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Resumo PC3

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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA 
Aula 02/05 
 
● Disposições gerais (aplicáveis a todo cumprimento de sentença) —> arts. 
513 — 519 
○ Instrumentalização 
■ Processo autônomo 
■ Fase do Processo Sincrético 
● Em regra, o cumprimento de sentença para pagamento 
de quantia desenvolve-se como fase do processo no 
bojo do qual o direito à prestação pecuniária foi 
certificado, mas é possível que sua promoção exija a 
instauração de um processo autônomo. É o que ocorre 
nos casos que se tem como título executivo judicial a 
sentença penal condenatória, a sentença arbitral, a 
sentença estrangeira homologada pelo STJ e a 
decisão interlocutória estrangeira, após o exequatur 
(art. 515, §1) ou o acórdão que julga procedente a 
revisão criminal (art. 630 do cpp). 
● Nesses casos, o intimado é citado, e não intimado, 
para pagar. 
○ Deflagração do Procedimento 
■ Duas fases: 
● 1 —> fase inicial ou fase de cumprimento voluntário 
● 2 —> fase de execução forçada, em que se praticam 
os atos tendentes à satisfação compulsória do direito 
de prestação do credor. Ocorre com o não 
adimplemento espontâneo da primeira fase. 
■ Petição inicial 
■ Simples petição 
■ Ex officio ​—> primeira fase ou segunda fase (em ​caso de não 
fazer ou entregar coisa certa​). 
○ Ato de comunicação do executado 
■ Citação 
■ Intimação ​(art. 513) 
● Diário oficial 
● Carta ​(parágrafo 4o, parte intimada quando 
representação for feita por defensor) 
● Meio eletrônico 
● Edital ​(réu revel citado por edital) 
○ Prazos 
■ Depende do procedimento 
■ Contagem: 
● Dias corridos ou dias úteis? ​—> o pagamento é tido 
como prazo processual. Assim, conta-se de acordo 
com o CPC, em ​dias úteis​, em regra geral e 
entendimento majoritário. Contudo, há os que veem o 
pagamento como ato material, devendo ser contado de 
acordo com os dias corridos do código civil 
(entendimento minoritário) 
● Dies a quo​ —> termo inicial. Efetiva intimação. Art. 
231. ​§3, o prazo tem início a partir da própria 
intimação, e não da juntada do aviso de 
recebimento​, quando a comunicação for feita desse 
modo. 
● Art. 523, caput — ​15 dias para cumprir a decisão 
judicial. 
● Também é de 15 dias o prazo para pagar no caso 
do cumprimento de sentença em processo 
autônomo (art. 515, §1), que se inicia a partir da 
citação​, e não da juntada aos autos do mandado ou da 
carta (art. 231, §3) 
● Prazo em dobro?​ —> litisconsortes com advogados 
diferentes: prazo em dobro. 
● O entendimento de didier é o de que havendo 
litisconsórcio passivo, o prazo para cumprimento 
voluntário é contado individualmente, a partir da 
respectiva intimação (art. 231, §2). Como é prazo 
para cumprimento, e não para manifestação, não se 
conta em dobro mesmo quando há litisconsortes 
acompanhados por distintos procuradores (art. 
299) 
● Procedimento comum do cumprimento de sentença para pagamento de 
quantia —> art. 523 e seguintes 
○ Petição de cumprimento de sentença 
○ Multa de 10% e honorários de 10% — art. 525, §1 
○ Ambos têm a mesma base de cálculo 
○ Multa de 10%​ —> divergência: multa de natureza punitiva, coercitiva 
ou mista? ​Eduardo acredita que a multa é sancionatória, não 
sendo punitiva. Assim, ele acredita que é um valor fixo, não 
podendo ser alterada. É uma sanção para quem não pagou em 15 
dias. Ademais, a multa é revertida em favor do exequente. 
○ Honorários de 10%​ (fase executiva). Incidem sobre o valor puro da 
execução, sem a multa. 
○ Custas processuais, se houver 
○ Depois do prazo de 15 dias para pagar, mais 15 para impugnar. 
 
 
Aula 04/05 
● Deflagração do procedimento 
○ Não compete ao juiz fazê-lo de ofício 
○ A instauração do cumprimento de sentença para pagamento de quantia 
depende da provocação do exequente. 
○ A fase de execução forçada se inicia sem a necessidade de nova provocacao 
do exequente (art. 523, §3), observadas as regras da execução por 
pagamento de quantia (arts. 824 e sgs) 
● Requisitos 
○ Art. 524 ​— processo sincrético 
○ Processo autônomo = requisitos do cumprimento de sentença + requisitos da 
petição inicial ​(petição inicial = art 319) 
○ Aplica-se, no que couber, os comandos do art. 798 e 799 
○ Além dos incisos I a VIII do artigo 524, a petição deve ser instruída também 
com o requerimento de intimação dos sujeitos indicados nos arts. 799 c/c 804 
e 889, se for o caso. 
○ Art. 524, Inciso VII — se o exequente desconhece a existência de bens 
penhoráveis, pode solicitar ao juízo o BACENJUD (art. 854) 
○ No processo sincrético, na fase de execução, é desnecessária a juntada 
do título executivo judicial uma vez que ele ja está nos autos do 
processo. Deve-se, somente, peticionar com o demonstrativo atualizado 
do débito, como afirma o caput do art. 524. 
○ É necessária instruir a petição com a prova de que se verificou a 
condição ou ocorreu o termo (art. 514) e com a prova de que o 
exequente adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou lhe 
assegura o cumprimento​, se o executado não for obrigado a satisfazer a 
sua prestação senão mediante a contraprestação do exequente (art. 798, I, 
d) 
○ O art. 799, VIII, autoriza que o exequente pleiteie a concessao de medidas 
urgentes, sendo tutela provisoria cautelar ou satisfativa. 
○ O art. 799, IX, outorga ao exequente o direito potestativo de proceder à 
averbacao em registro publico do ato de propositura da execucao e dos atos 
de constricao realizados, para conhecimento de terceiros. O objetivo é 
caracterizar a fraude à execucao, caso haja alienacao ou oneracao do bem 
em cujo registro se fez a averbacao (art. 792, II). 
● Intimacao do executado + prazo 
○ 15 dias úteis (prazo processual) para pagamento da dívida 
○ A intimação segue as regras gerais previstas no art. 513 
○ O prazo tem início da própria intimação, e não da juntada do respectivo 
aviso de recebimento, quando feita desse modo (art. 231, §3). 
○ Também é de 15 dias o prazo para pagar no caso do cumprimento de 
sentença em processo autônomo (art. 515, §1), que se inicia a partir da 
citação​, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta (art. 231, §3) 
○ O entendimento de didier é o de que ​havendo litisconsórcio passivo, o 
prazo para cumprimento voluntário é contado individualmente, a partir 
da respectiva intimacao​ (art. 231, §2). ​Como é prazo para cumprimento, 
e não para manifestacao, nao se conta em dobro mesmo quando há 
litisconsortes acompanhados por distintos procuradores​ (art. 299) 
○ O pagamento no prazo de 15 dias dispensa o pagamento da multa e dos 
honorários 
○ Nada impede, porém, que em negócio processual celebrado nos termos do 
art. 190, as partes decidam por um prazo para pagamento espontâneo 
menor. 
○ Não pagamento no prazo de 15 dias = inadimplemento. O inadimplemento 
pressupõe a previa intimacao do executado, nos termos do art. 513. 
● Pagamento parcial 
○ Art. 523, §2 
○ A multa de 10% e os honorários advocatícios incidem sobre o restante 
da dívida 
● Multa de 10% e honorários de 10% 
○ Multa fixada em lei 
○ Multa = medida de coerção indireta e de punição. Dispensa manifestação 
judicial. 
● Impugnação ao cumprimento de sentenca 
○ Art. 525 
○ 15 dias (prazo processual) para interposição da petição de impugnação 
sendo que este prazo começa a correr após o término do prazo de 
pagamento da dívida 
○ O devedor somente pode insurgir-se contra os cálculos do credor mediante 
impugnação, na forma e nos limites do art. 525. 
○ O juiz pode realizar a censura da petição e da memória de cálculo caso 
entenda o valor ser extrapolante, enviando os autos para a contadoria 
(entendimento de Didier). 
● Parcelamento da dívida? 
○ O credor tem a opção de aceitar, no cumprimento de sentença. Mas na 
execução de título extrajudicial, é obrigatório o credor aceitar. 
● Didier: umavez transitada em julgado a decisão que condena ao pagamento de 
quantia certa, ou que liquida o valor a ser pago, tem início o prazo de prescrição 
intercorrente, porque a instauração da fase subsequente, de cumprimento definitivo, 
fica a depender da exclusiva vontade do credor. Art. 924, V. 
● Necessidade de dados e documentos para ajudar o juiz na elaboração do 
demonstrativo = art. 524, §3 
● Necessidade de dados e documentos para ajudar o juiz na complementação do 
demonstrativo = art. 524, §4 
○ Em qualquer um dos dois casos, caso o documento seja pedido a terceiro, 
ele será citado para apresentá-los em 15 dias, de acordo com o art. 401. 
● Art. 526 — pode o devedor ou responsável, antes de ser intimado para o 
cumprimento da sentença, comparecer perante juízo competente para o 
cumprimento da sentença (art. 516) e oferecer em pagamento o valor que 
entende devido. 
○ Assemelha-se a uma acao de consignacao em pagamento incidental, mas se 
distingue por não pressupor a recusa do credor em receber a prestação e por 
pressupor dívida líquida. 
○ Jurisdição voluntária. 
○ É ônus do devedor juntar, à petição em que exerce essa ação, a memória 
discriminada do cálculo do valor que reputa devido. 
○ §1 — o credor será intimado para se manifestar em 5 dias, podendo 
impugnar, juntando memória discriminada do cálculo que entende devida. 
○ Caso o juiz conclua pela insuficiencia do deposito, sobre a diferença 
incide multa de 10% e honorários advocatícios de 10%, seguindo-se 
penhora e atos subsequentes, caso o devedor não complemente o 
depósito, após ter sido intimado para tal ato​. A decisão que reconhece a 
insuficiencia do deposito é titulo executivo (art. 515, I). 
○ A opção pelo incidente deste artigo implica que o devedor pode ainda 
oferecer impugnação à decisão supracitada, mas não pode rediscutir a 
existência da dívida, tampouco do título executivo originário. 
 
