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Aula 06 Gestão de Pessoas p/ TREs - Analista Judiciário - Área Administrativa Professores: Rodrigo Rennó, Tulio Gomes Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 70 Aula 6: Gestão do Conhecimento ± Educação, Treinamento e Desenvolvimento. Olá pessoal, tudo bem? Na aula de hoje iremos cobrir os seguintes itens do curso: ¾ Educação, Treinamento e Desenvolvimento. Organizacional. Levantamento de necessidades. Planejamento, execução e avaliação de treinamento. Gestão do Conhecimento. Espero que gostem da aula! Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 70 Sumário Gestão da Informação e do Conhecimento ....................................................... 3 Conceitos de Dados, Informação e Conhecimento. ........................................... 3 Gestão do Conhecimento ....................................................................... 5 Conhecimento Tácito e Explícito. ............................................................ 11 Aprendizagem Organizacional ............................................................... 14 Espiral do Conhecimento de Nonaka e Takeuchi ........................................... 19 Desenvolvimento e capacitação de pessoal - Treinamento e Desenvolvimento .............. 24 Treinamento ................................................................................... 25 Diagnóstico - Levantamento de necessidades. ............................................ 27 Programação. ............................................................................... 28 Execução do Treinamento - Métodos de Treinamento ................................... 29 Avaliação ................................................................................... 30 Desenvolvimento de Pessoas ................................................................. 34 Treinamento e Desenvolvimento no Setor Público ......................................... 35 Educação corporativa. ........................................................................... 39 Planejamento, desenvolvimento e objetivos do ensino ..................................... 42 Avaliação ...................................................................................... 43 Pedagogia, Andragogia e Heutagogia ..................................................... 46 Educação à distância. ......................................................................... 48 Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 56 Gabarito .......................................................................................... 68 Bibliografia ...................................................................................... 68 Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 70 Gestão da Informação e do Conhecimento Conceitos de Dados, Informação e Conhecimento. Para que possamos entender o que é gestão do conhecimento, necessitamos compreender os conceitos de dado, informação é conhecimento. Um dado pode ser descrito como a matéria prima da informação1. É a informação bruta ± sem significado, sem um contexto. Já a informação são estes dados trabalhados, de modo que tenham um significado. Desta forma, estas informações adquirem uma relevância muito maior. De acordo com Davenport e Prusak2: ³R� conhecimento é decorrente da informação, que, por sua vez, deriva de conjunto de dados. Os dados são séries de fatos ou eventos isolados. São registros sem significado inerente, que se transformam em informações ao adquirirem significado. As informações são dados que, percebidos pelo indivíduo, têm relevância, propósito e causam impacto em seu julgamento ou comportamento. O conhecimento pode ser visto como conjunto de informações reconhecidas e integradas pela pessoa dentro de um esquema pré- H[LVWHQWH�´ Desta forma, apenas os dados não nos servem de muita coisa. Imagine que eu lhe forneça um número: 26-05. Isto, por si só, não lhe ³GL]´�PXLWR��QmR�p�YHUGDGH" (QWUHWDQWR�� VH� DJUHJDUPRV� RXWURV� GDGRV� H� ³WUDEDOKDUPRV´ estes dados, eles adquirirão um significado. Por exemplo: no dia 26-05 sairá um edital do novo concurso do Senado Federal. Isto já não é somente um dado isolado, não é mesmo? Se tornou uma informação (hipotética, pois não é verdadeira!) que pode ser utilizada por qualquer pessoa. Assim sendo, estas informações podem ser anexadas e inseridas em um contexto, que se tornará conhecimento através da intervenção das pessoas, que utilizarão estas informações em seu contexto. Desta forma, podemos ver abaixo um gráfico que simboliza esta relação entre os dados, as informações e o conhecimento: 1 (Santos, 2001) 2 (Davenport e Prusak, 1998) apud (Carbone, Bradão, Leite, & Vilhena, 2009) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 70 Figura 1 - Dados, informação e conhecimento De acordo com Santos3, o conhecimento deriva da informação assim como esta, dos dados. O conhecimento não é puro nem simples, mas é uma mistura de elementos; é fluido e formalmente estruturado; é intuitivo e, portanto, difícil de ser colocado em palavras ou de ser plenamente entendido em termos lógicos. Portanto, o conhecimento existe em cada um de nós, dentro das pessoas. Assim, ele é bastante complexo. De acordo com Nonaka e Takeuchi4, ³o conhecimento, diferentemente da informação, refere-se a crenças e compromisso´� Para os autores5: ³Primeiro, o conhecimento, ao contrário da informação, diz respeito a crenças e compromissos. O conhecimento é uma função de uma atitude, perspectiva ou intenção específica. Segundo, o conhecimento, ao contrário da informação, está relacionado à ação. É sempre o conhecimento com algum fim. E terceiro, o conhecimento, como a informação, diz respeito ao significado. É específico ao coQWH[WR�H�UHODFLRQDO�´� Portanto, os valores individuais e as crenças irão integrar o conhecimento, pois irão afetar o modo como os indivíduos irão captar, analisar e tirar conclusões das informações que receberem. É muito comum que pessoas diferentes reajam de maneira distinta à mesma informação, não é mesmo? 3 (Santos, 2001) 4 (Nonaka e Takeuchi) apud (Santos, 2001) 5 (Nonaka e Takeuchi,1997) apud (Alves, Oliveira, & Quandt) Dados Informação Conhecimento Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 70 Isto ocorre, pois temos valores e crenças diferenciados. Estas diferenças nos fazem interpretar estes dados de maneira diferente, e por consequência agir diferente. Gestão do Conhecimento A gestão do conhecimento é um processo que se inicia na identificação dos conhecimentos estratégicos de uma organização. Desta forma, inclui também as diversas formas de criação do conhecimento dentro da empresa, bem comoa evolução e a renovação dos conhecimentos existentes, de maneira que se mantenham válidos e relevantes. Finalmente, o processo se fecha na devida aplicação destes conhecimentos nas situações práticas da vida organizacional. De acordo com Quandt6: ³A gestão do conhecimento nas organizações pode ser entendida como um processo que se inicia na identificação dos objetivos estratégicos organizacionais e segue pelas práticas gerenciais utilizadas para a identificação, desenvolvimento, captura e disseminação do conhecimento útil. Esse processo de gestão visa aperfeiçoar o desempenho da organização por meio da aplicação de conceitos, procedimentos e ferramentas de tecnologia de informação para apoiar práticas coletivas de criação e compartilhamento do conhecimento da empresa´ A importância da gestão do conhecimento foi ressaltada por Drucker7, que afirmou que estávamos entrando em uma nova era: a Sociedade do Conhecimento. Esta sociedade estaria, portanto, substituindo a sociedade industrial. De acordo com o autor, ³KRMH�R� UHFXUVR realmente controlador, o fator de produção absolutamente decisivo, não é o capital, a terra ou a mão-de-REUD��e�R�FRQKHFLPHQWR´�� Da mesma maneira, Castells8 também analisou esta nova sociedade baseada no conhecimento. Para ele, as mudanças tecnológicas estão mudando a base material da sociedade e reestruturando o sistema capitalista desde o final do século passado. Para o autor: 6 (Quandt, 2001) apud (Alves, Oliveira, & Quandt) 7 (Drucker, 1993) apud (Coelho, 2004) 8 (Castells, 1999) apud (Coelho, 2004) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 70 ³QR�QRYR�PRGR�LQIRUPDFLRQDO�GH desenvolvimento, a fonte de produtividade acha-se na tecnologia de geração de conhecimentos, de processamento de informações e de comunicação de símbolos. Contudo, o que é específico ao modo informacional de desenvolvimento é a ação de conhecimentos sobre os próprios conhecimentos como SULQFLSDO�IRQWH�GH�SURGXWLYLGDGH´ Desta forma, a gestão do conhecimento busca facilitar o processo de geração e distribuição do conhecimento dentro de uma organização. Assim sendo, o objetivo é que o conhecimento seja acessado e utilizado por todos os funcionários em suas atividades diárias, de modo a aumentar o desempenho das pessoas e das organizações como um todo. De acordo com Terra9: ³a gestão do conhecimento pode ser considerada o esforço para melhorar o desempenho humano e organizacional, por meio da facilitação de conexões VLJQLILFDWLYDV´ Vamos agora analisar algumas questões deste tema? 1 - (FGV ± SEFAZ/RJ ± AUDITOR ± 2007) Sobre dados, informações e conhecimento, é errado afirmar que: (A) dados são descrições elementares que são registradas, classificadas e armazenadas, mas não são organizadas para carregar significados específicos. (B) um banco de dados consiste em itens de dados armazenados, organizados para a recuperação. (C) itens de dados podem ser formados por caracteres, números, sons ou imagens. (D) informação são dados organizados de modo que tenham significado e valor para quem os receber. (E) conhecimento e informação são sinônimos, pois quem tem informação tem conhecimento. Questão aparentemente tranquila. Um dado é a matéria prima da informação10. Quando trabalhamos os dados, eles viram informação. Ou seja, a informação são os dados trabalhados, dando-lhes um significado e 9 (Terra, 2001) apud (Coelho, 2004) 10 (Santos, 2001) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 70 um contexto. Já a informação são estes dados trabalhados, de modo que tenham um significado. Desta forma, apenas os dados não nos servem de muita coisa. ,PDJLQH�TXH�HX�OKH�IRUQHoD�XP�Q~PHUR�������,VWR��SRU�VL�Vy��QmR�OKH�³GL]´� muito, não é verdade? (QWUHWDQWR�� VH� DJUHJDUPRV� RXWURV� GDGRV� H� ³WUDEDOKDUPRV´ estes dados, eles adquirirão um significado. Por exemplo: a prova que você fará exige um aproveitamento de no um mínimo de 50% para a aprovação. Isso já não é somente um dado isolado, não é verdade? Agora se tornou uma informação que pode ser utilizada por qualquer pessoa. Voltando à nossa questão, fica claro que a letra E não faz sentido. Conhecimento não é o mesmo que informação. Portanto, não são sinônimos. O gabarito é mesmo a letra E. 2 ± (CESPE ± SERPRO ± ANALISTA ± 2013) A gestão do conhecimento e a gestão por competência são ferramentas do mesmo construto organizacional, segundo o qual, as organizações modernas devem ser competitivas e estratégicas. A gestão do conhecimento é muito mais abrangente do que a gestão por competências. Deste modo, a gestão por competências seria relacionada com a gestão de desempenho, dentre outros temas relacionados com a gestão de pessoas. Deste modo, o gabarito é questão errada. 3 - (ESAF ± MPOG / APO ± 2008) Embora não seja uma abordagem QRYD��D�³JHVWmR�GR�FRQKHFLPHQWR´ ainda provoca, ao mesmo tempo, XP�LQWHQVR�GHEDWH�VREUH�R�VHX�VLJQL¿FDGR��H�SRXFR�HFR�QR�kPELWR� das organizações públicas brasileiras. Os conceitos abaixo apresentados são centrais à compreensão desse novo modelo de gestão. Examine os enunciados e indique a resposta correta. 1. Dados são um conjunto de fatos distintos e objetivos, relativos a eventos e que, em um contexto organizacional, são utilitariamente descritos como registros estruturados de transações, mas nada dizem sobre a própria importância ou relevância. 2. Informações são dados interpretados, dotados de relevância e SURSyVLWR�� SRUWDQWR�� VLJQL¿FDGR�� � RX� VHMD�� D� LQIRUPDomR� YLVD� D� modelar a pessoa que a recebe no sentido de fazer alguma diferença em sua perspectiva ou insight. 3. O conhecimento, ao contrário da informação, diz respeito a crenças, compromissos e ação. O conhecimento é função de uma DWLWXGH�� SHUVSHFWLYD� RX� LQWHQomR�� p� HVSHFt¿FR� DR� FRQWH[WR� H� p� relacional. Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 70 4. A gestão do conhecimento está intrinsecamente associada à gestão da informação, que, por sua vez, refere-se às ferramentas, metodologias e técnicas utilizadas para a coleta, o armazenamento, R�SURFHVVDPHQWR��D�FODVVL¿FDomR�H�D�XWLOL]DomR�GH�GDGRV� a) Todos os enunciados estão corretos. b) Somente o enunciado 3 está incorreto. c) Os enunciados 2 e 3 estão incorretos. d) Somente o enunciado 4 está incorreto. e) Os enunciados 1 e 4 estão incorretos. Esta questão é bem interessante para que possamos saber a posição da banca quanto a estes conceitos. No caso, a banca somente inseriu uma ³SHJDGLQKD´�QD�~OWLPD�frase, de forma a torná-la incorreta. Neste caso, ela se baseou em um artigo de Madureira Coelho11, que cito abaixo: ³'H� IRUPD� FRQWUDVWDQWH� DR� WHUPR� ³JHVWmR� GR� FRQKHFLPHQWR´��FRQWUDS}H-VH�R�FRQFHLWR�GH�³JHVWmR� GD� LQIRUPDomR´�� TXH� HVWi� LQWULQVHFDPHQWH associDGR�j�H[SUHVVmR�³WHFQRORJLD�GD�LQIRUPDomR´�� proveniente da área GH�³SURFHVVDPHQWR�HOHWU{QLFR� GH� GDGRV´� TXH�� SRU� VXD� YH]�� UHIHUH-se às ferramentas, metodologias e técnicas utilizadas para a coleta, o armazenamento, o processamento, a classificação e a utilização de dados.´ Entretanto, acredito que a questão não foi muito feliz. Se, por um lado, está correta a afirmação de queos conceitos são diferentes, eles não deixam de ser ligados. A gestão da informação se relaciona mais com o que chamamos de Tecnologia da Informação (que trata da coleta e análise de dados), enquanto a gestão do conhecimento está em um plano superior, pois lida com a identificação, captura, desenvolvimento e disseminação do conhecimento12. Desta maneira, como as três primeiras frases estão corretas, o gabarito é a letra D. 4 - (CESGRANRIO ± BANCO CENTRAL ± ANALISTA ÁREA 4 ± 2010) Em uma empresa que tem processos de gestão do conhecimento, 11 (Coelho, 2004) 12 (Quandt, 2001) apud (Alves, Oliveira, & Quandt) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 70 quando um gerente de comunicação participa de um seminário externo, ao retornar às suas atividades, ele deve (A) avaliar o que pode ou não ser implantado na organização no curto prazo. (B) registrar as informações e repassá-las a todos os interessados naquele assunto. (C) elaborar relatórios sobre sua experiência fora, para serem arquivados, documentando a atividade. (D) reportar o que aprendeu de novo aos seus superiores imediatos. (E) reunir-se com a equipe para contar as inovações que presenciou e aprendeu. A gestão do conhecimento deve facilitar o desenvolvimento e a distribuição das informações e conhecimentos para toda a organização. Desta forma, no caso citado, o funcionário deveria registrar as informações recebidas e disponibilizar a toda a empresa. Portanto, a letra B especifica melhor este processo. A letra A está incompleta, pois se refere apenas à análise das informações. Já a letra C também aborda somente o acúmulo de conhecimentos, sem se referir à sua distribuição. Entretanto, os erros das letras D e E estão relacionados à distribuição das informações. Elas não devem estar restritas aos chefes e às próprias equipes de trabalho. Desta maneira, devem ser disponibilizadas a todos os funcionários que as necessitem. Portanto, o nosso gabarito é mesmo a letra B. 5 - (ESAF ± STN / DESENV. INSTITUCIONAL ± 2005) Escolha a opção que completa corretamente a frase a seguir: Por gestão do conhecimento se entende um processo integrado que se destina a a) criar, organizar, disseminar e intensificar o conhecimento para melhorar o desempenho global da organização. b) criar habilidades e organizar treinamentos em serviço para melhorar o desempenho global da organização. c) criar, organizar e disseminar informações para melhorar o desempenho global dos empregados. d) criar habilidades e organizar treinamentos em serviço para melhorar o desempenho global do nível gerencial. e) criar, organizar, disseminar e intensificar o conhecimento para melhorar o desempenho global do nível gerencial. Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 70 Esta questão, apesar de não ser muito criativa, nos possibilita entender o posicionamento da ESAF quanto à definição de gestão do conhecimento. Desta forma, este se refere à criação, organização, disseminação e intensificação do conhecimento para melhorar o desempenho global da organização. Assim sendo, a letra A está correta. Entretanto, a letra B está incorreta, pois altera o conhecimento por treinamento em serviço. Já a letra C troca conhecimento por informações. Em relação à letra D, esta também não se refere aos conhecimentos. Portanto, também está errada. Por fim, a letra E está equivocada, pois a gestão do conhecimento não deve ocorrer apenas no nível gerencial. Desta forma, o nosso gabarito é mesmo a letra A. 6 - (FCC ± TCE/SP ± AUDITOR ± 2008) Segundo os novos modelos das organizações na chamada Sociedade do Conhecimento, constituem as principais características das empresas: (A) elevada especialização de funções, hierarquias reduzidas e foco nos resultados, visando à crescente produtividade. (B) capacidade de adquirir e integrar novos conhecimentos, visando ao equilíbrio entre produtividade, qualidade, inovação e responsabilidade social. (C) aumento da qualificação formal, melhorias salariais e maior autonomia para os funcionários, visando à realização mais eficiente de suas metas estratégicas. (D) aumento e implementação da participação social em suas definições estratégicas, visando à melhoria da imagem e à satisfação dos clientes. (E) profissionalização da gestão e foco na inovação tecnológica associada à produção massificada, visando ao acesso universal da população aos bens de consumo duráveis. A principal característica das organizações da Sociedade do Conhecimento é a capacidade de desenvolver e disseminar os conhecimentos dentro da organização. Desta maneira, o nosso gabarito é a letra B. Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 70 Conhecimento Tácito e Explícito. Uma das principais noções que temos de ter em gestão do conhecimento é a diferença entre conhecimento tácito e explícito, derivada dos trabalhos de Polanyi13. De acordo com o autor: ³2� conhecimento explícito ou codificado é passível de transmissão sistemática por meio da linguagem formal, relacionado a eventos e objetos, independentemente de contexto. De outro lado, o conhecimento tácito é pessoal, relacionado a um contexto específico e difícil de ser formalizado e comunicado. Representa o conhecimento produzido pela experiência de vida, incluindo elementos FRJQLWLYRV�H�SUiWLFRV�´ Assim sendo, o conhecimento tácito é o que vem da experiência de cada pessoa. Desta forma, ele é subjetivo, pois decorre dos valores e da vivência de cada indivíduo. Este tipo de conhecimento é difícil de ser WUDQVIHULGR�SDUD�D�OLQJXDJHP�IRUPDO��HVFULWD��0XLWDV�YH]HV��³sabemos mais do que conseguimos dizer´�14. Portanto, este tipo de conhecimento é considerado um importante quesito na competitividade das organizações e só é possível avaliá-lo por PHLR�GD�DomR��e�R�FKDPDGR�³Know How´��RX�VDEHU�ID]HU� Imagine que você saiba dirigir automóveis. Dez anos atrás, seu pai lhe levou a uma fazenda e mostrou os primeiros cuidados que você deveria ter na direção. Com a prática, você foi evoluindo e hoje já dirige, naturalmente, muito bem. Portanto, este conhecimento que você adquiriu é tácito! Ele não foi adquirido, nem está inserido, em um manual de direção de automóveis. Ele está na sua cabeça! Portanto, foi fruto de uma série de experiências que você teve durante sua vida. De certa maneira, muitas vezes nem sabemos que temos certo conhecimento tácito, ou que ele pode servir para alguém. Já o conhecimento explícito, muito valorizado em nossa cultura ocidental, é o conhecimento que já foi transformado para a linguagem formal, através de manuais, normas, textos, equações matemáticas, etc. 13 (Polanyi, 1983) apud (Carbone, Bradão, Leite, & Vilhena, 2009) 14 (Polanyi) apud (Nonaka, 1994) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 70 Este conhecimento de certa forma já foi explicado, mapeado e está pronto para ser reproduzido e transferido de forma muito mais fácil entre as pessoas. Imagine a leida gravidade, por exemplo. Muito antes de Newton (que foi quem a conceituou, transformando o conhecimento tácito em explícito), os seres humanos já a conheciam de maneira tácita, não é mesmo? Ou seja, mesmo antes que a lei da gravidade fosse estudada cientificamente, e a sua dinâmica explicada em equações, os indivíduos já VHQWLDP�TXH�H[LVWLD� ³DOJR´�TXH�RV�SX[DYD�SDUD�EDL[R��SRLV�VHQWLDP�HVWD� força em sua vivência. Outro exemplo conhecido é o dos grandes cozinheiros. Por mais que YRFr�WHQWH��PHVPR�VHJXLQGR�DTXHOD�UHFHLWD�GR�OLYUR�³j�ULVFD´�R�SUDWR�QmR� fica tão bonito e apetitoso como no restaurante, não é mesmo? Isto acontece porque a receita é o conhecimento explícito, mas provavelmente faltou algum conhecimento tácito a você no momento da execução do prato. Este conhecimento tácito é a sensibilidade do FR]LQKHLUR��VXD�H[SHULrQFLD��VHXV�³DQRV�GH�FR]LQKD´�� Esta habilidade e experiência são muito difíceis de serem transformadas em conhecimento explícito. Muitas vezes, nem que queira, o cozinheiro conseguirá lhe passar este conhecimento. Cabe lembrar que os conhecimentos tácitos e explícitos são complementares, pois não conseguiríamos isolá-los. A interação ente eles levará uma organização a gerar mais conhecimento. Veja abaixo um resumo dos conceitos: Figura 2 - Conhecimento tácito e explícito Vamos analisar agora algumas questões sobre este tema? 7 - (FGV ± BADESC ± ANAL. ADMINISTRATIVO ± 2010) Com relação ao conhecimento tácito e ao conhecimento explícito, analise as afirmativas a seguir. ͻ Informal ͻ Pessoal ͻ Difícil de ser transmitido Conhecimento Tácito ͻ Formal ͻ Escrito ͻ Fácil de ser transmitido Conhecimento Explícito Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 70 I. O conhecimento tácito é simples de ser articulado na linguagem formal. II. O conhecimento tácito possui natureza intangível e pessoal. III. Os conhecimentos tácito e explícito são complementares e suas interações proporcionam dinamismo às organizações. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta (B) se somente a afirmativa II estiver correta (C) se somente a afirmativa III estiver correta (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas (E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. Como vimos antes, o conhecimento tácito é muito difícil de ser articulado na linguagem formal, portanto a primeira afirmação está incorreta! Já a segunda afirmação está correta, pois o conhecimento tácito é baseado na vivência e experiência de cada pessoa. Com isso ele é intangível (não pode ser tocado) e pessoal. Em relação à terceira frase, o conhecimento tácito e o explícito são realmente complementares. Desta forma, é com base na sua interação que as organizações geram mais conhecimento. Assim sendo, a terceira frase também está correta. O nosso gabarito é letra E. 8 ± (CESPE ± SERPRO ± ANALISTA ± 2013) Nas organizações, os conhecimentos podem ser tangíveis e intangíveis, conforme os mecanismos de compartilhamento e gestão do conhecimento adotados. Perfeito. Quando falamos de gestão do conhecimento, temos de entender o conceito de ativos intangíveis. Estes ativos intangíveis envolvem as habilidades, as experiências vividas, os relacionamentos construídos, GHQWUH� GLYHUVRV� RXWURV� EHQV� ³QmR� FRQFUHWRV´� TXH� DV� RUJDQL]Do}HV� H� DV� pessoas dispõem. Assim, a o gabarito é questão correta, pois a gestão do conhecimento deve sim envolver os conhecimentos tangíveis e intangíveis das instituições. 9 - (ESAF ± MPOG / EPPGG ± 2009) No campo da gestão da informação e do conhecimento, é correto afirmar que: a) o conhecimento tácito pode, no todo ou em parte, ser explicitado. Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 70 b) classifica-se como tácito o conhecimento disponível em livros, revistas e outros meios de fácil acesso. c) todo conhecimento explícito tende a se transformar em conhecimento tácito. d) a gestão do conhecimento está voltada, prioritariamente, para o trato do conhecimento explícito. e) a gestão da informação está voltada, prioritariamente, para o trato do conhecimento tácito. A primeira frase está correta e é o nosso gabarito. O conhecimento tácito pode, naturalmente, ser explicitado. Na hora que alguém busca transformar sua experiência (adquirida durante sua vida) em algum manual, texto ou qualquer formato que seja, está transformando um conhecimento tácito em conhecimento explícito. Já a segunda alternativa está incorreta, pois o conhecimento disponível em livros, apostilas, etc. é o conhecimento explícito. A letra C também está errada, pois nem todo o conhecimento explícito tende a se tornar conhecimento tácito. Em relação às duas últimas alternativas, a ESAF trocou os conceitos. A gestão da informação, por lidar com a análise e coleta de dados, está mais ligada ao conhecimento explícito. Entretanto, a gestão do conhecimento, por se relacionar com o conhecimento e com o aprendizado, está mais ligada ao conhecimento tácito. Portanto, nosso gabarito é a letra A. Aprendizagem Organizacional A aprendizagem pode ocorrer em diversos níveis. No plano individual, a aprendizagem ocorre através de um processo de interpretação e assimilação de informações. Já a aprendizagem organizacional tem como objetivo desenvolver as habilidades e conhecimentos dos funcionários, de forma que estes possam desempenhar seu trabalho melhor e solucionar problemas15. Desta forma, a aprendizagem organizacional se apoia na aprendizagem individual, pois nasce da acumulação e posterior disponibilização dos conhecimentos adquiridos no plano pessoal. 