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Caderno de DIREITO DO CONSUMIDOR - 2º BIM

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CONSUMIDOR P2
PRÁTICAS COMERCIAIS 
Liberdade econômica livre concorrência Art. 29 e ss.
- OFERTA- é uma fase pré-contratual com poder de vincular o fornecedor ao seu cumprimento
Oferta - é um veículo, que transmite uma mensagem, que inclui informação e publicidade. O fornecedor é o emissor da mensagem e o consumidor é seu recepto. 
- PUBLICIDADE (referência propaganda – o CDC não faz distinção)
- PROPAGANDA - tem o caráter: filosófico, ideológico e partidário, já a publicidade tem caráter comercial.
Sanções 
Penais
Administrativas
Civis
PRINCÍPIOS INFORMATIVOS – art. 30
Veracidade: diz respeito à adequação, entre aquilo que se afirma sobre o produto ou serviço e aquilo que ele realmente é.
Transparência: possibilitar que a relação contratual firmada entre o fornecedor e o consumidor seja sincera e menos danosa. Transparência implica em informação escorreita e clara sobre o produto ou serviço, sobre o contrato a ser celebrado, ou seja, lealdade e respeito nas relações estabelecidas entre fornecedor e consumidor, mesmo na fase pré-contratual.
 	Entende-se por boa oferta aquela que consegue ser sucinta e não deixar nenhuma dúvida na informação.
- Falta no Brasil uma regulamentação específica contra as praticas abusivas na publicidade, sem que ofenda a liberdade de expressão.
Conar - Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária
Não é um código
São meras regras de recomendações
Código ético de conduta para os profissionais da publicidade
Começa a falar de algumas praticas abusivas
Ex: existe um projeto de lei que visa restringir publicidade de alimentos para crianças, como é o caso da coca-cola que tinha a imagem do papai Noel no rótulo, o que induzia muitas crianças.
REGIME JURIDICO VINCULANTE DA OFERTA. 
Art. 30- Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
Art 35, I - Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
        I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;
Não há como o fornecedor fugir de sua responsabilidade jogando a culpa em 3º, como exemplo a empresa que fez os panfletos.
Publicidade que induz ao consumidor ao consumo de tabaco, bebidas alcoólicas, medicamentos, são regulamentadas e fiscalizadas de forma especial.
PUBLICIDADE ENGANOSA
Publicidade tem um caráter comercial, negocial. Publicidade seria a arte de despertar no público o desejo da compra, levando-o à ação
 - enganosa tanto por falsa publicidade quanto por omissão de informações importantes.
- mensagens subliminares que induzem o consumidor em erro.
- merchanding – deve ter informação prévia de que haverá aquela publicidade. Ex. novela aparecem os atores fazendo uso de determinados produtos ou serviços, ora novela não é meio de publicidade, por isso deve ser informada previamente que haverá a publicidade.
Enganosa diferente de Abusiva
Enganosa –art. 37,§1º: é aquela que, através da sua veiculação, pode induzir o consumidor em erro. Comissivo ou omissivo.
Abusiva – art. 37,§2º: é considerada como tal a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeite valores ambientais ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
PRINCÍPIOS
VERACIDADE - talvez seja este o princípio basilar que rege a publicidade, ou seja, as mensagens publicitárias devem ser verdadeiras, corretas, em respeito aos princípios da boa-fé objetiva e da vulnerabilidade do consumidor. Por conseguinte, o CDC veda a publicidade enganosa, aquela em que a mensagem conduz o consumidor em erro por afirmar falsidades (enganosidade por comissão) ou aquela em que se ocultam informações essenciais sobre o objeto do anúncio (enganosidade por omissão27). Explica João Batista de Almeida28: "A publicidade enganosa vicia a vontade do consumidor, que, iludido, acaba adquirindo produto ou serviço em desconformidade com o pretendido. A falsidade está diretamente ligada ao erro, numa relação de causalidade." Com relação à enganosidade por omissão, é de se ressaltar que para sua caracterização o dado omitido tem que ser essencial, ou seja, ser indispensável para a concretização do negócio jurídico, ser desconhecido do consumidor.
NÃO ABUSIVIDADE- trata-se da proibição à infração de normas de ordem pública. A publicidade abusiva é aquela que incita a violência, a discriminação, a exploração do medo, que corrompa a integridade infantil ou os valores ambientais, ou que ameace a saúde e a segurança. Anota João Batista de Almeida34: "Não chega a ser mentirosa, mas é distorcida, desvirtuada dos padrões de publicidade escorreita e violadora de valores éticos que a sociedade deve preservar. Além disso, deturpa a vontade do consumidor, que pode, inclusive, ser induzido a comportamento prejudicial ou perigoso à sua saúde e segurança." A publicidade abusiva pode ser ao mesmo tempo enganosa, se induzir o consumidor a adquirir produto/serviço que não corresponda ao anunciado
INVERSÃO DO ONUS DA PROVA- art. 38.
