEGAÇÃO DE 
DESCUMPRIMENTO DE CLÁUSULA DE CONTRATO DE SERVIÇOS DE 
 
22 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
ADVOCACIA. DESCABIMENTO. 
FUNDAMENTO NOVO ESTRANHO À LIDE PRINCIPAL. RECURSO DESPROVIDO. 
1 - Nos termos do art. 70, III, do CPC, para que se defira a denunciação da lide, é 
necessário que o litisdenunciado esteja obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar 
a parte vencida, em ação regressiva, sendo vedado, ademais, introduzir-se 
fundamento novo no feito, estranho à lide principal. Precedentes. 
2 - In casu, para admitir-se a denunciação da lide seria imperiosa a análise de fato 
novo, diverso daquele que deu ensejo à ação principal de reparação por danos morais, 
qual seja a demonstração, por parte da instituição financeira denunciante, de que a 
sociedade de advogados denunciada agira com falha no patrocínio de ação de 
execução, o que demandaria incursão em seara diversa da relativa à reparação por 
indevida negativação. 
3 - A recorrente não fica impedida de ajuizar demanda regressiva autônoma em face 
da indevidamente denunciada para o exercício da pretensão de ressarcimento dos 
danos morais devidos à autora da ação principal, em caso de procedência desta ação. 
4 - Recurso especial desprovido. 
(REsp 701.868/PR, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 
11/02/2014, DJe 19/02/2014) 
Índices de juros e correção monetária aplicados para condenações contra a 
Fazenda Pública 
Direito Processual Civil Fazenda Pública em juízo Geral 
Origem: STJ 
Ementa Oficial 
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SUBMISSÃO À REGRA 
PREVISTA NO ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 02/STJ. DISCUSSÃO SOBRE A 
APLICAÇÃO DO ART. 
1º-F DA LEI 9.494/97 (COM REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.960/2009) ÀS 
CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA. CASO CONCRETO QUE É 
RELATIVO A INDÉBITO TRIBUTÁRIO. 
" TESES JURÍDICAS FIXADAS. 
 
23 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
1. Correção monetária: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 
11.960/2009), para fins de correção monetária, não é aplicável nas condenações 
judiciais impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua natureza. 
1.1Impossibilidade de fixação apriorística da taxa de correção monetária. 
No presente julgamento, o estabelecimento de índices que devem ser aplicados a 
título de correção monetária não implica pré-fixação (ou fixação apriorística) de taxa 
de atualização monetária. Do contrário, a decisão baseia-se em índices que, 
atualmente, refletem a correção monetária ocorrida no período correspondente. Nesse 
contexto, em relação às situações futuras, a aplicação dos índices em comento, 
sobretudo o INPC e o IPCA-E, é legítima enquanto tais índices sejam capazes de 
captar o fenômeno inflacionário. 
1.2 Não cabimento de modulação dos efeitos da decisão. 
A modulação dos efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização 
monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração 
da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou 
reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, 
impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices 
diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não 
ocorreu expedição ou pagamento de precatório. 
2. Juros de mora: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), 
na parte em que estabelece a incidência de juros de mora nos débitos da Fazenda 
Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, aplica-
se às condenações impostas à Fazenda Pública, excepcionadas as condenações 
oriundas de relação jurídico-tributária. 
3. Índices aplicáveisa depender da natureza da condenação. 
3.1 Condenações judiciais de natureza administrativa em geral. 
As condenações judiciais de natureza administrativa em geral, sujeitam-se aos 
seguintes encargos: (a) até dezembro/2002: juros de mora de 0,5% ao mês; correção 
monetária de acordo com os índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça 
Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) no 
período posterior à vigência do CC/2002 e anterior à vigência da Lei 11.960/2009: 
juros de mora correspondentes à taxa Selic, vedada a cumulação com qualquer outro 
 