15 (Fernandes, 2009) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 70 De acordo com Argyris e Schon16: ³WRGD�DomR�GHOLEHUDGD�WHYH�XPD base cognitiva, que reflete normas, estratégias e suposições ou modelos do mundo... e aprendizagem individual pela aquisição do conhecimento cria uma fundação SDUD�DSUHQGL]DJHP�RUJDQL]DFLRQDO´� Desta maneira, o conceito de aprendizagem organizacional relaciona- se com um processo de acumulação e utilização do conhecimento adquirido pela experiência de seus funcionários. Outro conceito é o de aprendizagem gerencial. Este tipo de aprendizado, de acordo com Motta17, é o processo pelo qual uma pessoa adquire novos conhecimentos, atitudes e valores em relação ao trabalho administrativo; fortalece sua capacidade de análise de problemas; toma consciência de alternativas comportamentais; conhece melhor seus próprios estilos gerenciais e obtém habilidades para uma ação mais eficiente e eficaz. Para o autor, este processo de aprendizado gerencial é composto de quatro dimensões básicas: cognitiva, analítica, comportamental e habilidade de ação. Abaixo podemos vê-las em detalhes18: ¾ Cognitiva ± é relacionada ao processo de ser informado e de aprender sobre administração baseado no montante estoque de conhecimentos já existentes, desde a definição de objetivos e a formulação de políticas até o arsenal de ideias existentes sobre estruturas, processos e comportamentos organizacionais. Seria, SRUWDQWR��PDLV�OLJDGD�DR�FRQKHFLPHQWR�³SXUR´� ¾ Analítica ± é relativa ao processo de aprender a identificar e a diagnosticarproblemas administrativos decompondo-os em diferentes partes, para rearrumá-los na busca de novas soluções. Desta maneira, aprende-se a estabelecer relações entre fatores organizacionais e a identificar os mais importantes, além de se poder ver a potencialidade de técnicas e instrumentos administrativos na solução de problemas. Assim sendo, se refere mais à capacidade de entender os desafios e montar cenários complexos. ¾ Comportamental ± se relaciona com o processo de aquisição de novas maneiras de interação humana, dentre padrões alternativos conhecidos e validados socialmente. Portanto, abrange, por exemplo, novas formas de comunicação, de interagir em pequenos grupos, de 16 (Argyris e Schon, 1978) apud (Antonello & Godoy, 2010) 17 (Motta, 2009) 18 (Motta, 2009) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 70 exercer ou de lidar com poder e autoridade. É, de certo modo, ligada às habilidades humanas, como a oratória, a facilidade de comunicação e a empatia. ¾ Habilidade de ação ± Se refere à capacidade de alterar intencionalmente a realidade, ou seja, a capacidade de transformar conhecimentos e alternativas comportamentais em formas efetivas de ação. Assim sendo, abrange uma melhor compreensão de si próprio, de seu papel organizacional, dos objetivos e do contexto em que se atua, além do comprometimento com a missão da empresa em que se trabalha. Esta dimensão é importante, pois passa a ideia de que somente o conhecimento não gera resultados ± é necessário ³S{U�HP�SUiWLFD´� Vamos ver mais algumas questões? 10 - (CESPE ± PREVIC - ANALISTA ± 2011) Comparando-se as organizações orientadas para aprendizagem e as organizações tradicionais, percebe-se que as primeiras são mais propensas à inovação. Beleza. As organizações orientadas para a aprendizagem estão focadas nos processos de mudança e inovação. Elas não estão preocupadas em manter a situação atual, mas buscar sempre as melhorias e a evolução na operação da organização. O gabarito é mesmo questão certa. 11 - (FCC ± ARCE ± ANALISTA REG. ± 2006) No processo de aprendizado gerencial, ser informado e aprender sobre administração a partir do estoque de conhecimentos existentes, desde a definição dos objetivos e a formulação de políticas até o arsenal de idéias existentes sobre estruturas, processos e comportamentos organizacionais significa desenvolver a habilidade (A) sistêmica. (B) analítica. (C) comportamental. (D) de ação. (E))cognitiva. Como vimos acima, a dimensão que se relaciona com o ³FRQKHFLPHQWR� SXUR´�� RX� VHMD�� FRP� D� FDSDFLGDGH� GH� DSUHQGHU� FRP� R� ³HVWRTXH´�GH�FRQKHFLPHQWRV�Mi�H[LVWHQWHV�p�D�GLPHQVmR�FRJQLWLYD��'HVWD� forma, nosso gabarito é a letra E. Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 70 Voltando à nossa aula, outros conceitos que temos de compreender são os de aprendizagem formal e aprendizagem informal. A aprendizagem formal acontece quando existe um processo de aprendizagem estruturado e formatado, com um objetivo específico. Portanto, um curso universitário é um processo de aprendizagem formal, pois conta com uma grade curricular, uma série de professores treinados e contratados para lecionar matérias específicas, etc. Além disso, o objetivo deste curso universitário já está especificado antes mesmo que você se matricule. De certa forma, é um processo padronizado de aprendizado. Já a aprendizagem informal ocorre de maneira natural, sem um objetivo definido ou uma padronização. Entretanto, nossa sociedade não costuma dar muito valor ao aprendizado informal. Por exemplo, você faria uma cirurgia com algum enfermeiro, o qual já viu tantas operações, que já ³VDEH´�WXGR"� Acho pouco provável, não é mesmo? Apesar disto, nenhuma organização sobreviveria sem a aprendizagem informal. Desta forma, este aprendizado está sempre ocorrendo, pois estamos sempre em contato com pessoas e situações diferentes, de modo que YDPRV� ³DSUHQGHQGR´� FRLsas novas a todo tempo. Dentro do ambiente organizacional, ele é muito comum e importante. Isto ocorre, pois é muito raro que existam processos de aclimatação e treinamento dos novos integrantes de forma que eles já iniciem suas DWLYLGDGHV�³SURQWRV´�SDUD�R trabalho. Outro fator importante é a troca de experiências entre os trabalhadores, de modo que o conhecimento seja mais rapidamente transmitido e, até mesmo, mais facilmente gerado. De acordo com Marsick e Watkins19: ³D� GLIHUHQoD� HQWUH� HVWDV� GXDV� IRUPDV� GH aprendizagem, é que na informal o controle do que está sendo aprendido está exclusivamente nas PmRV�GR�SUySULR�LQGLYtGXR�´ Entretanto, não podemos imaginar que, por falta de controle, a aprendizagem informal seja indesejada pelas organizações. Existem diversas organizações que estimulam este processo, pois consideram IXQGDPHQWDO�SDUD�R�SURFHVVR�FULDWLYR�H�SDUD�R�GHVHQYROYLPHQWR�GR�³NQRZ- KRZ´��RX�VDEHU�ID]HU� Outro ponto importante é que praticamente inexiste um processo ³SXUR´�GH�DSUHQGL]DJHP��'H�FHUWR�PRGo, sempre existirão fatores informais e formais em um processo de aprendizagem. Pense em sua própria 19 (Marsick e Watkins, 2001) apud (Fernandes, 2009) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 70 situação: quando estava na faculdade aprendeu somente nas aulas? Nos livros? Com certeza não! Muitas vezes, mesmo em processos formais de aprendizagem aprendemos mais com a troca de experiências entre os colegas ou até mesmo dos professores. De acordo com Malcom, Hodkinson e Colley20: ³WRGDV� �RX� TXDVH� WRGDV�� DV� VLWXDo}HV� GH� aprendizagem contém atributos de formalidade/informalidade; estes atributos estão interligados de formas diferentes nas diversas VLWXDo}HV�GH�DSUHQGL]DJHP´ Para finalizar, podemos ver abaixo, no gráfico, as principais diferenças entre os dois tipos de aprendizagem: Figura 3 - Aprendizagem formal e informal Outro fator é o espaço em que os conhecimentos e informações são captados. Estes podem ser adquiridos internamente ou externamente. A organização pode adquirir conhecimentos internamente através de processos de treinamento, de uma reunião em que ocorra um brainstorming ou de qualquer experiência individual ou grupal que ocorra dentro da organização. Já a aquisição externa pode ocorrer de diversas formas. Quando uma organização envia um funcionário a um curso externo está ocorrendo esta aquisição, pois este funcionário voltará com conhecimentos novos para o seio da organização. 