 
 
IMPUGNAÇÃO AO CUPRIMENTO DE SENTENÇA 
● Art. 525. 
● Natureza jurídica: 
○ 1 — ela é defesa e é incidente processual (não forma nova relação 
processual) 
○ 2 — natureza de ação incidental do executado contra o exequente (araken de 
assis) — deve ser lido como os embargos 
○ 3 — defesa ou ação, conforme a matéria veiculada (nelson) — direito 
processual ou direito material 
○ Didier se filia à corrente 1, que vê a impugnacao como defesa, pois ela serve 
à concretização do exercício do direito de defesa, sendo que o executado 
não demanda, não age, apenas resiste e se opõe. 
○ A impugnação é um incidente cognitivo na execução, dando ensejo a 
cognição limitada e exauriente secundum eventum defensionis. 
○ O conteúdo é limitado pelo art. 525, §1 (rol taxativo). 
● Não é necessária a garantia do juízo 
● Oferecida no prazo de 15 dias contados após o transcurso do prazo para 
cumprimento espontâneo, independentemente de nova intimacao (art. 525, caput). 
Ou seja: a intimacao para o cumprimento voluntário deflagra dois prazos 
subsequentes de 15 dias. 
● Prazo em dobro para litisconsortes com advogados diferentes 
● Nada impede que o executado se antecipe e apresente sua impugnação antes do 
início do prazo (art. 218, §4) 
● Matéria que pode ser veiculada 
○ Art. 525, §1 — na impugnação o executado poderá alegar: 
■ I — nulidade de citação 
● Processo que corra sem reu 
● Se, apesar de nula a citação, o réu apareceu e contestou, não 
há como alegar a nulidade na impugnação 
■ II — ilegitimidade da parte 
● Não se trata de legitimidade que poderia ser arguida na fase 
de cognição, mas diz respeito à execução, somente. 
● Duvida. Exemplo? 
■ III — falta certeza, liquidez ou exigibilidade 
● Ha inexequibilidade quando a decisao judicial nao é título 
executivo 
● Ex.: executar provisoriamente uma decisão impugnada com 
recurso com efeito suspensivo, sentença estrangeira sem 
homologação do STJ, decisão rescindida, sentença que 
deveria ter sido submetida a remessa necessária e não o foi, 
etc. em todos os casos, falta título. 
■ IV — penhora incorreta ou avaliação errônea 
● doutrina: caso de impugnacao a partir da penhora em até 15 
dias 
■ V — Cumulação indevida de execuções ou excesso de execução 
● O juiz extingue uma e deixa a outra 
● Excesso de execução 
● Art. 917, §2 
● R$ 10.000,00 — juros de 1% a.m. Evento danoso e correção 
monetária data da sentença 
● §5 
■ VI — incompetência absoluta e relativa 
● Padrão semelhante ao da alegação de incompetência na fase 
de conhecimento 
● Cabe ao demandado/executado alegar qualquer hipótese de 
incompetência, absoluta ou relativa, em sua peça de defesa. 
● A incompetência aqui é para processar o cumprimento de 
sentenca. 
■ VII — qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como 
pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde 
que superveniente à sentença 
● Rol exemplificativo 
● Súmula 150 do STF 
■ Impugnação ao cumprimento da sentença arbitral 
● Só se pode discutir a validade da sentença ou as matérias 
previstas no art. 32 da lei 9307 de 1996 
● Prazo de 90 dias do §1 do artigo 33 da referida lei 
○ §11 — fatos supervenientes à propositura da impugnação ou de seu prazo 
que podem ser alegado em petição simples, no prazo de 15 dias contado da 
comprovada ciência do fato ou da intimação do ato. 
○ §12—14: inexigibilidade da decisão fundada em lei, ato normativo ou 
interpretação tidos pelo STF como inconstitucional 
■ A decisão-paradigma do STF deve ter sido proferida antes do trânsito 
em julgado da decisão exequenda. 
■ Se a decisão do STF for posterior ao trânsito em julgado da decisão 
exequenda, o caso é de ação rescisória. 
■ O STF pode modular os efeitos no tempo da decisão paradigma, 
como forma de concretização do princípio da segurança jurídica 
● Intimacao do exequente para se opor à impugnação 
○ Código não estabelece 
○ Doutrina minoritária — prazo de 5 dias, com base no art. 218, §3 
○ Doutrina majoritária — prazo de 15 dias. 
■ Entendimento de Eduardo Campos. ​A justificativa para o prazo de 
15 dias é o da isonomia — se a impugnação teve o prazo de 15 
dias para ser proposta, igualmente deve ter o exequente para se 
manifestar.​ O juiz, pois, deve fixar em 15. 
● Efeito suspensivo 
○ Em regra, não há 
○ Requisitos (§6) 
■ Fumus boni iuri 
■ Periculum in mora 
■ Garantia do juízo 
○ §7 
○ §8 
○ §9 
○ §10 
● Decisao 
○ Impugnação rejeitada — o processo continua — decisão interlocutória 
○ Impugnação acolhida em parte — decisão interlocutória 
○ Impugnação acolhida — extinção do processo — sentença 
● Recurso? 
○ Decisão interlocutória — agravo. O processo vai para a segunda instância 
mas os autos continuam na vara 
○ Sentenca — apelacao. Os autos sobem para a segunda instância. 
● Honorários sucumbenciais 
○ Em caso de rejeição da impugnação, não há acolhimento de novos 
honorários pois estes já são fixados anteriormente. O entendimento de 
parte da doutrina, contudo, é o de que deveria haver honorários de 10 a 
20%. 
○ Impugnação acolhida — 10 a 20% 
● Em suma: 
○ Rejeição: não cabe 
○ Acolhimento: 10 a 20% 
● Acolhimento parcial da impugnação 
○ R$15.000,00 em que R$5.000,00 é excesso 
○ R$10.000,00 incide 10% de multa e 10% de honorários para uma parte 
○ R$5.000,00 incide 10% a 20% para o advogado do executado 
● Exceção de pré-executividade: defesa atípica, não regulada expressamente pela 
legislação, mas que fora admitida pela jurisprudência na vigência do cpc 73, 
permitindo a possibilidade de que o executado, de plano, nos autos da execução, 
apresentasse simples petição, com questionamentos feitos à essa etapa processual, 
desde que comprovados documentalmente. Essa construção, de inspiração 
ponteana, justificava-se no contexto de um cpc que não comportava uma defesa 
interna ao processo de execução, cabendo ao executado valer-sesomente dos 
embargos à execução para desconstituir o título executivo e apresentar as 
impugnações que tivesse contra o alegado crédito do exequente. 
○ Atipicidade (não existir regramento legal à respeito do tema) 
○ Limitação probatória: somente as questões que podem provar 
documentalmente poderiam ser alegadas 
○ Informalidade: pode ser feita por simples petição 
● O ​cpc 15 transformou as discussões acerca dessa admissibilidade em um 
debate de importância meramente histórica. Não há razão para invocar 
construção doutrinária e jurisprudencial que permita uma defesa atípica do 
executado se há regras expressas que a autorizam. 
○ A defesa do executado pode ser oferecida sem a garantia do juízo, 
inclusive na execução fundada em TEEJ (art. 515 e art. 914, ambos 
caput), sendo que a EPE surgiu da exigência de prévia garantia do juízo 
para apresentação de defesa do executado 
○ A autorização do art. 518, por simples petição, de todas as questões relativas 
à validade do procedimento de cumprimento de sentença e dos atos 
executivos subsequentes 
○ Aditamento da impugnação pelo art. 525, §11, com defesas fundadas em 
fatos supervenientes 
● Contudo, ​a alegação de defesa em petição simples não suspende a execução, 
tendo que se preencher os pressupostos do §6 do art. 525 
● Artigo 775 — desistência da execução. 
○ Princípio da disponibilidade da execução 
○ A execução fica à disposição do credor 
○ A desistência de medida ou ato executivo independe, em qualquer caso, de 
consentimento do executado 
○ A desistência do procedimento executivo independe de consentimento do 
executado em dois casos: se ele ainda não ofereceu defesa ou se sua defesa 
versa apenas sobre questões processuais 
 
 
 
CAMINHOS ALTERNATIVOS QUE O CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PARA 
PAGAMENTO DE QUANTIA PODE TOMAR (anotações de aula) 
Aula 09/05 
● Petição inicial —— (citação do réu)* —— contestação —— réplica —— julgamento 
antecipado ou instrução do processo/producao de provas 
● *citacao do reu 
● Prolação da sentença (TEJ) 
○ com trânsito em julgado: execução definitiva 
○ Sem trânsito em julgado: execução provisória (pendente de prazo 
recursal) 
○ Processo autônomo de execução por quantia fundada em título 
executivo judicial: art. 515, §1. 
○ Título judicial é sentença penal condenatória, sentença arbitral, sentença 
estrangeira homologada pelo STJ, decisão interlocutória estrangeira, após o 
exequatur, ou ainda acordao que julga procedente a revisao criminal. 
● Líquido / meros cálculos aritméticos: já pode executar 
● Ilíquido — liquidação de sentença (legitimidade credor/devedor) 
○ Sabe o quantum debeatur. Já pode pagar 
○ Réu/devedor citado para participar em contraditório do processo autônomo 
de liquidação. Uma vez liquidado, segue o rito do art. 523 e seguintes. 
● 15 dias — cumprimento de sentença requerido pela parte (intimado para pagar 
● Pagamento espontâneo: juiz extingue o processo 
○ Precisa pagar custas + valor atualizado 
○ Não haveria custas se pagasse antes do pedido de cumprimento 
● Não houve pagamento. 15 dias para impugnação ao cumprimento de sentença 
(sem efeito suspensivo automático) 
○ Já incide 10% multa (+) 10% honorários fase executiva (+) valor 
atualizado 
○ Não se confundem os honorários com o da fase cognitiva 
○ Passou 15 dias. Atos executivos (mesmo da impugnação) 
○ Ex.: penhora, adjudicação, bloqueio, avaliação, etc 
○ Efeito suspensivo à impugnação: 
■ Probabilidade do direito 
■ Perigo da demora 
■ Garantia do juízo 
● Requisitos cumulativos 
○ Art. 525 do cpc. Materias que podem ser alegadas na impugnação. 
● Impugnação — 15 dias — manifestação à impugnação — instrução probatória 
○ Ex.: designação de perito contábil 
● Acolhimento da impugnação 
○ sentença extintiva do cumprimento — apelação. Processo remetido 
para o 2o grau. 
○ Decisão interlocutória — agravo de instrumento. O processo continua no 1o 
grau. 
● Rejeitada impugnação 
○ Decisão interlocutória — prossegue com a execução 
● Continuidade — atos executivos 
● Entrega do dinheiro ao credor — finalizar o processo de execução 
● Art 517 — protesto da sentença 
○ Medida tomada pelo credor para funcionar como meio típico de coerção 
indireta 
○ Somente permitido nos casos de cumprimento definitivo de sentença para 
pagamento de quantia (art. 523) 
○ Mas pode ser permitido no caso de cumprimento provisório de prestação 
alimentar (art. 528, §1) 
○ §1 e §2 
○ Não impede o prosseguimento da execução 
○ 
 
