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1 CÃ-ntia do Nascimento Silva - 603.414.963-08 2 CÃ-ntia do Nascimento Silva - 603.414.963-08 3 Prezado aluno(a), Sou a Professora Poly e irei acompanhá-lo(a) nesse momento de estudo a respeito da temática: Administração em enfermagem com a aula de Planejamento na Enfermagem. Boa aula! www.romulopassos.com.br CÃ-ntia do Nascimento Silva - 603.414.963-08 4 1. METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO NA ENFERMAGEM 1.1 Planejamento Tradicional ou Normativo O planejamento tradicional ou normativo trabalha em uma perspectiva em que o planejamento é definido como mecanismo por meio do qual se obteria o controle dos fatores e das variáveis que interferem no alcance dos objetivos e resultados almejados. Nesse sentido, ele assume um caráter determinista em que o objeto do plano, a realidade é tomada de forma estática, passiva, pois, em tese, tende a se submeter às mudanças planejadas. Ao lado dessas características, outros elementos marcam o planejamento normativo: Há uma ênfase nos procedimentos, nos modelos já estruturados, na estrutura organizacional da instituição, no preenchimento de fichas e formulários, o que reduz o processo de planejamento a um mero formalismo. O planejador é visto como o principal agente de mudança, desconsiderando-se os fatores sociais, políticos, culturais que engendram a ação, o que se traduz numa visão messiânica daquele que planeja. Essa visão do planejador geralmente conduz a certo voluntarismo utópico. Ao mesmo tempo em que, por um lado, há uma secundarização das dimensões social, política, cultural da realidade, por outro lado, prevalece a tendência de se explicar essa realidade e as mudanças que nela acontecem como resultantes, basicamente, da dimensão econômica que a permeia. 1.2 - Planejamento Estratégico O planejamento estratégico, por sua vez, se desenvolveu dentro de uma concepção de administração estratégica que se articula aos modelos e padrões de organização da produção, construídos no contexto das mudanças do mundo do trabalho e da acumulação flexível, a partir da segunda metade do século XX. Essa concepção de administração e de planejamento procura definir a direção a ser seguida por determinada organização, especialmente no que se refere ao âmbito de atuação, às macropolíticas e às políticas funcionais, à filosofia de atuação, aos macro-objetivos e aos objetivos funcionais, sempre com vistas a um maior grau de interação dessa organização com o ambiente. Em síntese, o planejamento estratégico concebe e realiza o planejamento dentro um modelo de decisão unificado e homogeneizador, que pressupõe os seguintes elementos básicos: determinação do propósito organizacional em termos de valores, missão, objetivos, estratégias, metas e ações, com foco em priorizar a alocação de recursos análise sistemática dos pontos fortes e fracos da organização, inclusive com a descrição das condições internas de resposta ao ambiente externo e à forma de modificá-las, com vistas ao fortalecimento dessa organização delimitação dos campos de atuação da organização engajamento de todos os níveis da organização para a consecução dos fins maiores. Na nossa área de saúde, fala-se, e inclusive nas suas provas de concurso, em planejamento estratégico situacional. Veja o seu conceito: CÃ-ntia do Nascimento Silva - 603.414.963-08 5 Planejamento Estratégico Situacional (PES) O chileno Carlos Matus, Ministro da Economia do Governo Allende em 1973, desenvolveu a proposta denominada Planejamento Estratégico Situacional, a partir de sua experiência como administrador público e de consultor do Instituto Latino Americano de Planejamento Econômico e Social (ILPES / CEPAL) Segundo Huertas é “um método e uma teoria de Planejamento Estratégico Público [...] Foi concebido para servir aos dirigentes políticos, no governo ou na oposição. Porque o Planejamento Estratégico Situacional para a Saúde? O Planejamento Estratégico Situacional (PES) constitui uma oportunidade de aprofundamento da discussão da importância e do significado do planejamento para a administração pública. O PES é uma metodologia recente e exclusiva ao setor público, e não uma adaptação. Seus temas são os problemas públicos. É também aplicável a qualquer órgão cujo centro do jogo não seja exclusivamente o mercado, mas o jogo político, econômico e social, OU SEJA, PARA A SAÚDE”. O Planejamento Estratégico Situacional confere a possibilidade de governar com objetivos claros que devem ser acompanhados por meio de um sistema que permita visualizar o detalhamento do plano em programas, projetos e ações coordenadas entre si e coerentemente articulados com os diversos atores. Enquanto