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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA Aula 02/05 ● Disposições gerais (aplicáveis a todo cumprimento de sentença) —> arts. 513 — 519 ○ Instrumentalização ■ Processo autônomo ■ Fase do Processo Sincrético ● Em regra, o cumprimento de sentença para pagamento de quantia desenvolve-se como fase do processo no bojo do qual o direito à prestação pecuniária foi certificado, mas é possível que sua promoção exija a instauração de um processo autônomo. É o que ocorre nos casos que se tem como título executivo judicial a sentença penal condenatória, a sentença arbitral, a sentença estrangeira homologada pelo STJ e a decisão interlocutória estrangeira, após o exequatur (art. 515, §1) ou o acórdão que julga procedente a revisão criminal (art. 630 do cpp). ● Nesses casos, o intimado é citado, e não intimado, para pagar. ○ Deflagração do Procedimento ■ Duas fases: ● 1 —> fase inicial ou fase de cumprimento voluntário ● 2 —> fase de execução forçada, em que se praticam os atos tendentes à satisfação compulsória do direito de prestação do credor. Ocorre com o não adimplemento espontâneo da primeira fase. ■ Petição inicial ■ Simples petição ■ Ex officio —> primeira fase ou segunda fase (em caso de não fazer ou entregar coisa certa). ○ Ato de comunicação do executado ■ Citação ■ Intimação (art. 513) ● Diário oficial ● Carta (parágrafo 4o, parte intimada quando representação for feita por defensor) ● Meio eletrônico ● Edital (réu revel citado por edital) ○ Prazos ■ Depende do procedimento ■ Contagem: ● Dias corridos ou dias úteis? —> o pagamento é tido como prazo processual. Assim, conta-se de acordo com o CPC, em dias úteis, em regra geral e entendimento majoritário. Contudo, há os que veem o pagamento como ato material, devendo ser contado de acordo com os dias corridos do código civil (entendimento minoritário) ● Dies a quo —> termo inicial. Efetiva intimação. Art. 231. §3, o prazo tem início a partir da própria intimação, e não da juntada do aviso de recebimento, quando a comunicação for feita desse modo. ● Art. 523, caput — 15 dias para cumprir a decisão judicial. ● Também é de 15 dias o prazo para pagar no caso do cumprimento de sentença em processo autônomo (art. 515, §1), que se inicia a partir da citação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta (art. 231, §3) ● Prazo em dobro? —> litisconsortes com advogados diferentes: prazo em dobro. ● O entendimento de didier é o de que havendo litisconsórcio passivo, o prazo para cumprimento voluntário é contado individualmente, a partir da respectiva intimação (art. 231, §2). Como é prazo para cumprimento, e não para manifestação, não se conta em dobro mesmo quando há litisconsortes acompanhados por distintos procuradores (art. 299) ● Procedimento comum do cumprimento de sentença para pagamento de quantia —> art. 523 e seguintes ○ Petição de cumprimento de sentença ○ Multa de 10% e honorários de 10% — art. 525, §1 ○ Ambos têm a mesma base de cálculo ○ Multa de 10% —> divergência: multa de natureza punitiva, coercitiva ou mista? Eduardo acredita que a multa é sancionatória, não sendo punitiva. Assim, ele acredita que é um valor fixo, não podendo ser alterada. É uma sanção para quem não pagou em 15 dias. Ademais, a multa é revertida em favor do exequente. ○ Honorários de 10% (fase executiva). Incidem sobre o valor puro da execução, sem a multa. ○ Custas processuais, se houver ○ Depois do prazo de 15 dias para pagar, mais 15 para impugnar. Aula 04/05 ● Deflagração do procedimento ○ Não compete ao juiz fazê-lo de ofício ○ A instauração do cumprimento de sentença para pagamento de quantia depende da provocação do exequente. ○ A fase de execução forçada se inicia sem a necessidade de nova provocacao do exequente (art. 523, §3), observadas as regras da execução por pagamento de quantia (arts. 824 e sgs) ● Requisitos ○ Art. 524 — processo sincrético ○ Processo autônomo = requisitos do cumprimento de sentença + requisitos da petição inicial (petição inicial = art 319) ○ Aplica-se, no que couber, os comandos do art. 798 e 799 ○ Além dos incisos I a VIII do artigo 524, a petição deve ser instruída também com o requerimento de intimação dos sujeitos indicados nos arts. 799 c/c 804 e 889, se for o caso. ○ Art. 524, Inciso VII — se o exequente desconhece a existência de bens penhoráveis, pode solicitar ao juízo o BACENJUD (art. 854) ○ No processo sincrético, na fase de execução, é desnecessária a juntada do título executivo judicial uma vez que ele ja está nos autos do processo. Deve-se, somente, peticionar com o demonstrativo atualizado do débito, como afirma o caput do art. 524. ○ É necessária instruir a petição com a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo (art. 514) e com a prova de que o exequente adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do exequente (art. 798, I, d) ○ O art. 799, VIII, autoriza que o exequente pleiteie a concessao de medidas urgentes, sendo tutela provisoria cautelar ou satisfativa. ○ O art. 799, IX, outorga ao exequente o direito potestativo de proceder à averbacao em registro publico do ato de propositura da execucao e dos atos de constricao realizados, para conhecimento de terceiros. O objetivo é caracterizar a fraude à execucao, caso haja alienacao ou oneracao do bem em cujo registro se fez a averbacao (art. 792, II). ● Intimacao do executado + prazo ○ 15 dias úteis (prazo processual) para pagamento da dívida ○ A intimação segue as regras gerais previstas no art. 513 ○ O prazo tem início da própria intimação, e não da juntada do respectivo aviso de recebimento, quando feita desse modo (art. 231, §3). ○ Também é de 15 dias o prazo para pagar no caso do cumprimento de sentença em processo autônomo (art. 515, §1), que se inicia a partir da citação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta (art. 231, §3) ○ O entendimento de didier é o de que havendo litisconsórcio passivo, o prazo para cumprimento voluntário é contado individualmente, a partir da respectiva intimacao (art. 231, §2). Como é prazo para cumprimento, e não para manifestacao, nao se conta em dobro mesmo quando há litisconsortes acompanhados por distintos procuradores (art. 299) ○ O pagamento no prazo de 15 dias dispensa o pagamento da multa e dos honorários ○ Nada impede, porém, que em negócio processual celebrado nos termos do art. 190, as partes decidam por um prazo para pagamento espontâneo menor. ○ Não pagamento no prazo de 15 dias = inadimplemento. O inadimplemento pressupõe a previa intimacao do executado, nos termos do art. 513. ● Pagamento parcial ○ Art. 523, §2 ○ A multa de 10% e os honorários advocatícios incidem sobre o restante da dívida ● Multa de 10% e honorários de 10% ○ Multa fixada em lei ○ Multa = medida de coerção indireta e de punição. Dispensa manifestação judicial. ● Impugnação ao cumprimento de sentenca ○ Art. 525 ○ 15 dias (prazo processual) para interposição da petição de impugnação sendo que este prazo começa a correr após o término do prazo de pagamento da dívida ○ O devedor somente pode insurgir-se contra os cálculos do credor mediante impugnação, na forma e nos limites do art. 525. ○ O juiz pode realizar a censura da petição e da memória de cálculo caso entenda o valor ser extrapolante, enviando os autos para a contadoria (entendimento de Didier). ● Parcelamento da dívida? ○ O credor tem a opção de aceitar, no cumprimento de sentença. Mas na execução de título extrajudicial, é obrigatório o credor aceitar. ● Didier: umavez transitada em julgado a decisão que condena ao pagamento de quantia certa, ou que liquida o valor a ser pago, tem início o prazo de prescrição intercorrente, porque a instauração da fase subsequente, de cumprimento definitivo, fica a depender da exclusiva vontade do credor. Art. 924, V. ● Necessidade de dados e documentos para ajudar o juiz na elaboração do demonstrativo = art. 524, §3 ● Necessidade de dados e documentos para ajudar o juiz na complementação do demonstrativo = art. 524, §4 ○ Em qualquer um dos dois casos, caso o documento seja pedido a terceiro, ele será citado para apresentá-los em 15 dias, de acordo com o art. 401. ● Art. 526 — pode o devedor ou responsável, antes de ser intimado para o cumprimento da sentença, comparecer perante juízo competente para o cumprimento da sentença (art. 516) e oferecer em pagamento o valor que entende devido. ○ Assemelha-se a uma acao de consignacao em pagamento incidental, mas se distingue por não pressupor a recusa do credor em receber a prestação e por pressupor dívida líquida. ○ Jurisdição voluntária. ○ É ônus do devedor juntar, à petição em que exerce essa ação, a memória discriminada do cálculo do valor que reputa devido. ○ §1 — o credor será intimado para se manifestar em 5 dias, podendo impugnar, juntando memória discriminada do cálculo que entende devida. ○ Caso o juiz conclua pela insuficiencia do deposito, sobre a diferença incide multa de 10% e honorários advocatícios de 10%, seguindo-se penhora e atos subsequentes, caso o devedor não complemente o depósito, após ter sido intimado para tal ato. A decisão que reconhece a insuficiencia do deposito é titulo executivo (art. 515, I). ○ A opção pelo incidente deste artigo implica que o devedor pode ainda oferecer impugnação à decisão supracitada, mas não pode rediscutir a existência da dívida, tampouco do título executivo originário. IMPUGNAÇÃO AO CUPRIMENTO DE SENTENÇA ● Art. 525. ● Natureza