 
CUMPRIMENTO PROVISORIO DE SENTENCA 
● Diferença da provisória para definitiva, na entrega do dinheiro ao credor, ​precisa 
observar caução 
○ Pode ser revertida em favor do executado, caso o recurso modifique o 
título formado. É contracautela 
○ Tirando a caução, a execução definitiva e provisória são iguais 
● Arts. 520 a 522 
● Obs.: caso no stj, propõe a execução provisória no juízo onde o título se 
formou (1 grau) 
● Não cabe execução provisória de ofício — ​depende do requerimento do 
exequente 
○ Mesmo nas obrigações não pecuniárias 
○ Didier: se o cumprimento provisorio de sentenca para pagamento de 
quantia segue a regra do cumprimento definitivo para pagamento de 
quantia, em que ambos não podem ser instaurados ex officio, o 
entendimento é de que, no cumprimento provisorio de sentenças de 
prestacao de fazer, de não fazer ou de dar coisa distinta de dinheiro 
deveria ser, portanto, possível de ser instaurado ex officio, uma vez que 
seguiria o entendimento do cumprimento definitivo dessas sentenças, 
divergindo do primeiro. O fundamento é o artigo 520, §5, que dispõe que 
as regras do cumprimento provisório se aplicam ao cumprimento 
provisório dessas sentenças apenas ``no que couber``. 
● Art. 520: ​cabe cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso 
desprovido de efeito suspensivo 
○ A execução de título extrajudicial se contrapõe e sempre será definitiva 
○ São destituídos de efeito suspensivo automático, por exemplo, os 
recursos: de apelação, ordinário, especial, extraordinário e agravo de 
instrumento. O cumprimento provisório não será cabível se a esses 
recursos for atribuído efeito suspensivo por decisão judicial. 
○ I — toda execução ocorre sob responsabilidade objetiva do exequente 
■ Ele deve analisar se existem chances razoáveis de êxito, deve 
considerar as possibilidades de provimento do recurso pendente 
e a consequente anulação ou reforma do título, deve ponderar a 
circunstância de que, caso seja extinta a execução, responderá 
objetivamente pelos danos causados ao executado 
○ II — liquidação incidental, nos mesmos autos 
■ Hipótese em que o título, em grau de recurso, é anulado ou reformado 
integralmente. Nesse caso, as partes retornam ao estado anterior ao 
cumprimento provisorio e eventuais prejuízos injustamente sofridos 
pelo executado deverão ser liquidados nos próprios autos da 
execução. 
○ III — se o título for anulado ou parcialmente reformado, a execução ficará, 
nesta parte, sem efeito, continuando válida e eficaz no restante, passando a 
transcorrer em definitivo. 
○ IV — caução nos autos da execução provisória 
■ Valor da execução (+) eventuais prejuízos* 
■ *como é calculado? Geralmente o juiz coloca 10% sob o valor da 
execução 
■ O retorno ao estado anterior pode não ocorrer integralmente pois não 
conduz ao desfazimento de atos de transferência de posse, de 
propriedade ou de outro direito real eventualmente já realizado 
○ §1 — cabe impugnação, nos moldes do art. 525 
■ Possibilidade de defesa com base nos arts. 525, §11 e 518. 
■ Não pode o executado arguir falta de nulidade de citação na fase de 
conhecimento. 
■ O mesmo raciocínio é aplicável à inconstitucionalidade reconhecida 
pelo STF, em controle difuso ou concentrado, da lei ou ato normativo 
em que se funda a decisão recorridae exequenda, antes do seu 
trânsito em julgado 
■ Tambem nao cabe arguir nessa impugnacao qualquer causa 
modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, 
compensação, transação ou prescrição. Essas causas são 
posteriores à coisa julgada. 
○ §2 — a multa e os honorários a que se refere o §1 do art. 523 são 
devidos no cumprimento provisório de sentença condenatória ao 
pagamento de quantia certa. 
■ Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito 
será acrescido de multa de 10% e de honorários de 10% 
■ A multa serve para compelir o executado a depositar o dinheiro 
para garantir a execução 
○ §3 — pode depositar judicialmente, mesmo impugnado (deposita para não 
pagar multa e honorários) 
○ §5 — ​aplicação subsidiária das regras de cumprimento provisorio dos arts. 
520 a 522 ao cumprimento provisório de sentença que reconheça obrigação 
de fazer, de não fazer ou de dar coisa. 
● Art. 522: ​fundamentos da petição 
○ A ausência de alguma dessas peças, ainda que indispensáveis, não deve 
conduzir ao indeferimento da demanda de execução provisória, sendo que o 
juiz deve conceder ao exequente o prazo de 15 dias para que sane o vício, 
sob pena de indeferimento. 
○ III — da outra parte também! A intimação será na pessoa do advogado 
● Caução — exigida para que credor levante depósito em dinheiro, pratique atos 
que importem transferência da posse, alienação de propriedade ou de outro 
direito real ou pratique atos dos quais possa resultar grave dano ao executado 
○ Real — penhor, hipoteca, anticrese 
○ Fidejussória — fiança, cessão de créditos ou direitos, etc 
■ Precisa de comprovação de que o fiador tem capacidade plena de 
bancar 
■ Geralmente instituição financeira, fiança bancária 
● Casos em que a caução é dispensada. Art. 521. 
○ I — crédito de natureza alimentar. Prova 
■ Não pode ser devolvido (irrestituíveis), mesmo mudando o 
entendimento no recurso 
■ Fundamento:: lei material sobre alimentos 
○ II — situação de necessidade​ ​(ex.: casos de benefício da gratuidade da 
justiça) 
○ III — título é provisório, mas é quase definitivo 
■ caso de pendência de agravo do art. 1.042 
○ IV — título fundamentado em precedente vinculante, seja súmula do STF, 
STJ ou acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos 
■ Qualquer súmula é vinculante para o cpc 
■ Art 927 ​— interpretação sistemática e extensiva 
○ §1 — ​a caução ainda pode ser mantida quando sua dispensa gerar 
possibilidade de grave dano/difícil reparação, mesmo na alimenticia. 
● Devedor já sabe o quantum que deve, quer se antecipar ao credor e pagar logo 
— execução invertida. Art. 526 
○ Não é execução propriamente. Não é o credor que busca sua satisfação, 
mas o devedor que realiza como se fosse consignacao em pagamento. 
○ Não é consignacao em pagamento porque não precisa da recusa do devedor 
● Art. 526 — devedor também precisa demonstrar como chegou no valor da 
planilha 
○ §1 — quem impugna a quantia é o credor (mediante petição simples). Prazo 
de 5 dias. Para Eduardo, fere isonomia e paridade de armas (art 539, 
poderes e deveres do juiz. Dilatar prazo) 
■ Valor incontroverso pode ser levantado pelo credor. Nao precisa de 
caução (após trânsito em julgado) 
○ §2 — insuficiencia do deposito. Segue execução para valor que ficou faltando 
■ 10% multa 
■ 10% honorários 
■ Atos executivos 
■ Oportunizar o pagamento do valor faltante sob pena da incidência de 
multa e honorários (maioria doutrinária) 
■ Se nao paga: atos executivos não tem mais impugnacao, já foi 
decidido que ainda deve 
○ §3 — autor nao se opoe. Extingue processo 
○ Se recorreu para aumentar, juiz não pode diminuir 
○ 
 
 
 
