Introdução ao Lean ConstructionBLOQ

Prévia do material em texto

Sem fronteiras para o conhecimento
Introdução ao Lean Construction
 Lição 01 – O que é a filosofia Lean?
 Lição 02 – A origem do Lean
 Lição 03 – Conceito de Agregação de Valor
 Lição 04 – Conceito de Desperdício 
 Lição 05 – O que é o Lean Construction?
Introdução ao Lean Construction
 Lição 06 – Principais Desperdícios no Lean
Construction
 Lição 07 – Princípios do Lean Construction
 Lição 08 – Kaizen
Introdução ao Lean Construction
 Lição 01 – O que é a filosofia Lean?
 Lição 02 – A origem do Lean
 Lição 03 – Conceito de Agregação de Valor
 Lição 04 – Conceito de Desperdício 
 Lição 05 – O que é o Lean Construction?
Introdução ao Lean Construction
O que é a filosofia Lean?
Lean é uma filosofia, metodologia com o propósito de gerar o máximo
de valor para o cliente, ao mesmo tempo em que reduz o desperdício
consumindo o mínimo de recursos e aproveita completamente o
potencial humano envolvido na realização do trabalho.
Definição
O que é a filosofia Lean?
Conceitos Lean
Principais conceitos do Lean:
1. Especificar valor sob a ótica do cliente (Valor);
2. Alinhar na melhor sequência as atividades que criam valor (Fluxo de Valor);
3. Realizar essas atividades sem interrupção (Fluxo Contínuo);
4. Sempre que alguém as solicita (Produção Puxada);
5. De maneira cada vez mais eficaz (Perfeição).
 Lição 01 – O que é a filosofia Lean?
 Lição 02 – A origem do Lean
 Lição 03 – Conceito de Agregação de Valor
 Lição 04 – Conceito de Desperdício 
 Lição 05 – O que é o Lean Construction?
Introdução ao Lean Construction
A origem do Lean
Evolução da Produção
>
A origem do Lean
Evolução da Produção
> >
A origem do Lean
Evolução da Produção
> >
A origem do Lean
Evolução da Produção
As origens do Lean Manufacturing remetem ao Sistema Toyota de Produção (STP), na
década de 50, com foco na identificação e posterior eliminação de desperdícios,
com o objetivo de reduzir custos, aumentar a qualidade e a velocidade de entrega de
produtos aos clientes.
A origem do Lean
Evolução da Produção
O conceito da filosofia Lean foi pela primeira vez descrita em 1990 no livro “The
Machine That Changed The World” que, descrevendo os conceitos e métodos de
trabalho aplicados pelo STP, fundamentou este novo sistema produtivo.
As origens do Lean Manufacturing remetem ao Sistema Toyota de Produção (STP), na
década de 50, com foco na identificação e posterior eliminação de desperdícios,
com o objetivo de reduzir custos, aumentar a qualidade e a velocidade de entrega de
produtos aos clientes.
A origem do Lean
A “casa” do STP
MELHOR QUALIDADE – MENOR CUSTO – MENOR PRAZO
CLIENTE
JUST-IN-TIME AUTONOMAÇÃO
Fluxo conectado 
ao Cliente
Entregar o que o 
cliente pediu, na 
quantidade e no 
momento certo
Qualidade na 
Fonte
Parar e notificar 
os problemas
ESTABILIDADE E PADRONIZAÇÃO
Produção nivelada, processos disponíveis e gerenciamento visual
A origem do Lean
O sucesso japonês
Abordagem cultural
Abordagem centrada nos recursos humanos
Abordagem centrada no controle da produção
Os autores ocidentais tendem a apresentar o modelo através do ponto de vista do 
controle da produção em detrimento dos fatores culturais e de relações humanas.
A origem do Lean
Visão Ocidental
Sistema Toyota de Produção
Práticas e Ferramentas 
 Lição 01 – O que é a filosofia Lean?
 Lição 02 – A origem do Lean
 Lição 03 – Conceito de Agregação de Valor
 Lição 04 – Conceito de Desperdício 
 Lição 05 – O que é o Lean Construction?
Introdução ao Lean Construction
Conceito de Agregação de Valor
Valor para o Cliente
O ponto de partida para a Produção Enxuta é o conceito de valor percebido pelo cliente.
Este valor é definido em termos de produtos ou serviços específicos que têm
capacidades/funcionalidades específicas, oferecidos a preços específicos para clientes
específicos em intervalos de tempo.