jurídica: ○ 1 — ela é defesa e é incidente processual (não forma nova relação processual) ○ 2 — natureza de ação incidental do executado contra o exequente (araken de assis) — deve ser lido como os embargos ○ 3 — defesa ou ação, conforme a matéria veiculada (nelson) — direito processual ou direito material ○ Didier se filia à corrente 1, que vê a impugnacao como defesa, pois ela serve à concretização do exercício do direito de defesa, sendo que o executado não demanda, não age, apenas resiste e se opõe. ○ A impugnação é um incidente cognitivo na execução, dando ensejo a cognição limitada e exauriente secundum eventum defensionis. ○ O conteúdo é limitado pelo art. 525, §1 (rol taxativo). ● Não é necessária a garantia do juízo ● Oferecida no prazo de 15 dias contados após o transcurso do prazo para cumprimento espontâneo, independentemente de nova intimacao (art. 525, caput). Ou seja: a intimacao para o cumprimento voluntário deflagra dois prazos subsequentes de 15 dias. ● Prazo em dobro para litisconsortes com advogados diferentes ● Nada impede que o executado se antecipe e apresente sua impugnação antes do início do prazo (art. 218, §4) ● Matéria que pode ser veiculada ○ Art. 525, §1 — na impugnação o executado poderá alegar: ■ I — nulidade de citação ● Processo que corra sem reu ● Se, apesar de nula a citação, o réu apareceu e contestou, não há como alegar a nulidade na impugnação ■ II — ilegitimidade da parte ● Não se trata de legitimidade que poderia ser arguida na fase de cognição, mas diz respeito à execução, somente. ● Duvida. Exemplo? ■ III — falta certeza, liquidez ou exigibilidade ● Ha inexequibilidade quando a decisao judicial nao é título executivo ● Ex.: executar provisoriamente uma decisão impugnada com recurso com efeito suspensivo, sentença estrangeira sem homologação do STJ, decisão rescindida, sentença que deveria ter sido submetida a remessa necessária e não o foi, etc. em todos os casos, falta título. ■ IV — penhora incorreta ou avaliação errônea ● doutrina: caso de impugnacao a partir da penhora em até 15 dias ■ V — Cumulação indevida de execuções ou excesso de execução ● O juiz extingue uma e deixa a outra ● Excesso de execução ● Art. 917, §2 ● R$ 10.000,00 — juros de 1% a.m. Evento danoso e correção monetária data da sentença ● §5 ■ VI — incompetência absoluta e relativa ● Padrão semelhante ao da alegação de incompetência na fase de conhecimento ● Cabe ao demandado/executado alegar qualquer hipótese de incompetência, absoluta ou relativa, em sua peça de defesa. ● A incompetência aqui é para processar o cumprimento de sentenca. ■ VII — qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença ● Rol exemplificativo ● Súmula 150 do STF ■ Impugnação ao cumprimento da sentença arbitral ● Só se pode discutir a validade da sentença ou as matérias previstas no art. 32 da lei 9307 de 1996 ● Prazo de 90 dias do §1 do artigo 33 da referida lei ○ §11 — fatos supervenientes à propositura da impugnação ou de seu prazo que podem ser alegado em petição simples, no prazo de 15 dias contado da comprovada ciência do fato ou da intimação do ato. ○ §12—14: inexigibilidade da decisão fundada em lei, ato normativo ou interpretação tidos pelo STF como inconstitucional ■ A decisão-paradigma do STF deve ter sido proferida antes do trânsito em julgado da decisão exequenda. ■ Se a decisão do STF for posterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda, o caso é de ação rescisória. ■ O STF pode modular os efeitos no tempo da decisão paradigma, como forma de concretização do princípio da segurança jurídica ● Intimacao do exequente para se opor à impugnação ○ Código não estabelece ○ Doutrina minoritária — prazo de 5 dias, com base no art. 218, §3 ○ Doutrina majoritária — prazo de 15 dias. ■ Entendimento de Eduardo Campos. A justificativa para o prazo de 15 dias é o da isonomia — se a impugnação teve o prazo de 15 dias para ser proposta, igualmente deve ter o exequente para se manifestar. O juiz, pois, deve fixar em 15. ● Efeito suspensivo ○ Em regra, não há ○ Requisitos (§6) ■ Fumus boni iuri ■ Periculum in mora ■ Garantia do juízo ○ §7 ○ §8 ○ §9 ○ §10 ● Decisao ○ Impugnação rejeitada — o processo continua — decisão interlocutória ○ Impugnação acolhida em parte — decisão interlocutória ○ Impugnação acolhida — extinção do processo — sentença ● Recurso? ○ Decisão interlocutória — agravo. O processo vai para a segunda instância mas os autos continuam na vara ○ Sentenca — apelacao. Os autos sobem para a segunda instância. ● Honorários sucumbenciais ○ Em caso de rejeição da impugnação, não há acolhimento de novos honorários pois estes já são fixados anteriormente. O entendimento de parte da doutrina, contudo, é o de que deveria haver honorários de 10 a 20%. ○ Impugnação acolhida — 10 a 20% ● Em suma: ○ Rejeição: não cabe ○ Acolhimento: 10 a 20% ● Acolhimento parcial da impugnação ○ R$15.000,00 em que R$5.000,00 é excesso ○ R$10.000,00 incide 10% de multa e 10% de honorários para uma parte ○ R$5.000,00 incide 10% a 20% para o advogado do executado ● Exceção de pré-executividade: defesa atípica, não regulada expressamente pela legislação, mas que fora admitida pela jurisprudência na vigência do cpc 73, permitindo a possibilidade de que o executado, de plano, nos autos da execução, apresentasse simples petição, com questionamentos feitos à essa etapa processual, desde que comprovados documentalmente. Essa construção, de inspiração ponteana, justificava-se no contexto de um cpc que não comportava uma defesa interna ao processo de execução, cabendo ao executado valer-sesomente dos embargos à execução para desconstituir o título executivo e apresentar as impugnações que tivesse contra o alegado crédito do exequente. ○ Atipicidade (não existir regramento legal à respeito do tema) ○ Limitação probatória: somente as questões que podem provar documentalmente poderiam ser alegadas ○ Informalidade: pode ser feita por simples petição ● O cpc 15 transformou as discussões acerca dessa admissibilidade em um debate de importância meramente histórica. Não há razão para invocar construção doutrinária e jurisprudencial que permita uma defesa atípica do executado se há regras expressas que a autorizam. ○ A defesa do executado pode ser oferecida sem a garantia do juízo, inclusive na execução fundada em TEEJ (art. 515 e art. 914, ambos caput), sendo que a EPE surgiu da exigência de prévia garantia do juízo para apresentação de defesa do executado ○ A autorização do art. 518, por simples petição, de todas as questões relativas à validade do procedimento de cumprimento de sentença e dos atos executivos subsequentes ○ Aditamento da impugnação pelo art. 525, §11, com defesas fundadas em fatos supervenientes ● Contudo, a alegação de defesa em petição simples não suspende a execução, tendo que se preencher os pressupostos do §6 do art. 525 ● Artigo 775 — desistência da execução. ○ Princípio da disponibilidade da execução ○ A execução fica à disposição do credor ○ A desistência de medida ou ato executivo independe, em qualquer caso, de consentimento do executado ○ A desistência do procedimento executivo independe de consentimento do executado em dois casos: se ele ainda não ofereceu defesa ou se sua defesa versa apenas sobre questões processuais CAMINHOS ALTERNATIVOS QUE O CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA PODE TOMAR (anotações de aula) Aula 09/05 ● Petição inicial —— (citação do réu)* —— contestação —— réplica —— julgamento antecipado ou instrução do processo/producao de provas ● *citacao do reu ● Prolação da sentença (TEJ) ○ com trânsito em julgado: execução definitiva ○ Sem trânsito em julgado: execução provisória (pendente de prazo recursal) ○ Processo autônomo de execução por quantia fundada em título executivo judicial: art. 515, §1. ○ Título judicial é sentença penal condenatória, sentença arbitral, sentença estrangeira homologada pelo STJ, decisão interlocutória estrangeira, após o exequatur, ou ainda acordao que julga procedente a revisao criminal. ● Líquido / meros cálculos aritméticos: já pode executar ● Ilíquido — liquidação de sentença (legitimidade credor/devedor) ○ Sabe o quantum debeatur. Já pode pagar ○ Réu/devedor citado para participar em contraditório do processo autônomo de liquidação. Uma vez liquidado, segue o rito do art. 523 e seguintes. ● 15 dias — cumprimento de sentença requerido pela parte (intimado para pagar ● Pagamento espontâneo: juiz extingue o processo ○ Precisa pagar custas + valor atualizado ○ Não haveria custas se pagasse antes do pedido de cumprimento ● Não houve pagamento. 