EXECUCAO POR QUANTIA CERTA FUNDADA EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
Aula 11/05 
● Duas fases bem definidas: a primeira, fase inicial ou fase de cumprimento voluntário, 
e a segunda, fase de execução forçada, em que se praticam atos tendentes à 
satisfação compulsória do direito de prestação do credor 
● Petição inicial 
○ Requisitos 
■ Art. 798 
○ Emenda 
○ Indeferimento 
● Despacho inicial — o juiz vai determinar a citação para chamar o executado 
○ O juiz deve fixar os honorários (10%), mas não há o que se falar em 
multa — ​art. 827 
○ Incidente de apuração do crédito: art. 825, §§1–5. 
○ Quando o valor apontado no demonstrativo exceder os limites do título, o juiz 
pode, ex officio, exercer controle prévio sobre esse montante, valendo-se do 
contabilista do juízo 
○ Se a execução depender de dados ou documentos que estão no poder 
do executado ou de terceiro: ar. 524, §§3 e 4. 
● Citação — o executado não é citado para se defender, mas para pagar em 3 
dias 
○ Art 829 — contado do ato de citação 
○ §1 — o oficial, passado o prazo de 3 dias, pode proceder a penhora sem 
determinação do juiz. Quando o oficial procede à penhora, deve também 
avaliar o bem e lavrar o ato de penhora e avaliacao. Desse auto, o executado 
deve ser intimado para apresentar a defesa. 
○ §2 — em regra deve recair sobre os bens indicados pelo exequente 
○ Havendo litisconsórcio passivo, o prazo é contado individualmente, a partir da 
citação de cada litisconsorte (art. 231, §§2 e 3). 
○ Como se trata de prazo para pagamento, e não para manifestação, ele 
não se conta em dobro, mesmo quando há litisconsortes 
acompanhados por distintos procuradores 
● Prazo para pagamento — 3 dias úteis para pagar, contando a partir da data da 
citação 
○ Obs.: sanção premial 
■ Caso o executado pague antes do fim dos 3 dias, a verba 
honorária fixada pelo magistrado será diminuída pela metade, de 
10% para 5% (art. 827, §1) 
○ Artigo 827 — incide mesmo que o juiz não determine no despacho 
○ §2 — ao longo da execução, se apresentada defesa infundada, poderá o juiz 
aumentar o valor 
● Arresto executivo — em prática é a mesma coisa que a penhora. Ocorre a 
constrição do bem 
○ Pré-penhora 
○ Natureza jurídica — ​parte da doutrina defende que é um ato executivo, 
se efetivando através da prática do arresto pelo oficial. 
■ Outra parte considera uma medida cautelar, ato que visa 
proteger a ação (pontes de miranda — segundo dudu). 
■ Assim, em uma, assegura-se o direito para assegurar a 
execução, enquanto na outra haveria uma execução para 
assegurar a execução. O periculum in mora está previsto no 
artigo 830 (``para garantir a execução``) e o fumus boni iuris está 
previsto no título 
■ Releitura do artigo 830 — se o oficial pode, o juiz também pode, 
realizando um bloqueio nas contas bancárias, ofício ao detran, etc 
■ Artigo 830, §3 — transforma-se a pré penhora em penhora 
● Pontes usa essa questão para embasar sua teoria, já que 
haveria prática de ato executivo para garantir a execucao 
■ Em suma, de acordo com Didier, o arresto é uma medida que 
viabiliza a antecipação dos efeitos de uma futura penhora. 
○ Requisitos — ​oficial ir ao endereço do executado e não o encontrar, mas 
constatar a existência de bens penhoráveis 
■ A providência é diferente da do art. 829, §1, porque, neste, 
pressupõe-se que o devedor tenha sido encontrado e citado, 
deixando escoar o prazo de 3 dias sem a realização do 
pagamento, enquanto no art. 830 pressupõe que o devedor não 
tenha sido encontrado e, por isso mesmo, não tenha sido citado. 
○ Efetivação — através da prática de atos materiais executivos 
■ A pre-penhora deve ser efetivada mediante a apreensão e 
depósito dos bens, o que deve ser formalizado com a lavratura, 
pelo oficial de justica, de um auto, que preencha os requisitos do 
art. 838 do CPC, que valerá como auto de penhora em momento 
futuro. 
■ Formalizado o auto de pré-penhora, o oficial de justiça, nos dez 
dias seguintes, procurará o executado duas vezes em dias 
distintos. Não o encontrando, e desde que haja suspeita de 
ocultação, realizará a citação por horacerta (arts. 252-254). 
■ Frustradas as citações pessoal e com hora certa, incumbe ao 
exequente requerer a citacao por edital do executado. 
■ Se o devedor não for localizado ou se, embora localizado, não efetuar 
o pagamento no momento oportuno, a pre-penhora sera 
automaticamente convertida em penhora, independentemente de 
termo (art. 830, §3). 
● Se o devedor foi localizado e citado pessoalmente ou por 
edital, mas não efetuou o pagamento, deve ser intimado da 
conversão de pre-penhora em penhor 
● Se, contudo, não foi localizado durante as diligências do oficial 
de justiça, e se nao compareceu aos autos nem efetuou o 
pagamento após o fim do prazo do edital, tem-se que, findo o 
prazo para pagamento, a conversão é automática. 
● Prazo para defesa do executado (art. 915) 
○ Embargos à execução — ​O prazo para embargar é de 15 dias a partir da 
juntada 
■ Ex.: a juntada ocorreu no mesmo dia da citação. Ambos os prazos 
começaram a correr concomitante 
■ Art. 917 — o executado tem a possibilidade de deduzir, além das 
matérias elencadas nos incisos I a V deste artigo, ``qualquer 
matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de 
conhecimento``. 
■ Cognição ampla e exauriente secundum eventum defensionis: ​a 
cognição dependerá da provocação do executado, que pode 
alegar qualquer matéria em sua defesa (art. 917, incisos I ao VI) 
○ O executado pode ainda se defender por meio de ações autônomas — 
defesas heterotópicas — ou por meio da exceção de pré-executividade. 
● Art. 915 — art. 231 (juntada) 
○ §3 — art. 229 — não se aplica prazo em dobro para litisconsórcio 
○ §1 — esse prazo começa a correr da juntada da última ou cada um começa a 
correr no tempo da juntada do seu comprovante? 
○ Ex.: se 2 executados (nao cônjuges ou companheiros) — da juntada de cada 
um. Não se aplica prazo em dobro 
○ Ex.: 2 executados (companheiros ou cônjuges) — da juntada do último. 
Não se aplica prazo em dobro. 
 
Obs.: no cpc/73 não poderia haver citação pelos correios. No cpc/15, pode, tendo o AR 
como comprovante (outra pessoa, que não o citado, pode assinar o AR sem problemas, 
caso futuramente se comprove que ele não recebeu, pode pedir nulidade de citação). Se 
ninguém assinou o AR, nao houve citacao. 
● Em caso de falha do modo acima, será feita por oficial de justica 
● Se a citação for por oficial e escoar o prazo, ele pode, sem despacho, retornar ao 
local e proceder a penhora 
 
● admitida a execução, o exequente poderá obter certidão, independentemente de 
decisão judicial, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de 
averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos à penhora, 
arresto ou indisponibilidade 
○ Art. 828 
 
PARCELAMENTO 
Aula 23/05 
 
1. Previsão legal -> art. 916, CPC 
a. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e 
comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, 
acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá 
requerer que lhe seja permitido pagar o restante em ate 6 parcelas 
mensais, acrescidas de correcao monetaria e juros de um por cento ao 
mes. 
b. Espécie de favor legal ao executado, na execução de título extrajudicial. 
2. Medida indutiva ao adimplemento 
a. Estímulo ao cumprimento espontâneo da obrigação. Medida legal de coerção 
indireta pelo incentivo à realização do comportamento desejado 
3. Direito potestativo do executado 
Processo de execução 
4. ​Pressupostos 
● Execução fundada em T.E.E.J. 
● Vontade do executado 
● Depósito imediato -> 30%. ​A doutrina diverge se é trinta por cento sobre 
o valor da execução, apenas, mais custas e honorários integral, ou se é 
30% sobre o valor integral (valor da execução + custas + honorários). O 
último entendimento é o mais aceito, sendo que o valor restante, de 
70%, pode ser dividido em até 6 vezes (acrescido de correção monetária 
e juros de 1% ao mês), sendo que o devedor escolhe qual a melhor 
quantidade de parcelas, nesse intervalo, para pagar. 
○ O executado nao deve requerer o depósito de 30%, mas efetuar o 
depósito, comprovando-o. A comprovação do depósito é 
pressuposto para o deferimento do pedido de parcelamento. Não 
é o requerimento para que se autorize o depósito, mas sim o 
próprio depósito, feito previamente, que constitui um dos 
pressupostos para que seja autorizado o parcelamento da dívida. 
○ Em segundo lugar, o depósito de 30% não se confunde com o 
pagamento da primeira parcela, que só será paga após o 
deferimento do pedido pelo juiz. O restante da dívida é dividido 
em 6x. 
● Oportunidade de manifestação. ​O juiz tem que oportunizar que o exequente 
se manifeste, para falar sobre os pressupostos. O exequente não pode 
simplesmente se opor ao pagamento, pois é direito potestativo do executado, 
mas pode se opor aos pressupostos, atacando-os como melhor entender 
(falando que não cabe pelo tipo do título, etc…) 
○ §1 
○ O exequente pode alegar que o executado requereu além do prazo, 
ou depositou valor inferior aos 30%, ou requereu parcelamento em 
mais de seis prestações. 
○ Havendo concordância do exequente, qualquer que seja a hipótese 
(dúvida: pode o exequente concordar caso o executado solicite um 
prazo maior de parcelamento, ou qualquer dispositivo que contrarie o 
CPC?)​, não haverá mais exercício de direito potestativo do 
executado, mas sim acordo entre as partes para que o valor seja 
pago parceladamente. 
○ §2 — enquanto não apreciado o requerimento, o executado deve 
depositar as parcelas vincendas a cada períodon de 30 dias, 
contados desde a data do depósito inicial 
● Não apresentação dos embargos. ​Se a parte se apressou e apresentou 
embargos antes do prazo, não pode solicitar o parcelamento. Ademais, 
se a parte requerer o parcelamento, não cabe mais solicitação de 
embargos. É uma via de mão dupla, porque o embargo é um mecanismo 
de defesa, ou seja, o indivíduo está dizendo que não deve, enquanto no 
parcelamento ele assume, sim, a condição de devedor. 
● Forma de pagamento. ​Respeitando os pressupostos anteriores, cabe ao 
executado o parcelamento, direito potestativo. A forma de pagamento, como 
visto, é de 30% do valor da execução, com custas e honorários de 10%, e o 
valor restante pode ser dividido em até 6 vezes com correção e juros de 1% 
● Inadimplemento de qualquer parcela. ​No inadimplemento de uma parcela, o 
requerente pode cobrar o total do valor que ainda está em aberto 
(​vencimento antecipado de todas as demais​), em conjunto com uma multa de 
10% sobre esse montante que falta. 
○ Reinicio dos atos executivos 
○ §5, I e II 
● Renúncia tácita ao direito de embargo. ​Quando a parte requer o 
parcelamento, ela renuncia tacitamente ao direito de embargo (preclusão 
lógica). Parágrafo 6 do artigo 916. 
○ Venire contra factum proprium 
○ A preclusão não atinge fatos supervenientes ao exercício do 
favor legal. Concretizado o parcelamento, mas reiniciada a 
execução, por não terem sido pagas algumas prestações, é 
possível ao executado insurgir-se contra uma penhora invalida 
ou contra uma avaliação errônea, adjudicação ou alienação 
judicial. 
● Deferimento do requerimento do executado 
○ §3 — o exequente pode levantar a quantia depositada e serão 
suspensos os atos executivos 
● Indeferimento 
○ §4 — Seguem-se os atos executivos, mantido o depósito já realizado, 
que será convertido em penhora. 
● Aplicavel tambem a acao monitoria (art. 701, §5) 
 
EMBARGOS À EXECUÇÃO 
(Arts. 914 — 920, CPC) 
 
