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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO Caê Matos Teixeira de Almeida ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO – Formas de prestação da atividade administrativa: Centralizada: atividade exercida pelo próprio Estado ADMINISTRAÇÃO DIRETA (pessoas jurídicas de direito público interno): União Estados-Membros e DF Municípios Desconcentrada: Distribuição interna de Poderes Mantém-se o vínculo hierárquico Entidades não dotadas de personalidade recebem poderes Administração Direta repassa para seus Órgãos União Passa poderes para seus Ministérios Estados-Membros Passa Secretarias Estaduais Municípios Passa poderes para Secretarias Municipais Descentralizada: Distribuição de poderes com outras pessoas jurídicas De escalões diferentes Poderes distribuídos por: * Outorga (LEI passa o poder para outra pessoa jurídica), ou * Delegação (CONTRATO passa o poder para outra pessoa jurídica) Estas pessoas jurídicas geralmente compõem a Administração INDIRETA – são elas: *Autarquias - Agências executivas - Agências Regulamentares - UFBA - UESB * Empresas estatais: - Empresas públicas - Sociedades de Economia Mista * Fundações Públicas – ÓRGÃOS PÚBLICOS Conceito: centros de competências (governamental ou administrativo), ou unidades de atuação, pertencentes a uma entidade estatal, dotados de atribuições próprias, porém não dotados de personalidade jurídica própria. Características: Têm cargos e agentes próprios O órgão ≠ conjunto de seus funcionários Se substituídos, órgão continua o mesmo Não têm vontade própria Expressam vontade do Ente estatal Meros instrumentos de ação da Administração Integram uma estrutura estatal Exemplos: Ministérios, Secretarias Estaduais e Municipais Espécies de órgãos: Quanto à posição hierárquica: Independentes: Origem na CF Representam os Poderes do Estado (Federal) Sem qualquer subordinação São a cúpula da Administração EX: O Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, etc Autônomos: Subordinados aos órgãos independentes Possuem autonomia administrativa e financeira EX: Ministérios, Secretarias, etc. Superiores: Órgãos de direção Não detém autonomia Exercem funções técnicas e de planejamento EX: Gabinetes, Coordenadorias, etc. Subalternos: Não detém autonomia Executam atribuições confiadas por outros órgãos EX: Seções, etc. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA – Composta por entidades que possuem personalidade jurídica própria – São produto de uma descentralização da Administração – São responsáveis pela execução de atividades da Administração – Características: Criação, instituição ou extinção dependem de lei Sua finalidade não será lucrativa Mesmo que exploradoras da atividade econômica (art. 173 da CF); ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Submetidos a controle externo: Pela própria entidade a que se vinculam EX: supervisão ministerial Pelo Poder Judiciário (ilegalidades) Pelo Poder Legislativo (Tribunal de Contas); Permanecem ligadas à finalidade que lhe instituiu (princípio da especialidade) I - AUTARQUIA – Pessoa jurídica de direito público Ex: Ordem dos Advogados da Bahia (OAB) – Dotada de capital exclusivamente público – Com capacidade administrativa – Criada: Por uma entidade administrativa Por intermédio de Lei Específica para sua criação – Criada para a prestação de serviço público Realizam atividades típicas de Estado – Características da autarquia: Auto administração; Capacidade financeira; Patrimônio próprio; Sem fins lucrativos; Orçamento igual ao da entidade estatal; Sujeita à licitação Pessoal segue regime jurídico da matriz (estatutário ou celetista) Não há hierarquia e subordinação, só controle da legalidade Lei especifica para criar (iniciativa do Presidente) Sua organização é imposta por decreto, regulamento ou estatuto. – Classificação de autarquias: Segundo o seu ente instituidor: União – Autarquia Federal Estado-Membro ou DF – Autarquia Estadual ou Distrital Município – Autarquia Municipal Segundo a atividade que desempenham: Assistenciais Industriais Econômicas Previdenciárias Corporativas Profissionais Segundo a estrutura que possuem: Fundacionais Corporativas Segundo a capacidade administrativa que possuem: Territoriais ou Geográficas De Serviços ou Institucionais