15 dias para impugnação ao cumprimento de sentença (sem efeito suspensivo automático) ○ Já incide 10% multa (+) 10% honorários fase executiva (+) valor atualizado ○ Não se confundem os honorários com o da fase cognitiva ○ Passou 15 dias. Atos executivos (mesmo da impugnação) ○ Ex.: penhora, adjudicação, bloqueio, avaliação, etc ○ Efeito suspensivo à impugnação: ■ Probabilidade do direito ■ Perigo da demora ■ Garantia do juízo ● Requisitos cumulativos ○ Art. 525 do cpc. Materias que podem ser alegadas na impugnação. ● Impugnação — 15 dias — manifestação à impugnação — instrução probatória ○ Ex.: designação de perito contábil ● Acolhimento da impugnação ○ sentença extintiva do cumprimento — apelação. Processo remetido para o 2o grau. ○ Decisão interlocutória — agravo de instrumento. O processo continua no 1o grau. ● Rejeitada impugnação ○ Decisão interlocutória — prossegue com a execução ● Continuidade — atos executivos ● Entrega do dinheiro ao credor — finalizar o processo de execução ● Art 517 — protesto da sentença ○ Medida tomada pelo credor para funcionar como meio típico de coerção indireta ○ Somente permitido nos casos de cumprimento definitivo de sentença para pagamento de quantia (art. 523) ○ Mas pode ser permitido no caso de cumprimento provisório de prestação alimentar (art. 528, §1) ○ §1 e §2 ○ Não impede o prosseguimento da execução ○ CUMPRIMENTO PROVISORIO DE SENTENCA ● Diferença da provisória para definitiva, na entrega do dinheiro ao credor, precisa observar caução ○ Pode ser revertida em favor do executado, caso o recurso modifique o título formado. É contracautela ○ Tirando a caução, a execução definitiva e provisória são iguais ● Arts. 520 a 522 ● Obs.: caso no stj, propõe a execução provisória no juízo onde o título se formou (1 grau) ● Não cabe execução provisória de ofício — depende do requerimento do exequente ○ Mesmo nas obrigações não pecuniárias ○ Didier: se o cumprimento provisorio de sentenca para pagamento de quantia segue a regra do cumprimento definitivo para pagamento de quantia, em que ambos não podem ser instaurados ex officio, o entendimento é de que, no cumprimento provisorio de sentenças de prestacao de fazer, de não fazer ou de dar coisa distinta de dinheiro deveria ser, portanto, possível de ser instaurado ex officio, uma vez que seguiria o entendimento do cumprimento definitivo dessas sentenças, divergindo do primeiro. O fundamento é o artigo 520, §5, que dispõe que as regras do cumprimento provisório se aplicam ao cumprimento provisório dessas sentenças apenas ``no que couber``. ● Art. 520: cabe cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo ○ A execução de título extrajudicial se contrapõe e sempre será definitiva ○ São destituídos de efeito suspensivo automático, por exemplo, os recursos: de apelação, ordinário, especial, extraordinário e agravo de instrumento. O cumprimento provisório não será cabível se a esses recursos for atribuído efeito suspensivo por decisão judicial. ○ I — toda execução ocorre sob responsabilidade objetiva do exequente ■ Ele deve analisar se existem chances razoáveis de êxito, deve considerar as possibilidades de provimento do recurso pendente e a consequente anulação ou reforma do título, deve ponderar a circunstância de que, caso seja extinta a execução, responderá objetivamente pelos danos causados ao executado ○ II — liquidação incidental, nos mesmos autos ■ Hipótese em que o título, em grau de recurso, é anulado ou reformado integralmente. Nesse caso, as partes retornam ao estado anterior ao cumprimento provisorio e eventuais prejuízos injustamente sofridos pelo executado deverão ser liquidados nos próprios autos da execução. ○ III — se o título for anulado ou parcialmente reformado, a execução ficará, nesta parte, sem efeito, continuando válida e eficaz no restante, passando a transcorrer em definitivo. ○ IV — caução nos autos da execução provisória ■ Valor da execução (+) eventuais prejuízos* ■ *como é calculado? Geralmente o juiz coloca 10% sob o valor da execução ■ O retorno ao estado anterior pode não ocorrer integralmente pois não conduz ao desfazimento de atos de transferência de posse, de propriedade ou de outro direito real eventualmente já realizado ○ §1 — cabe impugnação, nos moldes do art. 525 ■ Possibilidade de defesa com base nos arts. 525, §11 e 518. ■ Não pode o executado arguir falta de nulidade de citação na fase de conhecimento. ■ O mesmo raciocínio é aplicável à inconstitucionalidade reconhecida pelo STF, em controle difuso ou concentrado, da lei ou ato normativo em que se funda a decisão recorridae exequenda, antes do seu trânsito em julgado ■ Tambem nao cabe arguir nessa impugnacao qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição. Essas causas são posteriores à coisa julgada. ○ §2 — a multa e os honorários a que se refere o §1 do art. 523 são devidos no cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa. ■ Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de 10% e de honorários de 10% ■ A multa serve para compelir o executado a depositar o dinheiro para garantir a execução ○ §3 — pode depositar judicialmente, mesmo impugnado (deposita para não pagar multa e honorários) ○ §5 — aplicação subsidiária das regras de cumprimento provisorio dos arts. 520 a 522 ao cumprimento provisório de sentença que reconheça obrigação de fazer, de não fazer ou de dar coisa. ● Art. 522: fundamentos da petição ○ A ausência de alguma dessas peças, ainda que indispensáveis, não deve conduzir ao indeferimento da demanda de execução provisória, sendo que o juiz deve conceder ao exequente o prazo de 15 dias para que sane o vício, sob pena de indeferimento. ○ III — da outra parte também! A intimação será na pessoa do advogado ● Caução — exigida para que credor levante depósito em dinheiro, pratique atos que importem transferência da posse, alienação de propriedade ou de outro direito real ou pratique atos dos quais possa resultar grave dano ao executado ○ Real — penhor, hipoteca, anticrese ○ Fidejussória — fiança, cessão de créditos ou direitos, etc ■ Precisa de comprovação de que o fiador tem capacidade plena de bancar ■ Geralmente instituição financeira, fiança bancária ● Casos em que a caução é dispensada. Art. 521. ○ I — crédito de natureza alimentar. Prova ■ Não pode ser devolvido (irrestituíveis), mesmo mudando o entendimento no recurso ■ Fundamento:: lei material sobre alimentos ○ II — situação de necessidade (ex.: casos de benefício da gratuidade da justiça) ○ III — título é provisório, mas é quase definitivo ■ caso de pendência de agravo do art. 1.042 ○ IV — título fundamentado em precedente vinculante, seja súmula do STF, STJ ou acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos ■ Qualquer súmula é vinculante para o cpc ■ Art 927 — interpretação sistemática e extensiva ○ §1 — a caução ainda pode ser mantida quando sua dispensa gerar possibilidade de grave dano/difícil reparação, mesmo na alimenticia. ● Devedor já sabe o quantum que deve, quer se antecipar ao credor e pagar logo — execução invertida. Art. 526 ○ Não é execução propriamente. Não é o credor que busca sua satisfação, mas o devedor que realiza como se fosse consignacao em pagamento. ○ Não é consignacao em pagamento porque não precisa da recusa do devedor ● Art. 526 — devedor também precisa demonstrar como chegou no valor da planilha ○ §1 — quem impugna a quantia é o credor (mediante petição simples). Prazo de 5 dias. Para Eduardo, fere isonomia e paridade de armas (art 539, poderes e deveres do juiz. Dilatar prazo) ■ Valor incontroverso pode ser levantado pelo credor. Nao precisa de caução (após trânsito em julgado) ○ §2 — insuficiencia do deposito. Segue execução para valor que ficou faltando ■ 10% multa ■ 10% honorários ■ Atos executivos ■ Oportunizar o pagamento do valor faltante sob pena da incidência de multa e honorários (maioria doutrinária) ■ Se nao paga: atos executivos não tem mais impugnacao, já foi decidido que ainda deve ○ §3 — autor nao se opoe. Extingue processo ○ Se recorreu para aumentar, juiz não pode diminuir ○ EXECUCAO POR QUANTIA CERTA FUNDADA EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL Aula 11/05 ● Duas fases bem definidas: a primeira, fase inicial ou fase de cumprimento voluntário, e a segunda, fase de execução forçada, em que se praticam atos tendentes à satisfação compulsória do direito de prestação do credor ● Petição inicial ○ Requisitos ■ Art. 798 ○ Emenda ○ Indeferimento ● Despacho inicial — o juiz vai determinar a citação para chamar o executado ○ O juiz deve fixar os honorários (10%), mas não há o que se falar em multa — art. 827 ○ Incidente de apuração do crédito: art. 825, §§1–5. ○ Quando o valor apontado no demonstrativo exceder os limites do título, o juiz pode, ex officio, exercer controle prévio sobre esse montante, valendo-se do contabilista do juízo ○ Se a execução depender de dados ou documentos que estão no poder do executado ou de terceiro: ar. 524, §§3 e 4. ● Citação — o executado não é citado para se defender, mas para pagar em 3 dias ○ Art 829 — contado do ato de citação ○ §1 — o oficial, passado o prazo de 3 dias, pode proceder a penhora sem determinação do juiz. Quando o oficial procede à penhora, deve também avaliar o bem e lavrar o ato de penhora e avaliacao. Desse auto, o executado deve ser intimado para apresentar a defesa. ○ §2 — em regra deve recair sobre os bens indicados pelo exequente ○ Havendo litisconsórcio passivo, o prazo é contado individualmente, a partir da citação de cada litisconsorte (art. 231, §§2 e 3). ○ Como se trata de prazo para pagamento, e não para manifestação, ele não se conta em dobro, mesmo quando há litisconsortes acompanhados por distintos procuradores ● Prazo para pagamento — 3 dias úteis para pagar, contando a partir da data da citação ○ Obs.: sanção premial ■ Caso o executado pague antes do fim dos 3 dias, a verba honorária fixada pelo magistrado será diminuída pela metade, de 10% para 5% (art. 827, §1) ○ Artigo 827 — incide mesmo que o juiz não determine no despacho ○ §2 — ao longo da execução, se apresentada defesa infundada, poderá o juiz aumentar o valor ● Arresto executivo — em prática é a mesma coisa que a penhora. Ocorre a constrição do bem ○ Pré-penhora ○ Natureza jurídica — parte da doutrina defende que é um ato executivo, se efetivando através