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(1)Introdução fertilidade

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1
 Disciplina: Fertilidade do Solo
 Código: 50-324
 Carga Horária: 60 horas ( 45 Teórica – 15 Práticas)
 Horário: Sábado de manhã
 Prof. Vitor C. Girardello
 vitorgirardello@santoangelo.uri.br
 (55) 99619-7008
2
1. Introdução à Fertilidade do solo
1.1. Conceitos de fertilidade e produtividade dos solos
2. Nutrientes essenciais (macro e micronutrientes)
3. Química do solo
3.1. Cargas elétricas no solo
3.2. Lixiviação
3.3. Solução do solo ( Dinâmicas dos nutrientes na solução do solo)
3.4. Formas, transformações e reações dos nutrientes do solo
4. Mecanismos de suprimento dos nutrientes às raízes
5. Avaliação da fertilidade do solo
5.1. Análise químicas do solo e suas interpretações
6. Acidez e Calagem
6.1. Métodos de estimativa da necessidade de corretivos do solo
7. Recomendações de adubação e calagem por culturas
8. Uso de técnicas de adubação: Adubação orgânica e Agricultura de precisão
1º Prova
2º Prova
3
Trabalho em grupo:
Coleta + Determinação no laboratório + Recomendação + Orçamento + Relatório + 
Apresentação.
3 situações diferentes:
I. Situação A: Soja + Trigo + Soja
II. Situação B: Soja + Planta de cobertura + Milho
III. Situação C: Cana de Açúcar, Frutíferas, Pastagem, Algodão, Floresta
Área 130 hectares
Adubação Mineral
Adubação Orgânica
Situação A e B 
I. Alto investimento
II. Baixo investimento
Total= 10 recomendações 
4
Introdução à fertilidade do solo
5
A fertilidade dos solos, nutrição e adubação são componentes
essenciais para a construção de um sistema de produção eficiente. A
disponibilidade de nutrientes deve estar sincronizada com o
requerimento da cultura, em quantidade, forma e tempo. Um
programa racional de adubação envolve as seguintes considerações:
a) Diagnose da fertilidade do solo;
b) Requerimento nutricional da cultura de acordo com a sua
finalidade;
c) Conhecer padrões de absorção e acumulação de nutrientes
principalmente N, P, K;
d) Quais as fontes de nutrientes disponíveis;
e) Qual o sistema de manejo.
6
Nos últimos anos, a agricultura brasileira de um modo geral vem
passando por importantes mudanças tecnológicas, resultando em
aumento significativo da produtividade e produção. Dentre essas
tecnologias destaca-se a conscientização do produtor em relação a
qualidade do solo, para que se consiga obter uma produção
sustentada. Essa melhoria na qualidade do solo esta relacionada com o
manejo adequado, o qual inclui práticas como a rotação de culturas,
plantio direto na palha, manejo de fertilidade Através da calagem,
gessagem, adubação equilibradas com macro e micro nutrientes,
utilizando fertilizantes químicos, e/ou orgânico e ou adubação verde.
7
Safra 2013/14 – MT (pioneer sementes)
Pavinato( comunicação pessoal 2015)
8
9
10
Consumo de fertilizantes 
Fonte: IPNI, 2017
11
Fonte: IPNI, 2017
TOTAL NO BRASIL - 1950 a 2016
12
CONSUMO APARENTE NO BRASIL - PERÍODO 1990 À 2015
13
14
Solo fértil: solo que tem a capacidade de suprir às plantas
os nutrientes essenciais nas quantidades e proporções
adequadas para o seu desenvolvimento, visando altas
produtividades de grãos, fibras, frutos, tubérculos ou raízes,
não possui elementos tóxicos ao crescimento vegetal.
15
Solo produtivo: Solo fértil localizado em região com
quantidade de água e luz satisfatória e ausência de pragas,
doenças ou qualquer outro impedimento ao crescimento
vegetal
RESUMINDO
Todo solo produtivo é fértil, mas nem todo o 
solo fértil é produtivo
16
Aplicação de fertilizantes: suprir aqueles nutrientes que o
solo não é capaz de fornecer para garantir a produtividade
da cultura.
