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Licenciatura em Ensino de Quimica Física Básica Universidade Pedagógica Faculdade de ciências Naturais e Matemática Direitos de autor (copyright) Este módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. Caso haja necessidade de reprodução, deverá ser mantida a referência à Universidade Pedagógica e aos seus Autores. Universidade Pedagógica Rua Comandante Augusto Cardoso, nº 135 Telefone: 21-320860/2 Telefone: 21 – 306720 Fax: +258 21-322113 Mapuo, 2012 www.up.ac.mz Agradecimentos À COMMONWEALTH of LEARNING (COL) pela disponibilização do Template usado na produção dos Módulos. Ao Instituto Nacional de Educação a Distância (INED) pela orientação e apoio prestados. Ao Magnífico Reitor, Directores de Faculdade e Chefes de Departamento pelo apoio prestado em todo o processo. Ficha Técnica Autores: Maria Lucia Fernando Desenho Instrucional: Nilza Cherinda Revisão Linguística: Jerónimo Simão Maquetização: Aurélio Armando Pires Ribeiro Edição: Valdinacio Florêncio Paulo Física Básica i Índice Visão geral 9 Bem-vindo ao módulo de Física Básica ........................................................................... 9 Objectivos do Módulo .................................................................................................... 10 Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 10 Como está estruturado este módulo ................................................................................ 11 Ícones de actividade ........................................................................................................ 12 Acerca dos ícones ........................................................................................ 12 Habilidades de estudo ..................................................................................................... 13 Precisa de apoio? ............................................................................................................ 13 Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ............................................................................... 14 Avaliação ........................................................................................................................ 14 Unidade I 16 Física e Medições ............................................................................................................ 16 Introdução .............................................................................................................. 16 Lição nº1 18 Objecto de estudo da Física ............................................................................................ 18 Introdução .............................................................................................................. 18 Lição nº2 22 Grandezas Físicas, padrões de unidades e medidas ........................................................ 22 Introdução .............................................................................................................. 22 Objectivo ............................................................................................................... 22 Lição nº3 25 Análise Dimensional e conversões entre unidades ......................................................... 25 Introdução .............................................................................................................. 25 Sumário ........................................................................................................................... 29 Exercícios ........................................................................................................................ 30 Unidade II 32 Vectores .......................................................................................................................... 32 Introdução .............................................................................................................. 32 Lição nº1 33 Igualdade e adição de vectores ....................................................................................... 33 Introdução .............................................................................................................. 33 Conceito de vector ................................................................................................. 34 Igualdade de Vectores ........................................................................................... 34 Física Básica ii Adição de vectores ................................................................................................ 35 Subtracção de vectores .......................................................................................... 36 Produto de um número real por um vector ............................................................ 37 Lição nº 2 39 Componentes de um vector e vectores unitários ............................................................ 39 Introdução .............................................................................................................. 39 Sumário ........................................................................................................................... 44 Unidade III 49 Cinemática do ponto Material ......................................................................................... 49 Introdução .............................................................................................................. 49 Lição nº1 50 Relatividade do movimento ............................................................................................ 50 Introdução .............................................................................................................. 50 Noção de referencial .............................................................................................. 51 Ponto material. Trajectória de um ponto material ................................................. 51 Noção de trajectória ............................................................................................... 52 Determinação Cinemática do movimento do ponto material ................................ 52 Lição nº2 53 Movimento em uma dimensão. Grandezas cinemáticas ................................................. 53 Introdução .............................................................................................................. 53 Espaço percorrido .................................................................................................. 55 Velocidade de uma partícula ................................................................................. 56 Lição nº4 59 Aceleração de um ponto material ................................................................................... 59 Introdução .............................................................................................................. 59 Objectivos .............................................................................................................. 59 Lição nº5 62 Movimento unidimensional Movimento Rectilíneo Uniforme (M.R.U) ........................ 62 Introdução .............................................................................................................. 62 Objectivos .............................................................................................................. 63 Lei das velocidades no MRU ................................................................................ 65 Lição nº6 66 MovimentoRectilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V) ......................................... 66 Introdução .............................................................................................................. 66 Objectivos .............................................................................................................. 66 Física Básica iii Lição nº7 69 Movimento Circular ........................................................................................................ 69 Objectivos .............................................................................................................. 69 Movimento Circular Uniforme (MCU) ................................................................. 72 Sumário ........................................................................................................................... 73 Exercícios ........................................................................................................................ 74 Feedback ......................................................................................................................... 77 Unidade IV 78 Dinâmica ......................................................................................................................... 78 Introdução .............................................................................................................. 