da prática do arresto pelo oficial. ■ Outra parte considera uma medida cautelar, ato que visa proteger a ação (pontes de miranda — segundo dudu). ■ Assim, em uma, assegura-se o direito para assegurar a execução, enquanto na outra haveria uma execução para assegurar a execução. O periculum in mora está previsto no artigo 830 (``para garantir a execução``) e o fumus boni iuris está previsto no título ■ Releitura do artigo 830 — se o oficial pode, o juiz também pode, realizando um bloqueio nas contas bancárias, ofício ao detran, etc ■ Artigo 830, §3 — transforma-se a pré penhora em penhora ● Pontes usa essa questão para embasar sua teoria, já que haveria prática de ato executivo para garantir a execucao ■ Em suma, de acordo com Didier, o arresto é uma medida que viabiliza a antecipação dos efeitos de uma futura penhora. ○ Requisitos — oficial ir ao endereço do executado e não o encontrar, mas constatar a existência de bens penhoráveis ■ A providência é diferente da do art. 829, §1, porque, neste, pressupõe-se que o devedor tenha sido encontrado e citado, deixando escoar o prazo de 3 dias sem a realização do pagamento, enquanto no art. 830 pressupõe que o devedor não tenha sido encontrado e, por isso mesmo, não tenha sido citado. ○ Efetivação — através da prática de atos materiais executivos ■ A pre-penhora deve ser efetivada mediante a apreensão e depósito dos bens, o que deve ser formalizado com a lavratura, pelo oficial de justica, de um auto, que preencha os requisitos do art. 838 do CPC, que valerá como auto de penhora em momento futuro. ■ Formalizado o auto de pré-penhora, o oficial de justiça, nos dez dias seguintes, procurará o executado duas vezes em dias distintos. Não o encontrando, e desde que haja suspeita de ocultação, realizará a citação por horacerta (arts. 252-254). ■ Frustradas as citações pessoal e com hora certa, incumbe ao exequente requerer a citacao por edital do executado. ■ Se o devedor não for localizado ou se, embora localizado, não efetuar o pagamento no momento oportuno, a pre-penhora sera automaticamente convertida em penhora, independentemente de termo (art. 830, §3). ● Se o devedor foi localizado e citado pessoalmente ou por edital, mas não efetuou o pagamento, deve ser intimado da conversão de pre-penhora em penhor ● Se, contudo, não foi localizado durante as diligências do oficial de justiça, e se nao compareceu aos autos nem efetuou o pagamento após o fim do prazo do edital, tem-se que, findo o prazo para pagamento, a conversão é automática. ● Prazo para defesa do executado (art. 915) ○ Embargos à execução — O prazo para embargar é de 15 dias a partir da juntada ■ Ex.: a juntada ocorreu no mesmo dia da citação. Ambos os prazos começaram a correr concomitante ■ Art. 917 — o executado tem a possibilidade de deduzir, além das matérias elencadas nos incisos I a V deste artigo, ``qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento``. ■ Cognição ampla e exauriente secundum eventum defensionis: a cognição dependerá da provocação do executado, que pode alegar qualquer matéria em sua defesa (art. 917, incisos I ao VI) ○ O executado pode ainda se defender por meio de ações autônomas — defesas heterotópicas — ou por meio da exceção de pré-executividade. ● Art. 915 — art. 231 (juntada) ○ §3 — art. 229 — não se aplica prazo em dobro para litisconsórcio ○ §1 — esse prazo começa a correr da juntada da última ou cada um começa a correr no tempo da juntada do seu comprovante? ○ Ex.: se 2 executados (nao cônjuges ou companheiros) — da juntada de cada um. Não se aplica prazo em dobro ○ Ex.: 2 executados (companheiros ou cônjuges) — da juntada do último. Não se aplica prazo em dobro. Obs.: no cpc/73 não poderia haver citação pelos correios. No cpc/15, pode, tendo o AR como comprovante (outra pessoa, que não o citado, pode assinar o AR sem problemas, caso futuramente se comprove que ele não recebeu, pode pedir nulidade de citação). Se ninguém assinou o AR, nao houve citacao. ● Em caso de falha do modo acima, será feita por oficial de justica ● Se a citação for por oficial e escoar o prazo, ele pode, sem despacho, retornar ao local e proceder a penhora ● admitida a execução, o exequente poderá obter certidão, independentemente de decisão judicial, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos à penhora, arresto ou indisponibilidade ○ Art. 828 PARCELAMENTO Aula 23/05 1. Previsão legal -> art. 916, CPC a. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em ate 6 parcelas mensais, acrescidas de correcao monetaria e juros de um por cento ao mes. b. Espécie de favor legal ao executado, na execução de título extrajudicial. 2. Medida indutiva ao adimplemento a. Estímulo ao cumprimento espontâneo da obrigação. Medida legal de coerção indireta pelo incentivo à realização do comportamento desejado 3. Direito potestativo do executado Processo de execução 4. Pressupostos ● Execução fundada em T.E.E.J. ● Vontade do executado ● Depósito imediato -> 30%. A doutrina diverge se é trinta por cento sobre o valor da execução, apenas, mais custas e honorários integral, ou se é 30% sobre o valor integral (valor da execução + custas + honorários). O último entendimento é o mais aceito, sendo que o valor restante, de 70%, pode ser dividido em até 6 vezes (acrescido de correção monetária e juros de 1% ao mês), sendo que o devedor escolhe qual a melhor quantidade de parcelas, nesse intervalo, para pagar. ○ O executado nao deve requerer o depósito de 30%, mas efetuar o depósito, comprovando-o. A comprovação do depósito é pressuposto para o deferimento do pedido de parcelamento. Não é o requerimento para que se autorize o depósito, mas sim o próprio depósito, feito previamente, que constitui um dos pressupostos para que seja autorizado o parcelamento da dívida. ○ Em segundo lugar, o depósito de 30% não se confunde com o pagamento da primeira parcela, que só será paga após o deferimento do pedido pelo juiz. O restante da dívida é dividido em 6x. ● Oportunidade de manifestação. O juiz tem que oportunizar que o exequente se manifeste, para falar sobre os pressupostos. O exequente não pode simplesmente se opor ao pagamento, pois é direito potestativo do executado, mas pode se opor aos pressupostos, atacando-os como melhor entender (falando que não cabe pelo tipo do título, etc…) ○ §1 ○ O exequente pode alegar que o executado requereu além do prazo, ou depositou valor inferior aos 30%, ou requereu parcelamento em mais de seis prestações. ○ Havendo concordância do exequente, qualquer que seja a hipótese (dúvida: pode o exequente concordar caso o executado solicite um prazo maior de parcelamento, ou qualquer dispositivo que contrarie o CPC?), não haverá mais exercício de direito potestativo do executado, mas sim acordo entre as partes para que o valor seja pago parceladamente. ○ §2 — enquanto não apreciado o requerimento, o executado deve depositar as parcelas vincendas a cada períodon de 30 dias, contados desde a data do depósito inicial ● Não apresentação dos embargos. Se a parte se apressou e apresentou embargos antes do prazo, não pode solicitar o parcelamento. Ademais, se a parte requerer o parcelamento, não cabe mais solicitação de embargos. É uma via de mão dupla, porque o embargo é um mecanismo de defesa, ou seja, o indivíduo está dizendo que não deve, enquanto no parcelamento ele assume, sim, a condição de devedor. ● Forma de pagamento. Respeitando os pressupostos anteriores, cabe ao executado o parcelamento, direito potestativo. A forma de pagamento, como visto, é de 30% do valor da execução, com custas e honorários de 10%, e o valor restante pode ser dividido em até 6 vezes com correção e juros de 1% ● Inadimplemento de qualquer parcela. No inadimplemento de uma parcela, o requerente pode cobrar o total do valor que ainda está em aberto (vencimento antecipado de todas as demais), em conjunto com uma multa de 10% sobre esse montante que falta. ○ Reinicio dos atos executivos ○ §5, I e II ● Renúncia tácita ao direito de embargo. Quando a parte requer o parcelamento, ela renuncia tacitamente ao direito de embargo (preclusão lógica). Parágrafo 6 do artigo 916. ○ Venire contra factum proprium ○ A preclusão não atinge fatos supervenientes ao exercício do favor legal. Concretizado o parcelamento, mas reiniciada a execução, por não terem sido pagas algumas prestações, é possível ao executado insurgir-se contra uma penhora invalida ou contra uma avaliação errônea, adjudicação ou alienação judicial. ● Deferimento do requerimento do executado ○ §3 — o exequente pode levantar a quantia depositada e serão suspensos os atos executivos ● Indeferimento ○ §4 — Seguem-se os atos executivos, mantido o depósito já realizado, que será convertido em penhora. ● Aplicavel tambem a acao monitoria (art. 701, §5) EMBARGOS À EXECUÇÃO (Arts. 914 — 920, CPC) 1. Natureza jurídica. Execução fundada em título executivo extrajudicial. É modalidade de defesa em forma de ação autônoma. Cabe alegar qualquer matéria de defesa (de mérito ou processual, ao contrário da impugnação ao cumprimento de sentença, em que só se pode alegar determinadas matérias), e formará umanova relação processual. a. Alegações de cunho declaratório ou constitutivo negativo (desconstituir a relação jurídica). Não cabem pedidos condenatórios nos embargos à execução (cobrança contra o exequente, indenização, etc…), pelo embargo ser uma ação de conhecimento. Obs.: o rol do artigo 917 é meramente exemplificativo, demonstrado no inciso VI. b. Por ser tratado como uma acao de conhecimento que formará nova relação processual, deve seguir os requisitos dos arts. 319 e 320, sendo interpostos por peticao inicial. c. Executado (autor dos embargos) — embargante d. Cabe ao embargante o ônus da prova de suas alegacoes. É uma defesa. 