o planejamento normativo/tradicional acredita poder controlar a realidade, o Planejamento Estratégico Situacional pretende (por acreditar ser possível) apenas influir na realidade. Dentre os conceitos básicos do PES os cinco fundamentais são detalhados a seguir: Vamos a cada uma deles: a) Triângulo de Governo: Matus utilizou-se da figura do triangulo para explicar importantes fundamentos do PES: Triângulo de Governo Estratégia Situação Ator Social Problema Projeto de Governo, Governabilidade e Capacidade de Governo CÃ-ntia do Nascimento Silva - 603.414.963-08 6 Estes três pontos devem ser vistos numa interrelação dinâmica e a análise do equilíbrio entre os três vértices do triângulo permite avaliar as fragilidades da gestão orientando os ajustes necessários, ou seja, se é preciso trabalhar melhor o plano, se é preciso aumentar a governabilidade ou a capacidade de governo. Portanto, fique atento falou em Triângulo de governo falou em PES b) Estratégia: Matus propõe um modelo de planejamento que funcione na realidade e esta é conflitiva. Na realidade ou na situação existem diversos atores sociais com diferentes visões de mundo, interesses e compromissos. São essas diferenças que provocam conflitos. Existindo conflitos, é necessário pensar estrategicamente para enfrentar os oponentes e alcançar os objetivos propostos. Lembre-se que na visão do PES todas as forças sociais planejam e governam. c) Situação: Como já comentamos, situação é um espaço socialmente produzido onde se inserem diversos atores sociais que interpretam e explicam a realidade e sendo assim a situação é um espaço de conflito. Existem diversas explicações sobre a situação, a nossa explicação é apenas uma delas, por isso é fundamental que no planejamento também sejam consideradas as interpretações da realidade de outros atores sociais. d) Ator Social: Para Matus, um ator social pode ser uma pessoa ou um coletivo de pessoas que atuando em uma determinada situação é capaz de transformá-la. Esquema de Atuação do Ator Social Você já deve ter percebido que para o PES, o planejamento é um processo participativo. O PES possibilita a participação de diferentes setores sociais, diferentes atores sociais poderão explicitar suas demandas, propostas e estratégias de solução. A participação de diversos atores sociais e uso da negociação enriquecem o processo de planejamento criando co-responsabilidades dando mais legitimidade e viabilidadepolítica ao plano. Veja bem, todo esse processo participativo exige coordenação. A equipe de saúde da família (ESF) possui potencial para exercer esse papel. A Equipe de Saúde da Família, no caso do planejamento estratégico em saúde, é um dos atores sociais competentes para exercer essa ação central, não centralizadora, mas aglutinadora, capaz de garantir unidade as diversas ações parciais dos diferentes atores sociais. Portanto, fique atento falou em Ator social ou participação social falou em PES. e) Problema: Matus diz que problema é uma situação insatisfatória acumulada, ou seja, é a discrepância entre uma situação real e a situação ideal ou desejada. Uma situação só se torna problemática se um ator social assim a considerar, ou melhor, se a considerar inaceitável e capaz de ser transformada na direção desejada. Ator Social Situação Situação Transformada CÃ-ntia do Nascimento Silva - 603.414.963-08 7 Ou seja, um problema é problema para alguém, para um determinado ator social. O que é problema para um pode não ser para outro, mas ainda pode ser oportunidade. É o caso desse exemplo: um modelo de atenção à saúde centrado no uso de medicamentos, para nós, profissionais de saúde, pode ser um problema. No entanto, para a indústria farmacêutica pode ser uma oportunidade. Os problemas não são todos do mesmo tipo. Existem problemas mais ou menos complexos e problemas de difícil ou fácil adaptação. A categorização de Matus propõe que os problemas sejam considerados como: problemas estruturados, problemas quase- estruturados, problemas intermediários e problemas finais (ou terminais). Considerando que o planejamento envolve um gasto razoável de energia, devemos priorizar os problemas finalísticos e mais complexos. QUESTÕES COMENTADAS NOBRE AMIGO (A), AGORA VAMOS FOCAR OS ESTUDOS NAS QUESTÕES ABAIXO A FIM DE POTENCIALIZARMOS OS SEUS CONHECIMENTOS! 