24 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
índice; (c) período posterior à vigência da Lei 11.960/2009: juros de mora segundo o 
índice de remuneração da caderneta de poupança; correção monetária com base no 
IPCA-E. 
3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos. 
As condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se 
aos seguintes encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização 
simples); correção monetária: índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça 
Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) 
agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês; correção monetária: IPCA-E; 
(c) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta de 
poupança; correção monetária: IPCA-E. 
3.1.2 Condenações judiciais referentes a desapropriações diretas e indiretas. 
No âmbito das condenações judiciais referentes a desapropriações diretas e indiretas 
existem regras específicas, no que concerne aos juros moratórios e compensatórios, 
razão pela qual não se justifica a incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação 
dada pela Lei 11.960/2009), nem para compensação da mora nem para remuneração 
do capital. 
3.2 Condenações judiciais de natureza previdenciária. 
As condenações impostas à Fazenda Pública de natureza previdenciária sujeitam-se 
à incidência do INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período 
posterior à vigência da Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. 
Quanto aos juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de 
poupança (art. 
1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/2009). 
3.3 Condenações judiciais de natureza tributária. 
A correção monetária e a taxa de juros de mora incidentes na repetição de indébitos 
tributários devem corresponder às utilizadas na cobrança de tributo pago em atraso. 
Não havendo disposição legal específica, os juros de mora são calculados à taxa de 
1% ao mês (art. 161, § 1º, do CTN). Observada a regra isonômica e havendo previsão 
na legislação da entidade tributante, é legítima a utilização da taxa Selic, sendo 
vedada sua cumulação com quaisquer outros índices. 
4. Preservação da coisa julgada. 
 
25 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
Não obstante os índices estabelecidos para atualização monetária e compensação da 
mora, de acordo com a natureza da condenação imposta à Fazenda Pública, cumpre 
ressalvar eventual coisa julgada que tenha determinado a aplicação de índices 
diversos, cuja constitucionalidade/legalidade há de ser aferida no caso concreto. 
" SOLUÇÃO DO CASO CONCRETO. 
5. Em se tratando de dívida de natureza tributária, não é possível a incidência do art. 
1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009) - nem para atualização 
monetária nem para compesação da mora -, razão pela qual não se justifica a reforma 
do acórdão recorrido. 
6. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 1.036 e 
seguintes do CPC/2015, c/c o art. 256-N e seguintes do RISTJ. 
(REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA 
SEÇÃO, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018) 
Índices de juros e correção monetária aplicados para condenações contra a 
Fazenda Pública (decisão do STF) 
Direito Processual Civil Fazenda Pública em juízo Geral 
Origem: STF 
Ementa Oficial 
Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE ATUALIZAÇÃO 
MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS INCIDENTE SOBRE CONDENAÇÕES 
JUDICIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97 COM A 
REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.960/09. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DA 
UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE DE REMUNERAÇÃO DA CADERNETA DE POUPANÇA 
COMO CRITÉRIO DE CORREÇÃO MONETÁRIA. VIOLAÇÃO AO DIREITO 
FUNDAMENTAL DE PROPRIEDADE (CRFB, ART. 5º, XXII). INADEQUAÇÃO 
MANIFESTA ENTRE MEIOS E FINS. INCONSTITUCIONALIDADE DA UTILIZAÇÃO 
DO RENDIMENTO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO ÍNDICE DEFINIDOR 
DOS JUROS MORATÓRIOS DE CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA 
PÚBLICA, QUANDO ORIUNDAS DE RELAÇÕES JURÍDICO-TRIBUTÁRIAS. 
DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA ENTRE DEVEDOR 
 