2. Valor da causa. O valor da causa é o proveito econômico. a. Regra geral o valor da causa dos embargos é o mesmo valor da causa da execução. b. Contudo, se nos embargos for alegado excesso de execução, o valor da causa será o valor que o embargante entende real. 3. Custas. Deve haver a comprovação do pagamento do valor das custas processuais, que são calculados a partir do valor da causa ou do valor que o embargante entende devido. Incide pois se forma uma nova relação processual. 4. Garantia do juízo. Nem impugnação ao cumprimento de sentença, nem embargos à execução, fazem a exigência de garantir o juízo. 5. Prazo. 15 dias uteis, sendo que não se aplica prazo em dobro se forem dois executados. a. 15 dias a partir da juntada aos autos do comprovante de citação. b. Em caso de litisconsortes, o prazo para cada um embargar conta-se a partir da juntada do respectivo comprovante de citacao de cada um, sendo, portanto, um prazo individual. c. Quando os executados forem conjuges ou companheiros, aplica-se o disposto no art. 231, §1, do cpc, em que o prazo para embargo tera iniciio a partir da juntada aos autos do ultimo comprovante de citacao devidamente cumprido (art. 915, §1) d. Execucao por carta precatoria (pagina 786 de Didier) e. Art. 918, I — o juiz rejeitara liminarmente os embargos quando forem intempestivos i. Apos o prazo de embargos, nao se deve admitir alegacoes de defesa pelo executado. Trata-se de prazo preclusivo. ii. Contudo, de acordo com o art. 342, ,é possivel defesas apos o prazo, quando se tratar de direito ou fato superveniente, objecao ou questao que possa ser suscitada a qualquer tempo e grau de jurisdicao. 6. Requisitos da inicial. Artigos 319 e 320 do CPC. Faltando requisitos da inicial, o juiz deve conceder à parte ao menos 15 dias para a emenda (pode conceder mais, porém não menos). 7. Emenda deve ser indicado precisamente o que tem que ser emendado e indicar, também, o que pode acontecer caso essa emenda não seja feita. 8. Rejeição liminar (art. 918, CPC). Rejeição liminar (liminar = sem a oitiva da outra parte). O juiz deve, antes, ouvir o requerente, cumprindo o dever de consulta ou a emenda, mas não ouve o réu. Eduardo critica o artigo 918 pois desconsidera a diferenciação da. extinção do processo com resolução de mérito e sem resolução de mérito. a. Intempestividade. Perda de prazo. Rejeita-se liminarmente os embargos declarando a intempestividade. Extingue-se o processo sem examinar o mérito da causa, apenas reconhecendo que houve um pressuposto de inadmissibilidade da peça. Rejeição sem resolução de mérito. b. Indeferimento da inicial. Extinção sem resolução de mérito. i. Havendo algum defeito na inicial, o juiz deve ouvir o embargante e dar a chance de consertar. c. Improcedência liminar. Prescrição, decadência ou requerimento contrário a um precedente por força vinculante. Quando o direito decaiu, quando a pretensão prescreveu, ou quando a parte faz um requerimento contrário a um precedente que tem força vinculante. Art. 332. Extinção com resolução de mérito. d. Manifestamente protelatórios. Com resolução de mérito. Quando houver rejeição parcial, não há sentença, mas decisão interlocutória, sendo o recurso cabível agravo de instrumento, e não apelação. i. Conduta atentatória à dignidade da justiça. Art. 918, parágrafo único. ii. Punível nos termos do art. 774, impondo-se ao embargante multa em montante não superior a 20% do valor atualizado do debito em execucao, o qual será revertida em proveito do exequente. Honorários? Em caso de rejeição liminar, nao, ja que o executado sequer chegou a ser intimado nos autos do embargo, talvez nem tenha tomado conhecimento da ação, sendo, portanto, não fixados honorários. AgRg no AREsp 182.879/RJ Apesar de a parte não poder mais ajuizar embargos, após a extinção sem resolução de mérito, ela poderia formular a defesa por meio de uma nova relação jurídica, através, por exemplo, de ação declaratória, ação anulatória ou ação de consignação em pagamento. 9. Defesa heterotópica. Eduardo concorda com a corrente que diz que, se aquela matéria poderia ser alegada nos embargos, não se pode alegá-las novamente em outra defesa, devendo esse prazo ser extinto, a não ser que seja matéria nova a surgir posteriormente à propositura dos embargos. a. Antes dos embargos. Qualquer situação. Ações conexas. Devem tramitar no mesmo juízo (em que tramitou a primeira demanda). i. É mais comum de ser proposta antes da execucao do titulo executivo pois após a instauração do procedimento, a defesa do executado ocorrera por meio de embargos. b. Após os embargos i. Não é lícito arguir questões de defesa que poderiam ter sido arguidas no embargo, mas não o foram. ii. Só pode ser arguida após o prazo de quinze dias do embargo se tiver por conteúdo fatos supervenientes ou questões que escapam à preclusão. c. Ação autônoma. Defesa sobre questão que não se sujeita à preclusão. Não tem eficácia suspensiva. i. Didier entende que pode haver suspensão caso se sigam os mesmos pressupostos que a da suspensão por interposição de embargos. d. Acao rescisoria, acao de anulacao/revisao de um negocio juridico, acao de consignacao em pagamento, acao declaratoria de inexistencia da relacao juridica, acao de anulacao de auto de infracao, etc. 10. Competência. Distribuição por dependência. O processo é transmitido para o juízo em que tramita a decisão, e caminhará em apenso. A competência é funcional, pois é estabelecida em relação ao órgão, e é absoluta. a. Didier: o embargos serão julgados pelo juízo competente para a acao de execucao. Trata-se de competência funcional-absoluta, sendo que eles devem ser distribuidos por dependencia ao processo de execução e devem ser autuados em apartado, não podendo ser encartados aos autos do processo principal. Art. 914, §1. b. Súmula 46 do STJ: na execução por carta, os embargos do devedor serão decididos no juízo deprecante, salvo se versarem unicamente vícios ou defeitos da penhora, avaliação ou alienação dos bens. i. Art. 914, §2 — se já tiver havido penhora e avaliacao, ou mesmo alienação de bens, o prazo de quinze dias úteis para ajuizamento dos embargos se conta a partir da juntada, nos autos da própria carta, do comprovante de citação (art. 915, §2, I) e a alegação eventualmente contida em tais embargos a respeito de vícios numa delas deverá ser examinada e resolvida pelo juízo deprecado. 11. Legitimidade ativa (do executado) e passiva (exequente). a. No caso de litisconsórcio, não há litisconsórcio ativo necessário, cada um pode interpor a sua peça de embargo de forma independente ou de forma conjunta (litisconsórcio ativo facultativo). b. É possível que o responsável patrimonial oponha embargos, além do executado-devedor. c. Súmula 196, STJ. d. O curador não tem legitimidade, ele pode ajuizar em favor do executado, mas ele não será o polo ativo, apenas representa a parte nos atos materiais. i. O curador especial nao é o embargante, como a súmula dá a entender. O embargante é o executado que, citado por hora certaou por edital, deixou de embargar. O curador especial somente tem o poder de praticar atos de defesa do curatelado, como representante. e. O Ministério Público e o cônjuge ou companheiro do executado também detém legitimidade para intentar embargos à execução. Se figurar no título, o cônjuge ou companheiro será igualmente devedor, tendo contraído a obrigada, o que lhe confere tal legitimidade. f. A assistência é possível como amicus curiae g. Com exceção da assistência e de eventual amicus curiae, não cabe, nos embargos, qualquer outra espécie de intervenção de terceiros 12. Intimação do exequente. Deveria ser citação, por ser um novo ato processual. É denominado de intimação por ser um ato mais simples. 13. Contestação. Contestar em 15 dias. Não cabe o embargante alegar reconvenção (REsp 1.528.049/RS). Se for necessário, haverá ampla dilação probatória. a. Art. 920, I b. Impugnacao aos embargos 14. Julgamento e coisa julgada. Se o julgamento dos embargos for com resolução de mérito, haverá coisa julgada material, cabendo também ação decisória, no prazo de até dois anos. 15. Recurso a. Indeferimento total da inicial — sentença sobre a qual cabe apelação. i. Acolhidos os embargos, a apelacao tem efeito suspensivo. ii. Rejeitados, com ou sem exame de merito, a apelacao nao tem efeito suspensivo, de sorte que a sentenca comeca a produzir efeitos imediatamente apos sua publicacao. b. Indeferimento parcial — decisão interlocutória sobre a qual cabe agravo de instrumento. 