1. (DPE-RS/FCC/2013) Em relação aos métodos de planejamento, é possível fazer uma distinção entre o planejamento normativo e o planejamento estratégico situacional. Considera-se planejamento a) normativo: é também conhecido como planejamento transversal porque configura em sua estrutura o Triângulo de Governo, representado pelo projeto de governo, a governabilidade e a capacidade de governo. b) estratégico situacional: caracteriza-se por eliminar do planejamento a esfera política e social porque é o planejador quem realiza o diagnóstico de situação e a partir dele elabora um único plano de ação. c) normativo: apesar de atender as diretrizes e princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), é um modelo assistencial e gerencial não prevalente nos serviços de saúde. d) estratégico situacional: é um método que trabalha no processamento de problemas atuais, problemas potenciais (ameaças e oportunidades) e dos macroproblemas. e) estratégico situacional: é também conhecido como planejamento tradicional porque não leva em consideração a historicidade e a dinamicidade dos fenômenos. COMENTÁRIOS: Vejamos cada um dos itens da questão: a) normativo: é também conhecido como planejamento transversal porque configura em sua estrutura o Triângulo de Governo, representado pelo projeto de governo, a governabilidade e a capacidade de governo. INCORRETO. Fique atento falou em Triângulo de governo falou em PES b) estratégico situacional: caracteriza-se por eliminar do planejamento a esfera política e social porque é o planejador quem realiza o diagnóstico de situação e a partir dele elabora um único plano de ação. INCORRETO. Fique atento falou em Ator social ou participação social falou em PES. Não se elimina no PES a esfera política. c) normativo: apesar de atender as diretrizes e princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), é um modelo assistencial e gerencial não prevalente nos serviços de saúde. INCORRETO. O planejamento normativo não CÃ-ntia do Nascimento Silva - 603.414.963-08 8 atende aos princípios e diretrizes do SUS! d) estratégico situacional: é um método que trabalha no processamento de problemas atuais, problemas potenciais (ameaças e oportunidades) e dos macroproblemas. CORRETO. Conforme falamos, esse método atinge também as ameaças e abrange macroproblemas. Fique atento falou em Macroproblemas falou em PES e) estratégico situacional: é também conhecido como planejamento tradicional porque não leva em consideração a historicidade e a dinamicidade dos fenômenos. INCORRETO. O planejamento tradicional é o chamado Normativo. Apostamos que você não errará mais uma questão sobre esse tema! Na próxima pergunta, seguiremos com os Momentos do Planejamento estratégico situacional. Fique atento(a) na sequência. 2. (FUMARC/2014/AL/Enfermeiro) O Planejamento Estratégico Situacional (KURCGANT, 2010) é composto por quatro momentos que se interrelacionam, a saber: a) Momento demissional, momento decisório, momento estratégico e momento tático-operacional. b) Momento explicativo, momento normativo, momento estratégico e momento tático-operacional. c) Momento explicativo, momento narrativo, momento dialético e momento tático-operacional. d) Momento decisório, momento narrativo, momento dialético e momento demissional. COMENTÁRIO: Agora vamos aproveitar para estudar o Planejamento Estratégico Situacional PES). O PES é composto por quatro momentos interrelacionados: Momento explicativo: A realidade é explicada a partir da seleção dos problemas mais relevantes e as principais causas do problema, buscando compreender porque ocorrem e identificando seus “nós críticos”. Fique ligado na palavra chave “NÓS CRÍTICOS”. Momento normativo: Inclui a identificação de soluções para os problemas encontrados e dos recursos disponíveis. Momento Estratégico: Trata da construção de viabilidade para desenvolvimento das ações, através do gerenciamento de conflitos e negociações. Esse momento deve permear todas as etapas de elaboração do plano. Momento Tático Operacional: O gabarito é a letra D. I •Momento explicativo (como explicar a realidade?) II •Momento normativo (como conceber o plano?) III •Momento estratégico (como tornar viável o plano?) IV •Momento tático-operacional (como agir no cotidiano de forma planejada?) CÃ-ntia do Nascimento Silva - 603.414.963-08 9 Consiste na implementação das ações propostas. O plano, nesse momento, deve adequar-se à realidade, considerando diferentes situações que podem ocorrer. A avaliação contínua permite redesenhar o plano sempre que necessário. Vamos repetir abaixo com as palavras chaves para você não esquecer e entender que faz parte de um fluxo: “Ao se analisar o PES, pode-se descrevê-lo como um método de permanente exercício de diálogo e reflexão sobre os problemas que incidem em uma dada realidade, visando prever situações e alternativas, antecipar possibilidades de decisão e preparar estratégias para a obtenção de governabilidade sobre as mesmas” (CIAMPONE e MELLEIRO, 2010; p. 49). Veja também para complementar os Níveis de autoridade relacionados