78 Objectivos .............................................................................................................. 79 Lição nº1 79 Leis de Newton ............................................................................................................... 79 Introdução .............................................................................................................. 79 Objectivos .............................................................................................................. 79 Dinâmica ............................................................................................................... 80 Leis de Newton ...................................................................................................... 80 Primeira lei de Newton ou lei da inércia ............................................................... 80 Segunda lei de Newton (lei fundamental da dinâmica) ......................................... 81 Terceira lei de Newton (lei de acção e reacção) .................................................... 83 Lição nº2 86 Tipos de força ................................................................................................................. 86 Introdução .............................................................................................................. 86 Objectivos .............................................................................................................. 86 Força de atrito estático máximo ............................................................................ 88 Primeira lei de Newton .......................................................................................... 91 Segunda lei de Newton .......................................................................................... 91 Terceira lei de Newton .......................................................................................... 91 Força ...................................................................................................................... 91 Força de atrito ........................................................................................................ 91 Força que se opõe ao possível movimento do corpo. ............................................ 91 Exercícios ........................................................................................................................ 92 Feedback ......................................................................................................................... 94 Unidade V 95 Introdução ao estudo do trabalho e energia .................................................................... 95 Introdução .............................................................................................................. 95 Objectivo ............................................................................................................... 95 Física Básica iv Lição nº1 96 Relação entre trabalho e energia ..................................................................................... 96 Introdução .............................................................................................................. 96 Objectivos .............................................................................................................. 96 Lição nº3 101 Trabalho realizado por uma força variável em módulo. ............................................... 101 Lição nº5 107 Potência ......................................................................................................................... 107 Lição nº6 110 Energia. Princípio de conservação de energia mecânica. ............................................. 110 Introdução ............................................................................................................ 110 Objectivos ............................................................................................................ 110 Expressão matemática da energia cinética .......................................................... 111 Expressão matemática da energia potencial elástica ........................................... 113 Expressão matemática da energia potencial gravítica ......................................... 113 Sumário ......................................................................................................................... 117 Exercícios ...................................................................................................................... 118 Feedback ....................................................................................................................... 121 Unidade VII 122 Oscilações mecânicas ................................................................................................... 122 Introdução ............................................................................................................ 122 Objectivos ............................................................................................................ 122 Ao completar esta unidade, você será capaz de: ................................................. 122 Lição nº1 123 Movimento oscilatório .................................................................................................. 123 Introdução ............................................................................................................ 123 Objectivos ............................................................................................................ 123 Física Básica v Lição nº2 129 Velocidade e aceleração do M.H.S ............................................................................... 129 Lição nº3 137 Força harmónica e suas aplicações. Determinação do período dos osciladores (pêndulo gravítico e elástico) ....................................................................................................... 137 Sumário ......................................................................................................................... 142 Exercícios ...................................................................................................................... 143 Feedback ....................................................................................................................... 145 Unidade VIII 146 Temperatura e lei zero da termodinâmica .....................................................................146 Introdução ............................................................................................................ 146 Objectivos ............................................................................................................ 147 Lição nº1 147 Introdução (conceitos básicos da física molecular e termodinâmica) .......................... 147 Introdução ............................................................................................................ 147 Objectivo ............................................................................................................. 148 Física Molecular .................................................................................................. 148 Teoria cinética molecular .................................................................................... 148 Forças de interacção entre moléculas .................................................................. 149 Métodos termodinâmico e Estático ..................................................................... 149 Método Termodinâmico ...................................................................................... 150 Método estático ................................................................................................... 150 Sistemas e Parâmetros termodinâmicos .............................................................. 150 Equilíbrio termodinâmico .................................................................................... 151 Sumário ......................................................................................................................... 152 Exercícios ...................................................................................................................... 153 Unidade IX 154 Teoria cinética dos gases .............................................................................................. 154 Introdução ............................................................................................................ 154 Seja bem-vindo ao estudo desta unidade! Nesta unidade, você vai estudar o comportamento dos gases perfeitos/ideal quando submetidos a altas e baixas pressões. .............................................................................................................. 154 Objectivo ............................................................................................................. 154 Lição nº1 155 Gás ideal ou gás perfeito (definição macroscópica e microscópica) ............................ 