II – FUNDAÇÃO – Pessoa jurídica – Composta por um patrimônio personalizado destinado pelo seu fundador – Criado para uma finalidade específica – Pode ser pública ou privada A Fundação Privada não integra a Administração indireta Características da Fundação Pública: Tem autonomia administrativa; Instituída por escritura pública e Registro das Pessoas Jurídicas Capacidade financeira e patrimônio próprio; Sem fins lucrativos; Orçamento igual ao da entidade estatal; Sujeita a licitação; Pessoal segue regime da matriz (estatuto ou CLT) Não há hierarquia e subordinação, só controle da legalidade Lei específica CRIA a fundação pública Se fundação privada, Lei específica AUTORIZA sua criação III – EMPRESA PÚBLICA – Pessoa jurídica de direito privado – Composta por capital exclusivamente público – Criada para: Prestação de serviços públicos Exploração de atividades econômicas sob qualquer modalidade empresarial – Características da Empresa Pública: Auto administração; Capacidade financeira; Patrimônio próprio; Sujeita à licitação; Regime de pessoal (são agentes públicos celetistas) Não há hierarquia e subordinação, só controle da legalidade Lei específica AUTORIZA sua criação que se efetiva com registro dos atos constitutivos IV – SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA – Pessoa jurídica de direito privado – Criada para: Prestação de serviço público Exploração de atividade econômica – Com capital misto – Na forma de S/A (Sociedade Anônima) – Capital predominante = Público – Ex: BANCO DO BRASIL – Características da Soc. de Ec. Mista: Auto administração; Capacidade financeira; Patrimônio próprio; Sujeita à licitação; Regime de pessoal (são agentes públicos CELETISTAS) Não há hierarquia e subordinação, só controle da legalidade Lei específica AUTORIZA sua criação Criação se efetiva com registro dos atos constitutivos V – AUTARQUIAS OU FUNDAÇÕES DE REGIME ESPECIAL – Agências Reguladoras Detém personalidade de direito público São autarquias de regime especial São responsáveis por: Regulamentar, controlar e fiscalizar os serviços públicos transferidos ao setor privado O regime especial: Tem mais estabilidade e independência em relação ao ente que as criou Dirigentes tem mandato – investidura especial – Agências Executivas São autarquias ou fundações Tornam-se agências: Por iniciativa da Administração Direta Em razão de um Contrato de Gestão Contrato de Gestão – objetivo: Maior eficiência do serviço Redução de custos Previsto na Lei 9.649/98 VI - ENTES DE COOPERAÇÃO (PARAESTATAIS) – Também chamadas de Terceiro Setor – Serviços Sociais Autônomos Pessoas jurídicas de direito privado Sem fins lucrativos Vinculadas a categorias profissionais Destinadas ao fomento de assistência médica, social, de Ensino Ex: SESI, SESC, SENAI VI - ENTES DE COOPERAÇÃO (PARAESTATAIS) Podem receber Recursos públicos - incentivos financeiros (dotação orçamentária) Contribuições Parafiscais instituídas em seu favor Pagas por todos os comerciantes e industriários Submete-se a fiscalização do Tribunal de ContasSeus Dirigentes estão submetidos à Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.419/92) Seus atos são passíveis de Mandado de Segurança e Ação Popular Acesso aos cargos por concurso público Obrigatoriedade de licitar Equiparado a funcionários públicos para fins penais Podem cometer crimes de funcionários públicos – Organizações Sociais Não integram a Administração Pública Integram a iniciativa privada Mas atuam ao lado do Estado, cooperando com ele São pessoas jurídicas de direito privado Sem fins lucrativos Criadas por particulares para a execução de serviços públicos não exclusivos do Estado previsto em lei. A lei 9.637/98 autorizou repasse dos serviços de: Pesquisa científica Ensino Meio ambiente Cultura Saúde Só podem agir de acordo com finalidades estatutárias Ex. Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada. – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Pessoa jurídica de direito privado Instituída por particular Sem fins lucrativos Prestam serviços sociais não exclusivos do Estado Recebem incentivo Estatal Submetidos a fiscalização do Estado O vínculo jurídico é o Termo de parceria. Lei 9.790/99 Ex.: FEDC (Fórum Estadual de Defesa do Consumidor).
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