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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS – UNILESTE/MG CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS – CEE PÊNDULO SIMPLES Relatório apresentado como parte das exigências da aula de laboratório da disciplina de Física IV, dos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Elétrica e Engenharia Química do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unileste – Campus Coronel Fabriciano. Discentes: Brunna Érida Garcia de Oliveira A06148866 Ícaro Alves da Silva e Silva A06143690 Joel Joyciane Gomes Loures A06149633 Túvia Araújo Castro A06143509 Vitor Lucas Maciel Ribeiro A06149709 Docente: Geraldo Marcelino de Souza Data da realização da prática: 20/08/2014 Data da entrega: 03/09/2014 CORONEL FABRICIANO - MG SETEMBRO - 2014 SUMÁRIO 1 - OBJETIVO ..................................................................................................................................... 3 2 - INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3 3 - PROCEDIMENTOS .......................................................................................................... 4 3.1 Verificar a influência da amplitude........................................................................ 4 3.2 Verificar a influência da massa.............................................................................. 4 3.3 Verificar a influência do comprimento.................................................................. 4 3.4 Calcular a aceleração da gravidade e o erro ........................................................ 5 4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 5 4.1 Influência da amplitude ......................................................................................... 6 4.2 Influência da massa................................................................................................ 7 4.3 Influência do comprimento do fio ......................................................................... 7 4.4 Cálculo da aceleração da gravidade e do erro....................................................... 7 5 - CONCLUSÃO .................................................................................................................. 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 8 3 1 - OBJETIVOS Verificar as influências da amplitude, da massa e do comprimento do fio nas oscilações do pêndulo e calcular a aceleração da gravidade. 2 - INTRODUÇÃO Um corpo suspenso por um fio, afastado da posição de equilíbrio sobre a linha vertical que passa pelo ponto de suspensão, e abandonado, oscila. O corpo fica sujeito à força restauradora causada pela gravidade. O corpo e o fio formam o objeto que chamamos de pêndulo (GOLDENBERG, 1982). Existem inúmeros pêndulos estudados por físicos, já que estes o descrevem como um objeto de fácil previsão de movimentos e que possibilitou inúmeros avanços tecnológicos, alguns deles são os pêndulos físicos, de torção, cônicos, de Foucalt, duplos, espirais, de Karter e invertidos. Mas o modelo mais simples, e que tem maior utilização é o Pêndulo Simples (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2009). O Pêndulo Simples, mostrado na Fig. 1, é um modelo apropriado para descrever um pêndulo que oscila com amplitude pequena, isto é, com amplitude muito menor do que o comprimento do fio (ALONSO; FINN, 1972). Figura 1: Pêndulo Simples Segundo Halliday, Resnick e Walker (2009) um Pêndulo Simples, de comprimento L, que oscila com amplitude A, com A << L, descreve um movimento harmônico simples cujo período T é dado pela seguinte expressão: 4 Quando uma medida de determinada grandeza é realizada, obtém-se um número que expressa o valor da grandeza medida. No entanto, deve-se avaliar a possibilidade da medida apresentar um desvio maior ou menor em relação ao valor exato. Para avaliar o intervalo onde o valor correto, exato, da grandeza estudada se encontra, deve-se realizar um tratamento estatístico dos dados denominado “propagação de erros” (CRUZ, 2009). Através da propagação de erros pode-se garantir com segurança que o valor correto da medição está num intervalo, centrado no valor obtido pela medição. Assim, deve-se sempre expressar o valor de uma grandeza M como M ± ΔM, onde M é o valor da grandeza medido e ΔM é a chamada incerteza da medida (CRUZ, 2009). 3 - PROCEDIMENTOS 3.1. Verificar a influência da amplitude Inicialmente, o experimento foi montado com o intuito de atender todas as especificações, com o auxílio de um peso de chumbo de massa m conhecida e barbante com tamanho L conhecido. Com o auxílio de um cronômetro, calculou-se o tempo gasto para que o pêndulo, com massa conhecida, realizasse um total de 10 oscilações com diferentes amplitudes. Em seguida, a partir dos dados obtidos anteriormente, calculou-se o ângulo formado entre o suporte e o barbante, o período e a frequência das oscilações em cada amplitude diferente. 3.2. Verificar a influência da massa Como no experimento anterior, calculou-se com o cronômetro, o tempo necessário para que cinco pesos de massas diferentes completassem 10 oscilações. A partir dos dados obtidos calculou-se também o período e a frequência para cada massa diferente. 