Considerar aspectos:
Econômicos
Sociais 
Ambientais
Garantindo também:
- lucro/competitividade da produção 
- sobrevivência do produtor
17
Os elementos químicos são essenciais para as plantas,
devido ao fato que eles fazem parte dos processos
metabólicos fundamentais ou ainda fazem parte de
processos que resultam em rotas metabólicas essenciais
para os seres vivos.
Arnon & Stout (1939) definiram critérios de essencialidade.
18
a) A ausência de elementos impede que a planta complete o
seu ciclo
b) A deficiência do elemento é específica, podendo ser
prevenida ou corrigida somente mediante o fornecimento
c) O elemento deve estar diretamente envolvido na nutrição
de planta, sendo que sua ação pode decorrer de correção
eventual de condições químicas ou microbiológicas
desfavoráveis do solo
19
Critério direto:
Um elemento é essencial quando faz parte de um composto
ou quando participa de uma reação sem o qual a vida da
planta é impossível.
Critério indireto:
Sua carência impede que a planta complete o seu ciclo
O elemento tem função específica, sintomas característicos,
só o elemento pode corrigi-los
20
Elementos essenciais
São os elementos minerais da planta sem os quais ela não
vive. São considerados nutrientes orgânicos ( C, H e O). 
Elementos essenciais
N-P-K-Ca-Mg-S (macronutrientes 1-50 g/kg)
B-Cl-Cu-Fe-Mn-Mo-Ni-Zn (micronutrientes 0,1-1000mg/kg)
Mamíferos e homem
C, H, O, N, P, K, Mg, S, Na, Cl, Fe, Mn, Mo, Zn, I, Se, Co
21
Tóxicos
Quando são prejudiciais às plantas e não se encaixam nas
classes anteriores
Elementos úteis
Não são essenciais, as plantas podem viver sem eles,
entretanto sua presença é capaz de contribuir para o
crescimento, produção ou para resistência de pragas e
moléstia.
• Na para algodão, beterraba
• Al para a cultura do chá
• Si para as gramíneas
22
Elementos essenciais
Macronutrientes: ocorrem em maior concentração na planta,
por isso maior sua exigência, maior quantidade.
N-P-K-Ca-Mg-S
Micronutrientes: menos exigido: B-Cl-Cu-Fe-Mn-Mo-Ni-Zn
A classificação entre macro e micro não esta 
relacionada com a importância 
do nutriente para o desenvolvimento da cultura.
23
24
Macronutrientes
Carbono
Hidrogênio
Oxigênio
Nitrogênio
Fósforo
Potássio
Cálcio
Magnésio
EnxofreCV
C
H
O
N
P
K
Ca
Mg
S
B
Cl
Cu
Fe
Mn
Mo
Ni
Zn
Micronutrientes
Boro
Cloro
Cobre
Ferro
Manganês
Molibdênio
Níquel
Zinco
Macro primários
25
Fertilidade Natural:
É o solo que ainda não sofreu nem um tipo de manejo
Distrófico: V < 50%
Eutrófico: V > 50%
Fertilidade Atual
A fertilidade que o solo apresenta após receber práticas 
de manejo Para satisfazer as necessidades das culturas.
26
27
Poder tampão: 
Resistência que o solo apresenta em alterar a concentração
de íons que estão na solução do solo
Adubação:
São produtos ou fertilizantes de natureza orgânica ou
mineral, sendo estes de origem natural ou sintética, que são
capazes de veicular um ou mais nutrientes para as plantas.
Adubação de correção
Adubação de manutenção
Adubação de reposição
28
Evolução dos estudos em Fertilidade 
do solo
29
Livro de Gêneses 
30
 Processo de evolução: Homem: abandonou a vida
nômade e fixou-se à terra: preferencialmente em áreas
mais favoráveis ao desenvolvimento da flora e fauna.
Aumento da população: Dependência da alimentação de
origem vegetal: fase extrativa para cultivo organizado
(produção agrícola).
Evolução do Estudo do Desenvolvimento das 
Plantas
31
Civilizações: Potencial agrícola do solo:
Mesopotâmia, Egito e China: fertilidade natural
dos solos mantida por enchentes periódicas dos
rios, com deposição de sedimentos.
Estudo do desenvolvimento das plantas: Evoluiu
com o estudo do solo: HOMERO (800 a.C.): livro
Odisséia: utilização de resíduos orgânicosna
agricultura.
32
Grécia e China:
• Citações do uso de adubação verde datam de até 1000
anos a.C.
