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respostas prof paulo cap 3 e 4 Skinner

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Um tipo de relação entre o comportamento e a estimulação é chamado reflexo. Tão logo se cunhou a palavra, ela foi entendida como referindo-se à anatomia e à fisiologia subjacentes, mas estas são ainda mal conhecidas. No momento, um reflexo tem apenas força descritiva; não é uma explicação. Dizer que um bebé respira ou mama porque possui reflexos apropriados é simplesmente dizer que respira ou mama presumivelmente porque evoluiu de maneira a poder fazê-lo. A corte, o acasalamento, a construção de ninhos e os cuidados com as crias são coisas que os organismos fazem e, mais uma vez, presume-se que fazem por causa da maneira por que evoluíram.
 Comportamento desse tipo é em geral chamado de instintivo, em vez de reflexivo, e o etologista fala do meio como "liberando" o comportamento, uma ação menos coercitiva do que a de suscitar uma resposta reflexa. Liberado ou instintivo, o comportamento é também mais flexível do que reflexivo no adaptar-se a características adventícias do ambiente. O comportamento instintivo apresenta, para o fisiólogo, uma atribuição mais complexa do que o reflexo e, no momento, dispomos de poucos fatos relevantes, pelo que só nos resta especular acerca dos tipos de sistemas que podem estar envolvidos. 
O reflexo tem sido descrito dizendo-se que "os estímulos iniciam um estado de tensão que procura descarga capaz de proporcionar relaxamento". Os instintos como forças propulsoras. Engano mais sério se faz ao converter o instinto numa força. 
Inato, para Skinner é tudo o que relaciona-se com atividade fisiológicas, como mamar, respirar, ingerir comida....
2 - Ao tratar do condicionamento respondente, Skinner enfatiza que é o ambiente que associa os estímulos, e não a pessoa. Explique porque essa diferenciação é importante no contexto da definição de condicionamento respondente.
As contingências de sobrevivência não podem produzir comportamento útil se o meio mudar substancialmente a cada geração, mas certos mecanismos evoluíram por meio dos quais o individuo adquire comportamento apropriado a um novo ambiente durante seu tempo de vida. O reflexo condicionado é um exemplo relativamente simples. Certos reflexos cardíacos suportam um grande esforço, como por exemplo fugir ou lutar com um predador; e há provavelmente uma vantagem se o coração responder antes que a fuga ou a luta comece; a aparência dos predadores varia, porém, e é só por via do condicionamento respondente que uma determinada aparência pode suscitar o comportamento cardíaco apropriado antes da fuga ou da luta.
3 - Qual a distinção entre condicionamento respondente e operante?
A distinção comum entre comportamento operante e comportamento reflexo é a de que um é voluntário e o outro involuntário. O comportamento operante é encarado como estando sob controle da pessoa que age e tem sido tradicionalmente atribuído a um ato de vontade.
4 - O que Skinner entente como sendo a mescla entre contingências de sobrevivência e de seleção? (explique com exemplos apresentados pelo autor, como imprintação, imitação, comportamento agressivo, etc)
Existem certas semelhanças notáveis entre as contingências de sobrevivência e as de reforço. Ambas exemplificam, como já observei, um tipo de causalidade que foi descoberto muito tarde na história do pensamento humano. Ambas dão conta do propósito colocando-o após o fato e ambas são pertinentes à questão de um in tento criativo.
5 - Segundo a concepção skinneriana, que tipo de fenômeno seria a mente?
O behavioista tem uma resposta simples. O que evoluiu foi um organismo, parte de cujo comportamento foi conjecturalmente explicada pela invenção do conceito de mente.
Capitulo 4
1 - Qual o papel comportamental desempenhado pelas sensações de reforços? Explique.
O fato de o condicionamento operante, como todos os processos fisiológicos, ser um produto da seleção natural, lança luz sobre a questão de quais tipos de consequências são de reforço e por quê. Diz-se comumente que uma coisa é reforçadora porque aparece boa ao tato, ao olhar, ao ouvido, ao olfato é ao gosto, mas, do ponto de vista da teoria da evolução, uma suscetibilidade ao reforço deve-se ao seu valor de sobrevivência e não a qualquer sensação que lhe esteja associada. A questão pode ser comprovada por reforçadores que desempenham um papel no condicionamento de reflexos. A salivação é sus43 citada por certos estímulos químicos na língua (assim como outras secreções são suscitadas por outros estímulos em estágios posteriores da digestão) porque o efeito tem contribuído para a sobrevivência da espécie.