Conceito de Agregação de Valor
Valor para o Cliente
Atividades que agregam valor são caracterizadas como:
1. O cliente deve estar disposto a pagar pela atividade;
2. A atividade precisa transformar de alguma forma o produto ou serviço;
3. A atividade deve ser feita corretamente desde a primeira vez.
Todas essas regras precisam ser satisfeitas, ou então a atividade será considerada sem valor
agregado ou um desperdício.
Conceito de Agregação de Valor
Valor para o Cliente
Valor = Benefícios – Custos
Custo percebido Valor percebido
Conceito de Agregação de Valor
Satisfação do Cliente
EMPRESA CLIENTE RESULTADO
DESEMPENHO
DESEMPENHO
DESEMPENHO
EXPECTATIVA
EXPECTATIVA
EXPECTATIVA
 Lição 01 – O que é a filosofia Lean?
 Lição 02 – A origem do Lean
 Lição 03 – Conceito de Agregação de Valor
 Lição 04 – Conceito de Desperdício 
 Lição 05 – O que é o Lean Construction?
Introdução ao Lean Construction
Conceito de Desperdício
Definição
Aprender a reconhecer o desperdício por meio de suas definições e ir ao gemba para identificá-lo
representa um bom ponto de partida.
Precisamos ter a coragem de identificar os desperdícios, lançar ações e liderar esforços para 
melhorar nossos processos.
Conceito de Desperdício
Tipos de Desperdício
Taiichi Ohno definiu sete tipos de desperdícios, mas publicações posteriores relacionaram oito tipos.
Os 8 desperdícios abordados pela filosofia Lean são:
Estoque EsperaTransportes
desnecessários
Defeitos e 
Retrabalho
Excesso de 
Produção
Processamento 
Impróprio
Movimentos 
desnecessários
Intelectual 
(Pessoas)
Conceito de Desperdício
Muri, Mura, Muda
Muri:
Sobrecarga intensa dos
equipamentos ou dos operadores
Conceito de Desperdício
Muri, Mura, Muda
Muri:
Sobrecarga intensa dos
equipamentos ou dos operadores
Mura:
Falta de regularidade em uma
operação, variação, flutuação
1t1t
Conceito de Desperdício
Muri, Mura, Muda
Muri:
Sobrecarga intensa dos
equipamentos ou dos operadores
Mura:
Falta de regularidade em uma
operação, variação, flutuação
1t1t
Muda: 
Desperdício 
1t1t
3t
1t1t 1t1t
3t 3t
Conceito de Desperdício
Muri, Mura, Muda
Muri:
Sobrecarga intensa dos
equipamentos ou dos operadores
Não há Muri, Mura ou 
Muda 
1t1t1t
3t ‘1t1t1t 3t
Mura:
Falta de regularidade em uma
operação, variação, flutuação
1t1t
Muda: 
Desperdício 
1t1t
3t
1t1t 1t1t
3t 3t
 Lição 01 – O que é a filosofia Lean?
 Lição 02 – A origem do Lean
 Lição 03 – Conceito de Agregação de Valor
 Lição 04 – Conceito de Desperdício 
 Lição 05 – O que é o Lean Construction?
Introdução ao Lean Construction
Excelência operacional na construção civil
O setor de construção demanda mudanças em todo o mundo - No Brasil esta necessidade é
ainda mais urgente.
Desafios da construção civil
“O governo estadual admitiu que o projeto de um trem controverso ‚Stuttgart 
21‘ custará um quarto de bilhão de Euros mais caro. […]“
Jornal Stuttgarter Zeitung, 19. Augusto 2008
“A Estação Central de Berlim ficará ainda mais cara… A Estação Central, que 
custa agora 1,2 bilhões de Euros no total, tinha um custo planejado de 
apenas 300 milhões de Euros. […]“ Revista Tagesspiegel, 27. Janeiro 2007
“Fifa reclama de atraso das obras no Brasil para 2014 [...]”
Exame, 03. Maio 2010
“65% das obras estão atrasadas em São Paulo... Das 20 maiores obras
estruturais...apenas duas estão dentro do prazo estipulado em contrato. ... . 
"Ao que nos parece, o governo não tem controle do cronograma das 
obras", […].“ Estado de São Paulo, 30. Maio 2009
Alemanha
BrasilO que é o Lean Construction?
Definição
O Lean Construction é a aplicação dos princípios do lean thinking (pensamento enxuto) às
atividades de construção civil, adaptando a metodologia às peculiaridades do setor.