20 (Malcom, Hodkinson e Colley, 2003) apud (Fernandes, 2009) Aprendizagem Formal Aprendizagem Informal Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 70 Outra possibilidade é a contratação de especialistas ou consultores externos, que trarão conhecimentos novos para a empresa. A observação de competidores ou outros parceiros (como ocorre no benchmarking) também se insere neste contexto. Portanto, é todo modo de aquisição de conhecimentos que está disponível fora do ambiente da organização. Espiraldo Conhecimento de Nonaka e Takeuchi De acordo com Nonaka e Takeuchi21, o processo de criação de conhecimento nas organizações se relaciona com a interação dos conhecimentos tácitos e explícitos - o que os autores chamam de conversão de conhecimento. Este macroprocesso pode ser desdobrado em quatro modos de se criar conhecimento: a socialização, a combinação, a externalização e a internalização. No gráfico abaixo podemos ver um esquema que sintetiza a relação entre estes modos: Figura 4 - Conversão do conhecimento. Fonte: (Nonaka, 1994) O primeiro modo, chamado de socialização, compreende a conversão de conhecimento tácito em outro conhecimento tácito. Este 21 (Moresi, 2001) Explícito Tácito TácitoExplícito Internalização Externalização Socialização Combinação Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 70 processo ocorre através da própria interação entre as pessoas no ambiente de trabalho. Quando um funcionário mais antigo está passando sua experiência para um mais novo, este processo está acontecendo. Assim, este processo pode ocorrer por meio da linguagem, bem como através da observação, da imitação, entre outras formas. A chave neste processo, segundo Nonaka22, é a experiência. Sem um mínimo de experiências compartilhadas entre duas pessoas, é muito difícil que alguém possa aprender como a outra pessoa pensa e porque toma FHUWDV�GHFLV}HV�RX�DJH�GH�DOJXPD�IRUPD��3RUWDQWR��WHPRV�GH�³FRQKHFHU´� um pouco o outro antes de aprender com ele. O segundo modo de conversão ocorre quando transformamos conhecimento explícito em outro conhecimento explícito. Desta forma, ao mudarmos o contexto, recategorizarmos ou aumentarmos um conhecimento explícito, estamos, de certa forma, transformando este conhecimento. Por exemplo, de certa maneira estou fazendo isso agora, pois me utilizo de diversos textos GH�RXWURV�DXWRUHV�SDUD�³PRQWDU´�XPD�DXOD�YROWDGD� para um concurso específico, não é verdade? Da mesma forma, quando vocês fazem um resumo de um livro, ou um mapa mental, também estão se utilizando deste processo de combinação. Assim sendo, a combinação é um processo que transforma conhecimento explícito em outro conhecimento explícito. O terceiro e o quarto modo se referem a uma conversão entre conhecimento tácito e explícito. De certa forma, baseiam-se na noção de que estes conhecimentos são complementares, e que podem se expandir com esta interação. Assim sendo, o processo de transformação de um conhecimento tácito em conhecimento explícito é o terceiro modo. Quando um cozinheiro famoso lança um livro de receitas, por exemplo, está buscando fazer isso. É a conversão de conhecimento tácito em explícito através do uso de palavras e/ou imagens, diálogo, reflexão coletiva, metáforas, analogias e hipóteses, além da dedução, indução e abdução. Nonaka chamou este processo de externalização. Finalmente, existe o quarto processo. Este envolve a transformação de conhecimento explícito em conhecimento tácito. De certo modo, identifica-VH�FRP�R�FRQFHLWR�FRPXP�GH�³DSUHQGHU´�� Ou seja, quando estamos lendo um manual, um livro, ou vendo uma vídeoaula, estamos buscando converter conhecimento explícito em 22 (Nonaka, 1994) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 70 conhecimento tácito, não é mesmo? Este processo é chamado de internalização. 2XWUR�QRPH�SDUD�HVWH�SURFHVVR�TXH�p�PXLWR�XWLOL]DGR�p�R�GH�³espiral do conhecimento´��SRLV�VH�UHIHUH�j�LGeia de que, com a contínua interação entre os conhecimentos tácitos e explícitos, potencializa-se o desenvolvimento e transmissão destes conhecimentos. Assim sendo, vamos ver algumas questões deste tema? 12 - (FCC ± ALESP - AGENTE ± 2010) Na gestão das organizações, a criação do conhecimento se dá pela interação entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito. O diálogo e a reflexão coletiva são características do modo de interação do conhecimento tácito e explícito denominado a) socialização. b) externalização. c) combinação. d) internalização. e) rede social. A conversão de conhecimento tácito em conhecimento explícito se chama externalização, de acordo com Nonaka e Takeuchi. Deste modo, o gabarito é a letra B. 13 - (FCC ± TRE-RS- ANALISTA ± 2010) Considere as afirmações abaixo: I. A gestão do conhecimento persegue o claro objetivo de implementar programas com os quais, mediante o correto fomento e administração do conhecimento, as empresas possam conseguir esse valor agregado que as distinga frente a seus competidores e que lhes permita sobreviver no meio ambiente. II. A gestão do conhecimento se caracteriza por apresentar, entre outros, dois aspectos fortemente definitórios: sua importante dimensão documental e sua profunda dependência do fator tecnológico. a) Ambas estão incorretas. b) Ambas estão corretas. c) A alternativa II está incorreta porque supervaloriza o papel da tecnologia na gestão do conhecimento. d) A alternativa II está incorreta porque se refere, na realidade, à gestão de conteúdos. Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 70 e) A alternativa I está incorreta porque se equivoca ao afirmar que a gestão do conhecimento permite a obtenção de valor agregado que distinga as empresas de seus competidores. Ambas as questões estão corretas. A gestão do conhecimento realmente envolve ampliar e disseminar o conhecimento para aumentar a competitividade da organização. Para isso, os documentos, dados e informações da instituição são trabalhados para que as pessoas que necessitarem deles tenha sempre acesso fácil. Isto depende mesmo, em grande parte, das novas tecnologias da informação e comunicação. O gabarito é mesmo a letra B. 14 - (CESPE ± TJ-RO- ANALISTA ± 2012) Acerca dos modos de conversão do conhecimento nas organizações, a conversão do conhecimento denota as interações entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito. Correto. Existem quatro métodos de conversão do conhecimento: socialização, internalização, combinação e externalização. Estes quatro modos de conversão tratam das interações entre os conhecimentos tácitos e os conhecimentos explícitos. Os conhecimentos tácitos são aqueles derivados das experiências e das habilidades das pessoas que ainda não foram traduzidos para uma linguagem que possa ser disseminada. Já o conhecimento explícito já está ³SURQWR´� SDUD� VHU� GLVWULEXtGR, como um livro ou manual. O gabarito é questão certa. 15 - (FMP ± TCE-RS ± AUDITOR ± 2011) No que se refere à gestão do conhecimento, assinale a alternativa CORRETA. (A) A conversão de conhecimento tácito em conhecimento tácito é denominada de externalização. (B) A conversão de conhecimento tácito em conhecimento explícito é denominada de socialização. (C) A conversão de conhecimento explícito em conhecimento explícito é denominada de internalização. (D) A conversão de conhecimento explícito em conhecimento tácito é denominada de combinação. �(�� ³(VSLUDO� GR� FRQKHFLPHQWR´� p� R� SURFHVVR� HP� TXH� D� LQWHUDomR� contínua e dinâmica entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito é moldada pelas mudanças entreos diferentes modos de conversão do conhecimento. Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 70 Nesta questão, a FMP inverteu todos os primeiros quatro conceitos, pois: a letra A se refere à socialização, a letra B se refere à externalização, a letra C se refere à combinação e a letra D se refere à internalização. Já a letra E está correta e é o nosso gabarito. 16 - (FCC ± MP/RS ± ADMINISTRADOR ± 2008) A concepção atual de aprendizagem organizacional pressupõe a competência para criar e utilizar conhecimento, tornando-o uma importante fonte de vantagens competitivas para as organizações. Segundo Nonaka e Takeuchi, o processo pelo qual as organizações criam conhecimento é: (A) a Autopoiesi, que se desdobra em Extroversão, Sistematização e Socialização. (B) a Iniciativa Criadora, complementada pela Catalização, Cristalização e Conversão. (C) a Geração de Conhecimento, que compreende a circulação, a apropriação e o compartilhamento. (D) o Brainstorming, seguido do Empowerment, do Benchmarking e do Job Enrichment. (E) a Conversão de Conhecimento, através do qual o conhecimento tácito e explícito é expandido qualitativa e quantitativamente. Esta questão agora está bem tranqüila, não é mesmo? Como já vimos, o processo de criação de conhecimento desenvolvido por Nonaka e Takeuchi é a conversão do conhecimento. Portanto, o nosso gabarito é a letra E. 17 - (ESAF ± STN / DESENV. INSTITUCIONAL ± 2008) Na disseminação do conhecimento, as interações que ocorrem entre o conhecimento tácito e explícito são classificadas em: socialização, externalização, combinação e internalização. Analise as opções que se seguem e assinale a correta. a) Na socialização e na combinação, acontece a conversão do conhecimento explícito para tácito. b) Na internalização, assim como na externalização, o conhecimento se converte de tácito para explícito. c) Na socialização e na internalização, não acontece conversão de conhecimento por interações tácitas. d) Na internalização e na combinação, o conhecimento convertido é o explícito. Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 70 e) Na combinação e na externalização, acontece a conversão do conhecimento explícito para tácito. A primeira opção está incorreta, pois em nenhum dos dois processos citados ocorre a conversão do conhecimento explícito para tácito (que ocorre na internalização). Na letra B, apenas a externalização registra a conversão de conhecimento tácito para explicito. Desta forma, a questão está errada. A letra C também está errada, pois existe conversão de conhecimentos tácitos na socialização. Entretanto, a letra D está correta e é nosso gabarito. Já na letra E, nenhum dos dois processos citados abrange a conversão de explícito para tácito (o que acontece na internalização). Assim sendo, nosso gabarito é mesmo a letra D. Desenvolvimento e capacitação de pessoal - Treinamento e Desenvolvimento As pessoas não podem mais deixar de buscar seu aprimoramento constante. O ambiente de negócios muda constantemente e as organizações devem estar cada vez mais dinâmicas e competitivas para que possam sobreviver. Assim sendo, as organizações necessitam treinar e desenvolver seus funcionários para que estes consigam ajudar a mesma a atingir seus objetivos estratégicos. A primeira diferença que devemos entender entre o treinamento e o desenvolvimento é o espaço temporal. Ou seja, o treinamento é voltado para as tarefas e atividades atuais do funcionário. Desta maneira, é focado no presente. Já o desenvolvimento é focado no futuro. Deste modo, se preocupa com as habilidades e capacidades que serão exigidas dos funcionários futuramente. Entretanto, tanto o treinamento quanto o desenvolvimento são processos de aprendizagem23. 23 (Chiavenato, 2004) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 70 Figura 5 - Diferenças entre Treinamento e Desenvolvimento No nível organizacional, temos a aprendizagem organizacional, que é o desenvolvimento de uma cultura voltada para o constante melhoramento das pessoas, de modo à sempre inovar e encarar novos desafios. Treinamento Como vimos acima, o treinamento é voltado para as necessidades atuais dos funcionários. De modo geral, podemos dizer que o treinamento envolve uma série de atividades e eventos planejados para construir competências nas pessoas que as ajudem a serem mais produtivas e criativas. De acordo com Wexley24, ³7UHLQDPHQWR� p� R� esforço planejado pela organização para facilitar a aprendizagem de comportamentos relacionados ao trabalho por parte GRV�VHXV�HPSUHJDGRV´� Vamos ver como isso já foi cobrado em provas de concurso? 18 ± (CESPE ± ICMBIO ± TÉCNICO ± 2014) O treinamento visa fornecer os meios para proporcionar a aprendizagem 24 (Wexley, 1984) apud (Ribas & Salim, 2013) ͻ Voltado para as tarefas e atividades atuais do funcionário. Treinamento ͻ Se preocupa com as habilidades e capacidades que serão exigidas dos funcionários futuramente. Desenvolvimento Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 70 Perfeito. O processo de treinamento engloba diversas ações e meios que proporcionarão que as pessoas aprendam as competências necessárias para desempenhar bem suas atividades. O gabarito é questão certa. Continuando, o treinamento é um processo cíclico, que é composto de quatro etapas25: ¾ Programação ± neste momento a equipe deve diagnosticar as necessidades de treinamento, além de escolher qual será o treinamento necessário, quando deverá ser efetuado, por quem e para quem, entre outros fatores. Desta forma, é o planejamento do processo de treinamento; ¾ Organização ± nesta etapa os recursos necessários (desde instrutores, salas de aula, materiais, etc.) devem ser registrados, de forma que a organização possa reservar os recursos disponíveis e planejar a aquisição dos que ainda não tiver; ¾ Implantação ± é a execução do treinamento em si. Ou seja, nesta etapa o treinamento é efetuado; ¾ Avaliação ± neste momento serão avaliados os resultados do treinamento, ou seja, se os objetivos foram ou não atingidos. Desta maneira, deverão ser medidos os efeitos do treinamento no comportamento dos funcionários no trabalho. Figura 6 - Etapas do Processo de Treinamento 25 (Vilas Boas & Andrade, 2009) Programação Organização Implantação Avaliação Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 70 Outros autores, como Chiavenato26 e Marras27, consideram que o processo de treinamento tem as seguintes etapas: Figura 7 - Etapas do processo de treinamento de acordo com Chiavenato e Marras Desta maneira, o processo de treinamento é iniciado pelo diagnóstico da situação atual. Após isso, a empresa tomará a decisão de qualserá o método ou estratégia mais adequada para solucionar o problema. A etapa seguinte seria a de executar as atividades de treinamento escolhidas e, finalizadas essas atividades, existiria a avaliação de todo o processo, com a medição dos resultados alcançados e aprimoramento do processo, se for o caso. Diagnóstico - Levantamento de necessidades. O levantamento das necessidades de treinamento (LNT) busca mapear quais são as principais carências de preparo dos funcionários da organização. Naturalmente, os gestores vão querer investir nos aspectos ou FRPSHWrQFLDV� ³IDOWDQWHV´� TXH� HVWmR� JHUDQGR� RV� PDLRUHV� LPSDFWRV� negativos. De acordo com Chiavenato28, ³1HFHVVLGDGHV�GH�WUHLQDPHQWR�VmR�DV�FDUrQFLDV�GH� preparo profissional das pessoas, ou seja, a diferença entre o que uma pessoa deveria saber e ID]HU�H�DTXLOR�TXH�HOD�UHDOPHQWH�VDEH�H�ID]´� 26 (Chiavenato, 2004) 27 (Marras, 2011) 28 (Chiavenato, 2004) Diagnóstico Desenho/ programação Implementação/ Execução Avaliação Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 70 Portanto, os processos de treinamento da instituição deverão tentar eliminar essas carências de preparo. E como identificamos quais são essas carências? O setor encarregado de mapear essas necessidades deverá montar um programa de estudo e pesquisa dessas necessidades. Esse trabalho costuma ser feito por meio de: ¾ Entrevistas com os próprios profissionais ou seus chefes; ¾ Aplicação de exames ou questionários; ¾ Observação em campo das atividades sendo executadas; ¾ Avaliação do desempenho dos funcionários; ¾ Aferição de problemas relacionados com as carências de treinamento, como: defeitos no processo produtivo, satisfação dos clientes, etc. O levantamento das necessidades de treinamento é fundamental, pois dele dependem todas as demais ações do treinamento e definem quais serão as estratégias de ensino que serão escolhidas. O LNT deve ser feito de forma contínua, pois a empresa é um organismo em constante mutação (mudança)29. As carências de preparo vão mudar com o tempo e com a rotatividade de pessoal. Deste modo, o OHYDQWDPHQWR�GDV�QHFHVVLGDGHV�GHYH�FRQWLQXDU�D�PDSHDU�DV�³ODFXQDV´�GH� competências que existem na empresa. Programação. Nesta etapa, o setor responsável pelo treinamento deverá construir um programa de ensino que seja coerente e coeso, voltado para a eliminação das deficiências de preparo mapeadas no LNT. De acordo com Chiavenato, a programação do treinamento visa responder as seguintes perguntas ou ingredientes30: 29 (Marras, 2011) 30 (Chiavenato, 2004) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 70 Figura 8 - A programação do treinamento. Adaptado de: (Chiavenato, 2004) Execução do Treinamento - Métodos de Treinamento Existem diversas maneiras de se efetuar um treinamento. O treinamento pode visar o aumento de informações e de habilidades. Os treinamentos voltados para a disseminação de informações são: as leituras e a instrução programada31. A leitura é um método de mão única, em que um instrutor passa as informações a uma turma de alunos. Desta forma, é passada uma grande TXDQWLGDGH�GH� LQIRUPDo}HV��(QWUHWDQWR��p�XPD� ³YLD�GH�PmR�~QLFD´�� SRLV� acaba gerando uma postura passiva nos treinandos. Já o método da instrução programada é uma técnica mais moderna, pois permite sua utilização por computadores. Assim, pode ser utilizada em qualquer lugar e de modo padronizado. Deste