16. Suspensão do processo? a. Art. 919 do CPC — os embargos à execução não terão efeito suspensivo. b. Art. 919, §1 — no entanto, o juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos, quando verificados os requisitos para concessao da tutela provisoria (seja ela de urgência ou de evidência) e desde que a execução já esteja garantida por penhora (no caso de execucao para pagamento de quantia), depósito (no caso de execucao para entrega de coisa) ou caução (no caso de execucao de obrigacao de fazer ou não fazer) suficientes. c. §3 — efeito suspensivo de caráter parcial, suspendendo somente em parte a execucao. d. §4 — a concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspende a execução contra os que não embargaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante. e. Aplicação extensiva do art. 525, §10, que trata de impugnação ao cumprimento de sentença: ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação (nesse caso, aos embargos), é lícito ao exequente (embargado) requerer o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando, nos próprios autos, caução suficiente e idônea a ser atribuída pelo juiz. Medida de contracautela prestada pelo exequente para resguardar o dano a que o executado alega estar exposto e que justificou o deferimento do efeito suspensivo. É direito do exequente obter o prosseguimento da execução, desde que preste caução idônea, nos próprios autos. Aplicação por força do art. 771, parágrafo único. f. §5 — a concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de substituição, de reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos bens. 17. Conteúdo dos embargos a. Art. 917 b. O executado pode alegar qualquer matéria a seu favor, não havendo restrições legais c. Rol meramente exemplificativo. 18. Arguição de impedimento e suspeição a. Art. 917, §7 b. Arts. 146 e 148 c. Caso de alegação de impedimento ou suspeição do juiz. d. Não é possível ser proposto nos embargos, caso em que deve ser interposto em petição específica. 19. Desistencia da acao a. Segue o rito do art. 775 do CPC. 20. Alegação de defesa fundada em fato superveniente. a. Art. 518, em concordância com o 771. b. Art. 525, §11, em concordância com o mesmo regramento. c. Petição simples. 21. Exceção de pre-executividade a. Não cabe. b. Página 811 a 814 de Didier. PENHORA ● Conceito. Ato de constrição de satisfação direta (por adjudicação, que é transferência de titularidade de uma coisa móvel ou imóvel do devedor para o credor, ou penhora de dinheiro, forma direta de satisfação, por meio de um mandado de pagamento ou de um alvará judicial, determinando que o valor que está depositado em juízo seja liberado para o credor) ou indireta (pela expropriação do bem penhorado, para que pela expropriação consiga-se o dinheiro para pagar o credor, ou por arrematação, em hasta pública, que é concurso ou leilão em espécie de licitação, sendo que o leilão dá-se quando o bem é móvel e a praça, quando imóvel). O ato de constrição consiste em dois atos: apreensão e depósito. Retira-se a coisa da posse do executado e entrega-se ao exequente. A penhora considera-se satisfeita quando há esses dois atos. É possível, ainda, que a penhora seja eletrônica, apreendendo o dinheiro da conta do executado (BACENJUD) para depositá-la na conta do exequente. ● Tres funcoes da penhora dentro da execucao: ○ Individualização e apreensao do bem ■ O credor pode indicar os bens a serem penhorados (art. 524, VII, e art. 829, §2) ja na peticao inicial, regra geral, mas isso nao vincula o orgao julgador, que pode determinar de forma diversa, desde que haja negocio juridico que estabeleca qual bem deve ser penhorado na execucao daquele credito (art. 835, §3), o executado indicar outro bem e o orgao julgador entender que a constricao daquele sera menos onerosa (art. 829, §2) ou o bem for impenhoravel. ○ Deposito e conservacao do bem ■ O bem deve ser colocado sob os cuidados do depositario ○ Atribuicao do direito de preferencia ao credor penhorante ■ A penhora gera uma preferencia para o credor-penhorante em face dos demais credores quirografarios sobre o bem penhorado ● Natureza jurídica. Divergência: natureza cautelar, natureza executiva ou natureza mista? Para a maior parte da doutrina, a natureza da penhora é executiva, pois isso diferencia o juiz do árbitro: a natureza é executiva pois o juiz tem o poder de mandar a execução da penhora ser feita. Execução para segurança. Nada impede a concessão de uma medida cautelar para garantir o ato da penhora. ● Materialização: apreensão e penhora. ○ Art. 839 — a penhora considera-se aperfeicoada com a apreensao e o deposito dos bens. ■ Art. 856 — a penhora de credito se efetiva pela intimacao do execuutado e do terceiro devedor do executado ■ Art. 844 — a penhora de imoveis se efetiva independentemente de sua averbacao no registro imobiliario que, porem, é importante, pois gera presuncao absoluta de conhecimento desse ato por terceiro ○ Art. 846 do CPC. Ordem de arrombamento = mandado de arrombamento. Quando o oficial de justiça realiza a apreensão de bens, ele tem que lavrar um auto, descrevendo todos os atos que ele fez, inclusive a avaliação, dizendo quanto vale os bens que ele penhorou. Assim, a penhora (= penhorar), instituto de direito processual (penhor = empenho = instituto de direito material), é feita pela apreensão (com a avaliação) dos bens e o depósito (relação de direito público), feito por um depositário público ou um depositário particular, sendo que o particular é facultativo. ○ Súmula 319 do STJ: o encargo de depositário de bens penhorados pode ser plenamente recusado. ○ Se o depositário perceber que a coisa está para perecer, de alguma forma, ele deve solicitar a alienação antecipada de bem penhorado. O exequente e o executado podem ser o depositário, mas também pode ser um terceiro ○ Art. 840. O bem fica com o executado em casos de difícil remoção ou quando o exequente permitir (casos de exceção). Maquinários agrícolas também ficam em poder do executado para que ele possa conseguir continuar com suas atividades, nos raros casos em que a pequenapropriedade agrícola for penhorada. ○ 840 — demais disposicoes sobre depositario ■ Impossibilidade de prisao do depositario infiel ○ Súmula 179 do STJ: ● Formalização: termo ou ato. Ato realizado fora ou dentro da sede do juízo. Art. 838 (elementos que devem constar no termo ou auto de penhora). As partes devem ser intimadas para se pronunciarem sobre o termo ou auto. ○ Art. 839 ○ Art. 838 — a apreensao se formaliza por termo ou auto. No caso da penhora eletronica de dinheiro ou aplicacao financeira, a penhora se aperfeicoa independentemente de auto ou termo ○ Termo — redigido pelo escrivao ou chefe de secretaria ○ Auto — lavrado pelo oficial de justiica, quando a apreensao é realizada fora da sede do juizo ○ Ambos devem ter os elementos do artigo 838 ○ Detalhes: paginas 881 a 883 de didier. CONTINUAÇÃO DE PENHORA AULA 01/06 ● Efeitos ○ Materiais ■ Alteração do título de posse ■ Ineficácia dos atos de disposição do devedor para a execucao. Relativa. ● Eventual alienacao/oneracao do bem penhorado para terceiro existe, é valida, mas só é eficaz inter partes, nao sendo eficaz para a execucao. Assim, nao obstante subtraido do patrimonio do executado, o bem continuara respondendo pela execucao em que foi penhorado. ■ Reflexos penais. Art. 179, CP ○ Processuais ■ Individualização de um bem do devedor, dentre todos, a ser expropriado judicialmente ■ Conservação e guarda pelo depositario ■ Possibilidade de efeito suspensivo à defesa do executado ■ Direito de preferência para o credor sobre o bem penhorado ● Art. 797 ● Ordem e espécies (art. 835, CPC) ○ Liquidez → efetividade. Qual o meio com maior liquidez (facilidade) de executar a penhora? ○ Menor onerosidade ○ Possibilidade de alteração da ordem. Ela é prévia, mas não obrigatória. Resp 1.186.327 — SP ● Objeto da penhora ○ Podem ser objeto da penhora os bens do patrimonio do devedor e do patrimonio de terceiros responsaveis (art. 790), sendo que só podem ser penhorados aqueles: ■ Que tenham expressao economica ■ Que nao se enquadrem nas hipoteses de impenhorabilidades ● Limites da penhora ○ Art. 831 — restricao da penhora aos bens suficientes para satisfacao do credito devidamente atualizado, com seus acessorios (juros, custas e honorarios) ○ A penhora deve recair sobre os bens que bastem para cobrir a divida principal atualizada, bem como os juros e os encargos processuais ○ A invasao patrimonial deve revelar utilidade pratica ○ Art. 836, §1 — se nao encontrar mais bens penhoraveis, o oficial desrevera na certidao aqueles que guarnecem a residencia ou o estabelecimento do devedor ● Art 835, I —> Dinheiro. Súmula 417 do STJ. Nem a penhora de dinheiro tem caráter absoluto, mesmo sendo a primeira da ordem, via de regra. Por acordo das partes, é possível que o dinheiro não seja o primeiro bem a ser penhorado. A doutrina manteve o entendimento da súmula, apesar do §1o, pois a ordem pode ser alterada (mesmo que há quem entenda que dinheiro não pode ser relativizado e deve ser o primeiro a ser buscado) ○ Em espécie ou em aplicação financeira —> o juiz pode determinar de plano a penhora da conta corrente do executado, respeitadas as impenhorabilidades (bacenjud). Essa hipótese surge a partir dos anos 2000, consolidada no novo código. ○ Dinheiro em aplicação financeira é o dinheiro em conta corrente, ou dinheiro aplicado em poupança. Cota em fundo de investimento não é considerado dinheiro em aplicação financeira. REsp 1.388.642 — SP. ○ Penhora online (Art. 854, CPC) —> bacenjud (sistema) por meio do qual o juiz determina ordem de bloqueio/indisponibilidade de todas as contas do executado, até a ordem do valor. O problema é que quando o juiz determina a indisponibilidade, TODAS as contas são bloqueadas no valor devido. Então, se a pessoa deve apenas 10k, mas tem 20k em duas contas diferentes, ambas vão ter os valores de 10k bloqueados (indisponibilidade de todas as contas do executado até o valor da execução). O juiz realiza o bacen, o banco central recebe