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Revisão de integração Selecionei algumas partes e questões do livro Golgher, A. e Vidal R. 2017. Matemática: Exercícios resolvidos da Anpec: 1995 – 2010. Editora CRV, 2ª Edição. Faça as questões selecionadas, que já vem com a resposta. A solução dos problemas se encontra nessa referência. Em geral é para assinalar verdadeiro ou falso. 1 –Integrais solucionadas com os conceitos de funções pares e ímpares As funções pares são aquelas em que . Como exemplo, temos: , , , , etc. Funções desse tipo tem simetria com relação ao eixo y, como é mostrado pelo diagrama abaixo para última dessas funções. FUNÇÃO PAR As funções ímpares são aquelas em que . São exemplos de funções ímpares: ,e . Esse tipo de função tem simetria com relação à origem, como mostra o gráfico para a primeira dessa funções citadas. FUNÇÃO ÍMPAR Se uma função par é multiplicada por outra função par, a função resultante é par. Se uma função ímpar é multiplicada por outra função ímpar, a função resultante também é par. Caso tenhamos uma função par multiplicada por uma função ímpar (ou vice-versa), o resultado é uma função ímpar. Esses conceitos de função par e função impar podem ser diretamente aplicados ao cálculo de integrais. Note pelo gráfico acima que para toda função impar, integral com limites de integração simétricos tem área igual a zero, pois a área acima do eixo Ox é exatamente igual à área abaixo desse eixo. Ou seja, . Para toda função par, também integrada com limites simétricos, note que as áreas até o zero e a partir do zero são exatamente iguais. Ou seja, . 1993 – QUESTÃO 11 (0) Resolução Para resolver essa questão devemos inicialmente notar que os limites de integração são simétricos. Em seguida, verificamos se a função, ou partes da função, podem ser classificadas como par ou impar. No caso específico desse problema: é ímpar, pois ; e é par, pois . Assim, é ímpar, pois é a multiplicação de uma função par por uma impar. Por conseguinte, como sabemos que para funções impares para qualquer valor de a, pode-se concluir que: VERDADEIRO 1996 – QUESTÃO 8 (0) Resolução Utilizando a mesma metodologia da questão anterior temos: é par, pois ; e é ímpar, pois . Assim, é ímpar. Por conseguinte, pode-se concluir que: . VERDADEIRO (3) Resolução Da mesma forma: é ímpar, então VERDADEIRO 1998 – QUESTÃO 4 (0) Resolução Sabemos que é ímpar e é par, pois . Assim, é ímpar e por conseguinte, . VERDADEIRO (1) Resolução Como f(x) = x é impar e g(x) =, então, 0. FALSO (2) Resolução Sabemos que é par e é ímpar. Assim, é ímpar e por conseguinte, VERDADEIRO (3) Resolução Note que nesta questão os limites de integração não são simétricos e aparentemente as funções não são pares ou impares. Entretanto, com uma mudança de variável, podemos reescrever a integral em um formato padrão de análise do ponto de vista de funções pares e ímpares. Para tanto, faz-se a seguinte substituição: . Calculamos então a derivada, , e obtemos os novos limites de integração: no limite inferior de integração, , implica em ; e no limite superior de integração, tem-se , então . Inserindo essas modificações na integral acima, tem-se: A integral escrita dessa segunda maneira permite uma solução rápida usando os conceitos de função par ou impar: é ímpar, é par e é ímpar. Por conseguinte: VERDADEIRO 2000 – QUESTÃO 3 (2) Resolução Como visto anteriormente, também para essa questão devemos mudar a variável reescrevendo a integral em um formato padrão de análise do ponto de vista de funções pares e ímpares. Para tanto, fazem-se as seguintes substituições: ; ; no limite inferior da integração , então ; e no limite superior da integração, , então . Inserindo essas quatro modificações na integral acima, tem-se: é ímpar, é par e é ímpar. Por conseguinte: FALSO FAÇA: . 2 –Utilizando as expressões básicas de integração Grande parte das integrais pode ser resolvida direta ou indiretamente por uma das cinco expressões básicas de integração que são descritas a seguir. Nessa seção serão resolvidas as integrais que podem ser solucionadas diretamente a partir de uma dessas expressões. Nas próximas seções serão apresentadas as resoluções indiretas, que são feitas por métodos de integração. Expressões básicas de integração 1) . 2) . 3) . 4) . 5) . Além disso temos que se , então 1994 QUESTÃO 7 (1) Resolução Temos: Substituindo os limites de integração: FALSO (2) 1 Resolução Temos: Utilizando a primeira expressão básica de integração: Substituindo os limites de integração: FALSO FAÇA: para todo . 