• TEOFRASTO: Reconhecia a necessidade de utilizar
maior quantidade de adubo em solos despreparados do
que em solos ricos: princípio da tecnologia atual de
recomendação de adubação com base na análise de
solo.
33
 PLINIO (62 – 113 d.C.):
• Calcário depositado em camada fina sobre o solo tinha 
efeito por muitos anos (5 – 10 t ha-1).
Época do Renascimento: 1300-1700
• Controvérsias quanto à origem dos nutrientes
das plantas.
• Mais aceita: Plantas se nutriam de húmus:
justificativas:
34
a) As análises químicas, embora com baixa exatidão,
indicavam que as plantas possuíam, em proporções
semelhantes, os mesmos elementos contidos no húmus.
b) A adição de húmus (adubos orgânicos) ao solo
favorecia o crescimento das plantas.
35
Dinâmica de nutrients no solo
O esquema abaixo é uma visão geral de compartimentos e
vias de comunicação ou de transferência de um elemento
(M), geralmente um nutriente de planta. O sistema é aberto
em que os M são constantemente removidos de um lado, a
uma fase sólida (reservatório) e acumulados no outro, a
planta:
C OO
P Ca
S
Cu MnZn B
Co
Mo
Mg K
Fe
Cl
N
Si
Necessidades das plantas
matéria seca
água
80%
20%
Tecido Vegetal
Matéria fresca
Nutrientes
CHO
95%
5%
Tecido Vegetal
Matéria seca
41
Resposta à adubação
 Disponibilidade de nutrientes
 Melhor desenvolvimento das plantas
 Crescimento
 Produção
42
Curvas de respostas
Quando adicionamos fertilizantes em solos deficientes, como
resposta obtemos o crescimento vegetal e aumento da
produtividade. Este aumento denomina-se curvas de resposta, que
são fundamentais na fertilidade para conseguir descrever, prever o
comportamento dos nutrientes estudados.
Há varias maneiras de se obter, sendo a mais comum aquela que
marcamos a produtividade da cultura em função de doses de
adubação aplicada.
43
Resposta quadrática
“Os nutrientes adicionados a solos deficientes promovem o
crescimento e a produção vegetal até certo ponto, a partir do
qual ocorre a resposta negativa da planta”.
44
Curvas de resposta à adubação
Y = f(x)
45
46
47
Lei da Restituição ( 1860 aproximadamente)
“ A fertilidade de um solo só poderá ser conservada quando
lhe são restituídos os nutrientes removidos pelas
colheitas.”
Lei que foi considerada um marco ecológico na sua época,
o inconveniente é que existem perdas de nutrientes além da
colheita
48
Lei da Restituição ( 1860 aproximadamente)
Cultura N P K Ca Mg S
Soja 59,2 5,5 18,8 2,9 2,3 3,0
Milho 15,8 3,8 4,8 0,5 1,5 1,1
Trigo 20,1 3,2 3,5 0,2 0,8 1,2
Feijão 35,1 4,1 15,0 3,4 2,6 5,7
Cultura Fe Cu Zn B Mn Mo
Soja 134,6 13,0 37,7 22,0 33,7 5,0
Milho 11,6 1,2 27,6 3,2 6,1 0,6
Trigo 13,9 3,0 14,8 2,9 13,0 -
Feijão 86,7 9,9 31,6 13,3 17,7 1,7
Citado: (PAULETTI, 2004)
Micronutrientes (g t-1 de grão)
Extração de Nutrientes por algumas culturas
Macronutrientes (kg t-1 de grão)
49
http://www.yarabrasil.com.br/nutricao-plantas/culturas
50
http://www.yarabrasil.com.br/nutricao-plantas/culturas
51
52
53
Lei da Qualidade Biológica
Voisin (1973) propôs a "lei da qualidade biológica", a qual é tida por
ele como importante, mas de difícil aplicação prática.
Ele considera que a aplicação de adubos deva ter como primeiro
objetivo a melhoria da qualidade do produto, a qual tem prioridade
sobre a produtividade.
A deficiência ou excesso de certos nutrientes nas plantas pode causar
problemas à saúde daqueles que a consomem.