CORREÇÃO DO DESVIO PUBLICITÁRIO - trata-se de uma penalidade imposta ao fornecedor, após processo administrativo com observância das garantias do contraditório e da ampla defesa, objetivando desmentir ou anular mensagem enganosa. Será veiculada contrapropaganda, às custas do infrator, nos mesmos veículos de comunicação e horário em que difundida a mensagem publicitária enganosa ou abusiva. A contrapropaganda nada mais é do que reflexo do mandamento constitucional de que o Estado promova a defesa do consumidor (art. 5º, XXXII), particularmente a tutela dos interesses dos hipossuficientes, no que concerne à comunicação publicitária nociva ou falsa, que cause ou possa causar danos aos destinatários
LIBERDADE - a liberdade da publicidade decorre da liberdade da iniciativa econômica, dado o caráter inequívoco do lucro pretendido pelos fornecedores através do incremento de suas vendas favorecido pela publicidade do produto/serviço;
LEALDADE - dirige-se à licitude da publicidade comparativa, a qual só tem sentido na medida em que seja objetiva e tenha como finalidade o esclarecimento do consumidor.15 Antônio Herman V. Benjamin16 descarta esse princípio como sendo norteador do sistema nacional acerca da publicidade, pelo fato de ele estar ligado à concorrência entre os fornecedores anunciantes;
PRÁTICAS COMERCIAIS ABUSIVAS:
Pré-contratuais
Contratuais
Pós- contratuais
Art. 39 – rol exemplificativo -
Art. 42 – cobrança de dividas
Parágrafo único – repetição do indébito em dobro (cobrança indevida)
Sumula 159 STF – boa-fé do fornecedor impede a repetição em dobro.
Cobrança Excessiva - Boa Fé - Sanções
 Cobrança excessiva, mas de boa fé, não dá lugar às sanções do Art. 1.531 do Código Civil.
-CDC – engano justificável danos punitivos = sanção civil.
- em relação a oferta e publicidade
- contratual: abusos no contrato, cláusulas abusivas.
- fase pós contratual ainda é possível o fornecedor cometer abusividades
COBRANÇA DE DIVIDAS
-normalmente administradoras de cartão de credito fazem esse tipo de cobrança
- faz-se uso do CDC mesmo que o crédito seja sub-rogado, com o credito vai o direito.
- a cobrança só pode ser realizada em horário comercial das 8 as 18.
- a ligação no local de trabalho não é legal e causa constrangimento.
- para a admissão não se pode exigir nome limpo na praça nem exame de gravidez, ou ainda que prove não ter filho.
- circulação de e-mail no meio institucional fazendo a cobrança.
- interpretações do art. 42
	> caráter de sanção civil
	> quer pagando a divida quernão, objetivo de desestimular tal prática.
	> existência de má fé do fornecedor.
BANCOS DE DADOS E CADASTRO DE CONSUMIDORES
ART. 43 - O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.
        § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a cinco anos.
        § 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não solicitada por ele.
        § 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas.
        § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público.
        § 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores.
DADOS DE CONSUMO OU DE CREDITO DO CONSUMIDOR
CONTROLE
ARMAZENAMENTO
TRANSFERENCIA
Responsabilidade
 - civil solidária
- banco de dados e fornecedores (apontantes)
*prazo de 5 anos no máximo
- repetição do indébito só se houver cobrança indevida
- sanção civil pela cobrança reiterada.
- banco de dados de proteção ao crédito 
- a CF dá cobertura para que haja proteção da própria economia (art. 170)
- eles são alimentados pelos próprios fornecedores, os mesmos que negativam.
- Banco de dados pessoa jurídica de direito privado com caráter de publico.
- fornecedor é associado ou credenciado
- a CF prevê que a dignidade humana deve ser protegida – o desdobramento é a honra e a privacidade que não devem ser quebrados por banco de dados.
- o cadastro é sigiloso, as informações ali contidas só devem ser de conhecimento do consumidor e fornecedor.
 - cadastros on-line muitas vezes já tem o preenchimento automático e a opção de divulgação dos dados.
- ao ferir a dignidade humana gera o dever de indenizar.
- para que seja feita a baixa dos valores no mínimo o consumidor deve demonstrar que a cobrança é indevida.
- responsabilidade solidária entre quem o fornecedor e banco de dados.
- se passar o prazo de 5 anos e o nome continuar restrito o consumidor tem direito a indenização.
Art. 44 Os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão cadastros atualizados de reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços, devendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indicará se a reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor.
CONTRATOS DE CONSUMO
Art. 54 - Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. 
È a espécie de contrato mais comum pois padroniza as relações jurídicas de massa.
-Princípios – ART.46
-Transparência
-Boa fé 
Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.
- Conservação do contrato – art. 51,§2º.
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
- Interpretação das cláusulas mais favorável ao consumidor 
Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
- Direito de arrependimento
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
 Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.
-Cláusulas abusivas - rol exemplificativo do art. 51
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: 
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