2 - Qual a interpretação skinneriana de Carências, desejos e anseios? (em termos de sua teoria)
Alguns termos mentalistas referem-se a condições que afetam tanto a suscetibilidade ao reforço como o vigor do comportamento já reforçado. Usamos "carência" (Want) para descrever uma falta: um homem faminto carece de comer no sentido simples de que a comida lhe falta.
Desejar, anelar, esperar e ansiar por algo ou por alguém relacionam-se mais de perto com uma ausência atual de comportamento apropriado porque terminam quando a ação começa.
Uma pessoa pode empregar a expressão para designar o desejo de agir ( " Quem me dera eu pudesse ir " ) ou das consequências do ato ("Quem me dera eu estivesse lá").
 3 - Skinner fala sobre dois usos da palavra "vontade". Segundo ele, qual deles seria adequado, e por quê?
Assim como "ideia", "vontade" é usado quase como sinônimo de comportamento ou pelo menos de probabilidade dele. Boa vontade é uma presteza ou uma probabilidade. Uma autoridade no campo da saúde disse que a coisa importante para se manter um regime de exercícios ou de dieta é a força de vontade; tudo o que ela queria dizer era que o mais importante é a pessoa continuar a exercitar-se a fazer dieta. A " vontade de poder " de um líder sugere comportamento reforçado por acréscimos de poder económico, governamental ou religioso. A afirmação de que " algumas pessoas não querem porque têm medo " parece referir-se apenas ao fato de elas não agirem porque têm medo. O enunciado biográfico de que " a jovem por quem ele estava apaixonado [à qual ele nunca tinha encontrado] era uma agente destruidora que lhe paralisava a vontade" presumivelmente significa que ela paralisava algumas partes do comportamento dele. Uma função muito diferente da vontade decorre de sua aparente espontaneidade e mistério, as quais sugerem que se poderão produzir consequências sem ação física. "Foi com a magia de sua própria vontade que Brama criou tudo que existe." É por um ato de vontade que se supõe uma pessoa seja capaz de influenciar a queda de um dado na psicocinese.
4 - Como Skinner propõe interpretar cientificamente as noções de propósito e de intenção?
Possivelmente, a acusação mais amiúde feita ao behaviorismo ou a uma ciência do comportamento é a de não ser capaz de haver-se com o propósito ou intenção. Uma fórmula estímulo x resposta não comporta resposta, mas o comportamento operante é o próprio campo do propósito e da intenção. Por sua natureza, ele está voltado para o futuro: uma pessoa age para que algo venha a ocorrer e a ordem é temporal. A palavra inglesa purpose era outrora comumente usada como verbo, no atual sentido de "propor-se". "Eu me proponho a 50 ir" é semelhante a "Tenho a intenção de ir". Se, em vez disso, falarmos de nosso propósito ou intenção de ir, é fácil supor que os substantivos se referem a coisas.
Uma boa dose de incompreensão surgiu do fato de as primeiras representações do propósito terem sido espaciais. Usar meta por propósito ("Qual é sua meta na vida?") é identificá-lo com um ponto terminal. Mas não faz sentido, por exemplo, dizer que a meta - quanto mais o propósito - da vida é a morte, ainda que o término definitivo seja a morte.
Uma distinção válida subjaz ao enunciado "Os motivos e os propósitos estão na mente e no coração do homem, ao passo que as 51 consequências estão no mundo dos fatos ". Ponha-se de parte o fisiologismo gratuito e chega-se ao ponto principal, qual seja os motivos e os propósitosestarem nas pessoas, enquanto as contingências de reforço estão no ambiente; todavia, motivos e propósitos são, na melhor das hipóteses, efeitos dos reforços. A mudança produzida pelo reforço é frequentemente considerada como " a aquisição do propósito ou da intenção" e diz-se que "damos um propósito a uma pessoa " reforçando-a de determinada maneira. Estas são expressões convenientes, mas o fato básico é que quando uma pessoa " está consciente de seu propósito ", sente ou observa introspectivamente uma condição produzida por reforço.