Dentre os efeitos do uso de fertilizantes sobre a qualidade das plantas
utilizadas pelo homem ou pelos animais, destaca-se o exemplo da
cultura do fumo, na qual a adubação potássica não deve ser realizada
com cloreto de potássio, pois, o Cl prejudica a combustão do fumo.
54
Lei do Máximo
André Voisin (1973) enunciou a lei do máximo, nos
seguintes termos: O excesso de um nutriente no solo reduz
a eficácia de outros e, por conseguinte, pode diminuir o
rendimento das colheitas. As curvas de resposta assume
forma de parábola.
55
O antagonismo entre os nutrientes, ou seja, um nutriente
pode acentuar ou induzir a deficiência de outro.
 O cálcio em excesso inibe a absorção do magnésio,
 O cobre em excesso inibe a disponibilidade de ferro;
 O fósforo em alta teor pode induzir a deficiência de zinco;
 A calagem em excesso provoca uma inibição na absorção
do magnésio pelo cálcio.
56
Lei dos incrementos decrescentes
Proposta por Eilhard Alfred Mitscherlic na primeira década do
século 20 (1909).
“O incremento de crescimento da planta à cada adição
crescente de nutrientes é menor que o incremento
anterior”.
Quando se aplicam doses crescentes de um
nutriente, o aumento na produção é elevado
inicialmente, mas decresce sucessivamente
57
Lei dos incrementos decrescentes
58
59
Dose econômica do fertilizante
60
Doses mais econômicas de fertilizantes
O valor do incremento em produção é exatamente igual ao
custo de nutrientes, acima disso, o adubação da prejuízo
61
Lei da interação:
Cada nutriente é mais eficaz quando os outros estão mais
perto das suas quantidades ótimas .
62
Muitos experimentos tem mostrado que existem interações
entre os elementos e outros fatores de produção, isto é, um
ou mais elementos exercem influência mútua ou recíproca.
Essa influência pode ser positiva ou sinérgica, ou ao
contrária ser negativa ou antagônica
63
"Os nutrientes retirados pelas culturas, do desenvolvimento
à produção, devem ser restituídos ao solo para evitar seu
empobrecimento“
Lei da Restituição
Cada cultura retira do solo uma certa quantidade de
nutrientes essenciais ao seu desenvolvimento. Estes
nutrientes ficam contidos no caule, folhas, sementes, grãos,
frutos, e precisam ser restituídos ao solo para evitar
diminuição da produtividade e empobrecimento do solo.
Esta reposição é feita através da aplicação de fertilizantes.
64
"Um solo sem reposição de nutrientes, sem neutralização
da acidez, sem medidas conservacionistas, sem rotação ou
sucessão de culturas, sem adubação verde, tende a
decrescer a sua fertilidade com o passar do tempo"
Lei do Decréscimo da Fertilidade
Lei da Igual Importância dos Fatores de Produção
"Para uma ótima produtividade da lavoura, o solo deve
conter todos os fatores de produção em níveis adequados"
65
O desenvolvimento da planta é limitado pelo nutriente que
se encontra em mínimo em relação a sua necessidade, na
presença de quantidades adequadas dos demais nutrientes.
Fonte: Lepch (1976).
Lei do mínimo (Justos Von Liebig):
Em outras palavras:
A falta de um elemento (nutriente) essencial para o desenvolvimento
da planta, seja ele macro (N, P, K, Mg, Ca, S) ou micro (Mn, Zn, Fe,
Cu, B, Mo) nutriente é capaz de limitar o desenvolvimento e/ou
produção da planta.
66
Lei do mínimo (Justos Von Liebig):
Por exemplo, não adianta encher o solo de Fósforo e não completar
as reservas de Potássio, pois tanto um como outro são necessários
para um bom desenvolvimento da planta.
Aplicações da química orgânica na agricultura e fisiologia, de 1840
67
 Culturas produzem em função da presença de inúmeros
fatore como luz, água, nutrientes, calor, entre outros. A
lei diz que sempre haverá um fator que estará a
diposição da planta em menor quantidade e esse fator é
o que limitara a produção.
 Quando vários fatores limitam a produção, porem não
excessivamente, o aumentode qualquer um dele levara
a aumentos de produção
68
Segundo MALAVOLTA (1987), qualquer que seja a
cultura, quaisquer que sejam as condições de solo e de
clima, na prática da adubação procura-se responder a sete
perguntas:
1) quê? qual nutriente está deficiente;
2) quanto? quantidade necessária;
3) quando? época em que deve ser fornecido;
4) como? maneira como tem que ser aplicado;
5) pagará? aspecto econômico;
6) efeito na qualidade do produto?