1. Natureza jurídica. ​Execução fundada em título executivo extrajudicial. É modalidade 
de ​defesa em forma de ação autônoma. Cabe alegar qualquer matéria de 
defesa ​(de mérito ou processual, ao contrário da impugnação ao cumprimento de 
sentença, em que só se pode alegar determinadas matérias), e ​formará umanova 
relação processual. 
a. Alegações de cunho declaratório ou constitutivo negativo (desconstituir a 
relação jurídica). Não cabem pedidos condenatórios nos embargos à 
execução (cobrança contra o exequente, indenização, etc…), pelo embargo 
ser uma ação de conhecimento. Obs.: o rol do artigo 917 é meramente 
exemplificativo, demonstrado no inciso VI. 
b. Por ser tratado como uma acao de conhecimento que formará nova 
relação processual, deve seguir os requisitos dos arts. 319 e 320, sendo 
interpostos por peticao inicial. 
c. Executado (autor dos embargos) — embargante 
d. Cabe ao embargante o ônus da prova de suas alegacoes. É uma defesa. 
2. Valor da causa. ​O valor da causa é o proveito econômico. 
a. Regra geral o valor da causa dos embargos é o mesmo valor da causa da 
execução. 
b. Contudo, se nos embargos for alegado excesso de execução, o valor da 
causa será o valor que o embargante entende real. 
3. Custas. ​Deve haver a comprovação do pagamento do valor das custas processuais, 
que são calculados a partir do valor da causa ou do valor que o embargante entende 
devido. Incide pois se forma uma nova relação processual. 
4. Garantia do juízo. ​Nem impugnação ao cumprimento de sentença, nem embargos à 
execução, fazem a exigência de garantir o juízo. 
5. Prazo. ​15 dias uteis, sendo que não se aplica prazo em dobro se forem dois 
executados. 
a. 15 dias a partir da juntada aos autos do comprovante de citação. 
b. Em caso de litisconsortes, o prazo para cada um embargar conta-se a partir 
da juntada do respectivo comprovante de citacao de cada um, sendo, 
portanto, um prazo individual. 
c. Quando os executados forem conjuges ou companheiros, aplica-se o 
disposto no art. 231, §1, do cpc, em que o prazo para embargo tera iniciio a 
partir da juntada aos autos do ultimo comprovante de citacao devidamente 
cumprido (art. 915, §1) 
d. Execucao por carta precatoria (pagina 786 de Didier) 
e. Art. 918, I — o juiz rejeitara liminarmente os embargos quando forem 
intempestivos 
i. Apos o prazo de embargos, nao se deve admitir alegacoes de defesa 
pelo executado. Trata-se de prazo preclusivo. 
ii. Contudo, de acordo com o art. 342, ,é possivel defesas apos o prazo, 
quando se tratar de direito ou fato superveniente, objecao ou questao 
que possa ser suscitada a qualquer tempo e grau de jurisdicao. 
6. Requisitos da inicial. ​Artigos 319 e 320 do CPC. Faltando requisitos da inicial, o juiz 
deve conceder à parte ao menos 15 dias para a emenda (pode conceder mais, 
porém não menos). 
7. Emenda ​deve ser indicado precisamente o que tem que ser emendado e indicar, 
também, o que pode acontecer caso essa emenda não seja feita. 
8. Rejeição liminar (art. 918, CPC). ​Rejeição liminar (liminar = sem a oitiva da outra 
parte). O juiz deve, antes, ouvir o requerente, cumprindo o dever de consulta ou a 
emenda, mas não ouve o réu. Eduardo critica o artigo 918 pois desconsidera a 
diferenciação da. extinção do processo com resolução de mérito e sem resolução de 
mérito. 
a. Intempestividade. ​Perda de prazo. Rejeita-se liminarmente os embargos 
declarando a intempestividade. Extingue-se o processo sem examinar o 
mérito da causa, apenas reconhecendo que houve um pressuposto de 
inadmissibilidade da peça. Rejeição sem resolução de mérito. 
b. Indeferimento da inicial. ​Extinção sem resolução de mérito. 
i. Havendo algum defeito na inicial, o juiz deve ouvir o embargante e dar 
a chance de consertar. 
c. Improcedência liminar. ​Prescrição, decadência ou requerimento 
contrário a um precedente por força vinculante. Quando o direito 
decaiu, quando a pretensão prescreveu, ou quando a parte faz um 
requerimento contrário a um precedente que tem força vinculante. Art. 
332. Extinção com resolução de mérito. 
d. Manifestamente protelatórios. ​Com resolução de mérito. Quando houver 
rejeição parcial, não há sentença, mas decisão interlocutória, sendo o 
recurso cabível agravo de instrumento, e não apelação. 
i. Conduta atentatória à dignidade da justiça. Art. 918, parágrafo único. 
ii. Punível nos termos do art. 774, impondo-se ao embargante multa em 
montante não superior a 20% do valor atualizado do debito em 
execucao, o qual será revertida em proveito do exequente. 
Honorários? ​Em caso de rejeição liminar, nao, ja que o executado sequer 
chegou a ser intimado nos autos do embargo, talvez nem tenha tomado 
conhecimento da ação, sendo, portanto, não fixados honorários. AgRg no AREsp 
182.879/RJ 
Apesar de a parte não poder mais ajuizar embargos, após a extinção sem resolução 
de mérito, ela poderia formular a defesa por meio de uma nova relação jurídica, através, por 
exemplo, de ação declaratória, ação anulatória ou ação de consignação em pagamento. 
9. Defesa heterotópica. ​Eduardo concorda com a corrente que diz que, se aquela 
matéria poderia ser alegada nos embargos, não se pode alegá-las novamente 
em outra defesa, devendo esse prazo ser extinto, a não ser que seja matéria 
nova a surgir posteriormente à propositura dos embargos​. 
a. Antes dos embargos. ​Qualquer situação. Ações conexas. Devem tramitar no 
mesmo juízo (em que tramitou a primeira demanda). 
i. É mais comum de ser proposta antes da execucao do titulo executivo 
pois após a instauração do procedimento, a defesa do executado 
ocorrera por meio de embargos. 
b. Após os embargos 
i. Não é lícito arguir questões de defesa que poderiam ter sido arguidas 
no embargo, mas não o foram. 
ii. Só pode ser arguida após o prazo de quinze dias do embargo se tiver 
por conteúdo fatos supervenientes ou questões que escapam à 
preclusão. 
c. Ação autônoma. Defesa sobre questão que não se sujeita à preclusão. Não 
tem eficácia suspensiva. 
i. Didier entende que pode haver suspensão caso se sigam os mesmos 
pressupostos que a da suspensão por interposição de embargos. 
d. Acao rescisoria, acao de anulacao/revisao de um negocio juridico, acao de 
consignacao em pagamento, acao declaratoria de inexistencia da relacao 
juridica, acao de anulacao de auto de infracao, etc. 
10. Competência. ​Distribuição por dependência. O processo é transmitido para o 
juízo em que tramita a decisão, e caminhará em apenso. A competência é 
funcional, pois é estabelecida em relação ao órgão, e é absoluta. 
a. Didier: o embargos serão julgados pelo juízo competente para a acao de 
execucao. Trata-se de competência funcional-absoluta, sendo que eles 
devem ser distribuidos por dependencia ao processo de execução e devem 
ser autuados em apartado, não podendo ser encartados aos autos do 
processo principal. Art. 914, §1. 
b. Súmula 46 do STJ: na execução por carta, os embargos do devedor 
serão decididos no juízo deprecante, salvo se versarem unicamente 
vícios ou defeitos da penhora, avaliação ou alienação dos bens. 
i. Art. 914, §2 — se já tiver havido penhora e avaliacao, ou mesmo 
alienação de bens, o prazo de quinze dias úteis para ajuizamento dos 
embargos se conta a partir da juntada, nos autos da própria carta, do 
comprovante de citação (art. 915, §2, I) e a alegação eventualmente 
contida em tais embargos a respeito de vícios numa delas deverá ser 
examinada e resolvida pelo juízo deprecado. 
11. Legitimidade ativa ​(do executado)​ e passiva ​(exequente). 
a. No caso de litisconsórcio, não há litisconsórcio ativo necessário, cada um 
pode interpor a sua peça de embargo de forma independente ou de forma 
conjunta (litisconsórcio ativo facultativo). 
b. É possível que o responsável patrimonial oponha embargos, além do 
executado-devedor. 
c. Súmula 196, STJ. 
d. O curador não tem legitimidade, ele pode ajuizar em favor do executado, 
mas ele não será o polo ativo, apenas representa a parte nos atos 
materiais. 
i. O curador especial nao é o embargante, como a súmula dá a 
entender. O embargante é o executado que, citado por hora certaou 
por edital, deixou de embargar. O curador especial somente tem o 
poder de praticar atos de defesa do curatelado, como representante. 
e. O Ministério Público e o cônjuge ou companheiro do executado também 
detém legitimidade para intentar embargos à execução. Se figurar no título, o 
cônjuge ou companheiro será igualmente devedor, tendo contraído a 
obrigada, o que lhe confere tal legitimidade. 
f. A assistência é possível como amicus curiae 
g. Com exceção da assistência e de eventual amicus curiae, não cabe, nos 
embargos, qualquer outra espécie de intervenção de terceiros 
12. Intimação do exequente. ​Deveria ser citação, por ser um novo ato processual. É 
denominado de intimação por ser um ato mais simples. 
13. Contestação. ​Contestar em 15 dias. Não cabe o embargante alegar 
reconvenção (REsp 1.528.049/RS). Se for necessário, haverá ampla dilação 
probatória. 
a. Art. 920, I 
b. Impugnacao aos embargos 
14. Julgamento e coisa julgada. ​Se o julgamento dos embargos for com resolução de 
mérito, haverá coisa julgada material, cabendo também ação decisória, no prazo de 
até dois anos. 
15. Recurso 
a. Indeferimento total da inicial — sentença sobre a qual cabe apelação. 
i. Acolhidos os embargos, a apelacao tem efeito suspensivo. 
ii. Rejeitados, com ou sem exame de merito, a apelacao nao tem efeito 
suspensivo, de sorte que a sentenca comeca a produzir efeitos 
imediatamente apos sua publicacao. 
b. Indeferimento parcial — decisão interlocutória sobre a qual cabe agravo de 
instrumento. 
16. Suspensão do processo? 
a. Art. 919 do CPC — os embargos à execução não terão efeito 
suspensivo. 
b. Art. 919, §1 — no entanto, o juiz poderá, a requerimento do embargante, 
atribuir efeito suspensivo aos embargos, quando verificados os 
requisitos para concessao da tutela provisoria (seja ela de urgência ou 
de evidência) e desde que a execução já esteja garantida por penhora 
(no caso de execucao para pagamento de quantia), depósito (no caso 
de execucao para entrega de coisa) ou caução (no caso de execucao de 
obrigacao de fazer ou não fazer) suficientes. 
c. §3 — efeito suspensivo de caráter parcial, suspendendo somente em parte a 
execucao. 
d. §4 — a concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos 
executados não suspende a execução contra os que não embargaram, 
quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao 
embargante. 
e. Aplicação extensiva do art. 525, §10, que trata de impugnação ao 
cumprimento de sentença: ainda que atribuído efeito suspensivo à 
impugnação (nesse caso, aos embargos), é lícito ao exequente (embargado) 
requerer o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando, nos 
próprios autos, caução suficiente e idônea a ser atribuída pelo juiz. ​Medida 
de contracautela prestada pelo exequente para resguardar o dano a que 
o executado alega estar exposto e que justificou o deferimento do efeito 
suspensivo. É direito do exequente obter o prosseguimento da 
execução, desde que preste caução idônea, nos próprios autos. 
Aplicação por força do art. 771, parágrafo único. 
f. §5 — a concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos 
de substituição, de reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos 
bens. 
17. Conteúdo dos embargos 
a. Art. 917 
b. O executado pode alegar qualquer matéria a seu favor, não havendo 
restrições legais 
c. Rol meramente exemplificativo. 
18. Arguição de impedimento e suspeição 
a. Art. 917, §7 
b. Arts. 146 e 148 
c. Caso de alegação de impedimento ou suspeição do juiz. 
d. Não é possível ser proposto nos embargos, caso em que deve ser interposto 
em petição específica. 
19. Desistencia da acao 
a. Segue o rito do art. 775 do CPC. 
20. Alegação de defesa fundada em fato superveniente. 
a. Art. 518, em concordância com o 771. 
b. Art. 525, §11, em concordância com o mesmo regramento. 
c. Petição simples. 
21. Exceção de pre-executividade 
a. Não cabe. 
b. Página 811 a 814 de Didier. 
 