155 Introdução ............................................................................................................ 155 Objectivos ............................................................................................................ 156 Modelo do gás perfeito ou gás ideal .................................................................... 156 Definição microscópica ....................................................................................... 157 Física Básica vi Definição macroscópica ...................................................................................... 157 Equação do estado do gás ideal ........................................................................... 158 Lição nº2 160 Isoprocessos .................................................................................................................. 160 Introdução ............................................................................................................ 160 Objectivos ............................................................................................................ 160 Sumário ......................................................................................................................... 164 Exercícios ...................................................................................................................... 165 Feedback ....................................................................................................................... 167 Unidade X 168 Calor e primeira lei da termodinâmica ......................................................................... 168 Introdução ............................................................................................................ 168 Objectivos ............................................................................................................ 168 Lição nº1 170 Quantidade de calor e calor específico. Capacidade Térmica ...................................... 170 Introdução ............................................................................................................ 170 Objectivos ............................................................................................................ 170 Quantidade de calor ............................................................................................. 172 Lição nº4 176 Formulação da primeira lei da termodinâmica ............................................................. 176 Introdução ............................................................................................................ 176 Objectivo ............................................................................................................. 177 Sumário ......................................................................................................................... 180 Exercícios ...................................................................................................................... 181 Feedback ....................................................................................................................... 184 Unidade XI 185 Entropia e segunda lei da termodinâmica ..................................................................... 185 Introdução ............................................................................................................ 185 Objectivos ............................................................................................................ 185 Lição nº1 186 Transformações ............................................................................................................. 186 Introdução ............................................................................................................ 186 Objectivos ............................................................................................................ 186 Processos reversíveis e irreversíveis ................................................................... 186 Lição nº2 189 Formulação da segunda lei da termodinâmica .............................................................. 189 Introdução ............................................................................................................ 189 Física Básica vii Objectivos ............................................................................................................ 189 Variação de entropia do Universo ....................................................................... 194 Formulação da segunda lei em termos de entropia ............................................. 195 Sumário ......................................................................................................................... 196 Exercícios ...................................................................................................................... 197 Unidade XII 199 Electricidade e magnetismo .......................................................................................... 199 Introdução ............................................................................................................ 199 Objectivos ............................................................................................................199 Lição nº1 200 Campo eléctrico ............................................................................................................ 200 Introdução ............................................................................................................ 200 Objectivos ............................................................................................................ 200 Lição nº2 207 Campo eléctrico de várias cargas puntiformes. Campo eléctrico Uniforme ................ 207 Introdução ............................................................................................................ 207 Objectivos ............................................................................................................ 207 Linhas de força .................................................................................................... 210 Lição nº3 215 Trabalho da forca num campo. Potencial eléctrico num ponto de um campo eléctrico qualquer ........................................................................................................................ 215 Introdução ............................................................................................................ 215 Objectivos ............................................................................................................ 215 Lição nº6 219 Corrente eléctrica .......................................................................................................... 219 Introdução ............................................................................................................ 219 Objectivos ............................................................................................................ 219 Lição nº7 223 Circuitos eléctricos ....................................................................................................... 223 Introdução ............................................................................................................ 223 Objectivos ............................................................................................................ 223 Sumário ......................................................................................................................... 230 Exercícios ...................................................................................................................... 231 Bibliografia ................................................................................................................... 