7) efeito na qualidade do ambiente?
Eurípedes Malavolta – 1926-2008
69
1) Determinação dos elementos limitantes
- sintomas de carência: anormalidades visíveis e específicas do elemento em
falta no solo;
- análise do solo: avaliação quantitativa do elemento em falta;
- diagnose foliar: a composição da folha indica o elemento que falta no solo;
- ensaios de adubação: identificação do elemento em falta através da
resposta diferencial da planta à aplicação de adubos.
2) Estabelecimento das quantidades necessárias
- exigências quantitativas: a análise mineral da planta dá as quantidades dos
elementos exigidos;
- análise do solo: calibradas com ensaios de adubação pode dar as
quantidades a aplicar;
- ensaios de adubação: determinação das doses necessárias por interpolação
ou extrapolação dos resultados obtidos em experimentos, nos quais se
verificou a resposta da planta à adição de quantidades diferentes de
fertilizante ou corretivo.
70
3) Época de aplicação
- análise periódica da planta: determinação dos períodos de maior
exigência;
- ensaios de adubação: fornecimento dos elementos em épocas diversas,
seguido de observação do seu efeito na produção e na composição da
planta.
4) Localização
- distribuição do sistema radicular: determinação da distribuição das raízes
absorventes por observação direta ou por medida da absorção do elemento
colocado em diferentes posições no solo;
- comportamento do elemento no solo: mecanismos que determinam o
contato entre o elemento e a raiz, como preliminar obrigatória para sua
absorção;
- Ensaios de adubação: absorção do elemento colocado em posições
diferentes relativamente à semente ou à planta, medida pela colheita ou
pela análise da cultura
71
5) Rentabilidade
- análises da relação entre preço de adubo e lucro obtido: dados de 
ensaios de adubação com doses crescentes do elemento.
6) Efeito na qualidade do produto colhido
- análises químicas ou sensoriais: alterações provocadas pelo adubo 
na composição do produto ou na sua aceitação pelo consumidor.
7) Efeito na qualidade do ambiente
- observações e análises de solo, água e ar: alterações nos teores de
constituintes normais, aparecimento de produtos estranhos; seu efeito 
no homem e no animal.
72
73
74
75
76
Efeito na qualidade do alimento...
77
Fatores que afetam a 
fertilidade do solo e nutrição 
de plantas
78
Fatores da planta
 Espécie
 Cultivares
 Eficiência de adsorção
 Fitossanidade
 Plantas invasoras
79
Fatores climáticos
80
Fatores do solo ( biológicos)
 Atividade microbiana
 Relação simbiótica
 Atividade enzimática
Fatores do solo (físicos)
 Estrutura
 Textura
 Densidade
 Umidade
81
Fatores do solo
 Material de origem
 Textura
 Estrutura
 Temperatura
 pH
 MO
 Atividade microbiana
 CTC
 Manejo 
82
Solo: “sistema aberto, coloidal e frágil”
A) Sistema aberto:
transferências de energia e matéria
Reservatórios
Superficiais de 
água
83
B) Ciclos biogeoquímicos de elementos
Diferentes formas químicas
Sistema coloidal: “quimicamente reativo”
-Capacidade de troca de cátions – CTC
Al+3 > Ca+2 > Mg+2 > K + > Na+
- Capacidade de troca de ânions - CTA
SO4
-2 > NO3
- > Cl
84
Afetado pelo manejo do solo
C1)Físico: estrutura para garantir fluxos de ar e água
a) densidade do solo..................resistência a penetração de raízes
b) agregação e porosidade......... infiltração e retenção de água
C) Sistema frágil
85
C 2) Biológico: atividade de microrganismos
- mineralização de resíduos orgânicos
- fixação biológica de nitrogênio
- imobilização de nutrientes
86
C 3) Químico:
Disponibilidade de nutrientes e elementos tóxicos
87
Efeito do Al3+ no crescimento radicular de trigo.
Delhaize & Ryan (1995).
88
Afetado pelo manejo (ciclagem de nutrientes)
89
Disponibilidade de K
(Mehlich 1)
- 87 mg kg -1 de potássio
Disponibilidade de K
(Mehlich 1)
- 28 mg kg -1 de potássio
Fonte: Moterle (2003).
