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Gases Ideais Gabriel Eugênio Cruz, RGM nº:18536018 Gustavo Alves de Melo, RGM nº: 18379109 Flávia Bassi Cardoso, RGM nº: 16422201 Nilson Bispo Barros, RGM nº:17026164 1.0 INTRODUÇÃO No estudo dos gases, é muito comum tratar os gases reais como ideais. Isso significa dizer que seu comportamento, em certas condições, se aproxima de um gás ideal e assim, obedece a leis dos gases ideais, que é definida como 𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇. São três as variáveis de estado que definem o comportamento e as propriedades de um gás: Pressão (P), Temperatura (T) e Volume (V). A pressão de um gás é resultado do choque das moléculas com a parede do recipiente em que o gás está. A temperatura é proporcional à energia cinética das moléculas. Ou seja, quanto maior a temperatura, maior a velocidade média das moléculas e vice-versa. Os gases, assim como os líquidos, tendem a ocupar todo o volume do recipiente em que estão contidos, logo, é possível calcular o volume molar ou a massa molar de um gás em condições normais de temperatura e pressão relacionando as variáveis acima e entendendo como a variação acontece em diferentes condições. 2.0 RESUMO É possível determinar a massa molar ou o volume molar de um gás conhecido observando seu comportamento durante uma reação química. Através da estequiometria foi possível relacionar os resultados obtidos para os gases recolhidos e identificar as propriedades dos metais envolvidos nas reações. Foram estudadas neste experimento os gases butano e hidrogênio, e suas relações com os metais que participaram da reação. Determinando as condições de pressão e temperatura que envolvem o experimento é possível comparar os resultados obtidos com os valores teóricos para um gás ideal. Foram usadas como métodos de referência a Lei de Boyle, Lei de Gay-Lussac e Princípio de Avogadro. 3.0 METODOLOGIA 3.1 Materiais e reagentes Proveta de 100 ml; Cuba de vidro; Frasco de kitassato de 125 ml; Rolha de borracha; Suporte universal com garras; Mangueira de borracha; Termômetro; Balança analítica; Isqueiro; Solução aquosa de ácido clorídrico 1:1 (6 mol L-1); Solução aquosa de ácido sulfúrico (1 mol L-1); Sulfato de cobre 1 mol L-1; Zinco metálico; Magnésio metálico. 3.2 Procedimento experimental 3.2.1 Determinação da massa molar de um gás 1. Foi pesado em uma balança analítica um isqueiro, e anotou-se a massa do mesmo. 2. Foi imerso a proveta na cuba e encheu-a com água sem deixar nenhuma bolha de ar dentro. 3. Em seguida, foi colocada a ponta da mangueira do isqueiro na entrada da proveta. 4. Apertou-se a válvula do isqueiro, a fim de que o butano fosse liberado na forma de gás para dentro da proveta; 5. Foi coletado um volume de gás aproximadamente 80,00 ml, dentro da proveta; 6. Foi removida a ponta da mangueira. 7. Pesou-se o isqueiro novamente para verificar a massa do butano que foi deslocado para dentro da proveta, 8. Foram feitos os cálculos necessários para determinar sua massa molar. 3.2.2 Determinação da massa molar 1. Encheu-se uma proveta de 100mL completamente com água e inverteu-se em uma cuba contendo água; 2. Fixou-se a proveta invertida dentro da cuba com o auxílio de uma garra presa ao suporte universal; 3. Colocou-se o tubo de saída de gás dentro da proveta; 4. Pesou-se aproximadamente 0,05g de zinco (Zn) e 0,02g de magnésio (Mg) (em uma balança analítica) em um papel e dobrou-o; 5. Transferiu-se 5mL de ácido clorídrico (HCl) para um erlenmeyer; 6. Adicionou-se ao erlenmeyer uma gota da solução de sulfato de cobre (CuSO4); 7. Colocou-se o papel dobrado dentro do erlenmeyer e fechou-o; 8. Agitou-se o frasco para que o metal entrasse em contato com a solução; 9. O frasco foi fechado com uma rolha; 10. Ao fim da reação foi cronometrado 1 min para o sistema entrar em equilíbrio; 11. Leu-se o volume de gás recolhido na proveta; 12. Determinou-se, com a ajuda de uma régua, a altura da distância entre o nível de água da proveta e o nível de água da cuba; 13. Mediu-se a temperatura de água na cuba; 3.2.3 Determinação do volume molar gasoso 1. Encheu-se uma proveta de 100mL completamente com água e inverteu-se em uma cuba contendo água; 2. Fixou-se a proveta invertida dentro da cuba com o auxílio de uma garra presa ao suporte universal; 3. Colocou-se o tubo de saída de gás dentro da proveta; 4. Foram medidos 15 mL de solução aquosa de ácido sulfúrico (H2SO4, 1mol/L) em uma proveta e transferiu-se para o kitassato de 125 mL; 5. Pesou-se aproximadamente 0,03g de magnésio (Mg) (em uma balança analítica) em um papel e dobrou-o 6. Colocou-se o papel dobrado dentro do kitassato; 7. Agitou-se o frasco para que o metal entrasse em contato com a solução; 8. O frasco foi fechado com uma rolha; 9. Ao fim da reação foi cronometrado 1 min para o sistema entrar em equilíbrio; 10. Leu-se o volume de gás recolhido na proveta; 11. Determinou-se, com a ajuda de uma régua, a altura da distância entre o nível de água da proveta e o nível de água da cuba; 12. Mediu-se a temperatura de água na cuba; 13. Anotou-se a pressão local com a ajuda de um barômetro. 