3 –Método de substituição simples As integrais discutidas na última seção foram resolvidas com a utilização direta de uma das cinco expressões básicas de integração. As integrais dessa seção serão resolvidas também com uma dessas cinco expressões, mas de forma indireta. O objetivo é transformar a integral que queremos calcular em uma integral que é exatamente igual a uma dessas expressões. Para fazer essa transformação fazemos uso de métodos de integração. Nesta seção é utilizado o método de substituição simples. Nesse método, com o nome mesmo indica, é feita uma substituição simples de variáveis. 1994 QUESTÃO 7 (0) . Resolução Fazemos a seguinte substituição simples: . Feito isso, derivamos u, e obtemos o valor de dx = du/-2. Quando x 0 temos que u 0 e quando x temos que u -. Introduzindo essas substituições na integral, tem-se: VERDADEIRO 1997 QUESTÃO 5 (1) Seja . Então, . Resolução Devemos introduzir substituições para reescrever a integral acima conforme o formato dessa expressão de integração. Assim, a substituição inicial é a seguinte: . Por conseguinte, a derivada é . Note que tanto u = x2 + 1 como du = 2xdx aparecem na integral a ser calculada. O método de substituição simples é muito utilizado quando temos diferentes funções polinomiais dentro da integral que diferem em um no grau da função, como é o caso aqui. Quando x 1 temos que u 2 e quando x temos que u . Portanto: Por fim, voltamos à expressão inicial e introduzimos o valor de : FALSO 2002 QUESTÃO 09 (4) Resolução Esta integral é muito similar a anterior. Assim, a substituição inicial é a seguinte: . Por conseguinte, a derivada é . Note que o primeiro destes termos aparece na integral. Reescrevemos o segundo como . Quando x 0 temos que u 1 e quando x 3 temos que u10. Portanto: FALSO FAÇA: . = ? O limite diverge. Se , em que t < 1, então M’(0) = 0 4 –Integração por partes Como ficará claro a seguir, o método de integração por partes é muito eficaz em um grande número de questões da ANPEC. Utiliza-se a seguinte expressão na integração por partes: . O princípio básico desse método é transformar uma integral de difícil resolução, , em uma outra mais simples, . 1993 QUESTÃO 11 (1) Resolução Como descrito na introdução dessa seção, devemos transformar uma integral difícil, no caso, , em outra fácil, que será nesse problema. Ou seja, abaixar o grau do polinômio de x2 para x0. Uma das principais aplicações desse método é justamente abaixar grau de polinômios para facilitar a integração. Neste método de resolução de integrais devemos escolher uma parte da função que está sendo integrada como u e o restante será dv, uma vez que a integral difícil é . Dada a integral do problema, escolhe-se como u o polinômio de que queremos abaixar o grau, assim, e, conseqüentemente, o restante que está sendo integrado é . Agora devemos obter os valores de du e de v para substituirmos na expressão de integração por partes. Então é essencial que o termo escolhido para dv seja de fácil integração, como a escolha aqui.Se u = x2 , então . Se dv = e-xdx, então v = . Essa integral é de fácil resolução e é feita por substituição simples: . Depois de obtidos du e v, substituímos os resultados na equação de integração por partes: A integral do problema toma a seguinte forma com u = x2, dv = e-xdx, du = 2xdx e v = -e-x: - Note que os limites de integração aparecem no termo fora da integral e na nova integral. O termo fora da integral tem seu valor calculado por um limite quando x → ∞, onde se pode usar L`Hopital, e pela substituição simples de zero no limite inferior da integral: Ficamos, portanto, somente com a integral: . Para resolver essa integral aplicamos novamente a integração por partes. Lembrando que o objetivo é chegar na integral simples . Assim, como queremos abaixar o grau do polinômio de x1 para x0, u = x. Assim, integramos por partes com: e, conseqüentemente, Substituindo esses valores na expressão da integração por partes e calculando o limite no infinito temos: FALSO 1996 QUESTÃO 8 (1) Resolução Nessa questão também vamos usar a integração por partes e aqui não temos escolha para u, e dv=dx. Assim, du = (1/x)dx e v = x. Fazendo essas substituições na equação de integração por partes, , temos: Substituindo os limites de integração temos: (0 - ) - (1 – 0) = - 1. O limite é calculado com L´Hopital: = Assim, temos como resultado final: FALSO FAÇA:
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