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IRCE III - rastreamento

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RASTREAMENTO DE DOENÇAS
MEDICINA PREVENTIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: VACINAÇÃO DE ADULTOS
- Cap.61- rastreamento de doenças
Define-se rastreamento como a aplicação de testes em pessoas assintomáticas (em uma população definida) com o objetivo de selecionar indivíduos para intervenções cujo benefício potencial seja maior que o dano potencial. Assim, pretende-se reduzir a morbimortalidade atribuída à condição a ser rastreada.
O rastreamento é uma intervenção que oferece risco potencial à saúde das pessoas sem o respectivo benefício. Por isso, os requerimentos e critérios para a implementação de programas de rastreamento são rigorosos e devem ser fundamentados em evidências científicas atualizadas e de alta qualidade.
A avaliação de procedimentos é técnica e eticamente difícil, pois envolve vieses e fenômenos complexos, como: tempo de antecipação, tempo de duração, sobrediagnóstico e sobretratamento. Tais vieses podem ser atenuados por meio de ensaios controlados e aleatorizados de alta qualidade ou pela metanálise desses estudos.
Os rastreamentos podem ocorrer como procedimentos isolados, chamados oportunísticos, até formas padronizadas de excelência com rotinas bem estabelecidas de convite, acompanhamento e avaliação do processo caracterizando programas organizados. Mesmo medidas de rastreamento baseadas nas melhores evidências vão gerar mais danos que benefícios caso não sejam oferecidas por meio de programas de qualidade assegurada.
A atenção primária a saúde (APS) tem papel fundamental na construção de programas organizados de rastreamento, pois pode potencializar o seguimento das pessoas convidadas a participar do programa de forma longitudinal. Contudo, deve-se ter em mente que o rastreamento não é e nem deve ser a prioridade na organização dos cuidados oferecidos pelos médicos de família e comunidade na APS. 
Prevenção de doenças, promoção de saúde E rastreamento (NECESSARIAMENTE NESSA ORDEM):
O conceito de prevenção está ancorado em uma estrutura temporal linear que visa impedir acontecimentos futuros desejados;
Prevenção primária: antes do acontecimento
Prevenção secundária: diagnóstico e tratamento precoce
Prevenção terciária: reabilitação pós-lesão/doença
Prevenção quaternária: evitar a iatrogenia
Década de 70: Determinantes sociais da saúde e hábitos de vida têm alto impacto na morbimortalidade coletiva >> expansão da promoção de saúde
I Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde 1986: Destaque da importância do empoderamento social das pessoas/coletividade para intervirem nas suas condições de saúde, etc; maior controle social em relação ao combate das iniquidades sociais (principais DSS)
Algumas ações de caráter individual são da alçada cotidiana e clínica dos médicos de família e comunidade.
 Estas ações são referidas como RECURSOS GERAIS DE RESILIÊNCIA, cabendo ao médico de família e comunidade:
Avaliação dos recursos individuais: autoavaliação do estado de saúde, confiança, habilidade de lidar com os problemas, apoio social, funções da família, satisfação no trabalho, atividade física, imunizações, segurança de renda e conhecimento sobre saúde;
Melhoria destes recursos: apoio, educação e aconselhamento sobre saúde – atividade física, sexualidade, acidentes, abuso de substâncias, imunizações, planejamento familiar, pré-natal, cuidados infantis, empoderamento social, dentre outros. 
Nesta nova visão, as ações preventivas aparecem agora como partes componentes de um conjunto de atividades de melhoria da saúde que envolvem:
Ações promotoras de alto e generalizado impacto sócio-cultural e sanitário, políticas sociais e ambientais; 
Ações promotoras comunitárias, familiares e individuais;
Empoderamento para participação social e política na sociedade e no SUS;
Ações de avaliação e redução de risco: detecção precoce de doenças e tratamento precoce;
Ações de cuidado clínico aos adoecimentos: reabilitação, atendimento e apoio à pessoas com doenças crônicas;
Rastrear é diferente de SELECIONAMENTO (seria o termo mais correto), rastrear pressupõe que existe um rastro a ser seguido;
A exigência ética e técnica de benefício é mais rigorosa no rastreamento;
Ensaios Clínicos Aleatorizados: respondem à questão “rastrear a condição X traz realmente benefício?
Os exames de imagem potencializaram a ação de rastreamento.

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