os momentos de planejamento: Níveis Estratégico, Tático e Operacional Na estrutura de uma organização existe certo escalonamento na distribuição da autoridade. Na figura abaixo verifica-se no topo das tomadas de decisões o chamado nível estratégico responsável pelas decisões mais sensíveis. Na estrutura intermediária está o nível tático, responsável pelo delineamento das necessidades administrativas que possibilitam, de um lado, as buscas para o atingimento das estratégias, de outro lado, disponibilizam os recursos necessários para onível operacional funcionar. P ES - M o m en to s In te rr el a ci o n a d o s Explicativo Seleção dos problemas. NÓS CRÍTICOS. Normativo Identificação de soluções. Estratégico Gerenciamento de conflitos para viabilidade das ações. Tático-Operacional Implementação das ações O gabarito é a letra B. CÃ-ntia do Nascimento Silva - 603.414.963-08 10 3. (Banco do Brasil/CESGRANRIO/2014) A delegação de tarefas é uma das principais características de um bom gestor, sendo um exercício de treinamento e de conhecimento. A delegação de tarefas por um enfermeiro à sua equipe deverá ser realizada sob determinadas condições certas e cumprindo determinados critérios. De acordo com os 5 “certos” da delegação, o enfermeiro só NÃO levará em conta a(o) a) pessoa certa b) tarefa certa c) circunstância certa d) supervisão certa e) diagnóstico certo COMENTÁRIOS: Inicialmente vamos trazer um conceito de delegação proposto em documento jurídico sobre o tema. Vejamos o conceito de delegação: Delegação – a transferência, para um indivíduo competente, funcionalmente dependente do enfermeiro, da autoridade para realizar uma determinada tarefa de Enfermagem, escolhida numa situação concreta. O enfermeiro mantém e retém a responsabilidade pela delegação. (de acordo com esta definição, exclui-se considerar a transferência do cuidado para um cuidador informal, convivente significativo, como delegação). A descrição abaixo é do Conselho Jurisdicional e é considerada uma orientação da Ordem dos Enfermeiros sobre esta matéria através do Parecer nº 136/2007. 1. Todas as decisões relacionadas com a delegação são baseadas no princípio de protecção da saúde, segurança e bem estar do público. 2. O enfermeiro, membro efetivo da Ordem, tem a responsabilidade e a obrigação de prestar contas pela prestação e gestão de cuidados que realiza. É seu dever «responsabilizar-se pelas decisões que toma e pelos atos que pratica ou delega», bem como «assegurar a qualidade e a continuidade das atividades que delegar» (Código Deontológico do Enfermeiro, artigo 79, b, e 88, c). 3. Entende-se por delegação a transferência, para um indivíduo competente, da autoridade para realizar uma determinada tarefa de Enfermagem, escolhida numa situação concreta, e por supervisão, a provisão de orientação, avaliação e acompanhamento, pelo enfermeiro, do desempenho da tarefa delegada. 4. “os enfermeiros só podem delegar tarefas em pessoal deles funcionalmente dependente quando este tenha a preparação necessária para as executar, conjugando-se sempre a natureza das tarefas com o grau de dependência do utente em cuidados de Enfermagem.” (art. 10º, Decreto - Lei161/96 de 4 de Setembro). 5. O enfermeiro, que avalia as necessidades do cliente e planeja os cuidados, determina que tarefas podem ser delegadas, sendo responsável pela apropriada delegação, devendo agir no sentido de proteger o cliente e tomar as medidas adequadas para assegurar uma prestação de cuidados segura. 6. Os clientes têm direito a cuidados de saúde em conformidade aos padrões de qualidade de cuidados. Assim, quando uma tarefa de Enfermagem é delegada, a tarefa deve ser desempenhada de acordo com os padrões de qualidade e procedimentos estabelecidos. 7. O enfermeiro é responsável pela avaliação individualizada do cliente e das circunstâncias situacionais e por ajuizar da competência daquele a quem vai delegar, antes de delegar qualquer tarefa. 8. Considera-se uso apropriado da autoridade para delegar o que cumpre o enquadramento regulador e a adequação do processo de tomada de decisão para a delegação, sendo que o processo de cuidados (colheita de dados, diagnóstico de Enfermagem, planeamento e avaliação) e juízo clínico de Enfermagem não podem CÃ-ntia do Nascimento Silva - 603.414.963-08 11 ser delegados – são delegados componentes dos cuidados, isto é, tarefas. 9. A delegação de tarefas em outros é realizada sob determinadas condições e cumprindo determinados critérios. Assim, de forma sintética, o enfermeiro delega a tarefa certa, sob as circunstâncias certas, na pessoa certa, com a comunicação e orientação certa e sob supervisão adequada. 