5 - O que Skinner entende como "esquema de reforço" e qual a sua relação com o sentimento?
Quando certo ato é quase sempre reforçado, diz-se que uma pessoa tem uma sensação de confiança. Um jogador de ténis informa que pratica uma jogada particular " até sentir-se confiante"; o fato básico é que a pratica até certa proporção de suas jogadas serem bem-sucedidas. O reforço frequente também suscita fé. Uma pessoa se sente segura ou certa de que será bem-sucedida. Experimenta uma sensação de domínio, de poder ou de potência. Costuma-se dizer que a criança adquire um senso de onipotência infantil. O reforço frequente também origina e mantém o interesse por aquilo que a pessoa está fazendo. Em tudo isto, o comportamento é erroneamente atribuído aos sentimentos e não às contingências responsáveis por aquilo que se sente.
6 - Segundo Skinner, qual o efeito da punição e de estímulos aversivos (está como "adversativos" na tradução) sobre o comportamento?
Os estímulos adversativos, os quais produzem uma série de condições corporais sentidas ou introspectivamente observadas, são os estímulos que funcionam como reforçadores quando reduzidos ou eliminados. Têm diferentes efeitos quando relacionados de outras formas com o comportamento. No condicionamento respondente, se um estímulo anteriormente neutro, como uma campainha, for frequentemente seguido, após um intervalo, de um estímulo nocivo, tal como um choque elétrico, a campainha acaba por suscitar reações, principalmente no sistema nervoso autónomo, que são sentidas como ansiedade. A campainha tornou-se um estímulo adversativo condicionado, o qual pode então produzir o efeito de modificar a probabilidade de qualquer comportamento positivamente reforçado que esteja em andamento. Assim, uma pessoa empenhada numa conversa animada pode começar a falar com menos vigor ou de forma mais errática, ou pode até parar de falar à aproximação de alguém que a tenha tratado adversativamente. Por outro lado, seu comportamento negativamente reforçado pode ser fortalecido, e ela agir de forma mais compulsiva ou agressiva ou tentar ir-se embora.
 Seu comportamento não se altera porque ela se sente ansiosa; altera-se por causa das contingências adversativas que geram a condição sentida como ansiedade. A mudança de sentimento e a de comportamento têm uma causa comum. A punição é facilmente confundida com o reforço negativo, algumas vezes chamado " controle adversativo". Os mesmos estímulos são usados e o reforço negativo pode ser definido como a punição por não agir; a punição visa a remover um comportamento de um repertório, ao passo que o reforço negativo gera comportamento.
Aquilo que uma pessoa sente quando está numa situação em que foi punida ou quando se empenha num comportamento que foi previamente punido é coisa que depende do tipo de punição, o qual, por sua vez, depende frequentemente do agente ou instituição punitiva. Se foi punida por seus iguais, diz-se que ela se sente envergonhada; se foi punida por uma instituição religiosa, diz-se que se sente pecadora; se foi punida por um órgão do governo, diz-se que se sente culpada. Se age no sentido de evitar outra punição, pode moderar a condição sentida como vergonha, pecado ou culpa, mas não age por causa de seus sentimentos ou porque estes se tenham então modificado; age em virtude das contingências punitivas às quais foi exposta.
7 - Ao criticar o estruturalismo, Skinner faz uma analogia com a teoria da evolução. Explique a sua analogia.
Comparada com a análise experimental do comportamento, a Psicologia do desenvolvimento acha-se em situação comparável à da teoria da evolução antes de Darwin. No começo do século XIX, já era bem conhecido o fato de as espécies terem sofrido mudanças progressivas no sentido de formas mais adaptáveis. Estavam-se desenvolvendo ou amadurecendo e uma melhor adaptação ao meio ambiente sugeria uma espécie de propósito. Não se tratava de saber se ocorriam ou não mudanças evolutivas, e sim o porquê delas. Tanto Lamarck quanto Buffon recorriam ao propósito supostamente mostrado pelo indivíduo ao adaptar-se ao seu ambiente - propósito que, de alguma forma, se transmitia às espécies. Coube a Darwin descobrir a ação seletiva do ambiente, assim como cabe a nós completar o desenvolvimentismo da ciência do comportamento com uma análise da ação seletiva do meio.