Algumas peculiaridades do Lean Construction em relação a outras aplicações Lean são:
O local de produção muda a cada empreendimento;
É a mão de obra que se movimenta ao redor do produto;
Quase não há repetitividade de empreendimentos.
O que é o Lean Construction?
Tradicional x Enxuta
Construção tradicional
Processo de Produção
Matéria-prima Produto
Subprocesso A Subprocesso B
O que é o Lean Construction?
Tradicional x Enxuta
Construção Enxuta
Movimento Espera Processamento Inspeção Movimento
Rejeitos
Retrabalhos
Atividades que não agregam valor
Atividades de processamento que agregam valor
O que é o Lean Construction?
Tradicional x Enxuta
A diferença básica entre a filosofia gerencial tradicional e a Produção Enxuta é 
principalmente conceitual.
Nem toda a atividade de processamento agrega valor ao produto. Por 
exemplo, quando as especificações de um produto não foram atendidas após 
a execução de um processo e existe a necessidade de retrabalho, significa que 
atividades de processamento foram executadas sem agregar valor.
O conceito de valor está diretamente vinculado à satisfação do cliente, não 
sendo inerente à execução de um processo.
Excelência operacional na construção civil
O tempo de espera médio Homem + Máquina na construção de estradas pode atingir
impressionantes 58%.
Construção de Autoestradas
42%
Construção
Espera
58%
Valor médio dos ciclos de entrega
Agrega Valor Desperdício
10,8 min.: Tempo de 
espera pelo próximo 
caminhão de entrega
1,1 Min.: Abastecimento 
da asfaltadeira
1,6 Min.: Acoplamento do 
caminhão pelo motorista
0,8 min.: Asfaltamento com 
reservas da asfaltadeira
4,4 min.: Asfaltamento com 
caminhão acoplado
Total:
5,2 min.
Total:
13,2 min.
Percentual de Tempo de Espera
Excelência operacional na construção civil
Indicadores do planejamento e controle da execução permitem uma verificação focada das atividades no
canteiro de obras.
Indicadores
Apenas o que pode ser medido pode ser aperfeiçoado
Controle no Local (GEMBA)
Estrutura
Motivação
M
P  PVP
Percentual de variação 
sobre o plano
 LTT
Performance/Prazo de 
fornecimento dos 
subcontratados/Materiais
Qualidade
Q
C
PrazosCustos
 SOL
Organização/Limpeza/
Segurança no trabalho
 TNQ
Quota de participantes na 
reunião de controle do takt 
 Lição 06 – Principais Desperdícios no Lean
Construction
 Lição 07 – Princípios do Lean Construction
 Lição 08 – Kaizen
 Lição 09 – Passo a Passo para Implantação do 
Lean Construction
Introdução ao Lean Construction
Principais desperdícios no Lean Construction
Desperdícios
Defeitos e Retrabalho
Tempo gasto fazendo algo incorretamente, inspecionando erros ou consertando erros.
Ex: Produzir argamassa com erro na composição.
Excesso de Produção
Fazer mais que o demandado pelo cliente ou produzir antes de surgir a demanda.
Ex: Produzir tijolos em excesso.
Principais desperdícios no Lean Construction
Desperdícios
Processamento impróprio
Fazer trabalho que não agrega valor para o cliente.
Ex: Preparar o concreto numa especificação melhor que a exigida pelo cliente.
Movimentos desnecessários
Movimento desnecessário dos funcionários.
Ex: Deslocar-se para pegar uma ferramenta de uso constante.
Principais desperdícios no Lean Construction
Desperdícios
Transportes desnecessários
Movimento desnecessário de produtos e insumos.
Ex: Uso de giricas no transporte de entulho dos pavimentos para o térreo.
Estoque
Estoque excessivo, acarretando em custos de armazenagem, transporte ou estrago.
Ex: Quantidade excessiva de sacos de cimento armazenados.
Principais desperdícios no Lean Construction
Desperdícios
Espera
Espera pelo próprio evento ou pela próxima atividade de trabalho.
Ex: Trabalhadores esperando por instrução ou por material.
Intelectual (Pessoas)
Não usar o total potencial e habilidade que os funcionários possuem.
Ex: Não integrar os funcionários às reuniões, não escutando o que eles têm a dizer.
Principais desperdícios no Lean Construction
Exemplos
Quais são esses desperdícios?