10. Delega-se, de modo apropriado, a prestação de tarefas em pessoal preparado para assistir – e não para substituir – o enfermeiro. 11. O algoritmo de tomada de decisão para delegar considera: a. verificação dos critérios para a delegação, relativos a quem delega, ao que é delegado (natureza da tarefa e a relação com o grau de dependência em cuidados de Enfermagem) e a quem; b. avaliação da situação, considerando as necessidades do cliente, o planejamento de cuidados, as circunstâncias e os recursos disponíveis; c. plano para a tarefa específica a delegar, especificando a natureza da tarefa, a preparação para a realizar adequadamente e as implicações (para o cliente, outros clientes, conviventes significativos); d. quem delega e em quem é delegado aceitam a responsabilidade; e. fornecimento de orientações claras para a realização da tarefa, o que implica um adequado processo de comunicação; f. supervisar, acompanhar e avaliar o desempenho da tarefa: g. assegurar apropriada documentação (registo) da tarefa; h. avaliar o processo global e prover feedback; i. reajustar o plano de cuidados conforme necessário. Voltemos ao tópico 9 que é a pergunta da nossa questão: Assim, de forma sintética, o enfermeiro delega a tarefa certa, sob as circunstâncias certas, na pessoa certa, com a comunicação e orientação certa e sob supervisão adequada. Vamos descrever detalhadamente cada “certo”: Tarefa certa: É aquela que a enfermeira delega para um cliente especifico, como as tarefas que são repetitivas, que exigem pouca supervisão, que são relativamente não invasivas, que tem resultados previsíveis e que tem o mínimo potencial de risco. Circunstâncias certas: Considera adequadamente o setor em que está o cliente, os recursos disponíveis e outros fatores relevantes. Em setores de cuidados intensivos, as condições do cliente muitas vezes mudam rapidamente. Use a boa tomada de decisão clínica para determinar o que delegar. Pessoa certa: Envolve delegar a tarefa para o profissional certo realizar no cliente certo. Direção/comunicação certa: A enfermeira dá uma descrição clara e concisa da tarefa, incluindo seu objetivo, restrições e expectativas. A comunicação entre a enfermeira e o técnico de enfermagem precisa ser contínua durante o turno de cuidado. CÃ-ntia do Nascimento Silva - 603.414.963-08 12 Supervisão/avaliação certa: Proporcionar um acompanhamento certo, uma avaliação certa, uma intervenção conforme a necessidade e feedback. O técnico de enfermagem precisa se sentir confortável para fazer perguntas e procurar ajuda. 4. (EBSERH/IADES/2014) A habilidade de gerenciamento do tempo é uma forma eficaz de gerenciar o estresse causado pelas inúmeras tarefas a serem desenvolvidas pelo enfermeiro. Acerca dos princípios de gerenciamento do tempo, é correto afirmar que o (a) a) estabelecimento de metas, tanto para pacientes quanto para a equipe, deve ser feito somente pela enfermeira supervisora. b) forma como o enfermeiro distribui seu tempo, nas diversas atividades, não é relevante. c) definição de prioridades auxilia o paciente, e não o enfermeiro, nas atividades de vida diária. d) controle de interrupções é uma forma de evitar que atividades assistenciais sejam interrompidas por motivos alheios ao cliente. e) avaliação do tempo gasto em cada atividade não influencia no gerenciamento das atividades. COMENTÁRIOS: Estáquestão está bastante fácil. Vamos comentar cada item para confirmar o gabarito: a) estabelecimento de metas deve ser feito tanto pela enfermeira supervisora quanto pela equipe que presta o cuidado ao paciente. Todos os atores envolvidos no cuidado devem traçar metas individuais e em conjunto metas da equipe. b) a forma como o enfermeiro distribui seu tempo, nas diversas atividades é muito relevante no cuidado final prestado ao paciente. c) a definição de prioridades auxilia o paciente, o enfermeiro, e a equipe nas atividades de vida diária. d) controle de interrupções é uma forma de evitar que atividades assistenciais sejam interrompidas por motivos alheios ao cliente. Vamos descrever o gerenciamento de tempo: São os processos necessários para assegurar que o projeto termine dentro do prazo previsto. Ele é composto pela definição das atividades, sequenciamento das atividades, estimativa da duração das atividades, desenvolvimento do cronograma e controle do cronograma. O sequenciamento das atividades está relacionado ao controle de interrupções mencionado na questão. e) ao contrário do descrito no item, a avaliação do tempo gasto em cada atividade influencia diretamente no gerenciamento das atividades. Bons Estudos! Profª Poly Prof. Rômulo Portanto, o gabarito é a letra E. O gabarito é a letra D. CÃ-ntia do Nascimento Silva - 603.414.963-08