3.3. Verificar a influência do comprimento do fio Nessa parte calculou-se, com o auxílio de um cronômetro, o tempo necessário para que o pêndulo realizasse 10 oscilações, alterando o tamanho do barbante cinco vezes. Para cada tamanho calculou-se a partir do tempo, o período e a frequência das oscilações. 5 3.4. Calcular a aceleração da gravidade e o erro Com os dados obtidos nas últimas práticas, calculou-se a aceleração da gravidade a partir da fórmula apresentada na aula. Em seguida calculou-se o erro obtido no experimento. 4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Influência da amplitude A amplitude é a maior distância com relação à posição de equilíbrio. Sendo assim pode-se calcular o valor do ângulo θ a partir do seno, sendo a amplitude (x) o cateto oposto e o comprimento do fio (L) a hipotenusa. A partir dessa fórmula calculou-se os ângulos para suas respectivas amplitudes, com o comprimento do fio valendo 67,5 cm. Sen θ = (0,2/0,675) θ = 17,23º Sen θ = (0,25/0,675) θ = 21,74º Sen θ = (0,3/0,675) θ = 26,39º Sen θ = (0,35/0,675) θ = 31,23º Sen θ = (0,4/0,675) θ = 36,34º A partir do tempo calculado para as 10 oscilações, pode calcular o período, dividindo esse tempo por 10, referente à quantidade de oscilações. Já para encontrar a frequência calculamos o inverso do período para cada amplitude. Todos os resultados foram anotados na Tabela 1. 6 A (cm) θ Tempo para 10 oscilações T (s) F (1/T) 20 17,23º 16 s 1,6 0,625 Hz 25 21,74º 16 s 1,6 0,625 Hz 30 26,39º 17 s 1,7 0,588 Hz 35 31,23º 17 s 1,7 0,588 Hz 40 36,34º 16 s 1,6 0,625 Hz Tabela 1 – Influência da amplitude Após esse experimento pode-se verificar que a amplitude não tem influência no período e na frequência da oscilação. Com o aumento da amplitude, aumenta-se também a altura, o que faz com que o pêndulo adquira maior velocidade, não influenciando no tempo da oscilação. 4.2. Influênciada massa No segundo experimento foram utilizados 5 pesos com massas diferentes. Para cada peso calculou-se com a ajuda de um cronômetro o tempo necessário para completar 10 oscilações, mantendo sempre o comprimento do fio com 700 mm. Todos os dados foram anotados na Tabela 2. Massa (g) Tempo para 10 oscilações (s) T (s) F (Hz) 86 16,43 1,64 0,61 53,04 16,41 1,64 0,61 44,4 16,86 1,68 0,59 19,4 16,43 1,64 0,61 12,3 16,39 1,64 0,61 Tabela 2 – Influência da massa Após esse experimento pode-se verificar que a massa não tem influência no período e na frequência das oscilações. Corpos de massa diferença gastam o mesmo tempo para completar as dez oscilações e tem a mesma velocidade de queda. 7 4.3. Influência do comprimento do fio Constatando que nem a amplitude e nem a massa influenciam no período e na frequência das oscilações, mediu-se o tempo gasto para que um peso qualquer realizasse dez oscilações com cinco medidas de comprimento do fio diferentes. Todos os resultados foram anotados na Tabela 3. L (mm) Tempo para 10 oscilações (s) T (s) F (Hz) 400 12,06 1,21 0,826 500 13,78 1,38 0,725 600 14,75 1,47 0,680 700 15,84 1,58 0,633 800 16,93 1,69 0,592 Tabela 3 – Influência do comprimento do fio Por esse experimento pode-se notar que o comprimento do fio influencia no período e na frequência das oscilações. Quanto maior o comprimento, maior será o período e menor será a frequência da oscilação. 4.4. Cálculo da aceleração da gravidade e do erro A partir dos dados calculados anteriormente, pode-se calcular a aceleração da gravidade a partir da equação: T = 2π √(L/g). Substituindo os valores e elevando os dois lados ao quadrado tem-se: (1,648) 2 = (2π√(0,7/g))2 2,716 = 2π2 (0,7/g) 2,716 g = 27,635 g = 10,175 m/s 2 Com o valor encontrado da aceleração da gravidade, e considerando g = 9,81 m/s 2 , pode-se calcular o erro: E = | (g adotado – g obtido) / g adotado | x 100% E = | (9,81 – 10,175) / 9,81 | x 100% E = 3,721 % 8 5 - CONCLUSÃO Com a prática do pêndulo pode-se observar a influência de fatores conhecidos no período e na frequência das oscilações. Pode-se concluir que a amplitude e a massa não influenciam nas oscilações, enquanto o comprimento do fio pode alterar esses valores. Através do experimento proposto também foi possível calcular o valor da aceleração da gravidade a partir do uso do Pêndulo Simples. Isso se deu por meio da dedução de uma equação que relacionasse a aceleração da gravidade g, o comprimento L e o período T do pêndulo. Calculou-se também o erro para a aceleração da gravidade, sendo de +- 0,3786 m/s 2 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALONSO, M; FINN, E.J. Física Um Curso Universitário: Mecânica – Vol. 1. 9. Ed, São Paulo: Blucher, 1972. CRUZ, RAPHAEL DA COSTA. Propagação de Erros e Construção de Gráficos. 4. Ed, Rio de Janeiro: Ed. da UFF, 2009. GOLDENBERG, J. Física Geral e Experimental – Vol. 1. 2. Ed. São Paulo: EDUSP, 1982. HALLIDAY, D.; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos de Física: Mecânica - Vol. 2. 8. Ed, Rio de Janeiro: LTC, 2009. LOPES, WILSON. Variação da Aceleração da Gravidade com a Latitude e Altitude. São Paulo: Ed. da Universidade Guarulhos, 2008.
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