 
PENHORA 
 
● Conceito. ​Ato de constrição de satisfação direta (por adjudicação, que é 
transferência de titularidade de uma coisa móvel ou imóvel do devedor para o 
credor, ou penhora de dinheiro, forma direta de satisfação, por meio de um 
mandado de pagamento ou de um alvará judicial, determinando que o valor 
que está depositado em juízo seja liberado para o credor) ou indireta (pela 
expropriação do bem penhorado, para que pela expropriação consiga-se o 
dinheiro para pagar o credor, ou por arrematação, em hasta pública, que é 
concurso ou leilão em espécie de licitação, sendo que o leilão dá-se quando o 
bem é móvel e a praça, quando imóvel). O ato de constrição consiste em dois 
atos: apreensão e depósito. Retira-se a coisa da posse do executado e 
entrega-se ao exequente. A penhora considera-se satisfeita quando há esses 
dois atos. É possível, ainda, que a penhora seja eletrônica, apreendendo o 
dinheiro da conta do executado (BACENJUD) para depositá-la na conta do 
exequente. 
● Tres funcoes da penhora dentro da execucao: 
○ Individualização e apreensao do bem 
■ O credor pode indicar os bens a serem penhorados (art. 524, VII, e 
art. 829, §2) ja na peticao inicial, regra geral, mas isso nao vincula o 
orgao julgador, que pode determinar de forma diversa, desde que 
haja negocio juridico que estabeleca qual bem deve ser penhorado na 
execucao daquele credito (art. 835, §3), o executado indicar outro 
bem e o orgao julgador entender que a constricao daquele sera 
menos onerosa (art. 829, §2) ou o bem for impenhoravel. 
○ Deposito e conservacao do bem 
■ O bem deve ser colocado sob os cuidados do depositario 
○ Atribuicao do direito de preferencia ao credor penhorante 
■ A penhora gera uma preferencia para o credor-penhorante em face 
dos demais credores quirografarios sobre o bem penhorado 
● Natureza jurídica. ​Divergência: natureza cautelar, natureza executiva ou natureza 
mista? ​Para a maior parte da doutrina, a natureza da penhora é executiva, pois 
isso diferencia o juiz do árbitro: a natureza é executiva pois o juiz tem o poder 
de mandar a execução da penhora ser feita. ​Execução para segurança. Nada 
impede a concessão de uma medida cautelar para garantir o ato da penhora. 
● Materialização: apreensão e penhora. 
○ Art. 839 — a penhora considera-se aperfeicoada com a apreensao e o 
deposito dos bens. 
■ Art. 856 — a penhora de credito se efetiva pela intimacao do 
execuutado e do terceiro devedor do executado 
■ Art. 844 — a penhora de imoveis se efetiva independentemente de 
sua averbacao no registro imobiliario que, porem, é importante, pois 
gera presuncao absoluta de conhecimento desse ato por terceiro 
○ Art. 846 do CPC. Ordem de arrombamento = mandado de arrombamento. 
Quando o oficial de justiça realiza a apreensão de bens, ele tem que lavrar 
um auto, descrevendo todos os atos que ele fez, inclusive a avaliação, 
dizendo quanto vale os bens que ele penhorou. Assim, a penhora (= 
penhorar), instituto de direito processual (penhor = empenho = instituto de 
direito material), é feita pela apreensão (com a avaliação) dos bens e o 
depósito (relação de direito público), feito por um depositário público ou um 
depositário particular, sendo que o particular é facultativo. 
○ Súmula 319 do STJ: o encargo de depositário de bens penhorados pode 
ser plenamente recusado. 
○ Se o depositário perceber que a coisa está para perecer, de alguma forma, 
ele deve solicitar a alienação antecipada de bem penhorado. O exequente e 
o executado podem ser o depositário, mas também pode ser um terceiro 
○ Art. 840. O bem fica com o executado em casos de difícil remoção ou 
quando o exequente permitir (casos de exceção).​ Maquinários agrícolas 
também ficam em poder do executado para que ele possa conseguir 
continuar com suas atividades, nos raros casos em que a pequenapropriedade agrícola for penhorada. 
○ 840 — demais disposicoes sobre depositario 
■ Impossibilidade de prisao do depositario infiel 
○ Súmula 179 do STJ​: 
● Formalização: termo ou ato. ​Ato realizado fora ou dentro da sede do juízo. Art. 838 
(elementos que devem constar no termo ou auto de penhora). As partes devem ser 
intimadas para se pronunciarem sobre o termo ou auto. 
○ Art. 839 
○ Art. 838 — a apreensao se formaliza por termo ou auto. No caso da penhora 
eletronica de dinheiro ou aplicacao financeira, a penhora se aperfeicoa 
independentemente de auto ou termo 
○ Termo — redigido pelo escrivao ou chefe de secretaria 
○ Auto — lavrado pelo oficial de justiica, quando a apreensao é realizada fora 
da sede do juizo 
○ Ambos devem ter os elementos do artigo 838 
○ Detalhes: paginas 881 a 883 de didier. 
 
 
CONTINUAÇÃO DE PENHORA 
AULA 01/06 
 
● Efeitos 
○ Materiais 
■ Alteração do título de posse 
■ Ineficácia dos atos de disposição do devedor para a execucao. 
Relativa. 
● Eventual alienacao/oneracao do bem penhorado para terceiro 
existe, é valida, mas só é eficaz inter partes, nao sendo eficaz 
para a execucao. Assim, nao obstante subtraido do patrimonio 
do executado, o bem continuara respondendo pela execucao 
em que foi penhorado. 
■ Reflexos penais. ​Art. 179, CP 
○ Processuais 
■ Individualização de um bem do devedor, dentre todos, a ser 
expropriado judicialmente 
■ Conservação e guarda pelo depositario 
■ Possibilidade de efeito suspensivo à defesa do executado 
■ Direito de preferência para o credor sobre o bem penhorado 
● Art. 797 
● Ordem e espécies (art. 835, CPC) 
○ Liquidez → efetividade. Qual o meio com maior liquidez (facilidade) de 
executar a penhora? 
○ Menor onerosidade 
○ Possibilidade de alteração da ordem. Ela é prévia, mas não obrigatória. Resp 
1.186.327 — SP 
● Objeto da penhora 
○ Podem ser objeto da penhora os bens do patrimonio do devedor e do 
patrimonio de terceiros responsaveis (art. 790), sendo que só podem ser 
penhorados aqueles: 
■ Que tenham expressao economica 
■ Que nao se enquadrem nas hipoteses de impenhorabilidades 
● Limites da penhora 
○ Art. 831 — restricao da penhora aos bens suficientes para satisfacao do 
credito devidamente atualizado, com seus acessorios (juros, custas e 
honorarios) 
○ A penhora deve recair sobre os bens que bastem para cobrir a divida 
principal atualizada, bem como os juros e os encargos processuais 
○ A invasao patrimonial deve revelar utilidade pratica 
○ Art. 836, §1 — se nao encontrar mais bens penhoraveis, o oficial desrevera 
na certidao aqueles que guarnecem a residencia ou o estabelecimento do 
devedor 
 