237 Física Básica 9 Visão geral Bem-vindo ao módulo de Física Básica A Física Básica é uma das mais importantes disciplinas oferecidas ao curso de Química. O seu estudo destaca a unidade da Física e a realidade que rodeia o discente, relacionando os diversos fenómenos da Física mediante uma descrição teórica e experimental. Os conteúdos abordados na Física Básica, requerem uma abordagem equilibrada, tem como finalidade a facilitação da compreensão da Física, a manutenção do interesse pela ciência, história e tecnologia e, se possível, estimular o entusiasmo dos envolvidos: tanto o professor quanto o discente durante o processo de ensino-aprendizagem (PEA). A Física Básica é ministrada num (1) semestre, com 4 horas semanais distribuídas em sessões de aulas teóricas, práticas de quadro e de laboratório, sendo acessível ao discente que tenha concluído o ensino Pré- Universitário na área de ciências ou um curso equivalente. O módulo de Física Básica tem um total de 12 unidades e debruçar-se-á sobre os seguintes conteúdos: � Introdução, unidades e medidas; � Cinemática do ponto material; � Dinâmica do ponto material; � Aplicação das leis de Newton; � Trabalho e energia; � Quantidade de Movimento; � Oscilações Mecânicas; � Calor e a primeira lei da Termodinâmica; � Teoria cinética dos gases; � Entropia e a segunda Lei de Termodinâmica; � Electricidade e Magnetismo. Física Básica 10 Objectivos do Módulo Ao terminar o estudo do módulo de Física Básica, você será capa de: Objectivos � Descrever um breve historial sobre a evolução da Física, sua relação com outras disciplinas e o seu papel para o desenvolvimento tecnológico; � Aplicar os subsídios matemáticos sempre com uma motivação Física e sempre que necessário; � Explicar os conceitos básicos, princípios e leis fundamentais da Física, tendo em conta a sua aplicação para a compreensão dos fenómenos naturais, assim como as leis que os regem; � Desenvolver a autoconfiança na compreensão de conteúdos abordados nesta disciplina, assim como na resolução das tarefas e problemas. Quem deveria estudar este módulo Este Módulo destina – se ao curso de licenciatura em ensino de quimica e, foi concebido para todos aqueles que concluíram o ensino secundário geral, ensino técnico profissional com habilitações literárias da 12ª classe do novo sistema de ensino ou 11ª classe do antigo sistema de ensino. Física Básica 11 Como está estruturado este módulo Todos os módulos dos cursos produzidos pela Universidade Pedagógica encontram-se estruturados da seguinte maneira: Páginas introdutórias � Um índice completo. � Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os aspectos-chave que você precisa de conhecer para completar o estudo. Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo. Conteúdo do curso / módulo O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um sumário da unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação. Outros recursos Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir livros, artigos ou sites na Internet. Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação As tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes elementos encontram-se no final do módulo. Física Básica 12 Ícones de actividade Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. Acerca dos ícones Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África Ocidental, datam do século XVII e ainda se usam hoje em dia. Os ícones incluídos neste manual são... (ícones a ser enviados - para efeitos de testagem deste modelo, reproduziram-se os ícones adrinka, mas foi-lhes dada uma sombra amarela para os distinguir dos originais). Pode ver o conjunto completo de ícones deste manual já a seguir, cada um com uma descrição do seu significado e da forma como nós interpretámos esse significado para representar as várias actividades ao longo deste curso / módulo. Comprometimento/ perseverança Actividade Resistência, perseverança Auto-avaliação “Qualidade do trabalho” (excelência/ autenticidade) Avaliação / Teste “Aprender através da experiência” Exemplo / Estudo de caso Confirmação / Correcção Resultados Horas / programação Tempo Vigilância / preocupação Tome Nota! “Eu mudo ou transformo a minha vida” ObjectivosFísica Básica 13 “[Ajuda-me] deixa- me ajudar-te” Leitura “Pronto a enfrentar as vicissitudes da vida” (fortitude / preparação) Resumo “Nó da sabedoria” Terminologia Apoio / encorajamento Dica Habilidades de estudo Caro estudante! Para frequentar com sucesso este módulo terá que buscar através de uma leitura cuidadosa das fontes de consulta a maior parte da informação ligada ao assunto abordado. Para o efeito, no fim de cada unidade, apresenta-se uma sugestão de livros para leitura complementar. Antes de resolver qualquer tarefa ou problema, você deve certificar-se de ter compreendido a questão colocada. Sempre que possível, deve fazer uma sistematização das ideias apresentadas no texto, na literatura apropriada para cada tema e outros materiais de consulta. Precisa de apoio? Dúvidas e dificuldades são comuns ao longo de qualquer estudo. Em caso de dúvidas, em qualquer lição, tente consultar os manuais sugeridos no fim da lição. Poderá recorrer também ao centro de Recursos, perto do local da sua residência. Não hesite em recorrer a esse centro, pois ele foi criado para si. Lá poderá encontrar literatura apropriada para cada tema e outros materiais de consulta. Sempre que julgar pertinente, pode consultar o tutor que está à sua disposição no centro de recursos mais próximo. Física Básica 14 Tarefas (avaliação e auto-avaliação) Ao longo deste módulo, irá encontrar várias tarefas que acompanham o seu estudo. Tente sempre solucioná-las. Consulte a resolução para confrontar o seu método e a solução apresentada. voce deve promover o hábito de pesquisa e a capacidade de selecção de fontes de informação, tanto na Internet como em livros. Consulte manuais disponíveis e referenciados no fim de cada lição para obter mais informações acerca do conteúdo que esteja a estudar. Se usar livros de outros autores ou parte deles na elaboração de algum trabalho, deverá citá-los e indicar esses livros na bibliografia. Não se esqueça que usar um conteúdo, livro ou parte do livro em algum trabalho, sem referenciá-lo, é plágio e pode ser penalizado por isso. As citações e referências são uma forma de reconhecimento e respeito pelo pensamento de outros. Estamos cientes de que o estimado estudante não gostaria de ver uma ideia sua a ser usada sem que fosse referenciado, não é? Na medida de possível, procure alargar as competências relacionadas com o conhecimento científico, as quais exigem um desenvolvimento de competências, como autocontrole da sua aprendizagem. As tarefas colocadas nas actividades de avaliação e de auto-avaliação deverão ser realizadas num caderno à parte ou em folha de formato A4. Avaliação O Módulo de Física Básica terá dois testes e um exame final que deverá ser feito no Centro de Recursos mais próximo, ou em local a ser indicado pela administração do curso. O calendário das avaliações será também apresentado oportunamente. A avaliação visa não só informar-nos sobre o seu desempenho nas lições, mas também estimular-lhe a rever alguns aspectos e a seguir em frente. Durante o estudo deste módulo o estudante será avaliado com base na realização de actividades e tarefas de auto-avaliação previstas em cada Unidade. Física Básica 15 Conteúdo do curso / módulo O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um sumário da unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação. Outros recursos Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir livros, artigos ou sites na Internet. Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes elementos encontram-se no final do módulo. Comentários e sugestões Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / módulo. Física Básica 16 Unidade I Física e Medições Introdução Seja bem-vindo ao estudo de Física e medições. A observação de um fenómeno é incompleta quando dela não resultar uma informação quantitativa. Para se conseguir esse tipo de informação, é necessário medir uma propriedade física e, por isso, a medição constitui uma boa parte da rotina diária do físico experimental. A representação de uma propriedade física na forma numérica não só exige o uso da Matemática para estabelecer as relações entre as diferentes grandezas, mas também que sejamos capazes de manipular tais relações. Esta é a razão pela qual se diz que a Matemática é a linguagem da Física; sem a Matemática seria impossível compreender os fenómenos físicos, tanto do ponto de vista teórico com do experimental. A Matemática é a ferramenta do físico; ela deve ser manipulada de forma completa, de tal modo que o seu uso ajude-o a progredir no seu trabalho. Objectivo Ao completar esta unidade, você será capaz de: • Caracterizar o objecto do estudo da Física; • Definir o conceito “Física”; • Definir o conceito “medição”; • Relacionar a Física com outras ciências; • Definir o conceito grandeza Física; • Identificar os diferentes sistemas de unidades; • Identificar grandezas e suas respectivas unidades; Física Básica 17 • Converter quantidades de um sistema de unidade para o outro; • Identificar diferentes tipos de grandezas Físicas; • Estabelecer diferenças entre grandezas Físicas escalares e vectoriais Esta unidade comporta os seguintes conteúdos: Objecto de estudo da Física; Padrões de unidades e medidas; Conversão de unidades; Para completar esta unidade você precisara de 5 horas. Terminologia Unidade, padrão, grandeza Física, escalar, Vectores, medição, Física, S.I (Sistema Internacional) Física Básica 18 Lição nº1 Objecto de estudo da Física Introdução Seja bem-vindo ao estudo desta lição, nela você vai estudar: o objecto de estudo da física, a relação entre a física e outras ciências e a tecnologia. Objectivos No fim desta lição, você será capaz de: • Caracterizar o objecto de estudo da Física; • Explicar a relação entre a Física e outras ciências; • Explicar