modo, as informações são intercaladas por perguntas (que vão indicando para o treinando se ele está absorvendo ou não o conteúdo). Este método também é conhecido como técnica de autoinstrução. Existem dois sistemas de instrução programada. De acordo com Mello32: 31 (Chiavenato, 2004) 32 (Mello, 2009) ͻTreinandos ou instruendos Quem deve ser treinado ͻMétodos de treinamento ou recursos instrucionais Como treinar ͻAssunto ou conteúdo do treinamento Em que treinar ͻInstrutor ou treinador Por quem ͻLocal do treinamento Onde treinar ͻÉpoca ou horário do treinamento Quando treinar ͻObjetivos do treinamento Para que treinar Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 70 ³2� SULPHLUR� p� R� FKDPDGR Sistema Linear ou Extrínseco, que parte do princípio que o processo de aprendizagem dos treinandos ou alunos, é inibido por erros. Desta forma, esse sistema utiliza um esquema que tem sucessivos elementos das lições, utilizando pequenas e repetitivas informações. Já o segundo modelo, o Sistema Ramificado ou Intrínseco, tem por característica lições maiores e mais complexas, demandando mais esforço do treinando para assimilação. O material deste treinamento é concebido partindo do princípio que os treinandos estarão prontos para aplicar os ensinamentos em algum momento do programa, acarretando desta forma, a rápida percepção dos treinandos quanto aos resultados RULXQGRV�GR�VHX�GHVHPSHQKR�´ Desta maneira, o primeiro sistema se baseia na noção de que os erros inibem o aprendizado das pessoas. Desta forma, as questões deveriam ser utilizadas de modo frequente, de modo que o aluno ainda estivesse com o FRQWH~GR�³TXHQWH´�QD�FDEHoD� Além destes métodos, existem os métodos voltados para o aumento das habilidades dos funcionários: o treinamento no cargo (on the job training) e as técnicas de classe. O treinamento no cargo, como o próprio nome diz, ocorre no ambiente de trabalho. Pode ser feito através do fornecimento de informações e avaliações no contexto do trabalho, bem como a rotação de cargos (em que a pessoa passa a efetuar novas tarefas, aprendendo novos conhecimentos e habilidades), além de projetos especiais. As técnicas de classe podem envolver dinâmicas de grupo, jogos de negócios e psicodramas, de modo a encorajar a interação entre as pessoas e a troca de experiências. É um método de mão-dupla, ao contrário da leitura33. Avaliação 6HP�D�DYDOLDomR�GR�SURFHVVR�GH�HQVLQR��HVWDUHPRV�VHPSUH�³DWLUDQGR� QR� HVFXUR´� H� QmR� LUHPRV� PHOKRUDU� RV� UHVXOWDGRV� GR� SURFHVVR�� 1mR� saberemos qual estratégia é melhor para cada tipo de instrumento pedagógico, que tipo de assunto é mais adequado para cada ferramenta, dentre outros aspectos. 33 (Chiavenato, 2004) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 70 Assim, somente com um sistema de avaliação eficaz poderemos ter R�TXH�FKDPDPRV�GH�³feedback´��RX�VHMD��D�UHWURDOLPHQWDomR�GR�VLVWHPD��A avaliação possibilita a tomada de decisões sobre novos treinamentos e as alterações necessárias para que o ensino seja efetivo. Um dos principais objetivos da avaliação de programas de educação corporativa, deste modo, é a identificação da necessidade de melhoria do processo educacional existente e da necessidade ou não de novos cursos e instrumentos de ensino. De acordo com Abbad et Al34, a avaliação de treinamento é o subsistema mais complexo e possui cinco níveis: ¾ Reação: o nívelde satisfação dos participantes com a programação, o apoio ao desenvolvimento do curso, a aplicabilidade, a utilidade e os resultados do treinamento. ¾ Aprendizagem: refere-se ao grau de assimilação e retenção dos conteúdos ensinados no curso, medido em termos dos escores obtidos pelo participante em testes ou provas de conhecimentos aplicados pelo instrutor ao final do curso. ¾ Comportamento no cargo: utilização frequente, no trabalho, dos conhecimentos adquiridos, melhoria da qualidade do desempenho e diminuição do número de erros cometidos no trabalho, quanto aos efeitos do curso. ¾ Organização: mudanças que podem ter ocorrido no funcionamento da organização em que trabalham os participantes da ação educacional. ¾ Valor final: alteração na produção ou nos serviços prestados pela organização, ou outros benefícios, a partir dos efeitos da ação educacional. Naturalmente, a avaliação de reação é a mais fácil de executarmos, mas a que nos apresenta dados menos confiáveis. Os alunos podem ter ³JRVWDGR´� GR curso, mas terem tido um aprendizado aquém das expectativas. Além disso, o conteúdo transmitido pode também ter sido inadequado. Portanto, a avaliação deve também buscar medir o impacto do processo de ensino e os resultados pessoais e organizacionais após o processo educacional, ou seja, como o processo educacional afetou a ³HQWUHJD´�GR�IXQFLRQiULR� Desta maneira, uma equipe de vendedores que passe por um curso de técnicas de venda deveria, naturalmente, apresentar uma melhora em 34 (Abbad, 1997) apud (Timóteo, 2009) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 70 seus números após este curso. Se isto não ocorrer, pode ser que o curso não tenha tido o impacto desejado pela organização. Outra classificação conhecida é a de Kirkpatrick. Ele classifica a avaliação de aprendizagem em quatro níveis35: ¾ Avaliação de reação: refere-se à satisfação com o programa, material didático, carga horária, instrutores e recursos. ¾ Avaliação da aprendizagem: refere-se ao que os participantes aprenderam (observa o conhecimento adquirido pelos participantes ao final do treinamento, o que eles sabem a mais em relação ao que não sabiam antes). ¾ Mudança de comportamento: avalia se participante colocou em prática no trabalho do conteúdo (avalia o que há de diferente no comportamento dos participantes após as intervenções do treinamento) ¾ Resultados: avalia se a aplicação do conteúdo no trabalho foi capaz de causar impactos favoráveis no resultado da organização (avalia o impacto gerado na organização a partir das mudanças de comportamento ocorridas após a realização do treinamento). Assim, os tipos de avaliação mais complexos e interessantes são aqueles que medem os resultados gerados pelo programa de ensino. Vamos ver algumas questões sobre este tema? 19 ± (CESPE ± TJ-CE ± ANALISTA ± 2014) As fases que constituem, de forma sequencial, um ciclo completo de avaliação em treinamento e desenvolvimento (TD&E) são a) reações, aprendizado, comportamento e resultados, encadeamento que garante avaliação desde as percepções acerca das ações TD&E até os resultados alcançados. b) comportamento, reações, aprendizado e resultados, encadeamento que garante avaliação desde as atitudes para TD&E até os resultados alcançados. c) aprendizado, reações, resultados e comportamento, encadeamento que garante avaliação desde as aprendizagens anteriores até os comportamentos esperados no trabalho. d) resultados, reações, comportamento e aprendizado, encadeamento que garante avaliação desde os resultados anteriores de TD&E até o aprendizado de competências. 35 (Kirkpatrick) apud (Cartoni, 2011) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 70 e) reações, comportamento, resultados e aprendizado, encadeamento que garante avaliação desde as percepções acerca das ações TD&E até o aprendizado de competências. A questão baseia-se na classificação de Kirkpatrick. Para ele, a avaliação de aprendizagem se divide em quatro níveis36: ¾ Avaliação de reação; ¾ Avaliação da aprendizagem; ¾ Mudança de comportamento; e ¾ Resultados. Deste modo, o gabarito só pode ser mesmo a letra A. 20 - (CESPE ± CORREIOS - ANALISTA ± 2011) A avaliação de desempenho dos funcionários realizada durante o treinamento possibilita a obtenção de indicadores para a verificação da efetividade da atividade proposta. A avaliação de um treinamento é fundamental para que o processo possa ser avaliado e melhorado. Sem que saibamos como os funcionários estão desempenhando suas tarefas e quais foram as habilidades, conhecimentos e atitudes aprendidas no processo de ensino, não temos como fazer as necessárias alterações. O gabarito é questão correta. 21 - (CESPE ± CORREIOS - ANALISTA ± 2011) A avaliação das ações educativas desenvolvidas na organização não deve estar atrelada à relação custo-benefício de um treinamento, visto que a satisfação do empregado com o treinamento realizado constitui critério de avaliação preponderante. Negativo! Claro que o custo/benefício do processo educativo é importante para as empresas. O que deve ser analisado é o desenvolvimento das competências humanas e organizacionais necessárias à organização. 