● Art 835, I —> Dinheiro. Súmula 417 do STJ. ​Nem a penhora de dinheiro tem 
caráter absoluto, mesmo sendo a primeira da ordem, via de regra. Por acordo 
das partes, é possível que o dinheiro não seja o primeiro bem a ser penhorado. 
A doutrina manteve o entendimento da súmula, apesar do §1o, pois a ordem pode 
ser alterada (mesmo que há quem entenda que dinheiro não pode ser relativizado e 
deve ser o primeiro a ser buscado) 
○ Em espécie ou em aplicação financeira —> ​o juiz pode determinar de 
plano a penhora da conta corrente do executado, respeitadas as 
impenhorabilidades (bacenjud). ​Essa hipótese surge a partir dos anos 
2000, consolidada no novo código. 
○ Dinheiro em aplicação financeira é o dinheiro em conta corrente, ou dinheiro 
aplicado em poupança. Cota em fundo de investimento não é considerado 
dinheiro em aplicação financeira. REsp 1.388.642 — SP. 
○ Penhora online (Art. 854, CPC) —> ​bacenjud (sistema) por meio do qual o 
juiz determina ordem de bloqueio/indisponibilidade de todas as contas do 
executado, até a ordem do valor. O problema é que quando o juiz determina 
a indisponibilidade, TODAS as contas são bloqueadas no valor devido. 
Então, se a pessoa deve apenas 10k, mas tem 20k em duas contas 
diferentes, ambas vão ter os valores de 10k bloqueados (indisponibilidade de 
todas as contas do executado até o valor da execução). O juiz realiza o 
bacen, o banco central recebe o pedido e faz a indisponibilidade, mas o juiz 
demora até 48h para obter essa resposta. Quando a obtém, ele tem a 
obrigação de liberar os excessos. Não houve a penhora ainda, apenas a 
indisponibilidade. ​O executado tem o direito, ainda, de se pronunciar 
sobre o bloqueio (direito ao contraditório) em até 5 dias​. Caso o 
executado não tenha razão, o juiz vai realizar a transferência para uma conta 
judicial. 
■ Nao pode ser feita ex officio 
■ Em suma: 
■ >bloqueio das contas 
■ >24h — liberar os excessos 
■ >5 dias — pronunciamento do executado 
■ >transferência para uma conta judicial — penhora. ​Teoricamente 
nao ha penhora online, apenas o bloqueio online. Diz-se penhora 
online para facilitar o entendimento. Meio barato, eficiente e efetivo. 
● Arresto online — precede a penhora e só pode ser concedido 
mediante perigo de dano 
○ A penhora online não significa violação de sigilo bancário, pois não se 
buscam as informações nele, apenas o pagamento. 
○ Entendimento do STJ (que Eduardo concorda) — como já há o direito do 
executado se pronunciar após o bloqueio, não há necessidade de termo de 
penhora após realizada a penhora online, para que o executado se pronuncie 
novamente. ​REsp 1.195.976 — RN. 
○ Impenhorabilidade do salário em até 50 salários mínimos e 
impenhorabilidade do valor depositado em conta poupança de até 40 salários 
mínimos. Quando o juiz determina o bacenjud, o banco central nao sabe 
fazer a distinção do que é conta corrente e do que é conta poupança, por 
isso o juiz deve estar atento em fazer imediatamente a liberação dos 
excessos. 
○ O ​juiz não pode determinar de ofício a penhora online, tendo que haver 
pedido expresso da parte ​(eduardo não concorda com esse entendimento, 
mas ele deve ser seguido). Recomenda-se, pois, que seja pedido logo na 
inicial. 
○ Caso nao haja saldo na conta do executado, o juiz não pode realizar novas 
penhoras online de ofício. Deve haver provocação da parte (pedido), mas 
esse pedido deve trazer novas razões/novas circunstâncias para esse novo 
bloqueio. ​REsp 1.657.158 — RJ 
○ Como o bacenjud não faz a distinção entre o tipo de conta, pode acontecer 
de haver o bloqueio de conta conjunta do devedor com terceiro. Nesses 
casos, é de entendimento do STJ que o valor deve ficar bloqueado até que o 
executado comprove quanto daquele valor é dele e quando é do terceiro. 
Caso essa comprovação não seja possível, considera-se frações iguais (meio 
a meio) na conta conjunta.​ REsp 1.510.310 — RS 
○ Súmula 328 do STJ.​ ​O lastro financeiro no banco central (% que o banco 
deve enviar para ele para garantir a insolvência) não pode ser penhorável 
● Art. 835, II — títulos da dívida pública. ​É um valor que o devedor tem contra o 
Estado. Pode ser negociado, em regra, e também impenhorável. Nao entram os 
precatórios. 
● Art. 835, III — títulos de valores mobiliários que a parte possua, mas não contra o 
Estado, e sim contra terceiros. 
○ Ambos, os incisos II e III, servem como penhora de crédito. 
● Art. 835, IV — veículos de via terrestre.​ Convênio do CNJ com o Renavam — 
RENAJUD. O Renajud permite o lançamento de um bloqueio sobre um veículo, para 
o oficial de justica captá-lo. O bem móvel segue para hasta pública. 
● Art. 835, V — bens imóveis. ​Nao se faz mais penhora direto no cartório. 
○ A penhora de bens imoveis pode ser feita à distancia, por termo nos autos, 
uma vez apresentada a certidao da respectiva matricula. Art. 835, §1. 
○ Quando a penhora é feita por termo nos autos, baseada na certidao da 
matricula do bem, pode acontecer de nao ser citada, no respectivo termo, a 
existencia de acessorios (construcoes, plantacoes ou outras acessoes). A 
omissao pode ser suprida por iniciativa da propriaparte, que podera informar, 
em momento posterior, a existencia desses bens, para que sejam incluidos 
na penhora. 
○ Certidão de registro do imóvel. ​O exequente tem o direito/obrigação de 
trazê-la aos autos. Deve ir de cartório em cartório procurando. ​Como 
alguns cartórios já vem fazendo convênio com o CNJ, é possível que daqui a 
alguns anos exista um sistema similar ao bacenjud e ao renajud. 
○ Penhora por termo nos autos. ​A parte junta o registro do imóvel e se o 
juiz deferir, a vara lavra um termo de penhora do imóvel, e intima o 
executado para se pronunciar sobre ele. Esse termo tem que conter 
tudo: nome do exequente e do executado, valor da execucao, valor do 
bem, qualidade da execução. Quando o executado for intimado, ele 
pode acordar outro termo de pagamento que esteja na ordem de 
preferência, como dinheiro ou veículo. Cônjuge deve se pronunciar 
também sobre o termo de penhora. 
○ Averbação do termo de penhora no registro. ​Garante o direito de 
preferência e gera presunção de má-fé da parte que adquirir o imóvel. 
Nao é obrigatoria, mas recomendavel. 
○ Sumula 134. ​O conjuge deve ser convocado para ser parte e se defender da 
penhora do bem, podendo tal defesa ocorrer por meio de embargos à 
execucao ou impugnacao, se quiser atacar a divida objeto da execucao, ou 
por embargos de terceiro, se quiser simplesmente proteger sua quota-parte. 
Sumula 134 do STJ. 
○ Valor do bem imóvel avaliado por um perito do juiz. O valor que constar na 
prefeitura é apenas um guia. 
● Art. 835, VI — bens móveis em geral. 
● Art. 835, VII — semoventes. ​Penhora de animais (``cabeças de gado``) 
● Art. 835, VIII — navios e aeronaves. ​Mais difícil de vender e de manter. Além disso, 
navios e aeronaves também estão, muitas vezes, atrelados a atividades mais 
específicas, como transporte de passageiros e transporte de cargas. Lanchas e 
jatinhos, segundo Eduardo, não entram aqui, mas em bens móveis em geral. 
○ Manutencao das atividades — o juiz deve determinar essa manutenção para 
manter a atividade produtiva do bem afetado e mantê-lo em funcionamento. 
○ Nao havendo penhora dos frutos, eles continuam indo para o executado 
● Art. 835, IX — ações e quotas. ​Sociedade simples ou empresária. 
○ 1o caso — ltda e s.a. Fechada. Art. 861, CPC. ​Deve-se preservar o ``affectio 
societatis``. Em primeiro lugar deve-se tentar vender as cotas para os outros 
sócios, depois, para a sociedade, e por último tenta adjudicar ou vender em 
hasta pública/leilão 
○ 2o caso — anônima aberta. ​Pode-se partir direto para a terceira parte, de 
adjudicacao ou hasta pública/leilão. Penhorado como quaisquer outros bens 
móveis. 
○ Antes da adjudicação deve haver a avaliação do bem, seja cota ou ação. 
○ Art. 861 
● Art. 835, X — Percentual do faturamento.​ ​Excepcional. 
○ O juiz deve preservar a manutenção da empresa. 
○ O STJ tinha um entendimento de que acima de 30% era um percentual 
abusivo. 
○ Geralmente, na prática, se determina a penhora de 10% do faturamento 
mensal. 
○ O juiz deve fazer a nomeação de depositário administrador. Interventor 
na empresa. Ele tem poderes para realizar mensalmente a penhora 
desse percentual. Obviamente o depositário administrador deve ser 
remunerado, fixando-lhe os honorários. 
○ A penhora do faturamento só é possivel em caso de inexistencia de outros 
bens penhoraveis e havendo a necessidade de fixacao de um percentual que 
propicie a tutela do credito e nao torne inviavel o exercicio da atividade 
empresarial. Art. 866 
● Art. 835, XI — Pedras e metais preciosos. 
● Art. 835, XII — direitos aquisitivos 
○ Direitos de promitente comprador. Ainda nao tenho a propriedade, mas tenho 
o direito real sobre bem imóvel. Esse direito pode ser penhorado, mesmo não 
se havendo ainda materialização desse direito. 
● Art. 835, XIII — outros direitos 
○ Penhora de crédito. Art. 855 — 860, CPC. 
■ Caso 1: Juiz, credor x, devedor y. O devedor y deve 10k para o credor 
x. 
■ Caso 2: juiz, devedor y como credor, devedor z. O devedor z deve 
10k para o devedor y. 
■ Faz-se, portanto, ``penhora no rosto dos autos``. Faz-se a penhora de 
crédito para o credor x tendo em vista o valor que vai ser recebido 
pelo devedor y. 
■ Sao penhoraveis direitos do executado contra terceiros, desde que 
tenham caráter patrimonial e possam ser transferidos/cedidos 
independentemente do consentimento do terceiro 
○ Penhora de frutos e rendimentos. Art 867 — 869, CPC. 
■ Pode ser determinada ex officio 
■ Nao depende do consentimento das partes 
○ Penhora de estabelecimento. Art. 862 — 865, CPC. 
■ O juiz tem o dever de tentar manter as atividades empresariais, por 
meio de um depositário administrador. 
■ Pode-se penhorar uma filial ou um estabelecimento sede. 
■ Súmula 451, STJ. 
○ Penhora de bem indivisivel. Art. 843 
● Lugar e tempo da penhora 
○ Os bens devem ser penhorados em qualquer lugar, onde quer que estejam 
mesmo que sob posse, detencao ou guarda de terceiros. Art. 845. 
○ Preferencia sobre aqueles que estao no foro da execucao. Art. 848, III 
● Intimacao do executado 
○ Art. 841 
■ Sera feita ao advogado (§1) 
■ Se nao houver advogad, o executado sera intimado pessoalmente 
(§2) 
● Intimacao de terceiros 
○ Art. 799 
○ A ausencia de intimacao pode gerar a ineficacia do ato de alienacao do bem 
penhorado em relacao ao terceiro nao intimado, nas hipoteses em que a 
necessidade de intimacao esta expressamente prevista (arts. 799, 804 e 889) 
 