a relação entre a Física e a tecnologia; • Identificar diferentes tipos de fenómenos físicos. Estudar Física é participar de uma aventura provocante e sensacional. Para os físicos profissionais, esta aventura é mais sensacional ainda. Esta é uma das actividades predilectas do intelecto humano e, segundo a opinião de alguns autores, nada é mais agradável à mente do homem do que desvendar os segredos da natureza e assim conhecer melhor o mundo em que vive. A palavra Física provém do grego que significa natureza, por isso deveria ser uma ciência dedicada ao estudo de todos fenómenos naturais. Daí ter sido esta ciência, durante muitos anos, denominada “Filosofia Natural”. Entretanto, a partir do século XIX e até muito recentemente, a Física ficou restrita ao estudo de um grupo limitado de fenómenos, designados fenómenos físicos e os fenómenos que dela se destacaram deram origem a outras ciências naturais. FísicaBásica 19 Para entender a definição de fenómenos físicos precisa de se recordar do conceito de Fenómeno! Chama-se fenómeno a qualquer transformação que ocorre com um corpo do universo (animado ou inanimado). Exemplo: A queda de uma gota da chuva, o crescimento de uma planta, o aquecimento do solo ao ser atingido pelos raios solares, o funcionamento dum rádio, etc. Fenómenos físicos são processos nos quais a natureza das substâncias que neles tomam parte, não sofre nenhuma alteração. Exemplo: O aquecimento de uma barra de ferro, o movimento de uma bola de futebol. A Física tem aplicações nas nossas casas, nos transportes, na medicina, na indústria, nas comunicações, na electrónica e em muitos outros campos. Ela é uma ciência base para muitas outras ciências como: Química, Biologia, Astronomia, Geografia, Geologia, meteorologistas, topógrafos e todos os engenheiros precisam de ter conhecimentos de Física. Como é que a Química explica a corrente nas soluções electrolíticas? Como é que a Geografia explica a origem dos ventos, e em particular, a origem das brisas marítimas? Física Básica 20 Relação entre a Física e outras ciências Um dos objectivos da Física é conhecer os componentes básicos da matéria e suas interacções mútuas e, dessa forma, explicar os fenómenos naturais, incluindo as propriedades dos corpos. Partindo desta afirmação, podemos ver que a Física é a mais fundamental de todas Ciências Naturais. A Química lida basicamente com um aspecto particular deste ambicioso programa: a aplicação das leis da Física ao estudo da formação das moléculas e análise dos diferentes métodos práticos de transformar umas moléculas em outras. Também a Biologia se apoia muito fortemente na Física e na Química para explicar os processos que ocorrem nos seres vivos. A aplicação dos princípios da Física e da Química aos problemas práticos, tanto na pesquisa e desenvolvimento como nas actividades profissionais, tem dado lugar ao aparecimento dos diferentes ramos da engenharia. As aplicações práticas e as pesquisas de engenharia teriam sido impossíveis sem uma compreensão sólida das ideias fundamentais das ciências naturais. A Física não só é importante pelo facto de fornecer conceitos básicos e o esquema teórico sobre os quais se fundamentam as outras ciências naturais. Do ponto de vista prático, ela também é importante porque cria técnicas que podem ser empregues em quase todas as áreas da pesquisa pura ou aplicada. Os astrónomos necessitam de técnicas ópticas, espectroscópicas e de rádio. Os geólogos usam métodos gravim étricos, acústicos, nucleares e mecânicos nas suas pesquisas. O mesmo pode-se dizer em relação ao oceanógrafo, do meteorologista, de sismólogo, etc. Os hospitais modernos são equipados com laboratórios nos quais usam as mais refinadas técnicas da Física. Tudo isso dá ao físico a sensação de que não só impulsiona o avanço dos conhecimentos sobre a natureza, mas também contribui para o bem-estar social da espécie humana. Física Básica 21 Exercícios 1. “A Física, ciência e tecnologia, estabelecem uma relação de dependência mútua”. Argumente esta afirmação. Dica: Como argumento, apresente exemplos que demonstrem que uma determina área influencia a outra. Física Básica 22 Lição nº2 Grandezas Físicas, padrões de unidades e medidas Introdução Seja bem-vindo ao estudo desta lição, nela você irá estudar os conceitos de grandezas físicas, classificar as grandezas físicas e identificar as unidades padrão das grandezas fundamentais. Objectivo No fim desta lição, você será capaz de: � Definir o conceito “grandeza física”; � Identificar os diferentes tipos de grandezas físicas; � Estabelecer a diferença entre os tipos de grandezas físicas; � Identificar as unidades padrão das grandezas fundamentais. Terminologia Grandeza física, unidade, medida, padrão e grandezas fundamentais. Grandezas Físicas: As leis da Física são expressas em termos de várias grandezas diferentes: massa, comprimento, tempo, força, velocidade, massa específica, Física Básica 23 resistência, temperatura, intensidade da corrente, intensidade do campo magnético e muito mais. Cada um destes termos tem um significado preciso. Cada um destes termos representa uma grandeza que pode ser medida em laboratório. Para melhor conhecer as grandezas que interferem num fenómeno, a Física recorre a medidas. Unidade de medida é uma quantidade específica de determinada grandeza física e que serve de padrão para eventuais comparações, podendo, a posterior, servir de padrão para outras medidas. Grandezas físicas caracterizam as propriedades físicas da matéria, assim como as particularidades específicas dos fenómenos físicos. Exemplo: Comprimento, tempo, velocidade, potência, etc. As leis da física são expressas em termos de quantidades básicas. A mecânica utiliza três quantidades básicas fundamentais e as suas derivadas: o comprimento, a massa e o tempo. O Sistema Internacional estabelece 7 grandezas físicas fundamentais das quais são derivadas todas as outras. São elas: o comprimento, massa, tempo, intensidade da corrente, temperatura, quantidade da matéria e intensidade luminosa. Tipos de grandezas Físicas Existem dois tipos de grandezas físicas: • Grandezas escalares • Grandezas vectoriais Chamam-se grandezas físicas escalares as que ficam completamente especificadas por um valor numérico expresso em unidade apropriada e que não está associada à orientação no espaço. Exemplo1: O volume de um corpo, a área de um terreno, a temperatura de um objecto etc. Assim, dizemos que o volume de uma caixa de água é de Física Básica 24 1000 litros, que a área coberta e uma casa é de ou que a temperatura de uma criança com febre é de . Chamam-se grandezas vectoriais as grandezas físicas que ficam completamente especificadas por um valor numérico expresso em unidade apropriada e a sua orientação. Exemplo2: o deslocamento, a velocidade, aceleração, força etc. Exercícios: 1. Considere o seguinte conjunto de grandezas físicas: a. Dos seguintes subconjuntos, identifique, justificando, aquele cujos elementos são apenas grandezas escalares e aquele cujos elementos são apenas grandezas vectoriais. Dica: Deve ter em conta as características de uma grandeza vectorial e escalar. Física Básica 25 Lição nº3 Análise Dimensional e conversões entre unidades Introdução Seja bem-vindo ao estudo desta lição! Ela destina-se ao estudo da análise dimensional e conversão entre unidades e é de grande importância, pois ajuda na resolução de problemas em Física. Objectivos No fim desta lição você será capaz � Aplicar os procedimentos da análise dimensional para determinar a validade da equação na resolução de problemas; � Obter a unidade da grandeza a ser determinada a partir da análise dimensional; � Converter valores dados numa unidade de medida em outra. A análise dimensional é um procedimento importante na resolução de problemas em Física, pois ajuda a minimizar a memorização das fórmulas físicas. A análise dimensional goza da propriedade de, às grandezas físicas, ser possível adicionar ou subtrair as suas dimensões no caso de serem asmesmas. Física Básica 26 A área de uma superfície é obtida multiplicando-se um comprimento por outro. Por exemplo, a área de um rectângulo de lados 2m e 3m e Como a área é produto de dois comprimentos, pode-se dizer que tem a dimensional de comprimento vezes comprimento, ou comprimento ao quadrado representado por . A análise dimensional é facilmente estendida a outras quantidades não geométricas. Por exemplo, a velocidade tem a dimensional de comprimento dividido pelo tempo, ou . A análise dimensional de outras grandezas, como forca, ou energia e determinada em termos de grandezas fundamentais de comprimento, tempo e massa. A adição de duas grandezas físicas só faz sentido caso tenham a mesma dimensão. Por exemplo, não se pode somar uma área a uma velocidade e obter um resultado significativo, isto é, numa equação como . As grandezas A, B e C devem ter a mesma dimensão. A adição de B e C requer que essas grandezas