o pedido e faz a indisponibilidade, mas o juiz demora até 48h para obter essa resposta. Quando a obtém, ele tem a obrigação de liberar os excessos. Não houve a penhora ainda, apenas a indisponibilidade. O executado tem o direito, ainda, de se pronunciar sobre o bloqueio (direito ao contraditório) em até 5 dias. Caso o executado não tenha razão, o juiz vai realizar a transferência para uma conta judicial. ■ Nao pode ser feita ex officio ■ Em suma: ■ >bloqueio das contas ■ >24h — liberar os excessos ■ >5 dias — pronunciamento do executado ■ >transferência para uma conta judicial — penhora. Teoricamente nao ha penhora online, apenas o bloqueio online. Diz-se penhora online para facilitar o entendimento. Meio barato, eficiente e efetivo. ● Arresto online — precede a penhora e só pode ser concedido mediante perigo de dano ○ A penhora online não significa violação de sigilo bancário, pois não se buscam as informações nele, apenas o pagamento. ○ Entendimento do STJ (que Eduardo concorda) — como já há o direito do executado se pronunciar após o bloqueio, não há necessidade de termo de penhora após realizada a penhora online, para que o executado se pronuncie novamente. REsp 1.195.976 — RN. ○ Impenhorabilidade do salário em até 50 salários mínimos e impenhorabilidade do valor depositado em conta poupança de até 40 salários mínimos. Quando o juiz determina o bacenjud, o banco central nao sabe fazer a distinção do que é conta corrente e do que é conta poupança, por isso o juiz deve estar atento em fazer imediatamente a liberação dos excessos. ○ O juiz não pode determinar de ofício a penhora online, tendo que haver pedido expresso da parte (eduardo não concorda com esse entendimento, mas ele deve ser seguido). Recomenda-se, pois, que seja pedido logo na inicial. ○ Caso nao haja saldo na conta do executado, o juiz não pode realizar novas penhoras online de ofício. Deve haver provocação da parte (pedido), mas esse pedido deve trazer novas razões/novas circunstâncias para esse novo bloqueio. REsp 1.657.158 — RJ ○ Como o bacenjud não faz a distinção entre o tipo de conta, pode acontecer de haver o bloqueio de conta conjunta do devedor com terceiro. Nesses casos, é de entendimento do STJ que o valor deve ficar bloqueado até que o executado comprove quanto daquele valor é dele e quando é do terceiro. Caso essa comprovação não seja possível, considera-se frações iguais (meio a meio) na conta conjunta. REsp 1.510.310 — RS ○ Súmula 328 do STJ. O lastro financeiro no banco central (% que o banco deve enviar para ele para garantir a insolvência) não pode ser penhorável ● Art. 835, II — títulos da dívida pública. É um valor que o devedor tem contra o Estado. Pode ser negociado, em regra, e também impenhorável. Nao entram os precatórios. ● Art. 835, III — títulos de valores mobiliários que a parte possua, mas não contra o Estado, e sim contra terceiros. ○ Ambos, os incisos II e III, servem como penhora de crédito. ● Art. 835, IV — veículos de via terrestre. Convênio do CNJ com o Renavam — RENAJUD. O Renajud permite o lançamento de um bloqueio sobre um veículo, para o oficial de justica captá-lo. O bem móvel segue para hasta pública. ● Art. 835, V — bens imóveis. Nao se faz mais penhora direto no cartório. ○ A penhora de bens imoveis pode ser feita à distancia, por termo nos autos, uma vez apresentada a certidao da respectiva matricula. Art. 835, §1. ○ Quando a penhora é feita por termo nos autos, baseada na certidao da matricula do bem, pode acontecer de nao ser citada, no respectivo termo, a existencia de acessorios (construcoes, plantacoes ou outras acessoes). A omissao pode ser suprida por iniciativa da propriaparte, que podera informar, em momento posterior, a existencia desses bens, para que sejam incluidos na penhora. ○ Certidão de registro do imóvel. O exequente tem o direito/obrigação de trazê-la aos autos. Deve ir de cartório em cartório procurando. Como alguns cartórios já vem fazendo convênio com o CNJ, é possível que daqui a alguns anos exista um sistema similar ao bacenjud e ao renajud. ○ Penhora por termo nos autos. A parte junta o registro do imóvel e se o juiz deferir, a vara lavra um termo de penhora do imóvel, e intima o executado para se pronunciar sobre ele. Esse termo tem que conter tudo: nome do exequente e do executado, valor da execucao, valor do bem, qualidade da execução. Quando o executado for intimado, ele pode acordar outro termo de pagamento que esteja na ordem de preferência, como dinheiro ou veículo. Cônjuge deve se pronunciar também sobre o termo de penhora. ○ Averbação do termo de penhora no registro. Garante o direito de preferência e gera presunção de má-fé da parte que adquirir o imóvel. Nao é obrigatoria, mas recomendavel. ○ Sumula 134. O conjuge deve ser convocado para ser parte e se defender da penhora do bem, podendo tal defesa ocorrer por meio de embargos à execucao ou impugnacao, se quiser atacar a divida objeto da execucao, ou por embargos de terceiro, se quiser simplesmente proteger sua quota-parte. Sumula 134 do STJ. ○ Valor do bem imóvel avaliado por um perito do juiz. O valor que constar na prefeitura é apenas um guia. ● Art. 835, VI — bens móveis em geral. ● Art. 835, VII — semoventes. Penhora de animais (``cabeças de gado``) ● Art. 835, VIII — navios e aeronaves. Mais difícil de vender e de manter. Além disso, navios e aeronaves também estão, muitas vezes, atrelados a atividades mais específicas, como transporte de passageiros e transporte de cargas. Lanchas e jatinhos, segundo Eduardo, não entram aqui, mas em bens móveis em geral. ○ Manutencao das atividades — o juiz deve determinar essa manutenção para manter a atividade produtiva do bem afetado e mantê-lo em funcionamento. ○ Nao havendo penhora dos frutos, eles continuam indo para o executado ● Art. 835, IX — ações e quotas. Sociedade simples ou empresária. ○ 1o caso — ltda e s.a. Fechada. Art. 861, CPC. Deve-se preservar o ``affectio societatis``. Em primeiro lugar deve-se tentar vender as cotas para os outros sócios, depois, para a sociedade, e por último tenta adjudicar ou vender em hasta pública/leilão ○ 2o caso — anônima aberta. Pode-se partir direto para a terceira parte, de adjudicacao ou hasta pública/leilão. Penhorado como quaisquer outros bens móveis. ○ Antes da adjudicação deve haver a avaliação do bem, seja cota ou ação. ○ Art. 861 ● Art. 835, X — Percentual do faturamento. Excepcional. ○ O juiz deve preservar a manutenção da empresa. ○ O STJ tinha um entendimento de que acima de 30% era um percentual abusivo. ○ Geralmente, na prática, se determina a penhora de 10% do faturamento mensal. ○ O juiz deve fazer a nomeação de depositário administrador. Interventor na empresa. Ele tem poderes para realizar mensalmente a penhora desse percentual. Obviamente o depositário administrador deve ser remunerado, fixando-lhe os honorários. ○ A penhora do faturamento só é possivel em caso de inexistencia de outros bens penhoraveis e havendo a necessidade de fixacao de um percentual que propicie a tutela do credito e nao torne inviavel o exercicio da atividade empresarial. Art. 866 ● Art. 835, XI — Pedras e metais preciosos. ● Art. 835, XII — direitos aquisitivos ○ Direitos de promitente comprador. Ainda nao tenho a propriedade, mas tenho o direito real sobre bem imóvel. Esse direito pode ser penhorado, mesmo não se havendo ainda materialização desse direito. ● Art. 835, XIII — outros direitos ○ Penhora de crédito. Art. 855 — 860, CPC. ■ Caso 1: Juiz, credor x, devedor y. O devedor y deve 10k para o credor x. ■ Caso 2: juiz, devedor y como credor, devedor z. O devedor z deve 10k para o devedor y. ■ Faz-se, portanto, ``penhora no rosto dos autos``. Faz-se a penhora de crédito para o credor x tendo em vista o valor que vai ser recebido pelo devedor y. ■ Sao penhoraveis direitos do executado contra terceiros, desde que tenham caráter patrimonial e possam ser transferidos/cedidos independentemente do consentimento do terceiro ○ Penhora de frutos e rendimentos. Art 867 — 869, CPC. ■ Pode ser determinada ex officio ■ Nao depende do consentimento das partes ○ Penhora de estabelecimento. Art. 862 — 865, CPC. ■ O juiz tem o dever de tentar manter as atividades empresariais, por meio de um depositário administrador. ■ Pode-se penhorar uma filial ou um estabelecimento sede. ■ Súmula 451, STJ. ○ Penhora de bem indivisivel. Art. 843 ● Lugar e tempo da penhora ○ Os bens devem ser penhorados em qualquer lugar, onde quer que estejam mesmo que sob posse, detencao ou guarda de terceiros. Art. 845. ○ Preferencia sobre aqueles que estao no foro da execucao. Art. 848, III ● Intimacao do executado ○ Art. 841 ■ Sera feita ao advogado (§1) ■ Se nao houver advogad, o executado sera intimado pessoalmente (§2) ● Intimacao de terceiros ○ Art. 799 ○ A ausencia de intimacao pode gerar a ineficacia do ato de alienacao do bem penhorado em relacao ao terceiro nao intimado, nas hipoteses em que a necessidade de intimacao esta expressamente prevista (arts. 799, 804 e 889) ACAO MONITORIA Aula 02/05 ● Art. 700 — 702 do CPC ○ Art. 700, I — a monitoria também persegue a entrega de coisa ○ II — desde que se persiga algo que esteja claro no documento, pode-se perseguir bem movel ou imovel ○ III — obrigação de fazer ou não fazer ■ O procedimento é igual para todas ○ §1 — prova oral documentada ○ §2 — trata da coisa, da obrigação pecuniária, mas falta tratar da obrigação de fazer ou não fazer. ○ §3 ○ §4 ○ §5 ○ §6 — entendimento