 Lição 06 – Principais Desperdícios no Lean
Construction
 Lição 07 – Princípios do Lean Construction
 Lição 08 – Kaizen
 Lição 09 – Passo a Passo para Implantação do 
Lean Construction
Introdução ao Lean Construction
Princípios do Lean Construction
11 Princípios
Elaborados por Lauri Koskela em 1992, os 11 princípios do Lean Construction são:
 Reduzir as atividades que não agregam valor;
 Aumentar o valor do produto através da consideração das necessidades do cliente;
 Reduzir a variabilidade;
 Reduzir o tempo do ciclo de produção;
 Simplificar através da redução do número de passos ou partes;
 Aumentar a flexibilidade de saída;
 Aumentar a transparência do processo;
 Focar o controle no processo global;
 Introduzir melhoria contínua no processo;
 Manter o equilíbrio entre melhorias nos fluxos e nas conversões;
 Referenciais de ponta (benchmarking).
Princípios do Lean Construction
Princípio 01
Reduzir as atividades que não agregam valor
Definição
 Este é um dos princípios fundamentais da Construção Enxuta, segundo o qual a eficiência dos processos pode ser
melhorada e as suas perdas reduzidas não só através da melhoria da eficiência das atividades de conversão e de
fluxo, mas também pela eliminação de algumas das atividades de fluxo.
 Cabe salientar que o princípio da eliminação de atividades de fluxo não deve ser levado ao extremo. Existem
diversas atividades as quais não agregam valor ao cliente final de forma direta, mas que são essenciais à eficiência
global dos processos, como, por exemplo, controle dimensional, treinamento da mão de obra, instalação de
dispositivos de segurança.
Princípios do Lean Construction
Princípio 01
Reduzir as atividades que não agregam valor
Como aplicar
 A maioria dos princípios seguintes está, de alguma forma, relacionada à meta de reduzir a parcela das atividades que
não agregam valor.
 Em geral o primeiro passo para atingir este objetivo é explicitar as atividades de fluxo, por exemplo através da
representação do fluxo do processo.
 Uma vez explicitadas, estas atividades podem ser controladas e, se possível, eliminadas.
Princípios do Lean Construction
Princípio 01
Reduzir as atividades que não agregam valor
Exemplo
O emprego de um simples dispositivo de suporte do mangote utilizado no bombeamento de argamassa permite que o
servente realize uma atividade que agrega valor (espalhar a argamassa), ao invés de simplesmente segurar o mangote,
ou fazer outras atividades auxiliares a pedido do pedreiro.
Princípios do Lean Construction
Princípio 02
Aumentar o valor do produto através da consideração das necessidades do cliente
Definição
 Este é um outro princípio básico da Construção Enxuta, uma vez que está relacionado ao conceito de processo como
gerador de valor.
 Este princípio estabelece que devem ser identificadas claramente as necessidades dos clientes internos e
externos e esta informação deve ser considerada no projeto do produto e na gestão da produção.
Princípios do Lean Construction
Princípio 02
Aumentar o valor do produto através da consideração das necessidades do cliente
Como aplicar
 A aplicação deste princípio envolve o mapeamento do processo, identificando sistematicamente os clientes e seus
requisitos para cada estágio do mesmo.Princípios do Lean Construction
Princípio 02
Aumentar o valor do produto através da consideração das necessidades do cliente
Exemplo
 No processo de produção, este princípio pode também ser aplicado, se as equipes de trabalho subsequentes de um
processo forem consideradas como clientes internos do mesmo.
 Por exemplo, a equipe que executa a estrutura de concreto armado deve levar em conta no seu trabalho as
tolerâncias dimensionais necessárias para que os processos de execução de alvenaria e revestimentos não sejam
dificultados.
 Neste sentido, é importante que os requisitos das equipes de alvenaria e revestimento sejam explicitamente
identificados e comunicados à equipe de estrutura.
Princípios do Lean Construction
Princípio 03
Reduzir a Variabilidade
Definição
Existem diversos tipos de variabilidade envolvidos num processo de produção:
 Variabilidade nos processos anteriores: está relacionada aos fornecedores do processo. Exemplo: blocos
cerâmicos com grandes variações dimensionais.
 Variabilidade no próprio processo: relacionada à execução de um processo. Exemplo: variabilidade na
duração da execução de uma determinada atividade, ao longo de vários ciclos.
 Variabilidade na demanda: relacionada aos desejos e necessidades dos clientes de
um processo. Exemplo: determinados clientes de uma incorporadora solicitam
mudanças de projeto da edificação.