tenham as mesmas unidades. É possível encontrar erros em cálculos, conferindo a dimensão ou as unidades das grandezas dos resultados. Por exemplo: Suponha que a fórmula tenha sido usada erradamente para o cálculo da área do círculo. Pode-se verificar imediatamente o erro, porque tem a dimensão do comprimento e a área deve ter a dimensão do comprimento ao quadrado. A coexistência da dimensão é condição necessária, mas não suficiente para uma equação estar certa. Uma equação pode ter os seus termos escritos com a dimensão correcta, sem estar descrevendo uma situação física. Exemplo: A pressão num fluido em movimento depende de sua densidade e da sua velocidade . Encontre uma combinação simples entre a densidade e a velocidade para obter a dimensão correcta da pressão. Resolução Dica: A pressão e a densidade têm uma unidade de massa no numerador, enquanto a velocidade não contém essa unidade. Dessa forma, as unidades de pressão serão divididas pelas de densidade. Física Básica 27 Dividindo as unidades de pressão pelas de densidade temos: Nota que o resultado tem a dimensão de . A dimensão de pressão é a do produto da densidade pela velocidade ao quadrado. Conversão de unidades Como são utilizados deferentes sistemas de unidades, às vezes é necessário saber como converter de uma unidade para outra. Prefixos métricos Os principais prefixos para as grandezas métricas são apresentados a seguir. Prefixos para potências de 10 Múltiplo Prefixo Abreviatura Exa E Peta P Tera T Giga G Mega M Quilo k Hecto h Deca da Física Básica 28 Deci d Cento c Mili m Micro Nano n Pico p Femto f Ato a Factores de conversão Comprimento M km Cm dm mm 1m 1 10 1centimetro 1 10 1 kilómetro 1 Massa Kg G u.m.a 1 kilograma 1 6,024 1 grama 1 6,024 Física Básica 29 1 u.m.a 1,660 1,660 1 Tempo S mn H dia 1segundo 1 1,667 2,778 1,157 1minuto 60 1 1,667 6,994 1hora 3600 60 1 4,167 1dia 8,640 1440 24 1 Sumário Tópico Equações relevantes e observações. Unidade Quantidades Físicas são números obtidos tomando medidas de objectos físicos. Grandeza física É toda a grandeza que caracteriza as propriedades físicas da matéria bem como as características dos fenómenos físicos Unidades Básicas As unidades básicas do SI são: o metro, segundo, kilograma, Kelvin, mol, ampere e a candela. Conversão Factores de conversão, que são sempre iguais a 1, fornecem um método conveniente para converter de um tipo de unidade para outro. Dimensões Os termos de uma equação devem ter as mesmas dimensões. Multiplicação e divisão de algarismos significativos O número de algarismos significativos do resultado de uma multiplicação ou divisão não e maior do que o menor Física Básica 30 numero de algarismos significativos de qualquer um dos números. Adição e subtracção de algarismos significativos Quando adicionamos ou subtraímos quantidades, o número de casas decimais deve ser igual ao termo com menor número de casas decimais na soma. Exercícios 1. “A Física, ciência e tecnologia, estabelecem uma relação de dependência mútua”. Argumente esta afirmação. 2. Efectue as seguintes conversões; a. 1m em cm d. 1km em m b. 1cm em m e. 1mm em m c. 1m em mm f. 1cm em mm 3. Efectue as operações indicadas abaixo. Os números estão expressos correctamente em algarismos significativos. Dê a resposta da primeira operação em e da segunda em . 1. 4. As medidas indicadas abaixo estão expressas correctamente em algarismos significativos. a. 473m b. 0,705 c. 37mm d. 37,0mm Indique os algarismos correctos e o primeiro duvidoso em cada medida. 5. O intervalo de tempo de um ano, a quantos segundos corresponde? Dê a sua resposta com dois algarismos significativos. Física Básica 31 Feedback 1. , 2. , e Física Básica 32 Unidade II Vectores Introdução Nesta unidade pretende-se fornecer aos cursantes o estudo das grandezas físicas que possuem tanto propriedades numéricas, quanto propriedades direccionais. Ainda nesta unidade iremos discutir aspectos relacionados com álgebra vectorial, propriedades das grandezas vectoriais e, finalmente, realizar algumas operações com vectores, juntamente com algumas aplicações no contexto da Física. Objectivos No fim desta unidade, você será capaz de: − Definir o conceito de vector e de igualdade de vectores; − Realizar operações com vectores; − Definir vector unitário e componente de um vector; − Multiplicar um vector por um escalar; − Definir projecção de um vector; − Determinar a projecção de um vector sobre um eixo. Terminologia Vector, operações com vectores, vector unitário, componente de um vector, projecção de um vector. Física Básica 33 Lição nº1 Igualdade e adição de vectores Introdução Bem-vindo ao estudo desta lição. Nela você vai aprender as propriedades dos vectores e realizar algumas operações com vectores. Objectivos No fim desta lição, você será capaz de: � Definir vector � Definir a igualdade de vectores � Adicionar vectores Para entender melhor esta lição, você precisa de recordar os conceitos de: grandezas vectoriais e grandezas escalares. As grandezas físicas são, em geral, classificadas em grandezas escalares e grandezas vectoriais. Para expressar uma grandeza escalar, necessitamos apenas de um número real seguido da unidade física correspondente. Exemplo: Massa de um corpo, o volume, temperatura, trabalho, energia, etc. As grandezas vectoriais, por outro lado, são caracterizadas por um número real positivo (módulo), por uma direcção e um sentido. Física Básica 34 Exemplo 2.1: velocidade, força, aceleração, quantidade de movimento, etc. As grandezas físicas, uma vez expressas sob a forma vectorial, não dependem do sistema de coordenadas utilizado, e além disso, distinguem- se por apresentar uma forma compacta, simples e elegante. Contudo, na solução de problemas concretos usamos com frequência um ou outro sistema de coordenadas Conceito de vector Chama-se vector a um segmento orientado e que é caracterizado por: uma direcção, sentido e módulo. Vocêpoderá representar graficamente os vectores por um segmento em que o primeiro ponto, é a origem e o segundo ponto, é a extremidade, no qual se coloca uma seta como mostra a figura 2.1 Fig. 2.1 Representação gráfica de um vector A extensão do segmento, na escala adoptada, expressa o módulo do vector. Igualdade de Vectores Dois vectores são iguais se tiverem módulos, direcções e sentidos iguais. ( ) Se você tem vários vectores e os vectores tiverem o mesmo sentido, mesma direcção e módulos iguais, então você pode concluir que os vectores são iguais, como mostra a figura 2.2 Fig. 2.2 Igualdade de vectores Física Básica 35 Esta propriedade permite-lhe mover um vector num diagrama para uma posição paralela a si mesmo sem afectar as suas propriedades essenciais. Adição de vectores Dados dois vectores quaisquer , podemos achar graficamente o vector resultante pelo método do paralelogramo ou pelo metodo do triângulo. . Fig. 2.3 Método do paralelogramo de soma de vectores Fig. 2.4 Método geométrico de soma de vectores de vectores Caso você queira adicionar n vectores, o vector resultante pode ser encontrado pelo método de polígono, fazendo coincidir a extremidade de cada vector com a origem do vector seguinte. Procedendo assim, o vector resultante estará representado pelo segmento que fecha o polígono, como mostra a figura 2.4. Dados os vectores e o ângulo θ entre eles, você poderá determinar analiticamente o módulo do vector resultante através da fórmula: Física Básica 36 Subtracção de vectores Considere os vectores e e a operação . O vector é a diferença entre os vectores e , nessa ordem como mostra a figura 2.5. Fig. 2.5 Representação gráfica da soma entre dois vectores O vector diferença pode obtê-lo directamente, ligando as extremidades dos segmentos orientados que representam e no sentido de para , como ilustra a figura 2.6. Fig. 2.6 Representação gráfica da diferença entre dois vectores Exemplo Exemplo 2.3: Dados os vectores e , cujos módulos valem respectivamente, 6 e 8, determine graficamente o vector diferença e calcule o seu módulo. Física Básica 37 Solução: Dica: para você determinar o vector diferença precisa de se recordar que a operação é equivalente a . Então, ao vector devemos somar ao oposto do vector , isto é : Sendo os módulo e , você pode calcular o módulo do vector diferença aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo rectângulo formado pelos vectores , e : Produto de um número real por um vector Chama-se produto de um número real pelo vector ao vector: tal que: Se Figura 7. Física Básica 38 Exemplo Exemplo2.4: dados os vectores e , represente graficamente os vectores e calcule o seu módulo. Sabe-se que o lado de cada quadradinho mede uma unidade. Solução: Dica: O vector tem a mesma direcção e mesmo sentido do vector e módulo duas vezes maior, isto é, o seu módulo é 4. O vector tem a mesma direcção e o mesmo sentido do vector e módulo três vezes maior, isto é, o seu módulo é 3. Na figura abaixo representamos os vectores , e . O módulo