 
ACAO MONITORIA 
Aula 02/05 
 
● Art. 700 — 702 do CPC 
○ Art. 700, I — a monitoria também persegue a entrega de coisa 
○ II — desde que se persiga algo que esteja claro no documento, pode-se 
perseguir bem movel ou imovel 
○ III — obrigação de fazer ou não fazer 
■ O procedimento é igual para todas 
○ §1 — prova oral documentada 
○ §2 — trata da coisa, da obrigação pecuniária, mas falta tratar da obrigação 
de fazer ou não fazer. 
○ §3 
○ §4 
○ §5 
○ §6 — entendimento da ​súmula 339 do stj 
○ §7 — admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o 
procedimento comum. Mandado monitório. 
● Procedimento especial de natureza mista 
○ Vale para documentos sem eficácia de título jurídico, mas que a partir 
desses documentos dá para verificar a existência de uma dívida 
○ Entre a ação ordinária e a acao de cobranca 
○ Técnica de monitorização 
○ Ela é só um exemplo dessa técnica (outro exemplo é a tutela de evidência) 
○ É uma decisão prévia que depende da conduta da parte contrária. Se ela não 
impugna, continua como acao de cobranca. 
● Petição inicial 
○ Não cabe audiencia previa de conciliacao e mediacao no começo do 
processo (nao eh uma etapa do procedimento da ação monitória), mas 
isso não impede que o juiz a qualquer tempo possa achar que essa 
audiência é devida 
○ É ideal que a petição inicial tenha a planilha. Eduardo entende que se nao 
tiver ela, o juiz deve mandar a emenda. Isso porque a planilha vai ter todo o 
débito detalhado e atualizado 
○ Pedido e causa de pedir 
○ Documentos aptos a instruir a monitoria 
○ Jurisprudência (alguns exemplos): 
■ Documentos sem eficacia de titulo executivo, via de regra 
■ Porém, o STJ já decidiu que mesmo tendo título executivo a 
parte pode optar pela acao monitoria 
■ A vantagem é que títulos executivos extrajudiciais, quando 
cobrados por via monitória, caso a parte não impugna, começa a 
correr como acao de cobranca/cumprimento de sentenca, sendo 
esse processo mais rápido que o da execução de título executivo 
extrajudicial 
■ Ademais, prova unilateral permite o ajuizamento de ação monitória, 
apesar de parte da doutrina discordar sobre isso 
■ Cheque prescrito (súmula 299 do STJ) 
● Cheque prescrito é diferente de dívida prescrita. O cheque 
prescreve, em geral, em 6 meses (a parte tem até 6 meses 
para ajuizar acao de cobrancasobre ele) —> perda de 
executividade. Não pode mais instruir a execução. 
● Ainda assim, é possível acao monitoria sobre esse 
cheque, pois com base nele dá para visualizar a existência 
de uma dívida. 
■ Contrato de abertura de conta, acompanhado do demonstrativo 
de débito (Súmula 247, STJ) 
● Falta liquidez e participação do devedor 
● Demonstrativo de débito se materializa em extratos da 
conta 
● Acao de execucao nao eh possivel, pois contrato de 
abertura de conta não é título executivo de forma alguma. 
■ Nota fiscal mais prova (AgRg no AREsp 432.078/RS) 
● Prova documental ou pelo menos documentada 
○ Documento e prova documentada 
■ É imprescindível que haja um documento. Este pode ser genuíno, que 
atesta um negócio jurídico, ou pode ser um documento reduzindo a 
termo/atestando uma prova oral 
■ Pode ser prova emprestada de outro processo, desde que seja 
materializada no documento 
○ Cheque e desnecessidade de menção ao negócio (Súmula 531, STJ) 
■ Quando se instrui a ação monitória com cheque, nao eh obrigado 
a indicar a causa de pedir (o trâmite pelo qual surgiu o cheque, 
porque a pessoa contraiu a dívida e etc). Isso porque o cheque é 
um título de crédito e, como título de crédito, ele se desprende da 
relação negocial que lhe deu origem 
■ Outros títulos de crédito aplicam-se o mesmo entendimento 
■ É diferente da duplicata, em específico, que é um título que não 
consegue se desprender da relação negocial que lhe deu origem 
○ Ação monitoria e Fazenda Pública (Súmula 339, STJ) 
■ Quando se vai executar a fazenda pública, existe um 
procedimento específico 
■ Contudo, se o código não dispõe de uma forma de tramitação da 
ação monitória especificamente para a Fazenda Pública, é 
esperado que essa siga o procedimento comum 
■ A parte pode executar através de precatórios ou de determinado valor 
○ Valor da causa 
■ Valor do débito perseguido 
■ Proveito econômico que se quer obter com aquela acao monitoria 
■ Se não for possível de forma alguma quantificar um valor, arbitra-se 
(geralmente em mil reais) 
● Emenda e indeferimento da petição inicial 
○ Oportunização, no prazo de 15 dias, emende a peticao inicial, caso a parte 
nao junte o documento que acha devido ou haja algum outro vício processual 
○ Se a parte nao emenda nesse prazo, tem-se o indeferimento da petição 
inicial 
● Expedição do MANDADO MONITÓRIO (= injuncional) 
○ Mandado monitório = citação 
○ Opções do réu 
○ É aquele em que o juiz determinou a citacao do reu, que não exatamente vai 
ser executado. 
○ O réu é citado para: 
■ Pagar —> extincao do processo com resolucao de merito 
■ Embargar —> o procedimento, que era monitório, se torna 
procedimento comum 
○ Se a parte nem paga, nem embarga, transforma a ação monitória em 
cumprimento de sentença, sem maiores formalidade 
○ Ele não é citado para contestar 
○ Prazo de 15 dias para pagar ou embargar 
○ Nao eh mais necessaria a citacao por oficial de justica (mandado), podendo, 
agora, ser por qualquer meio 
○ Assim, o mandado monitório não é mais necessariamente um mandado, 
podendo ser uma carta, edital, etc 
● Embargos monitórios 
○ Natureza jurídica 
■ 1a corrente: defesa em forma de ação 
■ 2a corrente: defesa (= contestação)​ — corrente de Eduardo 
■ Aplicam-se as mesmas regras que as dos embargos 
○ Cumprimento voluntário 
■ 2 premiações: 
● Isenção de custas. ​Seria o caso de o autor exigir 
restituição de custas do tribunal, para não ficar no 
prejuízo 
● Redução de honorários — 5% 
○ Se o réu não pagar: 
■ Custas 
■ Honorários de 10 a 20% 
■ Mas não incide multa ​(quando é título executivo extrajudicial ou ação 
monitória não incide multa) 
○ Art. 701 
○ §1 
○ §2 
○ §3 — possível ação rescisória nos casos previstos por ela 
○ §4 — art. 496: remessa necessária 
○ §5 — possibilidade de parcelamento na acao monitoria 
○ Art. 702 — embargos monitorios — no prazo que se tem para pagar, pode 
embargar. Os dois prazos correm juntos 
○ §1 — qualquer materia de merito (documento falso, dívida prescrita), excesso 
de execução, etc 
○ §2 — 
○ §3 — se refere ao parágrafo 2. Se a parte esquecer de dizer qual o excesso, 
o juiz deve rejeitar o seu argumento. Parte da doutrina entende que aqui 
deveria haver a possibilidade de emenda 
○ §4 — segue ao procedimento comum 
○ §5 — contestação/réplica aos embargos 
○ §6 — possibilidade de reconvenção 
○ §7 — no caso do embargo que entende a existência de excesso, a parte que 
o embargante entende devida torna-se cumprimento de sentença, e o resto 
incontroverso continua a tramitar em procedimento comum 
○ §8 
○ §9 
○ §10 
○ §11 — multa por litigância de má fé 
 
 
 
 
EXECUCAO DE ALIMENTOS 
Aula 06/06 
● Espécie de execução por quantia certa 
● Diplomas legislativos importantes 
○ Código civil 
○ Lei de alimentos (lei 5.478/68) — ​regulamenta a ação de alimentos 
■ Procedimento especial. Quando a pessoa entra com a ação de 
alimentos, já existe a previsão de uma tutela provisória (espécie de 
tutela de evidência) provendo a demanda. Ademais, quando se tem a 
audiência de mediacao e conciliacao, chama-se também a parte para 
que apresente a sua contestação 
○ CPC — ​regulamenta também a execução de alimentos fundada em título 
executivo extrajudicial. Contratos são títulos extrajudiciais executivos, que 
podem discriminar sobre prestação alimentícia, por exemplo 
● Especificidade da execução decorre —> ​natureza da obrigação***** 
○ Alimentos — mínimo necessário para prover as necessidades básicas do 
indivíduo. Não abrange somente a ideia de realmente ``se alimentar``, mas 
abrange também moradia, educação, lazer. A depender dessas condições, o 
valor dos alimentos irá variar. 
○ Código Civil — art. 1.920 — conceituação de alimentos 
■ ``o legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vestuário, a 
casa, enquanto o legatário viver, além da educação, se ele for 
menor`` 
○ Eh um tipo de execução por quantia 
○ Tem procedimento especial 
■ No cumprimento de sentença de prestação alimentícia a parte tem 3 
dias para pagar ou para impugnar, de forma cumulativa, os dois 
prazos correm juntos 
○ Técnicas executivas diferenciadas 
■ Direta — ​sub rogação. Satisfazer a pretensão do credor 
● Desconto em folha de pagamento ou penhora de salário, 
particulares da execução de alimentos (nao sao usados na 
execução por quantia certa geral) 
■ Indireta — ​medidas coercitivas para forçar o cumprimento da 
execução 
● Prisão civil do devedor 
○ Pode ser fundada em 
■ TEJ (arts 528 — 533, CPC) 
■ TEEJ (arts. 911 — 913 CPC) 
● Processo autônomo 
● Científica-se o executado por citacao, devendo o juiz fixar 
de plano os honorários advocatícios de 10% 
● 3 dias para cumprimento da obrigação (art. 231, §3) 
● Defesa: embargos do executado. 15 dias a partir da 
juntada aos autos do comprovante de citação. A 
concessão de efeito suspensivo não impede que o 
exequente levante o dinheiro mensalmente. 
● Art. 912 — desconto em folha 
● Aplicacao do art 529, §3 de forma analogica. 
● Art. 913 — execução por expropriação. 
● *****classificação da obrigação de prestação alimentícia 
○ Quanto à origem 
■ Legítimos — ​decorrem de relação familiar. Podem surgir no exercício 
do poder familiar (pai — filho, mãe — filho) ou decorrentes de uma 
dissolução de casamento ou dissolucao de uniao estavel. Pode, 
ainda, decorrer de relação de parentesco (o filho pode ter relação 
alimentar para com os pais idosos — o estatuto do idoso inclusive 
prevê uma obrigação solidária dos filhos com os pais idosos). 
● Nao entram os parentes mais externos, apenas o ``núcleo 
familiar``, no máximo, até a relação com os avós 
■ Voluntários — ​fixados pela vontade de alguém. Podem ser fixados 
através da prática de ato inter vivos ou ato mortis causa. Pode haver 
alimentos

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