90
Que aspectos do solo devemos levar em consideração para medir
a sua fertilidade? 
Aspectos físicos do solo: compactação, agregação, teor de argila....
Aspectos biológicos do solo: quantidade de resíduos e MO..
Aspectos químicos do solo: teor do nutriente, capacidade e 
disponibilidade de nutrientes.
91
Nutrientes essenciais
92
Disponibilidade de nutrientes
Conceito relacionado ao armazenamento do nutriente pela
fase sólida, sua transferência para a solução do solo, seu
deslocamento até as raízes e sua absorção pelas plantas.
93
Função dos elementos
Estrutural
O elemento faz parte da molécula ou de um 
ou mais compostos orgânicos
M
Constituinte de enzima
O elemento faz parte de um grupo de prostéticos 
de enzimas e que são essenciais ás atividades das 
mesmas
M
Ativador enzimático
O elemento não faz parte do grupo prostético e o 
elemento dissociável da fração protéica da enxima, é 
necessário à atividade da mesma
M
94
Classificação fisiológica dos nutrientes
Grupo 1
N: constituinte de aminoácidos, amidas, proteínas, ácidos
nucléicos, nucleotídeos, coenzimas.
S: Componentes da cisteina, cistina, proteinas.
Constitituinte do ácido lipoico, coenzima A, pirofosfato,
denosina, 3-fosfoadenosina, fosfossulfato.
95
Grupo 2
P: Componentes de fosfato, açucares, ácidos nucléicos,
coenzimas, tem papel central em reações que envolvem
ATP = energia
Si:Depositado como sílica amorfa em paredes celulares,
contribui para as propriedades mecânicas das paredes
celulares, conferindo rigidez e elasticidade.
B: Complexos com manitol, ácido polimanurônico e
outros constituintes das paredes celulares, envolvido no
alongamento celular e no metabolismo de ácidos
nucléicos.
96
Grupo 3
K: requerido como cofator de mais de 40 enzimas, principal
cátion no estabelecimento do turgor celular, e manutenção
da eletroneutralidade da célula
Ca:Dconstituinte da lamela média das paredes celulares,
cofator de enzimas envolvidas na hidrólise de ATP, Atua
como mensageiro secundário na regulação metabólica.
Mg: Constituinte da molécula de clorifila e enzimas que
atuam na transferência de fosfatos.
Cl: Reações da fotossíntese e evolução de O2.
Mn: Requerido em atividades desidrogenase, quinase,
oxidades e envolvidos com outras enzimas ativadas por
cátions e na evolução da fotossíntese
Na: Envolvido na regeneração da fosfoenolpiruvato em
plantas C3 e C4. Substitui o K em algumas funções.
97
Grupo 4
Fe: Constituinte de citocomos e ferro proteinas envolvidas
na fotossíntese, fixação de N2 e respiração.
Zn: Constituinte da desidrogenase, anidrase carbônica.
Cu: Componente do ácido ascórbico oxidade, tironase,
monoamina, uricase, lacase etc.
Ni: Constituinete da uréase, em bactérias fixadoras de N2 é
constituinte de hidrogenase.
Mo. Constituinte da nitrogenase, nitrato redutase e xantia
desidrogenase.
98
Classificação fisiológica dos nutrientes
99
M sólida
orgânica
Liberação
M solução
Absorção
Interior da raiz
TransporteM parte aérea
Suprimento
M contato com a raiz
Metabolismo
M matéria vegetalRedistribuição
Fruto
Folha verde
Folha nova
100
Os caminhos dos nutrientes do solo até a planta
3 processos principais
Fluxo de massaInterceptação radicular Difusão
101
Os elementos entram em contato com a raiz através de 3 mecanismos. Adaptado Taiz & Zieg
102
Interceptação radicular: 
Ao crescer as raízes “encontram” os íons na solução do solo 
superfície da raiz
superfície da solo
ƒ =
Raiz
M
Fonte: Malavota et al. (1997)
103
Interceptação radicular: 
Fonte: Malavota et al. (1997)
- A raiz ao se desenvolver (e crescer) encontra o nutriente.
- Contribui com pequena parcela (0,4 a 2%).