desse último vector é igual a 5, de acordo com o teorema de Pitágoras: Física Básica 39 Lição nº 2 Componentes de um vector e vectores unitários Introdução Seja bem-vindo ao estudo desta lição, nela você irá aprender a representar geometricamente um vector no eixo e definir vector unitário. Objectivo Ao completar esta lição, você será capaz de: • Definir vector unitário; • Definir a projecção de um vector sobre um eixo; • Representar geometricamente um vector no eixo; • Representar geometricamente um vector no plano. Componentes de um vector e vectores unitários O método geométrico de adição de vectores não é o procedimento recomendado em situações que requerem grande precisão, ou em problemas tridimensionais, pois somos forçados a desenhá-los num papel bidimensional. Nesta secção, descrevemos um método de adicionar vectores que utiliza as projecções de um vector ao longo do eixo de um sistema de coordenadas rectangular. Consideremos que você tenha um vector no plano xy fazendo um ângulo arbitrário θ com o eixo x positivo, como na figura 2.8. Você pode Física Básica 40 representar o vector pelas suas componentes rectangulares, e . A componente representa a projecção do vector ao longo do eixo x positivo, como você vê na figura 2.8, e são ambas positivas. Os valores absolutos das componentes são os módulos dos vectores componentes associados. Figura 2. 8 e vectores componentes do vector Na figura 2.9. você tem novamente os vectores componentes, mas com o vector componente y deslocado de tal forma que ele seja adicionado vectorialmente ao vector componente x. Neste diagrama você tem dois aspectos importantes: em primeiro lugar, você vê que um vector é igual à soma dos seus vectores componentes. Assim, a combinação dos vectores componentes é um substituto válido para o vector real. O segundo aspecto é que o vector e os seus vectores componentes formam um triângulo rectângulo. Assim, podemos deixar o triângulo ser um modelo para poder usar a trigonometria de triângulos rectângulos para analisar o vector. Os catetos do triângulo têm comprimentos proporcionais às componentes (dependendo do factor de escala que for escolhido), e a hipotenusa tem um comprimento proporcional ao módulo do vector. Figura 2.9. o vector como soma dos seus vectores componentes. O vector e seus vectores componentes formam um triângulo rectângulo Da figura 2.9 e da definição de seno e co-seno de um ângulo, você tem que: Física Básica 41 Portanto, para você obter as componentes de , deverá passar para o outro membro, donde obteria a seguinte situação: É importante você notar que ao utilizar essas equações componentes, θ tem de ser medido no sentido anti-horário a partir do eixo x positivo. A partir dos nossos triângulos segue-se que o módulo de e sua direcção estão relacionados com as suas componentes por meio do teorema de Pitágoras e da definição da função tangente: Dica: Para você obter o θ, poderá usar a seguinte equação , que se lê “θ é igual ao ângulo cuja tangente é a razão ” . Observe que os sinais das componentes e dependem do ângulo θ. Por exemplo, se , é negativo e é positivo e se , então, tanto quanto são negativos. As grandezas vectoriais são expressas frequentemente em termos dos vectores unitários. Vector unitário – é um vector sem dimensões com módulo unitário e é usado para especificar uma direcção. Os vectores unitários não têm outro significado físico. São usados simplesmente como conveniência prática ao descrever-se uma direcção no espaço. Usaremos os símbolos i, j e k para representar vectores unitários apontando nas direcções x, y e z, respectivamente. Assim, os vectores unitários i, j e k formam um conjunto de vectores mutuamente perpendiculares, como mostra a figura abaixo, onde o módulo de cada vector unitário é igual a um; isto é .Física Básica 42 Figura 2.10. Representação dos vectores unitários nos eixos xyz Considere um vector no plano , como na figura 11. O produto da componente com o vector unitário é o vector componente paralelo ao eixo x com magnitude . Da mesma forma, é um vector componente de magnitude paralelo ao eixo y. Ao utilizar a forma unitária de um vector, você está simplesmente multiplicando um vector (vector unidade) por um escalar (a componente). Assim, a notação de vector unitário para o vector você pode escrever da seguinte forma: Suponha agora que você deseja adicionar ao vector , onde tem componentes e . O procedimento para você realizar esta soma é simplesmente adicionar as componentes x e y separadamente. O vector resultante é, portanto, Assim, as componentes do vector resultante são dadas por: O módulo de e o ângulo que ele faz com o eixo x você pode então obter através das suas componentes utilizando as relações: Física Básica 43 A extensão deste método para vectores tridimensionais é directa. Se e têm componentes x, y e z, você poderá expressar os vectores na seguinte forma: Caso você queira fazer a soma de e , terá: Exemplo Exemplo: Encontre a soma, o módulo do vector resultante e o ângulo que faz com o eixo dos x positivo, de dois vectores e que estão no plano ou que são dados por: e o módulo de é? Solução Dica: pode ser útil para você, traçar um diagrama dos vectores para ver como é que eles se parecem no plano xy. Usando a regra dada pela equação , você resolve esse problema matematicamente como se segue: O módulo de é: Se você usar a equação e substituir os valores, teria: Física Básica 44 Para encontrar o ângulo que o vector resultante faz com o eixo x positivo, você deverá usar a equação Sumário Tópico Equações relevantes e observações Vector Se vector é um segmento orientado, ele é caracterizado por: uma direcção, sentido e módulo. Igualdade de vectores Dois vectores são iguais se tiverem módulos, direcções e sentidos iguais. ( Soma de vectores Dois vectores podem ser somados graficamente desenhando-os a partir da origem da segunda seta. A seta que representa o vector resultante é desenhada da origem do primeiro vector para a ponta do segundo. Componente de um vector A componente de um vector ao longo de uma orientação no espaço é a projecção do vector sobre o eixo com essa orientação. Se formar ângulo com a orientação positiva de x, as suas componentes serão x e y. Física Básica 45 Vector unitário Um vector sem dimensões com módulo unitário e é usado para especificar uma direcção. Exercícios Auto-avaliação 1. São dados os vectores e de módulos e . Determine graficamente o vector soma e calcule o seu módulo. os vectores e , cujos 2. Dados módulos valem, respectivamente 6 e 8, determine o vector soma e calcule o seu módulo. 3. Dados os vectores , e , represente graficamente os seguintes vectores: ; ; . Física Básica 46 4. Determine o módulo dos vectores e . O lado de cada quadradinho mede uma unidade. 5. Considere os vectores , , e da figura ao lado. Determine graficamente o vector soma ( ) e calcule o seu módulo. Sabe-se que o lado de cada quadradinho mede uma unidade. 6. Determina os módulos dos vectores e . Sabe-se que cada quadradinho mede uma unidade. 7. No gráfico estão representados os vectores , , e . Determine as expressões de e em função de e . Física Básica 47 8. No diagrama estão representados os vectores , , , , e . Determine as expressões de , , e , em função de e . 9. Determine as componentes do vector segundo os eixos x e y. O lado de cada quadradinho mede uma unidade. 10. Uma lancha desloca-se numa direcção que faz um ângulo de 60º com a direcção Leste-Oeste, com uma velocidade de 50 m/s, conforme a figura. Determine as componentes das velocidades da lancha nas direcções norte-sul (eixo y) e Leste-Oeste (eixo x). São dados: e . Física Básica 48 11. Determine as componentes dos vectores , , , e , segundo os eixos x e y. Sabendo que o lado de cada quadradinho mede uma unidade. Feedback 1. 2. 3. 5; 1 4. 5. 