Princípios do Lean Construction
Princípio 03
Reduzir a Variabilidade
Por que reduzir variabilidade
 Do ponto de vista do cliente, um produto uniforme em geral traz mais satisfação, pois a qualidade do produto
efetivamente corresponde às especificações previamente estabelecidas.
 A variabilidade tende a aumentar a parcela de atividades que não agregam valor e o tempo necessário para
executar um produto, principalmente pelas seguintes razões:
 Interrupção de fluxos de trabalho, causada pela interferência entre as equipes.
Isso acontece quando uma equipe de trabalho fica parada ou precisa ser deslocada para
outra frente de trabalho, em função de atrasos da equipe antecedente;
 Não aceitação de produtos fora de especificação pelo cliente, resultando em
retrabalhos ou rejeitos.
Princípios do Lean Construction
Princípio 03
Reduzir a Variabilidade
Como aplicar
 No contexto da construção civil, a variabilidade e incerteza tendem a ser elevadas, em função do caráter único do
produto e das condições locais que caracterizam uma obra, da natureza dos seus processos de produção, cujo ritmo
é controlado pelo homem, e da própria falta de domínio das empresas sobre seus processos.
 Apenas parte desta variabilidade pode ser eliminada, principalmente através da padronização de processos. Existe
uma parcela desta variabilidade que não pode ser removida, cabendo à gerência de produção minimizar os efeitos
nocivos da mesma.
Princípios do Lean Construction
Princípio 03
Reduzir a Variabilidade
Exemplo
 Através da utilização de um procedimento padronizado de execução de instalações hidrossanitárias, pode-se reduzir
o surgimento de vazamentos posteriores, eliminando-se assim a incidência de retrabalhos.
 A padronização de processos envolve também o treinamento dos envolvidos com base nos padrões definidos pela
empresa, e o planejamento e controle adequado da execução, no qual é definido o sequenciamento das tarefas e
são disponibilizados os recursos necessários.
Princípios do Lean Construction
Princípio 04
Reduzir o tempo do ciclo de produção
Definição
 A redução do tempo de ciclo é um princípio que tem origem na filosofia Just in Time. O tempo de ciclo pode ser
definido como a soma de todos os tempos (transporte, espera, processamento e inspeção) para produzir um
determinado produto.
 A aplicação deste princípio está fortemente relacionada à necessidade de comprimir o tempo disponível como
mecanismo de forçar a eliminação das atividades de fluxo.
Princípios do Lean Construction
Princípio 04
Reduzir o tempo do ciclo de produção
Como aplicar
A redução do tempo de ciclo envolve um amplo conjunto de ações, tais como:
 Eliminação de atividades de fluxo que fazem parte do ciclo de produção;
 Concentração do esforço de produção em um menor número de unidades (lotes menores), através do
planejamento e controle da produção;
 Mudanças nas relações de precedência entre atividades, eliminando interdependências entre as mesmas de
forma que possam ser executadas em paralelo.
Princípios do Lean Construction
Princípio 04
Reduzir o tempo do ciclo de produção
Exemplo
Princípios do Lean Construction
Princípio 04
Reduzir o tempo do ciclo de produção
Exemplo
 Duas possíveis estratégias são apresentadas nos diagramas anteriores, para a execução de um empreendimento hipotético. A
primeira tem um tempo de ciclo bem maior que a segunda.
 Pode-se observar que no segundo caso, os primeiros lotes a serem produzidos podem ser entregues mais cedo, existe menos
trabalho em progresso, o potencial para a aplicação do efeito aprendizagem é maior e uma maior flexibilidade pode ser
oferecida nos lotes finais.
 Além disso, os erros, que porventura venham a ocorrer nos lotes iniciais aparecerão mais rapidamente no segundo caso, e
poderão ser corrigidos nos lotes subsequentes.
Princípios do Lean Construction
Princípio 05
Simplificar através da redução do número de passos ou partes
Definição
 Este princípio é frequentemente utilizado no desenvolvimento de sistemas construtivos racionalizados. Quanto
maior o número de componentes ou de passos num processo, maior tende a ser o número de atividades que
não agregam valor.
 Isto ocorre em função das tarefas auxiliares de preparação e conclusão necessárias para cada passo no processo (por
exemplo, montagem de andaimes, limpeza, inspeção final, etc.), e também pelo fato de que, em presença de
variabilidade, tende a aumentar a possibilidade de interferências entre as equipes.