da súmula 339 do stj ○ §7 — admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o procedimento comum. Mandado monitório. ● Procedimento especial de natureza mista ○ Vale para documentos sem eficácia de título jurídico, mas que a partir desses documentos dá para verificar a existência de uma dívida ○ Entre a ação ordinária e a acao de cobranca ○ Técnica de monitorização ○ Ela é só um exemplo dessa técnica (outro exemplo é a tutela de evidência) ○ É uma decisão prévia que depende da conduta da parte contrária. Se ela não impugna, continua como acao de cobranca. ● Petição inicial ○ Não cabe audiencia previa de conciliacao e mediacao no começo do processo (nao eh uma etapa do procedimento da ação monitória), mas isso não impede que o juiz a qualquer tempo possa achar que essa audiência é devida ○ É ideal que a petição inicial tenha a planilha. Eduardo entende que se nao tiver ela, o juiz deve mandar a emenda. Isso porque a planilha vai ter todo o débito detalhado e atualizado ○ Pedido e causa de pedir ○ Documentos aptos a instruir a monitoria ○ Jurisprudência (alguns exemplos): ■ Documentos sem eficacia de titulo executivo, via de regra ■ Porém, o STJ já decidiu que mesmo tendo título executivo a parte pode optar pela acao monitoria ■ A vantagem é que títulos executivos extrajudiciais, quando cobrados por via monitória, caso a parte não impugna, começa a correr como acao de cobranca/cumprimento de sentenca, sendo esse processo mais rápido que o da execução de título executivo extrajudicial ■ Ademais, prova unilateral permite o ajuizamento de ação monitória, apesar de parte da doutrina discordar sobre isso ■ Cheque prescrito (súmula 299 do STJ) ● Cheque prescrito é diferente de dívida prescrita. O cheque prescreve, em geral, em 6 meses (a parte tem até 6 meses para ajuizar acao de cobrancasobre ele) —> perda de executividade. Não pode mais instruir a execução. ● Ainda assim, é possível acao monitoria sobre esse cheque, pois com base nele dá para visualizar a existência de uma dívida. ■ Contrato de abertura de conta, acompanhado do demonstrativo de débito (Súmula 247, STJ) ● Falta liquidez e participação do devedor ● Demonstrativo de débito se materializa em extratos da conta ● Acao de execucao nao eh possivel, pois contrato de abertura de conta não é título executivo de forma alguma. ■ Nota fiscal mais prova (AgRg no AREsp 432.078/RS) ● Prova documental ou pelo menos documentada ○ Documento e prova documentada ■ É imprescindível que haja um documento. Este pode ser genuíno, que atesta um negócio jurídico, ou pode ser um documento reduzindo a termo/atestando uma prova oral ■ Pode ser prova emprestada de outro processo, desde que seja materializada no documento ○ Cheque e desnecessidade de menção ao negócio (Súmula 531, STJ) ■ Quando se instrui a ação monitória com cheque, nao eh obrigado a indicar a causa de pedir (o trâmite pelo qual surgiu o cheque, porque a pessoa contraiu a dívida e etc). Isso porque o cheque é um título de crédito e, como título de crédito, ele se desprende da relação negocial que lhe deu origem ■ Outros títulos de crédito aplicam-se o mesmo entendimento ■ É diferente da duplicata, em específico, que é um título que não consegue se desprender da relação negocial que lhe deu origem ○ Ação monitoria e Fazenda Pública (Súmula 339, STJ) ■ Quando se vai executar a fazenda pública, existe um procedimento específico ■ Contudo, se o código não dispõe de uma forma de tramitação da ação monitória especificamente para a Fazenda Pública, é esperado que essa siga o procedimento comum ■ A parte pode executar através de precatórios ou de determinado valor ○ Valor da causa ■ Valor do débito perseguido ■ Proveito econômico que se quer obter com aquela acao monitoria ■ Se não for possível de forma alguma quantificar um valor, arbitra-se (geralmente em mil reais) ● Emenda e indeferimento da petição inicial ○ Oportunização, no prazo de 15 dias, emende a peticao inicial, caso a parte nao junte o documento que acha devido ou haja algum outro vício processual ○ Se a parte nao emenda nesse prazo, tem-se o indeferimento da petição inicial ● Expedição do MANDADO MONITÓRIO (= injuncional) ○ Mandado monitório = citação ○ Opções do réu ○ É aquele em que o juiz determinou a citacao do reu, que não exatamente vai ser executado. ○ O réu é citado para: ■ Pagar —> extincao do processo com resolucao de merito ■ Embargar —> o procedimento, que era monitório, se torna procedimento comum ○ Se a parte nem paga, nem embarga, transforma a ação monitória em cumprimento de sentença, sem maiores formalidade ○ Ele não é citado para contestar ○ Prazo de 15 dias para pagar ou embargar ○ Nao eh mais necessaria a citacao por oficial de justica (mandado), podendo, agora, ser por qualquer meio ○ Assim, o mandado monitório não é mais necessariamente um mandado, podendo ser uma carta, edital, etc ● Embargos monitórios ○ Natureza jurídica ■ 1a corrente: defesa em forma de ação ■ 2a corrente: defesa (= contestação) — corrente de Eduardo ■ Aplicam-se as mesmas regras que as dos embargos ○ Cumprimento voluntário ■ 2 premiações: ● Isenção de custas. Seria o caso de o autor exigir restituição de custas do tribunal, para não ficar no prejuízo ● Redução de honorários — 5% ○ Se o réu não pagar: ■ Custas ■ Honorários de 10 a 20% ■ Mas não incide multa (quando é título executivo extrajudicial ou ação monitória não incide multa) ○ Art. 701 ○ §1 ○ §2 ○ §3 — possível ação rescisória nos casos previstos por ela ○ §4 — art. 496: remessa necessária ○ §5 — possibilidade de parcelamento na acao monitoria ○ Art. 702 — embargos monitorios — no prazo que se tem para pagar, pode embargar. Os dois prazos correm juntos ○ §1 — qualquer materia de merito (documento falso, dívida prescrita), excesso de execução, etc ○ §2 — ○ §3 — se refere ao parágrafo 2. Se a parte esquecer de dizer qual o excesso, o juiz deve rejeitar o seu argumento. Parte da doutrina entende que aqui deveria haver a possibilidade de emenda ○ §4 — segue ao procedimento comum ○ §5 — contestação/réplica aos embargos ○ §6 — possibilidade de reconvenção ○ §7 — no caso do embargo que entende a existência de excesso, a parte que o embargante entende devida torna-se cumprimento de sentença, e o resto incontroverso continua a tramitar em procedimento comum ○ §8 ○ §9 ○ §10 ○ §11 — multa por litigância de má fé EXECUCAO DE ALIMENTOS Aula 06/06 ● Espécie de execução por quantia certa ● Diplomas legislativos importantes ○ Código civil ○ Lei de alimentos (lei 5.478/68) — regulamenta a ação de alimentos ■ Procedimento especial. Quando a pessoa entra com a ação de alimentos, já existe a previsão de uma tutela provisória (espécie de tutela de evidência) provendo a demanda. Ademais, quando se tem a audiência de mediacao e conciliacao, chama-se também a parte para que apresente a sua contestação ○ CPC — regulamenta também a execução de alimentos fundada em título executivo extrajudicial. Contratos são títulos extrajudiciais executivos, que podem discriminar sobre prestação alimentícia, por exemplo ● Especificidade da execução decorre —> natureza da obrigação***** ○ Alimentos — mínimo necessário para prover as necessidades básicas do indivíduo. Não abrange somente a ideia de realmente ``se alimentar``, mas abrange também moradia, educação, lazer. A depender dessas condições, o valor dos alimentos irá variar. ○ Código Civil — art. 1.920 — conceituação de alimentos ■ ``o legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vestuário, a casa, enquanto o legatário viver, além da educação, se ele for menor`` ○ Eh um tipo de execução por quantia ○ Tem procedimento especial ■ No cumprimento de sentença de prestação alimentícia a parte tem 3 dias para pagar ou para impugnar, de forma cumulativa, os dois prazos correm juntos ○ Técnicas executivas diferenciadas ■ Direta — sub rogação. Satisfazer a pretensão do credor ● Desconto em folha de pagamento ou penhora de salário, particulares da execução de alimentos (nao sao usados na execução por quantia certa geral) ■ Indireta — medidas coercitivas para forçar o cumprimento da execução ● Prisão civil do devedor ○ Pode ser fundada em ■ TEJ (arts 528 — 533, CPC) ■ TEEJ (arts. 911 — 913 CPC) ● Processo autônomo ● Científica-se o executado por citacao, devendo o juiz fixar de plano os honorários advocatícios de 10% ● 3 dias para cumprimento da obrigação (art. 231, §3) ● Defesa: embargos do executado. 15 dias a partir da juntada aos autos do comprovante de citação. A concessão de efeito suspensivo não impede que o exequente levante o dinheiro mensalmente. ● Art. 912 — desconto em folha ● Aplicacao do art 529, §3 de forma analogica. ● Art. 913 — execução por expropriação. ● *****classificação da obrigação de prestação alimentícia ○ Quanto à origem ■ Legítimos — decorrem de relação familiar. Podem surgir no exercício do poder familiar (pai — filho, mãe — filho) ou decorrentes de uma dissolução de casamento ou dissolucao de uniao estavel. Pode, ainda, decorrer de relação de parentesco (o filho pode ter relação alimentar para com os pais idosos — o estatuto do idoso inclusive prevê uma obrigação solidária dos filhos com os pais idosos). ● Nao entram os parentes mais externos, apenas o ``núcleo familiar``, no máximo, até a relação com os avós ■ Voluntários — fixados pela vontade de alguém. Podem ser fixados através da prática de ato inter vivos ou ato mortis causa. Pode haver alimentos
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