2; -2 6. ; 7. ; ; ; 8. ; 9. ; 10. (2,3); (2,0); (0,-2) e (4,3) Física Básica 49 Unidade III Cinemática do ponto Material Introdução Seja bem-vindo ao estudo desta unidade, ela constitui uma das partes fundamentais da mecânica, na qual se descreve o movimento dos objectos em termos de espaço e tempo, sem ter em conta as causas físicas desse movimento. Objectivos No fim desta unidade, você será capaz de: • Descrever cinematicamente o movimento do ponto material; • Explicar a relatividade dos conceitos de Movimento e repouso; • Representar graficamente os diferentes movimentos dos corpos; • Resolver problemas do contexto da cinemática. Física Básica 50 Lição nº1 Relatividade do movimento Introdução Seja bem-vindo ao estudo desta lição na qual você consolidará alguns conceitos básicos que aprendeu nas classes anteriores. Objectivos No fim desta lição, você será capaz de: • Explicar o conceito de movimento; • Definir o conceito de repouso; • Definir o conceito de referencial. De certeza que das classes anteriores você sabe que a mecânica estuda o movimento dos corpos. Então, quando é que um corpo está em movimento? Qualquer pessoa que observe um objecto, por exemplo, um automóvel é capaz de dizer que ele está parado ou se está em movimento. Um automóvel que esteja parado junto de um passeio acompanha a terra no seu movimento. Um observador que não estivesse ligado à terra diria que o mesmo automóvel estava em movimento. Analogamente, um ocupante de um automóvel em movimento dirá que a mala colocada no assento, ao seu lado, está imóvel, enquanto um outro observador que, da berma da estrada, vê passar o automóvel dirá que a mesma mala está em movimento. O estado de repouso ou de movimento de qualquer corpo é preciso, portanto susceptível de ser referido a um outro corpo. Física Básica 51 Exemplo Exemplo 3.1: Diremos que a mala está em repouso em relação ao automóvel mas que está em movimento em relação à terra. Por sua vez o automóvel estacionado está em repouso em relação à terra, mas em movimento em relação ao sol. Então podemos dizer que o estado de repouso ou de movimento de um corpo é relativo e não absoluto. Chama se movimento mecânico a mudança da posição dos corpos no espaço uns em relação aos outros ou das suas partes em função do tempo. Noção de referencial Para descrever o movimento de um corpo você precisa de um referencial. Referencial é um sistema de eixos no qual podemos, em qualquer instante, localizar o corpo por intermédio das coordenadas dos seus pontos. Dizemos que um corpo está em movimento num determinado referencial, ou em relação a um determinado referencial, quando as coordenadas de qualquer dos seus pontos, nesse referencial, variam com o tempo. Ponto material. Trajectória de um ponto materialEm cinemática, considera-se ponto material um corpo cujas dimensões são desprezíveis em relação às distâncias consideradas no estudo do seu movimento. Exemplo Exemplo 3.2: A terra durante o movimento de translação em torno do sol, as suas dimensões são desprezíveis quer em relação à distância Terra - Sol, quer em relação ao comprimento da sua trajectória. Exemplo 3.3: Um avião ao sair de Maputo a Beira, um autocarro que faz o percurso Inhambane - Cabo Delgado, um míssil intercontinental, uma nave espacial partindo da terra para a lua, são exemplos de pontos matérias, porque as suas dimensões são desprezíveis quando comparadas com as distâncias consideradas no estudo dos seus movimentos. Física Básica 52 Noção de trajectória Chama-se trajectória de um ponto material a linha formada pelas sucessivas posições que o ponto ocupa quando se desloca. Essa linha pode, evidentemente ter formas muito variadas, o que permite designar os movimentos de acordo com a forma da trajectória. Actividade: Imagine que você está dentro de um avião, e deixa cair um objecto em pleno voo à velocidade constante. Despreze a resistência do ar. De que forma é a trajectória para um observador que está dentro do avião? E para um observador fixo na terra? Dica: Para o observador que está dentro do avião a trajectória do objecto parecer-lhe-á uma linha recta, enquanto para o observador fixo na terra a mesma trajectória apresentar-se-á em forma de uma linha curva. A trajectória pode ser: recta ou curva. Daí surge a classificação dos movimentos quanto à sua trajectória: • Movimento Rectilíneo • Movimento curvilíneo Determinação Cinemática do movimento do ponto material O movimento de um ponto material está cinematicamente definido, quando você for capaz de determinar em qualquer instante a sua posição, velocidade e aceleração Física Básica 53 Lição nº2 Movimento em uma dimensão. Grandezas cinemáticas Introdução Seja bem vindo ao estudo desta lição, esta lição está estruturada da seguinte forma: • Estudo das grandezas: Deslocamento, Velocidade e Aceleração; • Movimento em uma dimensão com velocidade constante; • Movimento em uma dimensão com aceleração constante; Para perceber melhor esta lição você precisa de recordar alguns conceitos que aprendeu nas aulas anteriores, tais como: ponto material, trajectória e saber diferenciar grandezas escalares e vectoriais. Objectivos No fim desta lição, você será capaz de: • Identificar as características do movimento com velocidade constante; • Identificar as características do movimento com aceleração constante; • Estabelecer a diferença ente o deslocamento e o espaço percorrido; • Definir o conceito de velocidade; • Definir o conceito de aceleração; • Estabelecer a diferença entre a velocidade média e velocidade instantânea; • Dar exemplos de movimentos unidimensionais do dia-a-dia Física Básica 54 Terminologia Deslocamento, espaço percorrido, velocidade, aceleração, velocidade média e instantânea. Deslocamento do ponto material Para exprimir as mudanças de posição de uma partícula em movimento, define-se uma grandeza que se chama deslocamento. A figura 3.1 mostra um carro na posição na posição e a posição do mesmo carro em no instante . Se a partícula passa de uma posição inicial , de abcissa , para uma posição final , de abcissa , a sua abcissa sofre uma variação tal que: Fig. 3.1 Um carro move-se em linha recta. Um eixo coordenado consiste numa linha ao longo do caminho do carro. Um ponto nesta linha é escolhido como a origem O. Aos outros pontos na linha é atribuído um número x, o valor de x sendo proporcional à distância de O. Os números atribuídos aos pontos à direita de O, como os mostrados são positivos, e os atribuídos aos pontos à esquerda são negativos. Quando o carro viaja do ponto xi para o ponto xf, o seu deslocamento é Chama-se deslocamento do móvel, desde até a variação da sua abcissa em função de tempo. Como grandeza vectorial, o deslocamento é caracterizado por um valor numérico, direcção e sentido. O deslocamento tem, portanto, carácter algébrico: é positivo ( , quando a abcissa aumenta ) e Física Básica 55 negativo ( ), quando a abcissa diminui . Portanto, se o movimento for sempre no mesmo sentido, o deslocamento é positivo quando o ponto se move no sentido do eixo das abcissas; é negativo quando se move em sentido contrário. Considera-se, habitualmente, como sentido positivo da trajectória o sentido do eixo das abcissas. Espaço percorrido Se, no intervalo de tempo durante o qual o ponto material passou da posição inicial para a posição final, o seu movimento não tiver mudado de sentido, o módulo do deslocamento correspondente, , é a distância percorrida pelo móvel sobre a trajectória. Esta distância é designada por espaço percorrido pelo móvel naquele intervalo de tempo. Se, no mesmo intervalo de tempo, o movimento tiver mudado de sentido, obtém-se o espaço percorrido pelo móvel decompondo o deslocamento total em deslocamentos parciais, em cada um dos quais sem mudança de sentido, e somando os módulos desses deslocamentos. Exemplo Exemplo 3.4: Vamos supor que você corre todas as manhãs, numa estrada recta, saindo da sua casa até a um ponto que dista 5km e depois volta para casa. Dica: Para esta situação, a posição inicial coincide com a posição final, logo o deslocamento é zero. Mas o espaço percorrido é de 10km, que é o dobro da distância que separa o ponto da sua casa. Exemplo 3.5: Uma sonda espacial está a deslocar-se directamente para o sol. No instante está em distante do sol. Um ano depois, está em . Ache o seu deslocamento. Física Básica 56 Dica: Temos e , se fizermos , então o deslocamento será determinado pela definição: . Logo, Observação: O deslocamento é negativo, pois a sonda espacial desloca-se no sentido dos decrescentes. Tome Nota Há diferença entre o espaço percorrido por um móvel e o deslocamento de um móvel, mas há casos em que o deslocamento coincide com o espaço. Velocidade de uma partícula Para caracterizar a rapidez ou lentidão com que os corpos se movimentam, existe a noção de velocidade. A velocidade é uma grandeza vectorial, mas no movimento numa dimensão vamos trabalhar com a projecção em relação ao eixo das abcissas. Esta grandeza caracteriza a taxa da variação da posição da partícula com o tempo. Velocidade média Chama-se velocidade média a razão entre o deslocamento efectuado pela partícula e o intervalo de tempo que a partícula gasta a fazer esse deslocamento. A velocidade média tem o mesmo sentido que o vector deslocamento, isto é, ao longo da corda que une os dois pontos extremos da trajectória do móvel. Tome Nota Física Básica 57 Há diferença entre a velocidade média e velocidade instantânea. A velocidade média é a razão entre o espaço total percorrido e o tempo gasto. Velocidade instantânea Chama-se velocidade instantânea a velocidade em cada instante, ou seja: o valor da velocidade instantânea de um móvel é o limite para que tende o valor da sua velocidade média num intervalo de tempo contado a partir do instante considerado, quando esse intervalo de tempo tende para zero. Então a velocidade instantânea é a grandeza vectorial v igual à primeira derivada do raio vector r do móvel em função do tempo. Unidades da velocidade Exemplo Exemplo
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