Princípios do Lean Construction
Princípio 05
Simplificar através da redução do número de passos ou partes
Como aplicar
Existem várias formas de atingir a simplificação, como, por exemplo:
 Utilização de elementos pré-fabricados, reduzindo o número de etapas para a execução de um elemento da
edificação;
 Uso de equipes polivalentes, ao invés de um maior número de equipes especializadas;
 Planejamento eficaz do processo de produção, buscando eliminar interdependências e agregar pequenas
tarefas em atividades maiores.
Princípios do Lean Construction
Princípio 05
Simplificar através da redução do número de passos ou partes
Exemplo
As imagens a seguir apresentam duas alternativas para a execução de vergas. No caso da verga pré-moldada, existe uma
redução significativa no número de passos pois o próprio pedreiro pode posicioná-la, ao longo da execução de alvenaria.
No caso da verga moldada no local, o processo de execução de alvenaria precisa ser interrompido, resultando em
atividades que não agregam valor.
Princípios do Lean Construction
Princípio 06
Aumentar a flexibilidade de saída
Definição
 O aumento de flexibilidade de saída está também vinculado ao conceito de processo como gerador de valor.
 Refere-se à possibilidade de alterar as características dos produtos entregues aos clientes, sem aumentar
substancialmente os custos dos mesmos.
 Embora este princípio pareça contraditório com o aumento da eficiência, muitas indústrias tem alcançado
flexibilidade mantendo níveis elevados de produtividade.
Princípios do Lean Construction
Princípio 06
Aumentar a flexibilidade de saída
Como aplicar
Isto pode ser obtido através de várias abordagens, como:
 Redução do tempo de ciclo, através da redução do tamanho dos lotes;
 Uso de mão de obra polivalente,capaz de se adaptar facilmente a mudanças na demanda;
 Customização do produto no tempo mais tarde possível;
 Utilização de processos construtivos que permitam a flexibilidade do produto sem grandes ônus para a
produção.
Princípios do Lean Construction
Princípio 06
Aumentar a flexibilidade de saída
Exemplo
 Algumas empresas que atuam no mercado imobiliário adiam a definição do projeto e, em alguns casos, também da
execução das divisórias internas de gesso acartonado de algumas unidades.
 Esta estratégia permite aumentar a flexibilidade do produto, dentro de determinados limites, sem comprometer
substancialmente a eficiência do sistema de produção.
Princípios do Lean Construction
Princípio 07
Aumentar a transparência do processo
Definição
 O aumento da transparência de processos tende a tornar os erros mais fáceis de serem identificados no sistema
de produção, ao mesmo tempo que aumenta a disponibilidade de informações, necessárias para a execução das
tarefas, facilitando o trabalho.
 Este princípio pode também ser utilizado como um mecanismo para aumentar o envolvimento da mão de obra no
desenvolvimento de melhorias.
Princípios do Lean Construction
Princípio 07
Aumentar a transparência do processo
Como aplicar
Existem inúmeras formas de aumentar a transparência de processos, incluindo:
 Remoção de obstáculos visuais, tais como divisórias e tapumes;
 Utilização de dispositivos visuais, tais como cartazes, sinalização luminosa, e demarcação de áreas, que
disponibilizam informações relevantes para a gestão da produção;
 Emprego de indicadores de desempenho, que tornam visíveis atributos do processo, tais como nível de
produtividade, número de peças rejeitadas, etc.;
 Programas de melhoria da organização e limpeza, tais como o Programa 5S.
Princípios do Lean Construction
Princípio 07
Aumentar a transparência do processo
Exemplo
A imagem a seguir apresenta um dispositivo de controle de utilização do espaço que mantém o ambiente de trabalho
transparente, suscetível à observação.
Princípios do Lean Construction
Princípio 08
Focar o controle no processo global
Como aplicar
 Utilizando de parcerias com fornecedores e avaliação dos mesmos.
 Identificação da cadeia de valores do produto, possibilitando uma visão mais ampla do percurso do produto até 
chegar ao consumidor.
 Identificação de possíveis desperdícios que venham ocorrer.
Princípios do Lean Construction
Princípio 09
Introduzir melhoria contínua no processo
Como aplicar
 Medir e monitorar melhorias.
 Distribuir a responsabilidade de melhoria para todos os empregados, recompensa uma melhoria contínua e 
constante.
 Relacionar melhoria a controle: a melhoria deve ser almejada com as restrições de controle atuais e os problemas 
do processo. O objetivo é eliminar a raiz dos problemas ao invés de lidar com seus efeitos.
