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A ciência da historia

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A ciência da historia
 Positivismo
 
 O Positivismo pregava a cientifização do pensamento e do estudo humano, visando a obtenção de resultados claros, objetivos e completamente corretos. Os seguidores desse movimento acreditavam num ideal de neutralidade, isto é, na separação entre o pesquisador/autor e sua obra: esta, em vez de mostrar as opiniões e julgamentos de seu criador, retrataria de forma neutra e clara uma dada realidade a partir de seus fatos, mas sem os analisar. Os positivistas creem que o conhecimento se explica por si mesmo, necessitando apenas seu estudioso recuperá-lo e colocá-lo à mostra.
 Pode-se inclusive dizer que o Positivismo reduz o papel do homem enquanto ser pensante, crítico, para um mero coletor de informações e fatos presentes nos documentos, capazes de fazer-se entender por sua conta. "Os fatos históricos falam por si mesmos", dizia Coulanges, historiador francês. Assim, para os positivistas que estudaram a História, esta assume o caráter de ciência pura: é formada pelos fatos cronológicos e o que realmente significam em si. São objetivos à medida que possuem uma verdade única em sua formação (que é o seu sentido e sua única possibilidade de compreensão) e não requerem a ação do historiador para serem entendidos: como já dito, o papel deste é coletá-los e ajeitá-los, constatando pela análise minuciosa e liberta de julgamentos pessoais sua validade ou não. O saber histórico, dessa forma, provém do que os fatos contêm, e assume um valor tal qual uma lei da Física ou da Química, ciência exatas.
 Tão objetiva é a História para os positivistas que um de seus maiores ensinamentos é a busca incessante de fatos históricos e sua comprovação empírica. Daí a necessidade, como pregavam, de se utilizar na pesquisa e análise o máximo de documentos possíveis: para se obter a totalidade sobre os fatos e não deixar nenhuma margem de dúvida no que se refere à sua compreensão. A busca desses fatos deve ser feita por mentes neutras, pois qualquer juízo de valor na pesquisa e análise altera o sentido e a verdade própria dos fatos, modificando pois a própria História. Esta se tornaria uma ciência falha e totalmente fora de seu caráter científico, e portanto destituída de valor e validade. Coulanges chega a afirmar que a "História não é arte, mas uma ciência pura (...) a busca dos fatos é feita pela…
Marxismo
 O materialismo histórico é plausível de qualquer observação, a análise e quantificação. Dessa forma, podemos observar que o mesmo trabalha com aquilo é possível mensurar nas sociedades, por exemplo, as estruturas econômicas- sociais, escapando das formulações filosóficas.
 Marx utiliza-se de ferramentas como o materialismo dialético. Materialismo dialético consiste em ler a história baseando-se na constante luta de classes. Dessa forma, sempre há uma classe dominante e uma classe dominada, sendo que ambas estão em confronto de interesses, já que uma explora a outra. Esse embate seria o motor da história, através do qual se daria o progresso da história e seria a origem das transformações na estrutura.
 Como Karl Marx postulava o Comunismo e, segundo o pensador, este só seria alcançado através da tomada do poder pelo proletariado e após passar por etapas necessárias, fica aparente para Marx que o final da história se dá em uma sociedade comunista.
Essa forma de conceber o progresso da história foi absorvida pela historiografia de corrente marxista. A História Marxista é escrita baseando-se em critérios econômicos e considerando a permanente luta de classes na sociedade. A escola marxista na escrita da História dominou durante muito tempo no século XX. A História Marxista continua recorrente, mas hoje se considera outras formas de se escrever História além da visão marxista, como é o caso da observação cultural, da Micro-História ou da recente História Aventureira.
 As classes sociais, cuja luta constitui a própria trama da história, não se define pela capacidade de consumo e pela renda, mas pelo processo produtivo.
 A correspondência entre as forças produtivas e relações de produção constitui o objeto principal da história- ciência, que aborda os conceitos de modo de produção e formação 
 Analles/ história nova 
 Em 1929, surgiu na França uma revista intitulada Annales d’Histoire Économique et Sociale, fundada por Lucien Febvre e Marc Bloch. Ao longo da década de 1930, a revista se tornaria símbolo de uma nova corrente historiográfica identificada como Escola dos Annales. A proposta inicial do periódico era se livrar de uma visão positivista da escrita da História que havia dominado o final do século XIX e início do XX. Sob esta visão, a História era relatada como uma crônica de acontecimentos, o novo modelo pretendia em substituir as visões breves anteriores por análises de processos de longa duração com a finalidade de permitir maior e melhor compreensão das civilizações das “mentalidades”. Entre as modificações apresentadas pela Escola dos Annales, estava a argumentação de que o tempo histórico apresenta ritmos diferentes para os acontecimentos, os quais podem ser de simples acontecimento, conjuntural ou estrutural. A obra de Fernand Braudel, O Mediterrâneo, foi o grande símbolo da nova concepção apresentada. Ao considerar a História não mais apenas como uma sequência de acontecimentos, outros tipos de fontes, como arqueológicas, foram adotadas para as pesquisas. Da mesma forma, foram incorporados os domínios dos fatores econômicos, da organização social e da psicologia das mentalidades. Com todo esse enriquecimento, a outra grande novidade da Escola dos Annales foi a promoção da interdisciplinaridade que aproximou a História das demais Ciências Sociais, sobretudo, da Sociologia.
 A Escola dos Annales deixou sua marca bem notável da historiografia desde então e continua existindo até hoje. Desde seu surgimento, passou por quatro fases e teve grandes nomes como representantes de cada uma. A primeira delas, a fase de fundação, é identificada por seus criadores Marc Bloch e Lucien Febvre. A segunda fase, já em torno de 1950, é caracterizada pela direção e marcante produção de Fernand Braudel. A partir da terceira geração a Escola dos Annales passou a receber uma identificação mais plural, na qual destacaram-se vários pesquisadores como Jacques Le Goff e Pierre Nora. A quarta geração da Escola dos Annales é referente a um período que se inicia em 1989, neste momento há um desenvolvimento notório da História Cultural e os grandes nomes que a representam são, por exemplo, Georges Duby e Jacques Revel.
 Propostas:
 1- Organizar um fórum que promovesse e uma discussão entre os historiadores e os cientistas sociais.
 2- Questionar a divisão da história em antiga, medieval e moderna e da sociedade em primitiva e civilizada
3- Criar uma comunidade das ciências sociais
. A revista também prometia uma nova forma de construção do conhecimento histórico, ampliando a noção de fonte documental, permitindo o uso dos documentos escritos e imagéticos ou não-verbais, como também um diálogo promissor com as demais ciências sociais .

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