- O nutriente deve estar em solução
- O tipo de sistema radicular exerce grande influência
104
Fonte: Malavota et al. (1997)
105
Fonte: Malavota et al. (1997)
Fonte: Reinert et al. 2004
106
Fluxo de massa:
Movimento de um elemento numa fase aquosa móvel,
devido a um potencial de água.
Raiz
M H2O
• Fluxo de massa segue o fluxo transpiratório; 
• Baixa transpiração menor absorção de Ca. 
Fonte: Malavota et al. (1997)
107
F = Transporte ou fluxo de nutrientes por fluxo de massa – solução
(mol cm-2 solo s-1).
V= Fluxo de solução (cm-3 solução cm-2 solo s-1).
C1 = Concentração do nutriente na fase líquida ou solução.
(mol cm-3 solução).
F = V. C1
Fluxo de massa:
108
Fluxo de massa:
- Nutriente chega às raízes juntamente com a água.
- Maioria dos nutrientes
- Para o P e o K, contribui pouco
- Proporcional a quantidade de água que chega ás raízes
- Processo rápido
- A transpiração cria um gradiente de potencial
Planta: 200 a 600 g H20 por dia
109
Caminhamento do íon em distâncias muito curtas numa
fase aquosa estacionária de uma região de maior
concentração para outra de menor concentração.
A difusão é um transporte lento e que ocorre nas
vizinhanças da superfície radicular ( 0 - 10 mm). Assim, é
muito influenciada por fatores de solo e da planta
(ex. crescimento e morfologia de raízes).
Raiz
M
MO
Argilas
CTC
Difusão:
Fonte: Malavota et al. (1997)
110
Difusão: O nutriente M caminha por distâncias curtas dentro de uma
fase aquosa estacionária, indo de uma região de maior concentração
(longe da raiz) para outra de menor concentração (superfície
radicular). Segundo a lei de Fick (1855) a difusão de qualquer íon
num sistema aquoso é dada por:
.
D = taxa de difusão do íon ( mol cm-2 s-1).
Di = coeficiente de difusão do íon na água pura (cm-2 s-1).
dc/dx = gradiente de concentração (mol cm-3 água cm-1)
D = Di . (dc/dx)
111
Para o sistema solo, em que a água é substituída por um
sistema trifásico – sólido, líquido e gasoso, há a necessidade
de uma nova fórmula.
Disolo = coeficiente de difusão do íon “i” no solo (cm-2 s-1).
Dil = coeficiente de difusão do ion “i” na água pura (cm-2 s-1).
0 = conteúdo volumétrico de água no solo (cm-3 água cm-3 solo ).
f = fator de impedância ou fator de transmissão ou fator de continuidade (0<f<1) – caminho
reto/caminho real.
Cil = concentração do ion “i” na solução do solo. Dcis = concentração do ion “i” na fase
sólida do solo, em forma disponível
112
O nutriente atinge as raízes devido a um gradiente de
concentração entre a solução do solo e a raiz.
- Processo lento: fase estacionário da solução do solo
- Ocorre a pequenas distâncias da raiz (< 10 mm)
- Principalmente para o K e o P
113
Volume de solo que que contribui para o suprimento de 
nutrientes pelo mecanismo da difusão. 
114
Ex. Solos mais arenosos, com menor teor de umidade ou
mais compactos apresentarão maior tortuosidade – menor
valor f -, portanto, menor difusão.
115
116
Mecanismos de suprimento
Interceptação radicular –
Fluxo de massa = [nutriente] x taxa de transpiração
Difusão = coef. dif. x área raiz x água x (conc. sol. – conc. raiz )_________________
distância
117
118
119
Pelos radiculares=
Expansão da 
membrana 
citoplasmática
120
Rizosfera
0,4-3,0mm
Rizosfera 
interna
0,1-0,3 mm
121
122
“mas o solo salgado, e com acentuado sabor amargo ( onde o milho
não se desenvolve) irá provar de sua característica. Pegue do teto
enfumaçado esteiras de vime. Encha-as com a terra de má qualidade,
adicione água doce que brota da fonte e esteja certo de que toda água
irá drenar e grossas gotas passarão pelo vime. O seu gosto será o
indício de sua qualidade e o amargor ao ser percebido será mostrado
por um gesto de desagrado nos rostos do seu provador”
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70 -19 a C.
123

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