3.4 Tratamento dos dados A pressão do vapor de água (PvaporH2O) foi determinada medindo a temperatura de água da cuba no momento do experimento e comparando com a tabela abaixo: Tabela 1: Pressão de vapor de água A pressão exercida pela diferença de volume de água na cuba e dentro da proveta é dada pela seguinte expressão: Para determinar a pressão exercida pelo vapor de gás hidrogênio dentro da proveta utilizou-se a seguinte equação: Para determinar o número de mols (n) do composto que reagiu com o ácido é possível relacionar com a quantidade de gás que foi liberada na reação, segundo a equação de gases ideais abaixo: O volume molar de um gás gás corresponde a 22,4L quando se consideram as condições normais de temperatura e pressão (CNTP), que seriam 273ºK e 760mmHg. Entretanto, as condições trabalhadas em bancada foram de 296°K e 715mmHg. Este desvio ocasiona em alterações do volume molar gerado experimentalmente. 4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO A obtenção do gás hidrogênio (H2) através da reação entre o magnésio (Mg) e ácido sulfúrico (H2SO4) ocorre da seguinte forma: Mg (s) + H2SO4 (aq) → MgSO4 (aq) + H2 (g) A obtenção de gás hidrogênio (H2) através da reação entre o zinco (Zn) e ácido clorídrico (HCl), e entre o magnésio (Mg) ácido clorídrico (HCl), e ocorre da seguinte forma: Zn (s) + 2 HCl (aq) → ZnCl2 (aq) + H2 (g) Mg (s) + 2 HCl (aq) → MgCl2 (aq) + H2 (g) Prática Composto analisado Massa (g) altura coluna H2O (mm) V gás (L) T °K P. gás (mmHg) P. vapor H2O (mmHg) P. atm (mmHg) P.coluna H2O (mmHg) n (mol) MM (g/mol) 1 butano 0,228 44 0,080 296 690,66 21,1 715 3,24 0,003 76,22 2 zinco 0,048 155 0,012 296 682,51 21,1 715 11,39 0,0004 108,25 magnésio 0,02 137 0,022 296 683,83 21,1 715 10,07 0,0008 25,13 3 magnésio 0,03 128 0,035 296 684,49 21,1 715 9,41 0,0013 23,13 Através das equações explicadas no item 3.4 foram obtidos os seguintes resultados: Tabela 2: Resultados obtidos durante ensaios no laboratório. Os resultados obtidos foram comparados com os valores teóricos e foi calculado o erro relativo. Prática Composto analisado Resultado teórico Resultado real Erro % Massa Molar (g/mol) Volume Molar (L/mol) 1 butano 58,12 109,7 g/mol 89,11% 2 zinco 65,38 108,25 g/mol 65,57 magnésio 24,30 25,13 g/mol 3,42 3 magnésio 22,4 27,13 L/mol 21,11 Tabela 3: Cálculo do erro relativo entre o resultado esperado e o resultado real. 5.0 CONCLUSÃO No primeiro experimento o objetivo foi encontrar a massa molar do butano através da liberação do seu gás. O erro relativo foi de 89,11%, pois a massa molar dada pelos cálculos foi superiora massa molar teórica. Os desvios que podem ter ocasionado este erro podem ter sido: a má pesagem do isqueiro, que resultou em uma massa de gás butano muito alta quando comparada com resultados de outros grupos; arredondamento da temperatura de 22,5°C para 23°C para encontrar a pressão exercida pela água; vazamento do isqueiro; entre outros. No segundo experimento o objetivo era encontrar a massa molar do zinco e do magnésio através de suas respectivas reações com o ácido clorídrico e a liberação do gás hidrogênio. O primeiro composto a ser reagido foi o zinco, que resultou num erro relativo de 65,57%. Este erro deu-se por encontrarmos uma massa molar para o zinco que correspondia ao dobro da massa molar teórica. Os desvios que podem ter ocasionado neste resultado podem ter sido: dificuldade em fazer o zinco entrar em contato com o ácido, pois o papel estava muito bem dobrado e acabava absorvendo o ácido sem desembrulhar-se e liberar o conteúdo. Já ao reagir o magnésio o erro relativo foi de 3,42%, que é bem mais passível, pois se tomou o cuidado de não dificultar o contato do ácido com o sal. Ainda assim, má pesagem ou vazamento pode ter ocorrido durante o experimento. No terceiro experimento o objetivo era descobrir o volume molar do hidrogênio através da reação entre o magnésio e o ácido clorídrico. O erro relativo resultou em 21,11% pois em condições normais de temperatura e pressão (CNTP) o volume molar deveria ser de 22,4 L/mol, mas as condições do laboratório no dia do experimento eram diferentes e o valor deu acima da faixa. Se considerarmos o volume nas condições ambientes de temperatura e pressão o volume molar passa a ser 25,8 L/mol e o erro relativo 5,08%. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATKINS, P.; PAULA, J., “Atkins Físico-Química”, 7ª. Edição. Vol.1, Livros Técnicos e Científicos S.A., Rio de JANEIRO, 1999, p.3. SOUZA, M.; AZEVEDO, G.; MAGALHÃES, A.; PALMA,D. “Gases Ideais”. – São Paulo, 2017. Disponível em: https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:Ui1LQjPopjMJ:https://www.passeidireto.com/arquivo/43830641/relatorio-gases-ideais+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Acessado em 14/08/18. São Paulo, 09 de agosto de 2018
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