26 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
PÚBLICO E DEVEDOR PRIVADO (CRFB, ART. 5º, CAPUT). RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. O princípio constitucional da 
isonomia (CRFB, art. 5º, caput), no seu núcleo essencial, revela que o art. 1º-F da Lei 
nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os 
juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao 
incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, os quais devem observar 
os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito; nas 
hipóteses de relação jurídica diversa da tributária, a fixação dos juros moratórios 
segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional, 
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto legal supramencionado. 2. O direito 
fundamental de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII) repugna o disposto no art. 1º-F da 
Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, porquanto a atualização 
monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração 
oficial da caderneta de poupança não se qualifica como medida adequada a capturar 
a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se 
destina. 3. A correção monetária tem como escopo preservar o poder aquisitivo da 
moeda diante da sua desvalorização nominal provocada pela inflação. É que a moeda 
fiduciária, enquanto instrumento de troca, só tem valor na medida em que capaz de 
ser transformada em bens e serviços. A inflação, por representar o aumento 
persistente e generalizado do nível de preços, distorce, no tempo, a correspondência 
entre valores real e nominal (cf. MANKIW, N.G. Macroeconomia. Rio de Janeiro, LTC 
2010, p. 94; DORNBUSH, R.; FISCHER, S. e STARTZ, R. Macroeconomia. São 
Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 2009, p. 10; BLANCHARD, O. Macroeconomia. São 
Paulo: Prentice Hall, 2006, p. 29). 4. A correção monetária e a inflação, posto 
fenômenos econômicos conexos, exigem, por imperativo de adequação lógica, que 
os instrumentos destinados a realizar a primeira sejam capazes de capturar a 
segunda, razão pela qual os índices de correção monetária devem consubstanciar 
autênticos índices de preços. 5. Recurso extraordinário parcialmente provido. 
(RE 870947, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 20/09/2017, 
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-262 DIVULG 17-11-2017 PUBLIC 20-11-2017) 
Aplica-se às ações de improbidade administrativa o reexame necessário 
previsto no art. 19 da lei da ação popular 
 
27 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
Direito Processual Civil Fazenda Pública em juízo Geral 
Origem: STJ 
Ementa Oficial 
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AÇÃO DE 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. REEXAME NECESSÁRIO. CABIMENTO. 
APLICAÇÃO, POR ANALOGIA,DO ART. 19 DA LEI 4.717/1965. É FIRME O 
ENTENDIMENTO NO STJ DE QUE O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DEVE SER 
APLICADO SUBSIDIARIAMENTE À LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. 
PRECEDENTES. 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA PROVIDOS. 
1. Verifica-se que, no acórdão embargado, a Primeira Turma decidiu que não há falar 
em aplicação subsidiária do art. 19 da Lei 4.717/65, mormente por ser o reexame 
necessário instrumento de exceção no sistema processual. 
2. Já o v. acórdão paradigma da Segunda Turma decidiu admitir o reexame necessário 
na Ação de Improbidade. 3. A jurisprudência do STJ se firmou no sentido de que o 
Código de Processo Civil deve ser aplicado subsidiariamente à Lei de Improbidade 
Administrativa. Nesse sentido: REsp 1.217.554/SP, Rel. Ministra Eliana Calmon, 
Segunda Turma, DJe 22/8/2013, e REsp 1.098.669/GO, Rel. Ministro Arnaldo Esteves 
Lima, Primeira Turma, DJe 12/11/2010. 
4. Portanto, é cabível o reexame necessário na Ação de Improbidade Administrativa, 
nos termos do artigo 475 do CPC/1973. Nessa linha: REsp 1556576/PE, Rel. Ministro 
Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 31/5/2016. 5. Ademais, por "aplicação 
analógica da primeira parte do art. 19 da Lei nº 4.717/65, as sentenças de 
improcedência de ação civil pública sujeitam-se indistintamente ao reexame 
necessário" (REsp 1.108.542/SC, Rel. Ministro Castro Meira, j. 19.5.2009, DJe 
29.5.2009). Nesse sentido: AgRg no REsp 1219033/RJ, Rel. Ministro Herman 
Benjamin, Segunda Turma, DJe 25/04/2011. 
6. Ressalta-se, que não se desconhece que há decisões em sentido contrário. A 
propósito: REsp 1115586/DF, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, DJe 
22/08/2016, e REsp 1220667/MG, Rel. 
 