Princípios do Lean Construction
Princípio 10
Manter o equilíbrio entre melhorias nos fluxos e nas conversões
Relação entre fluxo e conversão
 Um fluxo melhor requer menos capacidade de conversão e, portanto, menor investimento em equipamentos.
 Um fluxo mais controlado torna a implementação de novas tecnologias para conversão mais fácil.
 Novas tecnologias de conversão geram menor variabilidade, logo beneficia o fluxo.
Princípios do Lean Construction
Princípio 11
Referências de ponta (benchmarking)
Como aplicar
 Conhecer o processo: avaliar os pontos fortes e fracos dos subprocessos.
 Conhecer os líderes da indústria ou competidores: buscar, entender e comparar as melhores práticas.
 Incorporar o melhor: copiar, modificar e incorporar as melhores práticas em seus próprios subprocessos.
 Lição 06 – Principais Desperdícios no Lean
Construction
 Lição 07 – Princípios do Lean Construction
 Lição 08 – Kaizen
 Lição 09 – Passo a Passo para Implantação do 
Lean Construction
Introdução ao Lean Construction
Kaizen
Aplicações
Utilizamos os Kaizens para resolver diferentes tipos de problema. No Kaizen o processo de pensamento segue o 
PDCA, ou seja, planejar-fazer-verificar-agir.
P
DC
A
Kaizen
Tipos de Melhorias
D
E
S
E
M
P
E
N
H
O
TEMPO
Kaizen
Tipos de Melhorias
D
E
S
E
M
P
E
N
H
O
TEMPO
MELHORIA DE RUPTURA
Kaizen
Tipos de Melhorias
D
E
S
E
M
P
E
N
H
O
TEMPO
MELHORIA CONTÍNUA
MELHORIA DE RUPTURA
Kaizen
O processo de melhoria
Q
U
A
L
ID
A
D
E
TEMPO
MELHORIA CONTÍNUA
(INCREMENTAL)
SALTO DE
MELHORIA
FONTE: Costa Neto e Canuto (2010)
Kaizen
Comparativo
INOVAÇÃO
 Eficiência das conversões
 De cima para baixo
 Especialistas
 Intermitente e radical
 Tecnologias externas, novas invenções e teorias
 Alto investimento e baixo esforço de
manutenção
 Foco em tecnologia
MELHORIA CONTÍNUA
 Eficiência nos fluxos
 De baixo para cima
 Todos na empresa
 Contínuo e incremental
 Know-how interno e melhores práticas
 Baixo investimento e grande esforço de
manutenção
 Foco nas pessoas
Kaizen
Tipos de Kaizen
Mas existem três tipos de Kaizen que podemos utilizar: ponto Kaizen, eventos Kaizen e sistema Kaizen. 
Podemos utilizar os eventos e o sistema Kaizen como principais condutores da mudança, mas também 
é importante incentivar funcionários a fazerem pequenas melhorias diárias através do ponto Kaizen.
Método Kaizen Escopo dos problemas Duração Exemplos
Ponto Kaizen / Blitz 
Kaizen
Pequeno Horas/dia
Usar princípios 5S para reorganizar
algum local específico do canteiro de 
obras; resolver o problema do fluxo de 
saída/entrega de equipamentos no 
almoxarifado
Evento Kaizen / 
Semana Kaizen
Médio Uma semana
Melhorar processos repetitivos: 
Reorganizar o processo de recebimento 
e de estocagem dos materiais de 
construção
Sistema Kaizen Grande 2 a 3 semanas
Redesenhar o Projeto do Sistema de 
Produção da Obra
Kaizen
Passo a passo do evento
Dia Objetivos/Metas
Segunda-feira
Realizar eventos de treinamento Lean e Kaizen
Observar o processo atual de perto, colher dados, falar com os funcionários
Terça-feira
Brainstorming, identificar e discutir oportunidades para melhorias
Estabelecer metas de melhoria de desempenho
Quarta-feira
Começar a implementar mudanças no layout ou no processo
Experimentar com mudanças
Quinta-feira
Finalizar o que funciona e padronizar os novos processos
Projetar métodos de gerenciamento para sustentação da mudança
Sexta-feira
Documentar resultados e melhorias, comparar com o plano
Apresentar o evento à administração, celebrar o sucesso, planejar futuras mudanças
Kaizen
Sistema Kaizen
Na abordagem do sistema Kaizen trabalhamos com projetos maiores, que resolve um conjunto de
problemas realizando a transformação do processo de estado atual para um de estado futuro.