7UDGX]LQGR� SDUD� R� ³SRSXODU´�� D� HPSUHVD� QmR� WH� HQYLDUi� SDUD� XP� mestrado na França, por exemplo, se não tiver uma expectativa real de que este investimento trará resultados concretos para ela, ok? O gabarito é, assim, questão incorreta. 36 (Kirkpatrick) apud (Cartoni, 2011) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 70 22 - (CESPE ± CORREIOS - ANALISTA ± 2011) Um dos principais objetivos da avaliação de programas de educação corporativa é a identificação da necessidade de melhoria dos treinamentos já realizados e de realização de novos treinamentos. Perfeito. A avaliação é um processo necessário para que possamos aferir a qualidade e adequação do sistema de ensino atual e das necessidades futuras, seja em relação aos novos cursos como novos instrumentos e/ou modalidades de ensino. O gabarito é questão correta. Desenvolvimento de Pessoas O desenvolvimento de pessoas, como já vimos, tem uma perspectiva de médio e longo prazo. O foco não é o de se preocupar com as tarefas imediatas, mas sim o de preparar os indivíduos para os desafios futuros ± gerar nestas pessoas as competências para que possam gerar valor em longo prazo na organização. Assim, o objetivo do desenvolvimento é o da carreira do empregado, na sua capacitação para enfrentar os desafios futuros na organização. Este processo é fundamental para a instituição, pois somente com o desenvolvimento dos seus colaboradores é que a organização poderá atingir seus objetivos e obter e manter vantagens competitivas frente aos seus concorrentes. Uma organização pode ter uma postura reativa ou prospectiva (ou proativa) na definição de suas necessidades de treinamento e desenvolvimento. Se a empresa espera que ocorra uma falha ou uma deficiência nos conhecimentos e habilidades dos funcionários para agir, tem uma postura reativa. Já se a organização busca seantecipar aos desafios futuros está adotando uma postura prospectiva, pois quando o futuro chegar já deverá estar preparada para as novas demandas. De acordo com Vilas Boas37, as ferramentas que são utilizadas para o desenvolvimento de pessoas incluem: coaching, gestão de carreira, rotação de funções, responsabilidade social, o treinamento em si, feedback, gestão do desempenho, mentoring e programas de trainee. 37 (Vilas Boas & Andrade, 2009) Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 70 Treinamento e Desenvolvimento no Setor Público A capacitação dos servidores públicos deve ser feita de modo continuado, pois como os desafios e demandas requeridos dos órgãos públicos vão mudando com o tempo, da mesma forma as competências dos funcionários devem acompanhar esta evolução38. Infelizmente, nas últimas décadas boa parte dos investimentos federais (como o caso do investimento em TI no Siape) não foi direcionada para o treinamento e desenvolvimento dos servidores, mas em sistemas de pagamento e melhorias no controle burocrático39. Uma das iniciativas recentes do governo federal que busca corrigir este panorama foi a instituição da Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal (PNDP), que busca atingir os seguintes objetivos40: ³,�- melhoria da eficiência, eficácia e qualidade dos serviços públicos prestados ao cidadão; II - desenvolvimento permanente do servidor público; III - adequação das competências requeridas dos servidores aos objetivos das instituições, tendo como referência o plano plurianual; IV - divulgação e gerenciamento das ações de capacitação; e V - racionalização e efetividade dos gastos com capacitação�´ De acordo com o PNDP41, as estratégias de implementação da política devem englobar: ¾ Gestão por competência como referência da política; ¾ Priorização de capacitação das áreas de RH e de cargos de direção; ¾ Reconhecimento do papel das escolas de governo; ¾ Criação do Comitê Gestor da Política que acompanha e orienta as ações de capacitação; ¾ Incentivo às capacitações promovidas pelas próprias instituições e ampla divulgação das oportunidades. 38 (Schikmann, 2010) 39 (Pires & al., 2005) 40 Decreto n° 5.707/2006 41 Fonte: http://www.enap.gov.br/downloads/pndp.pdf Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 70 Deste modo, a gestão por competências passou a ser o foco dos esforços de capacitação. Os órgãos devem mapear suas competências internas e as competências necessárias para poderem determinar suas ações de desenvolvimento. Assim, para atingir estes objetivos os entes governamentais devem se utilizar das Escolas de Governo, necessárias desde a Emenda Constitucional n° 19/98, que instituiu a criação destas escolas42: ³� �� $� 8QLmR�� RV� (VWDGRV� H� R� 'LVWULWR� )HGHUDO� manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos HQWUH�RV�HQWHV�IHGHUDGRV�´ Estas escolas são instituições criadas pelos diversos entes governamentais para capacitar e formar seus servidores e funcionários. A criação do comitê da política é também uma estratégia fundamental, pois o Comitê Gestor da Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal irá promover a disseminação da política entre os dirigentes dos órgãos e das entidades, os titulares das unidades de recursos humanos, os responsáveis pela capacitação, os servidores públicos federais e suas entidades representativas. Dentre as vantagens esperadas da política, temos as seguintes43: a sistematização do plano de desenvolvimento de acordo com as necessidades reais e não por pedidos aleatórios, a formação de bancos de talentos, a construção de modelos informais de capacitação e desenvolvimento (com custo mais baixo) e uma maior motivação do servidor, pois este se sentirá responsável pelo seu próprio desenvolvimento. Vamos ver agora algumas questões? 23 ± (CESPE ± STF ± ANALISTA ± 2013) A transferência dos conhecimentos e habilidades desenvolvidos em programas de treinamento pode ser facilitada quando as condições vivenciadas no treinamento se aproximam ao máximo daquelas proporcionadas no trabalho. Naturalmente! Quando os programas de treinamento conseguem trazer para o processo de ensino condições muito semelhantes ao que o 42 CF/88, artigo n° 39 43 Fonte: http://www.enap.gov.br/downloads/pndp.pdf Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 70 aluno realmente vivenciará na prática, os resultados desse treinamento serão melhores. Assim, a transferência de conhecimentos e habilidades é facilitada quando esses alunos estão lidando com situações e condições semelhantes as existentes no seu ambiente de trabalho. O gabarito é mesmo questão certa. 24 ± (CESPE ± MI ± ASSISTENTE TÉCNICO ± 2013) O treinamento, considerado um processo para desenvolver pessoas, é constituído de ações educacionais de longa duração que incluem manuais e roteiros. (VWD� TXHVWmR� DSUHVHQWD� XPD� ³SHJDGLQKD´� FRPXP�� 2� WUHLQDPHQWR� engloba, normalmente, ações educacionais de prazo mais curto. Quando estamos tratando de ações educacionais de longa duração, estamos falando de desenvolvimento, não de treinamento. Assim sendo, o treinamento é feito no curto prazo. Já o desenvolvimento envolve ações de longo prazo. Desta forma, o gabarito é questão errada. 25 ± (CESPE ± MI ± ASSISTENTE TÉCNICO ± 2013) O treinamento não deve ser considerado como a única solução para déficits de desempenho de servidores públicos. Esta questão é bem intuitiva, não é mesmo? Claro que não podemos considerar o treinamento como uma solução para todos os problemas relacionados com o desempenho no trabalho. A causa pode ser falta de motivação, equipamentos inadequados, problemas de conflitos no ambiente de trabalho, bem como diversos outros fatores que não podem ser resolvidos somente com o treinamento. O gabarito é questão certa. 26 ± (CESPE ± TELEBRÁS ± ESPECIALITA ± 2013) Os planos anuais de capacitação desenvolvidos com o objetivo de melhorar o capital humano do setor público são produtos organizacionais oriundos de levantamentos realizados nas organizações públicas acerca das necessidades de treinamento e desenvolvimento. Perfeito. Os planos anuais de capacitação devem sim levar em consideração o levantamento das necessidades de treinamento, ou seja, o Gestão de Pessoas p/ Analista dos TREs - 2016 Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 06 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 70 diagnóstico das carências de preparo dos profissionais da instituição. O gabarito é questão certa. 27 - (CESPE ± IEMA/ES - ADMINISTRADOR ± 2007) O objetivo da política de desenvolvimento de recursos humanos é a promoção de treinamentos padronizados, com conteúdo idêntico para todos os membros da organização. Está frase não faz sentido, não é mesmo? Claro que um profissional que trabalha com vendas não terá
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