28 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Turma, DJe 20/10/2014. 
7. Diante do exposto, dou provimento aos Embargos de Divergência para que 
prevaleça a tese do v. acórdão paradigma de que é cabível o reexame necessário na 
Ação de Improbidade Administrativa, nos termos do artigo 475 do CPC/1973, e 
determino o retorno dos autos para o Tribunal de origem a fim de prosseguir no 
julgamento. 
(EREsp 1220667/MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, 
julgado em 24/05/2017, DJe 30/06/2017) 
Interpretação extensiva do art. 19, § 1º, I, da Lei nº 10.522/2002 
Direito Processual Civil Fazenda Pública em juízo Geral 
Origem: STJ 
Ementa Oficial 
 
RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO N. 2/STJ. 
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. SUCUMBÊNCIA DA FAZENDA PÚBLICA. 
APRESENTAÇÃO DE CONTESTAÇÃO PELA FAZENDA PÚBLICA. AUSÊNCIA DE 
INFLUÊNCIA NA DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. 
REQUERIMENTO PUGNANDO PELO RECONHECIMENTO DO PEDIDO. 
AFASTAMENTO DA CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. NÃO 
INCIDÊNCIA DO ART. 19, § 1º, I, DA LEI 10.522/2002. RECURSO ESPECIAL 
PROVIDO. 
1. As disposições do art. 19, § 1º, I, da Lei 10.522/2002 prevêem o afastamento da 
condenação em honorários advocatícios quando a Fazenda Nacional reconhecer 
expressamente a procedência do pedido, no prazo para resposta. 
2. No caso, verifica-se que a Fazenda Nacional apresentou contestação (fls. 97/119) 
em 29.12.2014, suscitando a defesa da constitucionalidade do artigo 22, IV, da Lei 
8.212/1991 e requerendo a suspensão da ação até o julgamento definitivo do Recurso 
Extraordinário n. 595.838 pelo Supremo Tribunal Federal, no qual se questiona a 
validade da contribuição previdenciária cobrada em desfavor das empresas 
 
29 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
tomadoras de serviços prestados por cooperativas. Em ato contínuo, sem que 
houvesse pronunciamento nem da parte contrária nem do Juízo, a Fazenda Nacional 
apresentou, em 9.1.2015, petição reconhecendo a procedência do pedido e 
requerendo a desconsideração da peça contestatória. 
3. Assim, impõe-se a interpretação extensiva do disposto no § 1º do art. 19 da Lei 
10.522/2002 para abranger o presente caso, tendo em vista que o reconhecimento da 
procedência do pedido ocorreu em momento oportuno, a despeito da apresentação 
de contestação, a qual não foi capaz de gerar nenhum prejuízo para a parte contrária. 
4. Recurso Especial provido. 
(REsp 1551780/SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 09/08/2016, DJe 19/08/2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Estude inteligente, Estude Ad Verum! 
www.adverum.com.br 
REFERÊNCIA 
 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Presidência da 
República, 1988. 
______. Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015. Institui o Código de Processo Civil. 
Brasília: Presidência da República, 2015. 
BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de direito processual civil: inteiramente 
estruturado à luz do novo CPC, de acordo com a Lei n. 13.256, de 4-2-2016/Cassio 
Scarpinella Bueno. - 2. ed. rev., atual. eampl. – São Paulo: Saraiva, 2016. 
DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual 
civil, parte geral e processo de conhecimento/Fredie Didier Jr. - 
17. ed. - Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015. 
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado/ Marcus 
Vinicius Rios Gonçalves; coordenador Pedro Lenza.-6. ed.- São Paulo: Saraiva, 2016. 
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Teoria geral do 
direito processual civil, processo de conhecimento e procedimento comum – vol. 
I/Humberto Theodoro Júnior. 56. ed. rev., atual. eampl. – Rio de Janeiro: Forense, 
2015. 
Disponível em: https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia

Continue navegando