Quando Atividades
1 semana antes Desenvolver a LOB do empreendimento em estado atual
1 semana antes Colher dados e Documentar o processo atual, criar o mapa da cadeia de valor
1 semana antes Finalizar o planejamento e o mapeamento do estado atual
Semana do workshop
Reuniões com equipes multidisciplinares: discussão e análise dos problemas, investigação 
das causas e Brainstorming para instigar a busca por melhorias
Semana do workshop
Analisar e definição das melhorias possíveis de serem concretizadas
Criar mudanças no estado atual, desenvolvendo o mapa do estado futuro
Após o workshop Implementá-las, mensurar resultados
Após o workshop Redimensionar ganhos em intervalos previamente definidos
Kaizen
Causa Raiz
A causa-raiz é um aspecto do processo que leva ao erro, precisando-se enxergar alémdos 
sintomas de superfície do problema. 
Para trabalharmos corretamente com a resolução de problemas, devemos seguir 4 passos básicos
que passam pela necessidade da identificação da causa-raiz.
1. Vá ao gemba!
2. Converse com as pessoas que trabalham no processo ou na área em questão.
3. Vá além dos problemas superficiais e encontre a causa-raiz.
4. Melhore o processo e verifique os resultados.
Kaizen
Causa Raiz
Vá ao gemba!
 O Lean ensina que qualquer problema é sempre resolvido com maior eficiência no gemba, em
vez de em salas de reuniões.
 Ir ao gemba nos permite ver com os próprios olhos e conversar com outras pessoas diretamente
envolvidas no processo. Podemos começar preguntando “por quê” na tentativa de descobrir o
que pode ter permitido a ocorrência do problema.
Kaizen
Causa Raiz
Encontre a causa-raiz!
 Um método simples e poderoso para chegarmos nas causas-raiz é o método dos cinco porquês.
Fazemos uma série de perguntas com “por quê?” até conseguirmos uma resposta que possa ser a causa-raiz
passível de correção.
 O importante é ir além da resolução mais corriqueira do problema, que poderia ser de um sintoma
superficial e não de uma causa-raiz.
 O método funciona melhor em um ambiente de grupo, em que pessoas possam construir ideias umas a
partir das outras.
Kaizen
Modelo Decisão de Melhorar
Elaboração da LB e do MFV
Identificar e Enumerar os 
problemas observados
O problema 
está no nível 
estratégico?
O problema 
está no nível 
operacional?
Listar os problemas 
segundo a sua 
classificação e identificar 
sua relação com os 8 
desperdícios da produção 
enxuta
Elaborar MFV atual do 
processo identificado 
Elaborar MFV atual do 
processo identificado 
D
ia
g
n
ó
st
ic
o
 d
o
 n
ív
e
l 
m
a
c
ro
• Elaborar LB do 
planejado
• Elaborar LB e MFV 
do executado
NÃO
SIM
SIM
Estágio 1 – Identificação dos problemas
A
Kaizen
Modelo
A
Busca dos objetivos 
frente aos desperdícios 
identificados
Aplicar os 5 “Por quês?” 
para encontrar a raiz dos 
problemas identificados
Fluxo de Processos Fluxo de Operações
Reunião 
com os 
envolvidos
A raiz do problema se 
enquadra em algum dos 
fluxos apresentados
Processamento
Inspeção
Transporte
Espera
Preparação e 
Ajuste
Operações 
Principais
Fadiga
Higiene Pessoal
Específicas do 
processamento
Específicas do local 
de trabalho
Identificar propósitos de melhoria como: aumentar produtividade, 
reduzir lead time, reduzir custo, eliminar processo etc.
Estágio 2 – Classificação da raiz dos problemas
C
Kaizen
Modelo
A proposta é 
viável 
economicamente?
C
Gerando 
propostas 
de 
melhoria
Abordagem 
criativa
Brainstorming
Abordagem 
científicas
Detalhar
Quantificar
Categorizar
Soluções
A proposta 
resolve a raiz do 
problema?
A proposta 
alinha-se com 
Lean Thinking?
Compreender as soluções e receber 
a aprovação dos envolvidos
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
SIM
SIM
Estágio 3 – Criando propostas para melhoria
D
Kaizen
Modelo
Implementando 
planos de 
melhoria
Elaborar MFV futuro
Elaborar indicadores 
de medição para 
controle
Elaborar plano e 
cronograma de 
implementação
Implementação das 
soluções
Controle das 
melhorias
Busca de novos KAIZENS
Estágio 4 – Implementação
D
voittoonline.com.br
Sem fronteiras para o conhecimento